Tag: mulheres

  • Cai o número de prefeitas eleitas em Mato Grosso nas eleições de 2024

    Cai o número de prefeitas eleitas em Mato Grosso nas eleições de 2024

    Mato Grosso registrou uma queda no número de mulheres eleitas para o cargo de prefeita nas eleições municipais de 2024.

    Das 142 cidades do estado, apenas 13 elegeram mulheres para o comando do Executivo, representando 9,22% do total. Em 2020, esse número era maior, com 15 prefeitas eleitas.

    Esse cenário contrasta com a tendência nacional, onde houve um aumento no número de mulheres eleitas. No Brasil, o número de prefeitas passou de 656 em 2020 para 724 em 2024.

    Apesar desse avanço, a representatividade feminina ainda é baixa, com as mulheres ocupando apenas 15,5% dos cargos de prefeito no país.

    O resultado sinaliza uma redução da presença feminina no cenário político estadual, apesar do crescimento em outras partes do país.

  • Mulheres ganham 27,7% a menos que homens em Mato Grosso

    Mulheres ganham 27,7% a menos que homens em Mato Grosso

    Um novo estudo do governo federal trouxe à tona um cenário preocupante sobre a desigualdade salarial em Mato Grosso. Segundo o 2º Relatório de Transparência Salarial, divulgado pelos ministérios do Trabalho e das Mulheres, as mulheres mato-grossenses recebem, em média, 27,7% menos que os homens.

    A pesquisa, que analisou dados de 840 empresas com mais de 100 funcionários no estado, revelou que a remuneração média dos homens em Mato Grosso é de R$ 3.804,90, enquanto as mulheres recebem apenas R$ 2.750,76. A disparidade salarial é ainda mais acentuada em cargos de liderança, onde a diferença chega a 38,6%.

    O estudo também apontou que as mulheres negras enfrentam uma dupla discriminação no mercado de trabalho mato-grossense. Elas ganham, em média, 22% menos que as mulheres não negras. Entre os homens, a diferença entre negros e não negros é de 17,7%.

    Mato Grosso em comparação com outros estados

    Dados foram obtidos a partir das informações de 840 empresas mato-grossenses
    Dados foram obtidos a partir das informações de 840 empresas mato-grossenses

    Ao analisar os dados nacionais, o relatório revela que o Ceará é o estado com a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres, com uma diferença de apenas 9,65%. Já o Espírito Santo apresenta a maior disparidade, com as mulheres recebendo 29,25% a menos que os homens. São Paulo, por sua vez, é o estado com o maior número de empresas participantes na pesquisa e apresenta uma desigualdade salarial de 21,62%, próxima à média nacional.

    O que dizem as leis?

    A Lei nº 14.611/2023, que determina a igualdade salarial para funções equivalentes, é um avanço importante na luta por mais justiça social. No entanto, os dados do relatório demonstram que ainda há muito a ser feito para garantir que mulheres e homens tenham as mesmas oportunidades e remuneração no mercado de trabalho.

  • Mulheres compartilham experiências e conhecimentos na produção pecuária

    Mulheres compartilham experiências e conhecimentos na produção pecuária

    Segundo o último Censo Agropecuário (2017) quase 20% das propriedades com atividade pecuária são gerenciadas por mulheres. Pensando nesse público, a Embrapa Pecuária Sudeste desenvolveu um curso com foco só para o público feminino – pecuaristas de corte e de leite e extensionistas – atendendo às exigências de conteúdo e adequação de dias, horários e formato (on-line e presencial). A conclusão da capacitação ocorreu nesta quinta-feira, 26 de setembro, com um conteúdo específico para as técnicas. Os tópicos gerais foram finalizados na quarta-feira (25).

    Os encontros tiveram início ainda em agosto, na sede da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP). A continuidade dos assuntos foi trabalhada de forma virtual. Para fechar a capacitação, as alunas vivenciaram várias práticas no campo.

    A pesquisadora Claudia De Mori, da Embrapa, idealizadora do curso, conta que durante esses dois meses de aprendizagem e troca de experiências, especialistas de diversas áreas abordaram planejamento, manejos de pastejo e pastagem, estratégias de produção sustentáveis, bem-estar animal, melhoramento genético, entre outros assuntos.

    Para a pesquisadora, um efeito imediato da capacitação é a reflexão dessas 35 participantes sobre o processo de produção realizado nas propriedades gerenciadas pelas pecuaristas e o uso de novas tecnologias para o desenvolvimento do trabalho pelas extensionistas. Além disso, a partir de agora, estabeleceu-se uma rede para compartilhar conteúdos e vivências. “A ideia é ter um espaço de conhecimento para as mulheres, mas que elas participem em todos os outros eventos. Não queremos mais ver nos cursos técnicos duas ou três mulheres e 40 homens. A iniciativa visa também fortalecer a participação feminina e reduzir as desigualdades de gênero no meio rural”, destacou Claudia.

    A técnica da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), de Itapeva (SP), Francine Tomaz Nicoloff, afirmou que o curso agregou novos conhecimentos, não só como profissional, mas como mulher. “Eu vou conseguir levar soluções tecnológicas para o produtor com mais facilidade e segurança, com embasamento científico. Além do mais, foi muito interessante trazer um grupo só de mulheres, porque temos outra visão de produção e sensibilidade. Por ser mulher, quando estamos na propriedade nós conseguimos conversar não só sobre os problemas técnicos, mas até dos problemas familiares e que acabam impactando no dia a dia da fazenda. Temos mais empatia”, fala Francine.

    Atuando na agropecuária há mais de 20 anos, a consultora e especialista em gestão Alessandra Decicino conta que o curso foi uma experiência ímpar. “As pesquisadoras trouxeram práticas que estão em constante evolução para melhorar a produtividade com sustentabilidade. Trouxeram resultados de pesquisas que podem ser levados para os produtores lá na ponta. Além disso, a mulher se sente mais à vontade para participar de uma maneira mais ativa. Em determinados eventos, ela pode se sentir insegura e suscetível a fazer questionamentos e tirar dúvidas. Ainda, acredito que fortalece a participação feminina, estimulando outras mulheres e levando respostas com suporte científico para serem aplicadas na propriedade”, disse Alessandra.

    Abadia Helena Gomes da Silva, que gerencia uma propriedade em Dourado (SP), trabalha com café, soja e pecuária. Apesar de pequena, a fazenda conta com várias atividades. “Estou buscando práticas comprovadas. Por exemplo, a desmama lado a lado eu vi na Internet e tentei implantá-la, mas os colaboradores ficaram desconfiados. Agora, eu aprendi aqui (no curso) e estou super segura em impor a desmama lado a lado e vai dar super certo. Os trabalhadores também usavam choque elétrico, mas eu aboli tal prática. O próximo passo é fazer integração de culturas, café com floresta”, enfatizou. Durante os 30 anos de gestão, a produtora conta que sempre sofreu com a desconfiança dos colaboradores. Mas seu marido a apoiou nos projetos empreendidos. Depois desse curso, segundo ela, plantaram mais uma sementinha, abrindo novos horizontes e mais conhecimentos para enfrentar os novos desafios.

    A capacitação também teve o objetivo de fortalecer a participação feminina no meio rural e de contribuir com o enfrentamento das desigualdades de gênero nesse setor, em sintonia com o papel da Ciência para alcançar a meta 5, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU.

  • 5º Encontro de Mulheres do Agro promove capacitação e solidariedade

    5º Encontro de Mulheres do Agro promove capacitação e solidariedade

    No dia 10 de outubro de 2024, o 5º Encontro de Mulheres do Agro reunirá profissionais do agronegócio em Lucas do Rio Verde (MT) para um evento focado em capacitação e networking. O encontro, que acontece das 18h às 22h30 na sede administrativa do Sicredi Ouro Verde, será uma oportunidade única para fortalecer a presença feminina no setor e fomentar a troca de experiências entre as participantes.

    Entre os destaques da programação estão as palestras de Marina Piccini, que discutirá as “8 Peculiaridades do Agronegócio”, e Cíntia Chagas, com a palestra “Oratória da Elegância”.

    O evento, promovido pelo Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde e o Comitê Mulher do Sindicato, também terá caráter solidário. As participantes poderão adquirir o ingresso social no valor de R$ 200, que será convertido em doações para as instituições Força da Peruca, de Lucas do Rio Verde, e o Hospital do Câncer de Sinop, em apoio à campanha Outubro Rosa.

    As inscrições já estão abertas e podem ser feitas por meio do link forms.gle/7aMpFdihNTy6Wqh59. O evento promete ser um marco de capacitação e integração para as mulheres do agronegócio, além de promover uma importante ação social.

  • Mulheres ganham 20% menos do que homens em mais de 50 mil empresas

    Mulheres ganham 20% menos do que homens em mais de 50 mil empresas

    As trabalhadoras mulheres ganham 20,7% menos do que os homens, em 50.692 empresas com 100 ou mais empregados, no Brasil. As informações são do 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, apresentado nesta quarta-feira (18), pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília. O documento considera os dados informados pelos empregadores na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023.

    O 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios aponta que houve aumento na diferença salarial entre homens e mulheres, na comparação ao primeiro relatório, divulgado em março deste ano, que indicava a diferença salarial de 19,4%.

    De acordo com o Ministério das Mulheres, o aumento é resultado dos novos empregos gerados no ano passado – 369.050 mil novos postos formais ocupados por homens e 316.751 mil ocupados por mulheres.

    A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou que igualdade salarial de gênero para trabalhos iguais é prioridade do atual governo federal e está posta em discussão em nível internacional, por exemplo, no âmbito do G20, sob a presidência rotativa do Brasil, em 2024, e também, na Organização das Nações Unidas (ONU).

    Cida Gonçalves ainda lembrou que as mulheres são chefes de família em metade dos domicílios brasileiros (50,8% de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese), mas ganham menos 20% do que os homens pelo mesmo trabalho. “As mulheres não são apêndice, as mulheres não estão nos cantos e não são as pessoas do mimimi. As mulheres, hoje, são as trabalhadoras, são as que sustentam e as que pensam.”

    A ministra explicou que é preciso mudar a mentalidade de toda a sociedade em relação aos papéis estabelecidos a homens e mulheres, estas, muitas vezes, dedicadas aos serviços domésticos e ao cuidado de outras pessoas. “Ainda acham que as mulheres [ganham] é o complemento do salário dos homens. Não é. Nós precisamos convencer as empresas, os homens e todo o mundo que as mulheres, hoje, são aquelas que mantêm suas famílias. O desafio é colocar as mulheres na centralidade do debate.”

    “Esse país precisa incluir as mulheres no seu critério de desenvolvimento econômico, na indústria, no trabalho, na agricultura. As mulheres não são pobres coitadas. Todas elas têm chance, têm condições, se lhes derem oportunidades”, declarou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

    Dados do relatório

    Para o 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) analisou as informações da RAIS de 2023 de 18.044.542 vínculos formais de trabalho, divididos em 10,8 milhões de homens e 7,2 milhões de mulheres.

    Ao todo, a soma dos rendimentos desses trabalhadores com carteira de trabalho assinada analisados chegou a R$ 782,99 bilhões. A remuneração média desta população ocupada foi R$ 4.125,77.

    O estudo revelou que, nas empresas com 100 empregados ou mais, os trabalhadores homens ganhavam, em média, R$ 4.495,39, enquanto as mulheres recebiam R$ 3.565,48.

    Se consideradas somente as trabalhadoras negras, a diferença de remuneração se acentua. No geral, as mulheres negras ganhavam R$ 2.745,26, no ano passado, o que equivalia à metade (50,2%) do salário dos homens não negros: R$ 5.464,29. No período, as mulheres não negras recebiam, em média, R$ 4.249,71. O relatório apontou que 27,9% das empresas de 100 ou mais empregados indicaram ter política de incentivo à contratação de mulheres negras.

    Quanto aos cargos de direção e gerência, as mulheres recebem 27% menos do que a remuneração dos homens. Quando se trata de profissionais em nível superior, as mulheres ganham 31,2% abaixo do que remuneram os homens.

    Mais informações sobre empresas com 100 ou mais empregados, no Brasil, em 2023:

    · em 31% destes estabelecimentos (15.737), a diferença salarial entre mulheres e homens é 5%;

    · 53% dos estabelecimentos (26.873) não havia pelo menos três mulheres em cargos de gerência ou direção da empresa para que os cálculos sobre diferenças salariais fossem realizados;

    · 55,5% das entidades utilizavam planos de cargos e salários como critério de remuneração;

    · 63,8% dos estabelecimentos cumpriam metas de produção como critério de remuneração;

    · 22,9% das entidades tinham política de auxílio creche;

    · 20% das empresas tinham política de licença paternidade/maternidade estendida;

    · 42,7% dos estabelecimentos (21.658) tinham entre 0% e 10% dos empregados que eram mulheres pretas ou pardas;

    · 8,2% destas empresas tinham política de contratação para mulheres indígenas;

    · 0,2% (85) dos estabelecimentos não tinham mulheres empregadas formalmente, em 2023.

    A secretária-executiva adjunta do Ministério do Trabalho e Emprego, Luciana Nakamura, observou que os relatórios de transparência salarial não expõem as empresas, nem os empregados e seus respectivos salários.

    Nakamura informou também que, desde 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), já estabelece a igualdade salarial entre homens e mulheres para o mesmo trabalho. Para ela, a nova Lei da igualdade salarial entre mulheres e homens chega para conscientizar as empresas.

    “A implementação da política é pedagógica e, aos poucos, todos vão compreender. No fim, pretendemos promover um ambiente de igualdade para as mulheres e, principalmente, a igualdade salarial”, estima a representante do MTE.

    Dia Internacional da Igualdade Salarial

    A segunda edição do Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios foi divulgada no Dia Internacional da Igualdade Salarial, instituído em 2019 pela ONU, com o objetivo de avançar na igualdade de gênero no mundo do trabalho e para chamar à atenção para a desigualdade salarial entre homens e mulheres.

    A ONU alertou que, no ritmo atual, serão necessários 300 anos para alcançar a igualdade de gênero no mundo. A ministra das Mulheres declarou que não é possível esperar para melhorar as condições de trabalho das mulheres.

    Durante a apresentação do relatório, em Brasília, a representante da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres para o Brasil, Ana Carolina Querino, lembrou, que a igualdade de gênero e empoderamento de todas as mulheres e meninas é o quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e que para alcança-lo até 2030 é preciso acabar com todas as formas de discriminação contra as mulheres. “A gente precisa combater a misoginia porque essa desigualdade salarial reflete a violência em todas as barreiras estruturais que as mulheres enfrentam para participar e ter igualdade de oportunidades na vida pública.”

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Projeto de senadora de Mato Grosso que aumenta a pena para o crime de feminicídio é aprovado

    Projeto de senadora de Mato Grosso que aumenta a pena para o crime de feminicídio é aprovado

    Em um marco histórico na luta contra a violência de gênero no Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira (11) o Projeto de Lei nº 4.266/2023, de autoria da senadora Margareth Buzetti (PSD-Mato Grosso). A nova lei, conhecida como Pacote Antifeminicídio, aumenta a pena para o crime de feminicídio para até 40 anos de prisão, tornando-o o crime com a maior pena do Código Penal Brasileiro.

    A aprovação do projeto representa uma grande vitória para as mulheres brasileiras, que lutam há anos por justiça e por medidas mais eficazes para combater a violência de gênero. A relatora do projeto na Câmara, a deputada Gisela Simona (União-MT), destacou a importância da nova lei para garantir maior proteção às mulheres.

    “A criação do tipo penal autônomo de feminicídio é medida que se revela necessária não só para tornar mais visível essa forma extrema de violência contra a mulher, mas também para reforçar o combate a esse crime bárbaro e viabilizar a uniformização das informações sobre as mortes de mulheres no Brasil”, disse.

    Além de aumentar a pena para o feminicídio, o projeto também prevê outras medidas importantes, como a perda de cargos públicos para condenados por crimes contra a mulher e a restrição de benefícios como a visita íntima.

    A aprovação do Pacote Antifeminicídio é um passo importante na luta contra a violência de gênero no Brasil, mas ainda há muito a ser feito. É fundamental que a lei seja implementada de forma eficaz e que a sociedade como um todo se engaje na construção de um futuro livre de violência contra as mulheres.

  • ALMT aprova projeto de lei para combate à violência on-line contra mulheres

    ALMT aprova projeto de lei para combate à violência on-line contra mulheres

    A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, em primeira votação, na sessão desta quarta-feira (28), o Projeto de Lei nº 2109/2023, de autoria do deputado estadual Valdir Barranco (PT). A proposta busca enfrentar a violência on-line contra mulheres, estabelecendo medidas rigorosas e firmando colaborações estratégicas com gigantes da tecnologia como Google, Facebook, Meta e YouTube.

    O projeto de lei caracteriza a violência on-line, incluindo discursos de ódio e exposição de fotos íntimas e falsas, como crime, sujeitando os infratores às penalidades previstas na legislação vigente. Além disso, determina que as redes sociais adotem ações imediatas e eficazes para identificar, prevenir e remover conteúdos ofensivos. As empresas de tecnologia também serão responsáveis pela implementação de tecnologias avançadas para detectar e eliminar rapidamente esses conteúdos nocivos.

    “Hoje é um dia histórico na luta contra a violência on-line”, celebrou o deputado Valdir Barranco. “Este projeto é um passo decisivo para proteger as mulheres na internet, um espaço que, infelizmente, tem sido palco de agressões e abusos. A aprovação de hoje demonstra o nosso compromisso com a justiça e a segurança das mulheres, que são alvo de ataques virtuais cada vez mais frequentes e cruéis.”

    De acordo com o projeto, empresas como Google, Facebook, Meta e YouTube deverão adotar medidas mais rígidas para combater a violência on-line, incluindo o uso de algoritmos para identificar e remover conteúdos impróprios de forma rápida e eficaz. Contas responsáveis por ataques serão permanentemente excluídas das plataformas, reforçando a necessidade de um ambiente digital mais seguro.

    “A parceria com as empresas de tecnologia é fundamental para o sucesso desta legislação”, acrescentou Barranco. “Precisamos que esses gigantes da internet se comprometam com a criação de um ambiente virtual onde o discurso de ódio e a exposição não autorizada de fotos íntimas não tenham espaço. A colaboração entre o setor público e privado é crucial para garantir que as medidas sejam implementadas e eficazes.”

    A Safernet, uma ONG especializada no monitoramento e denúncia de crimes virtuais, será responsável por acompanhar a implementação e a efetividade das medidas estabelecidas pela nova lei. O projeto visa não apenas punir os infratores, mas também prevenir e coibir práticas que causam danos irreparáveis às vítimas.

    “A violência on-line é um problema grave e crescente”, ressaltou o deputado. “A nossa resposta deve ser proporcional e eficaz. Com a aprovação deste projeto, damos um passo importante para criar uma sociedade mais justa e igualitária, onde as mulheres possam se sentir seguras, também no ambiente digital.”

    O projeto de lei ainda precisa passar por uma segunda votação para sua aprovação final e subsequente sanção. A expectativa é de que, uma vez sancionada, a nova legislação ofereça uma proteção robusta às mulheres, promovendo um ambiente on-line mais seguro e respeitoso.

  • Queda de casos de dengue no Brasil deve se manter até fim de novembro

    Queda de casos de dengue no Brasil deve se manter até fim de novembro

    O Brasil já registrou, ao longo do ano de 2024, pouco mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, além de 5.219 mortes confirmadas pela doença e outras 2.012 em investigação. “De longe, a maior epidemia que tivemos na história”, avaliou o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio, durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite, em Brasília.

    “Felizmente, a dengue começa a dar sinais claros de que viveremos algumas semanas com uma certa tranquilidade. Aliás, já estamos a cerca de quatro ou cinco semanas com grande tranquilidade em relação ao número de casos novos que têm sido registrados país afora. Esperamos que esse quadro de baixa transmissibilidade se mantenha, pelo menos, até meados do final de novembro.”

    O coeficiente de incidência da dengue no Brasil, neste momento, é de 3.201 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. A maioria dos casos prováveis foi identificada entre pessoas brancas (49,9%) e pardas (42,3%) e entre as seguintes faixas etárias: 20 a 29 anos; 30 a 39 anos; 40 a 49 anos; e 50 a 59 anos. Já os grupos menos atingidos pela doença são menores de 1 ano; crianças de 1 a 4 anos e de 5 a 9 anos.

    São Paulo é a unidade federativa com maior quantidade de casos graves e sinais de alarme para dengue (24.786), seguido por Minas Gerais (15.084), Paraná (13.524), Distrito Federal (10.211) e Goiás (7.201). No final do ranking, com menos casos graves da doença registrados, aparecem Roraima (3), Acre (11), Rondônia (33), Sergipe (62) e Tocantins (66).

    Edição: Valéria Aguiar

    — news —

  • Mato Grosso amplia rede de proteção às mulheres vítimas de violência

    Mato Grosso amplia rede de proteção às mulheres vítimas de violência

    Mato Grosso tem intensificado as ações para combater a violência doméstica e oferecer um amparo mais completo às mulheres vítimas desse crime. Além dos canais de denúncia já conhecidos, como 190 e 181, o estado dispõe de uma rede de serviços especializados que visam garantir a segurança e o bem-estar das mulheres em situação de vulnerabilidade.

    Para facilitar o acesso à justiça e à proteção, o estado oferece diversas opções para as mulheres denunciarem casos de violência doméstica. Além dos números de emergência, como o 190 para situações de risco iminente e o 181 para denúncias e orientações, o Disque 180, específico para atendimento às mulheres, também está disponível.

    Mato Grosso conta com 19 delegacias e 21 núcleos de atendimento especializados em atender mulheres vítimas de violência. Em Cuiabá, há uma delegacia com atendimento 24 horas para atender casos urgentes. Além do atendimento presencial, o programa virtual “Casa de Eurídice” oferece acompanhamento multidisciplinar às vítimas, permitindo que elas solicitem medidas protetivas e recebam orientação de qualquer lugar do estado.

    Isso também pode te interessar: Patrulha Maria da Penha atende quase três mil mulheres vítimas de violência doméstica em Mato Grosso

    Para garantir o cumprimento das medidas protetivas, o estado conta com a Patrulha Maria da Penha, presente em 98 municípios. A patrulha realiza visitas às vítimas para verificar se estão seguras e se o agressor está respeitando a ordem judicial. Em caso de descumprimento, a equipe pode realizar a prisão do agressor.

    Auxílio financeiro e social em Mato Grosso

    Rio de Janeiro (RJ), 08/03/2023 - Ato denúncia em frente à Câmara Municipal, organizado pelo campanha Levante Feminista contra o Feminicídio, colocarão 210 cruzes nas escadarias do Palácio Pedro Ernesto, simbolizando cada uma das 111 mulheres assassinadas no estado em 2022 e as 99 mulheres assassinadas em 2023. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
     Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Reconhecendo a necessidade de apoio financeiro para as mulheres que precisam deixar seus lares por causa da violência, o governo de Mato Grosso instituiu o auxílio-moradia no valor de R$ 600. Esse benefício visa auxiliar as vítimas a garantir um local seguro para morar e iniciar uma nova vida.

    O mês de agosto é dedicado à conscientização sobre a violência doméstica, e Mato Grosso realiza diversas ações para fortalecer a campanha Agosto Lilás. A Operação Shamar, por exemplo, integra a programação e visa intensificar o combate à violência contra a mulher.

    Números que preocupam em Mato Grosso

    Apesar dos avanços, os dados sobre a violência doméstica em Mato Grosso ainda são preocupantes. Somente no primeiro semestre de 2024, a Justiça deferiu mais de 8 mil medidas protetivas, e um número significativo delas foi descumprido. Isso demonstra a necessidade de continuar investindo em políticas públicas para prevenir e combater esse crime.

  • Alerta: número de desaparecimentos de mulheres aumenta em Mato Grosso

    Alerta: número de desaparecimentos de mulheres aumenta em Mato Grosso

    A cada dia, uma mulher desaparece em Mato Grosso. Os dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) são alarmantes: desde 2014, foram registrados mais de 3 mil desaparecimentos de mulheres com idades entre 18 e 60 anos. Em 2023, a média foi de um caso por dia, e a tendência se mantém em 2024.

    Por trás desses números, há um cenário complexo de violência e vulnerabilidade. Conforme o delegado Roberto Amorim, responsável pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP, os principais motivos para o desaparecimento de mulheres são conflitos familiares, violência doméstica e abuso sexual.

    “A gente sabe que a maioria dos casos de mulheres desaparecidas está relacionada a essas situações. É um ciclo de violência que, muitas vezes, culmina em situações extremas”, afirma o delegado.

    A boa notícia é que a taxa de resolução dos casos é alta, chegando a 95%. No entanto, o delegado destaca que o Estado ainda enfrenta desafios na formalização do encerramento desses casos.

    Para ajudar a solucionar casos de desaparecimento, é fundamental que a população esteja atenta e aja rapidamente. O delegado Amorim reforça que não é preciso esperar 24 ou 48 horas para registrar um boletim de ocorrência.

    “Se a pessoa saiu de casa e não deu notícias, já é motivo para preocupação. Quanto mais cedo a família registrar o desaparecimento, maiores as chances de encontrar a vítima com vida”, explica o delegado.

    Ao registrar um boletim de ocorrência, é importante fornecer o máximo de detalhes possíveis sobre a pessoa desaparecida:

    • Características físicas
    • Locais que costuma frequentar
    • Redes sociais
    • Histórico de doenças
    • Se há histórico de uso de drogas ou conflitos familiares