Tag: mundial feminino

  • Fifa confirma datas e divisão de vagas do Mundial Feminino no Brasil

    Fifa confirma datas e divisão de vagas do Mundial Feminino no Brasil

    A 10ª edição da Copa do Mundo Feminina de futebol, com sede no Brasil em 2027, já tem data certa para ocorrer. A Fifa confirmou nesta terça-feira (10) que a competição terá início em 24 de junho e terminará em 25 de julho. O anúncio foi feito por Gianni Infantino, presidente da Fifa, durante o conselho técnico da entidade, em Zurique (Suiça). O dirigente também revelou como serão distribuídas as 32 vagas da competição, que pela primeira vez será disputada na América do Sul. As cidades brasileiras que receberão o evento seguem indefinidas.

    “A Copa do Mundo feminina de 2027 já está tomando forma e mal podemos esperar pela partida de abertura na quinta-feira, 24 de junho de 2027, e por todos os jogos que levarão à final no domingo, 25 de julho de 2027”, disse Infantino. “Este torneio histórico terá um impacto enorme não apenas na América do Sul, levando o futebol feminino para o próximo nível em termos de participação e popularidade”, concluiu.

    O Mundial reunirá ao todo 32 seleções, sendo que 29 se classsificarão de forma direta em torneios classificatórios realizados pelas confederações continentais. O Brasil, por sediar a Copa do Mundo, já tem garantida uma das três vagas diretas da Conmebol/América do Sul. As demais serão divididas da seguinte forma: Uefa/Europa (11 vagas), AFC/Ásia (seis), CAF/África (quatro), Concacaf/Américas do Norte e Central (quatro) e OFC/Oceania (uma).

    As últimas três vagas serão decididas em torneio de repescagem (playoffs) em duas fases. A primeira delas contará com seis equipes classificadas de acordo com o último ranking feminino da Fifa, antes do sorteio dos playoffs. As duas primeiras colocadas avançarão à fase final em fevereiro de 2027, se juntando a outras quatro equipes, sendo duas da Concacaf, uma da Conmebol e uma da Uefa. Haverá sorteio dos três confrontos eliminatórios que definirão as últimas três vagas do Mundial.

  • Brasil sofre primeira derrota no Mundial de Handebol feminino

    Brasil sofre primeira derrota no Mundial de Handebol feminino

    A seleção feminina de handebol sofreu a primeira derrota no Mundial da modalidade, neste domingo (3) diante da Espanha. Em partida disputada em Frederikshavn (Dinamarca), o Brasil foi superado por 27 a 25 no seu último compromisso pelo Grupo G da competição. Com esse resultado a equipe comandada pelo técnico Cristiano Rocha avança para o Main Round como segundo da chave.

    Mesmo com o revés, o Brasil teve o destaque do confronto, a armadora Ana Paula, que foi a artilheira da partida com oito gols e que foi escolhida a MVP (jogadora mais valiosa) do jogo.

    Agora, no Main Round, os três primeiros colocados do Grupo G (Espanha, Brasil e Ucrânia) medem forças com os três primeiros do Grupo H, que conta com Argentina, Congo, Holanda e República Tcheca.

    Edição: Fábio Lisboa
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  • Jogos das quartas de final da Copa do Mundo são assunto no Copa Delas

    Jogos das quartas de final da Copa do Mundo são assunto no Copa Delas

    A Copa do Mundo disputada na Oceania entra na sua fase mais emocionante, pois, a partir da próxima quinta-feira (10), serão realizados os jogos das quartas de final. E a fase decisiva da principal competição de seleções de futebol feminino é o assunto da próxima edição do videocast Copa Delas, que será exibido ao vivo a partir das 14h30 (horário de Brasília) da próxima terça-feira (8) na tela da TV Brasil.

    Inicialmente, o videocast, que é apresentado pela jornalista Marília Arrigoni, foi exibido apenas em plataformas de áudio e vídeo da Radioagência Nacional, em episódios que dissecaram os oito grupos do Mundial feminino. Mas as últimas duas edições do programa também foram transmitidas na tela da TV pública.

    “O futebol feminino cresce em todo mundo. Essa Copa reflete muito esse momento com seleções e confrontos equilibrados. O Copa Delas também é consequência desse momento. Há um público que consome a modalidade e encontrou no programa um lugar que reúne informações e debates sobre o assunto”, afirma Marília Arrigoni.

    É possível ouvir os conteúdos anteriores do Copa Delas no Spotify ou assistir em vídeo pelo YouTube.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Angelina expressa confiança na campanha do Brasil na Copa

    Angelina expressa confiança na campanha do Brasil na Copa

    O sonho permanece o mesmo, mas a forma como se realizou foi diferente. Em entrevista coletiva na quarta-feira (20), a meio-campista Angelina falou da oportunidade de defender a seleção brasileira na Copa do Mundo de futebol feminino após a lesão da atacante Nycole.

    Segundo a jogadora de 23 anos de idade, ela vive uma mistura de emoções, tristeza pelo corte da companheira e alegria por disputar seu primeiro Mundial. “Ainda não caiu a ficha, então essa emoção de estar realmente entre as 23 não bateu ainda. Ontem [terça-feira] fiquei muito triste pela Nycole, porque quando você passa por uma lesão, independentemente de qualquer que seja, você não deseja isso para ninguém, e entendo muito como ela está se sentindo”.

    O anúncio do corte de Nycole foi feito na terça-feira (18) após ser constatado que a jogadora havia sofrido uma entorse no tornozelo esquerdo durante treino em Golden Coast (Austrália), antes da viagem para Brisbane (Austrália). O corte da atleta foi consumado por não haver tempo hábil para sua recuperação.

    “É difícil, fico triste por ela, e vou pegar essa oportunidade para jogar por ela também”, declarou Angelina, que expressou sua confiança de uma boa campanha do Brasil na Copa. “O elenco está bem preparado, tem muita qualidade, tem muito talento aqui. Estamos muito confiantes, independentemente de quem vai começar o jogo”.

    Estreia do Brasil

    A seleção brasileira, que busca o inédito título da Copa do Mundo, estreia na primeira fase da competição a partir das 8h (horário de Brasília) da próxima segunda-feira (24). O confronto, que será contra o Panamá, vale pelo Grupo F, que também conta com França e Jamaica.

  • Programas do Governo Federal e da CBF fortalecem o futebol feminino

    Programas do Governo Federal e da CBF fortalecem o futebol feminino

    Aos 6 anos, Luiza Travassos tentou começar a treinar futebol na sua escola. Mas o pedido foi negado após a alegação de que este era um esporte muito bruto para uma menina. Esta resposta, que para muitas jovens é um ponto final, foi para a carioca apenas um obstáculo a ser superado.

    O não inicial não desanimou Luiza, que seguiu em frente e começou a treinar em outro lugar. Alguns meses se passaram e, após uma mudança na coordenação, ela conseguiu finalmente entrar na escolinha. Hoje, aos 18 anos, a jovem entende o episódio como uma oportunidade de aprendizado: “Esta foi uma experiência frustrante, mas que me ajudou a entender, ainda pequena, os desafios que teria que encarar por escolher ser uma jogadora de futebol”.

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    futebol feminino – Luiza Travassos (direita) em treino da seleção brasileira feminina sub-20 – Victor Monteiro/CBF/Direitos Reservados

    Luiza não desistiu e evoluiu como jogadora, sendo aprovada, aos 13 anos, em uma peneira da escolinha do PSG (França). Um ano depois passou a defender o Fluminense. Ao completar 15 anos, foi convocada pela primeira vez para a seleção feminina, na categoria sub-17. Atualmente, a jovem, que já foi chamada para a equipe brasileira sub-20, defende a faculdade norte-americana Marschall University.

    A caminhada de Luiza não é regra quando se pensa no início da prática do futebol pelas meninas no Brasil. Por contar com apoio da família, a jovem tem colhido muitos frutos mesmo em meio a dificuldades. Porém, duas iniciativas, uma da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e outra do Ministério do Esporte, apontam para um futuro mais promissor quando se pensa no desenvolvimento da modalidade entre as mulheres no solo brasileiro.

    Regulamentação do futebol misto

    No dia 8 de março, data na qual é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a CBF lançou a regulamentação do futebol misto em competições amadoras. Com isso se abre a possibilidade de mulheres participarem de equipes masculinas e que times exclusivamente femininos disputem competições com homens.

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    Manuela (2ª abaixada da direita para esquerda) e a equipe da ADEF na Go Cup – Rubens Cerqueira/Go Cup/Direitos Reservados

    Até então, eram raros os eventos que permitiam este tipo de disputa. Um exemplo é o Go Cup. Conhecido como o maior torneio de futebol infantil do mundo, a competição, que reuniu cerca de quatro mil meninas e meninos de 6 a 15 anos em Goiás em 2023, vem dando espaço para o futebol misto há algum tempo.

    A possibilidade de entrar em campo, mesmo que defendendo uma equipe mista, nunca foi considerada um problema para Manuela Lopes, meio-campista da ADEF. A jovem de 13 anos, que começou a jogar aos seis, diz nunca ter enfrentado dificuldades na sua trajetória no futebol, mas afirma que já ficou sabendo de várias histórias desta natureza que a deixaram “muito chateada”.

    “Quando soube da notícia [da nova regra da CBF] fiquei muito feliz, pois já soube de notícias de meninas querendo jogar com meninos e não podendo devido ao regulamento [de uma competição]. Isto porque o futebol feminino, há muitos anos, foi proibido. Mas agora estamos lutando e vamos conseguir um dia nos igualar com o futebol masculino”, declara Manuela.

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    Alice Duarte representando o Fluminense na equipe sub-9 masculina – Lenardo Brasil/Fluminense F.C./Direitos Reservados

    Além disso, surgem os primeiros frutos após a nova regulamentação da CBF. Um exemplo é a aprovação da primeira menina na base masculina do Fluminense. Alice Duarte, de oito anos, foi selecionada para a equipe sub-9 do clube. A decisão foi tomada porque não há uma equipe feminina para a faixa etária dela.

    “Sempre foi um grande sonho nosso, pois nesta idade a força física é igual e as meninas conseguem treinar e jogar com os meninos. O Fluminense é um clube que vem rompendo paradigmas desde 2019 e agora estamos rompendo mais um. A Alice já chamava a atenção e todos sempre tiveram um olhar especial pelo potencial que já apresenta”, declarou a gerente do futebol feminino do Tricolor das Laranjeiras, Amanda Storck, em entrevista à assessoria de imprensa do clube.

    Estratégia Nacional para o Futebol Feminino

    Mas a ação que tem mais potencial para oferecer contribuições mais duradouras e profundas para o desenvolvimento da modalidade é a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino. O decreto 11.458/2023 foi publicado em um momento especial, no qual a seleção brasileira se prepara para disputar a Copa do Mundo de 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, e quando o Brasil se apresenta como candidato a sediar o Mundial de 2027.

    O programa do Governo Federal, apresentado no dia 30 de março em cerimônia no Palácio da Alvorada com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem entre seus objetivos aumentar o investimento na modalidade, descobrir novos talentos, combater a discriminação e abrir cada vez mais espaço para as mulheres ocuparem posições com poder de decisão.

    “O futebol feminino em si traz um histórico de dificuldades, de preconceitos e visibilidade que impõe barreiras que persistem em afastar as mulheres da prática do esporte, seja por lazer ou em âmbito profissional”, e a expectativa, segundo a ministra do esporte, Ana Moser, é que a estratégia seja uma importante ferramenta para promover “a equidade de gênero, o combate ao racismo e a redução das desigualdades”, permitindo assim que cada vez mais meninas tenham a oportunidade de seguirem em frente no futebol feminino.

    Edição: Verônica Dalcanal