Tag: mulheres

  • Mulheres: 16 estados e o DF já aderiram às cotas em contratações públicas para vítimas de violência

    Mulheres: 16 estados e o DF já aderiram às cotas em contratações públicas para vítimas de violência

    A Política de Cotas para Mulheres em Situação de Violência Doméstica (Decreto nº 11.430/2023) já conta com a adesão de 16 Estados e do Distrito Federal. A medida encabeçada pelos ministérios das Mulheres (MMulheres) e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) vem contribuindo para a autonomia econômica das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. A política garante a reserva de 8% dos postos de trabalho em contratações públicas para este público.

    Até o momento 17 entes federados aplicam a política, são eles: Acre, Amapá, Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Tocantins.

    Os contratos de serviços valem para a Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional. As vagas podem ser acessadas por mulheres cis, mulheres trans e travestis e deverão ser voltadas prioritariamente às mulheres pretas e pardas.

    Entenda – O Decreto 11.430/23, editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Dia Internacional da Mulher – 8 de março, regulamentou, no âmbito federal, incisos da Nova Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 14.133/2021, de 1º de abril de 2021), que possibilitam direcionar o poder de compra do Estado para a empregabilidade de mulheres em situação de violência e para a valorização da prática de ações de equidade entre mulheres e homens nos ambientes de trabalho.

  • Exposição apresenta mulheres e plantas estigmatizadas na história

    Exposição apresenta mulheres e plantas estigmatizadas na história

    A exposição Venenosas, Nocivas e Suspeitas está em cartaz na Galeria de Fotos do Centro Cultural Fiesp, na capital paulista, com entrada gratuita, até o próximo domingo (20).

    Por meio da inteligência artificial, a artista visual Giselle Beiguelman criou obras que relacionam plantas proibidas ou estigmatizadas pelo colonialismo, por razões como o uso em rituais ou por seus poderes afrodisíacos e alucinógenos para as mulheres que dominavam o seu uso.

    A artista homenageou naturalistas do século XVII ao XIX que fizeram importantes contribuições à ciência e às artes, mas não tiveram reconhecimento. Beiguelman recriou retratos dessas mulheres em meio às plantas e com a intenção de se aproximar da aparência que tinham na idade em que morreram.

    Mulheres homenageadas

    Entre as mulheres homenageadas na exposição estão Maria do Carmo Vaughan Bandeira (1902-1992), primeira botânica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que interrompeu sua trajetória científica para ingressar na vida religiosa em um convento; Constança Eufrosina Borba Paca (1844-1920), ilustradora que integrou as expedições científicas realizadas pelo marido, o botânico João Barbosa Rodrigues (1842-1909); e Luzia Pinta, ex-escravizada e sacerdotisa com experiência em práticas de cura, que foi denunciada como feiticeira e enviada de Minas Gerais para a Inquisição em Portugal no século XVIII.

    Para a gerente de Cultura do Sesi de São Paulo, Débora Viana, a exposição é uma oportunidade para entender como a inteligência artificial vem sendo utilizada por artistas na produção de seus trabalhos.

    A mostra proporciona “a oportunidade às crianças e jovens de conhecerem sobre plantas consideradas pelo colonialismo como perigosas ou até proibidas e sobre importantes mulheres que foram apagadas da ciência e da história”, acrescentou Viana, em nota.

  • Mulheres recebem 20% a menos que homens no Brasil

    Mulheres recebem 20% a menos que homens no Brasil

    As mulheres brasileiras receberam salários, em média, 20,9% menores do que os homens em 2024 em mais de 53 mil estabelecimentos pesquisados com 100 ou mais empregados.Em 2022, as mulheres recebiam 19,4% a menos.

    “Na remuneração média, os homens ganham R$ 4.745,53, enquanto as mulheres ganham R$ 3.755,01. Quando se trata de mulheres negras, o salário médio vai para R$ 2.864,39”, diz o 3º Relatório de Transparência Salarial e Igualdade Salarial.

    O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (7) pelos ministérios da Mulher e do Trabalho e Emprego (MTE). Foram analisados, ao todo, 19 milhões de empregos, 1 milhão a mais que no relatório de 2023.

    Em relação às mulheres negras, a média salarial é 52,5% menor que a dos homens não negros. Em 2023, mulheres negras recebiam 49,7% a menos que os homens não negros.

    Alta gestão

    Nos cargos de alta gestão, de diretoras e gerentes, a diferença salarial é ainda maior, com mulheres recebendo 26,8% a menos que os homens. Se comparadas as mulheres com nível superior, a diferença em relação aos homens com mesmo nível de escolaridade é ainda maior, com mulheres com diplomas recebendo 31,5% a menos.

    A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, considerou que a desigualdade entre mulheres e homens persiste porque ainda é necessário que sejam feitas mudanças estruturais na sociedade.

    “Desde a responsabilidade das mulheres pelo trabalho do cuidado à mentalidade de cada empresa, que precisa entender que ela só irá ganhar tendo mais mulheres compondo sua força de trabalho, e com salários maiores”, disse a ministra.

    Os estados do Acre, Santa Catarina, Paraná, Amapá e São Paulo e o Distrito Federal registraram as menores desigualdades salariais.

    Mais mulheres no mercado

    Os ministérios envolvidos na pesquisa destacaram como positiva a queda no número de empresas com menos de 10% de mulheres negras contratadas, de 21,6 mil para 20,4 mil.

    “Houve um crescimento na participação das mulheres negras no mercado de trabalho. Eram 3,2 milhões de mulheres negras e passou para 3,8 milhões. Outra boa notícia é que aumentou o número de estabelecimentos em que a diferença é de até 5% nos salários médios e medianos para as mulheres e homens”, informaram as pastas.

    Desigualdade estável

    A porcentagem da massa de todos os rendimentos do trabalho das mulheres, entre 2015 e 2024, variou de 35,7% para 37,4%, segundo dados do MTE.

    A subsecretária de Estatísticas do Trabalho do MTE, Paula Montagner, avaliou que, apesar de as mulheres estarem mais no mercado de trabalho, o rendimento delas se manteve estável entre 2015 e 2024.

    “Essa relativa estabilidade decorre das remunerações menores das mulheres, uma vez que o número delas no mercado de trabalho é crescente”, afirmou.

    O número de mulheres empregadas aumentou de 38,8 milhões em 2015 para 44,8 milhões em 2024, crescimento de mais de 6 milhões de vagas ocupadas por mulheres. O de homens empregados cresceu no mesmo período em 5,5 milhões, chegando a 53,5 milhões no ano passado.

    Caso as mulheres ganhassem igual aos homens na mesma função, R$ 95 bilhões teriam entrado na economia em 2024, apontou o relatório.

  • Show Safra Mulher recebe lançamento do livro “Elas e o Agro”

    Show Safra Mulher recebe lançamento do livro “Elas e o Agro”

    O Show Safra Mulher foi palco de um momento especial para o agronegócio brasileiro: o lançamento do livro “Elas e o Agro”. Em sua terceira edição, a obra destaca histórias inspiradoras de mulheres que têm feito a diferença no setor, seja como produtoras rurais, empresárias, consultoras, pecuaristas ou profissionais que impulsionam o desenvolvimento do agronegócio no país.

    Com relatos emocionantes e trajetórias de superação, “Elas e o Agro” reforça a importância da participação feminina na cadeia produtiva e nas tomadas de decisão dentro do setor, não apenas celebrando conquistas, mas também incentivando novas gerações a ocuparem espaços estratégicos na agricultura e pecuária.

    O evento de lançamento reuniu autoras, lideranças do agronegócio e profissionais da área, que compartilharam suas experiências e a relevância de dar voz às mulheres que constroem um agro mais forte e inovador. Durante a programação, houve uma roda de conversa com algumas das participantes do livro, discutindo os desafios e oportunidades para a atuação feminina no setor.

    A iniciativa reafirma o compromisso do Show Safra Mulher em ser um espaço de valorização e reconhecimento do protagonismo feminino no agronegócio, como um ponto de encontro para trocas de experiências e inspiração para futuras lideranças.

  • Mulheres contraem mais dívidas e são mais empenhadas em quitá-las

    Mulheres contraem mais dívidas e são mais empenhadas em quitá-las

    Únicas responsáveis por muitas famílias de renda mais baixa, as mulheres continuam enfrentando mais o endividamento do que os homens, no país. Levantamentos realizados pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e pela Serasa (empresa que reúne dados de crédito) mostram o impacto das dívidas para o público feminino.

    A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada neste mês pela CNC, mostra que, apesar de a diferença entre os gêneros ter diminuindo em relação a 2024, o percentual de mulheres endividadas (76,9%) em fevereiro deste ano ainda era superior ao percentual dos homens (76%). Em fevereiro do ano passado, a diferença era de 1,6 ponto percentual (78,8% das mulheres contra 77,2% dos homens).

    “Historicamente e até hoje, existe uma diferença salarial entre homens e mulheres. Isso vem diminuindo ao longo do tempo, e tem todo um processo de maior independência feminina no mercado de trabalho, e de independência dentro da estrutura familiar. Antigamente, a diferença era ainda maior, e elas dependiam muito mais do cônjuge ou de algum outro familiar. Então, o endividamento é maior porque aquela pessoa precisa de mais crédito, já que ela tem menos renda para conseguir lidar com seu dia-a-dia e sua vida”, afirma o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

    Merula Borges, especialista em finanças da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), ressalta que, além da diferença salarial, há problemas também na dificuldade de conseguir de crédito pelas mulheres.

    “A gente percebe, no empreendedorismo feminino, que as mulheres têm mais dificuldade de tomar crédito. Elas empreendem, de maneira informal, com mais frequência”, afirma. “Elas usam a informalidade como uma forma de subsistência”

    Além disso, há a questão de muitas mulheres, principalmente de faixas de renda mais baixas, terem que arcar sozinhas com as despesas familiares.

    Segundo pesquisa divulgada neste mês pela Serasa, 93% das mulheres participavam financeiramente das despesas familiares e, em 33% dos lares, elas eram as únicas responsáveis. O percentual é ainda maior nas faixas de renda mais baixa (classes D e E), onde, em 43% dos casos, o encargo das despesas recai exclusivamente sobre elas.

    Esses dados mostram apenas um lado do desafio enfrentado pelas mulheres, já que 90% das entrevistadas afirmaram que precisavam aliar o trabalho remunerado com as tarefas domésticas.

    “As mulheres seguram a casa sozinhas, têm dupla jornada. Além disso, com todas as despesas que têm no dia a dia, para sustentar uma casa e os filhos. Mesmo assim, elas se preocupam em não ficar com valores em aberto, de não ficar com dívidas, até para não ter dificuldade em solicitar crédito”, destaca Tamires Castro, especialista da Serasa.

    Segundo a pesquisa da Serasa, 40% das mulheres entrevistadas priorizam uma preocupação com as dívidas, na hora de organizar o orçamento familiar. E elas fecham 25% mais acordos que os homens no Feirão Serasa Limpa Nome, que busca regularizar a situação dos devedores para tirar seus nomes da lista de negativados (o que dificulta a concessão de crédito por outras empresas).

    Segundo Felipe Tavares, mesmo tendo um grau de endividamento superior ao dos homens, as mulheres demonstram mais consciência sobre o orçamento.

    “Mesmo antes, quando tinham menos independência [financeira], elas já tinham um papel muito ativo na gestão do orçamento familiar. Quando a gente vê esse aumento da renda e da independência, a administração financeira tende a ser melhor nos orçamentos geridos por mulheres”.

    A dificuldade de obter crédito (47%) e o endividamento (31%) são os principais desafios financeiros apontados pelas mulheres, segundo a Serasa. Oito em cada dez mulheres (85%) já tiveram algum pedido de crédito negado.

    Nos 12 meses que antecederam a pesquisa, entre as mulheres pediram crédito, a maioria foi para pagar despesas inesperadas (26%) e cartão de crédito (22%).

    Dicas

    “A gente vê muitos bancos oferecendo o cartão de crédito como opção para acúmulo de milhas e benefícios. Isso é, em certa medida, verdade, mas é preciso ter um cuidado. A tentação é maior nesse caso, porque não tem aquela dor imediata de ficar sem o dinheiro, consegue-se parcelar, e a dificuldade de controle é maior”, afirma Merula Borges.

    Felipe Tavares destaca que nem toda dívida é ruim, já que, muitas vezes, elas permitem o acesso a bens como automóveis e eletrodomésticos. É importante, no entanto, analisar as condições do crédito antes de contrair qualquer dívida, além gerir bem o próprio orçamento.

    “Ter dívidas não é algo ruim. Ter dívidas ruins é algo ruim. Se você fizer uma dívida consciente, com boas taxas, boas condições, que caiba no seu orçamento, aquilo vai ser muito benéfico para sua vida. O crédito não é problema, o problema é você gerir bem o orçamento. Então, a dica é que se preste muita atenção se a taxa de juros é pós-fixada, se ela está indexada a algum indicador de inflação, se tem algum seguro embutido ali, algum serviço embutido na dívida que pode ser tirado para ficar mais barato”.

    Tamires Castro destaca que é importante controlar o orçamento, sabendo exatamente o quanto se ganha e o quanto se gasta, para evitar contrair dívidas que se tornem difíceis de pagar.

    “A gente precisa ter clareza de tudo que a gente ganha e de tudo o que a gente gasta. Tem que entender o que é de fato aquilo que entra e aquilo que a gente tem de despesas fixas que não pode negociar, que a gente tem que pagar. E, como há uma preocupação das mulheres em negociar dívidas, é importante identificar descontos, para conseguir pagar as dívidas com esses descontos”.

  • Lei do Feminicídio completa 10 anos com impunidade como desafio

    Lei do Feminicídio completa 10 anos com impunidade como desafio

    A Lei do Feminicídio completou dez anos de vigência neste domingo (09). Sancionada em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff, a norma inseriu no Código Penal o crime de homicídio contra mulheres no contexto de violência doméstica e de discriminação.

    Em outubro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.994/24 e ampliou a pena para quem comete o crime. A punição, que variava entre 12 a 30 anos de prisão, passou para mínimo de 20 e máximo de 40 anos.

    De acordo com números do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), o Brasil registra cerca de 1 mil assassinatos de mulheres por ano. O banco de dados é mantido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a partir de informações enviadas pelos estados à pasta. Até outubro de 2024, foram registrados no país 1.128 mortes por feminicídio no país.

    No Judiciário, também foi registrado um volume alarmante de processos envolvendo feminicídios. No ano passado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) registrou 8,3 mil processos sobre o assassinato de mulheres. Em 2023, existiam 7,4 mil processos.

    As movimentações processuais relacionadas a medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha também foram alvo de análise pelo CNJ. Houve 827,9 mil procedimentos desse tipo em 2024.

    De acordo com o CNJ, surgiram no Judiciário brasileiro, no mesmo período, 959,2 mil novos casos de violência doméstica. O número é equivalente a 2,6 novas ações diárias.

    Para ampliar o monitoramento da atuação do Judiciário no combate à violência contra a mulher, o Conselho vai lançar na terça-feira (11) um novo painel eletrônico sobre os processos envolvendo violência doméstica.

    Com a nova plataforma será possível verificar a atuação individual das varas especializadas em violência doméstica e das unidades judiciárias com competência exclusiva para atuar nesse tipo de processo.

    São Paulo (SP), 08/03/2025 - Ato unificado pelo dia internacional de luta da mulher, com o tema São Paulo (SP), 08/03/2025 – Ato unificado pelo Dia Internacional de Luta da Mulher. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

    Dia da Mulher

    Neste sábado (08), Dia Internacional da Mulher, diversos atos pelo país pediram o reconhecimento do direito das mulheres. Entre as pautas reivindicadas, o combate efetivo ao feminicídio.

    Feminicídio zero

    Na semana passada, durante o Carnaval, o Ministério das Mulheres lançou a campanha Feminicídio Zero na Sapucaí. A campanha contou também com o apoio dos ministérios da Igualdade Racial e da Saúde.

    Feminicídio Zero é uma mobilização nacional permanente do Ministério das Mulheres, que conta com diferentes frentes de atuação com comunicação ampla e popular, implementação de políticas públicas e engajamento de influenciadores.

    Pequim+30

    A Organização das Nações Unidas Mulheres (ONU Mulheres) publicou um relatório que relata retrocessos nos direitos das mulheres. O documento mostra o balanço da jornada de 159 dos 189 países signatários da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim. As ações dos países membros da ONU serão analisada em Nova York, nos próximos dias, em uma sessão especial da organização, que contará com a participação do Brasil.

  • 8 de março: veja onde serão os atos nas capitais do Nordeste

    8 de março: veja onde serão os atos nas capitais do Nordeste

    Neste sábado, 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, as nove capitais do Nordeste terão, novamente, atos pelos direitos das mulheres, como forma de chamar a atenção da sociedade sobre as diversas formas de violência contra as mulheres.

    Este ano, o tema central é Pela vida de todas as mulheres, ainda estamos aqui; pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salários; e pela democracia – sem anistia para os golpistas.

    As mulheres também saem às ruas para reivindicar o direito à justiça reprodutiva; combater o estupro de meninas e mulheres; contra o feminicídio e pela vida de todas as mulheres e pelo fim da exploração da mulher no trabalho doméstico.

    O fim da escala 6×1 também é uma das reivindicações. A redução da jornada de trabalho é um tema caro às mulheres, que já sofrem com uma dupla jornada de trabalho, que inclui as tarefas domésticas e de cuidado de pessoas, além do trabalho remunerado.

    Confira o local dos atos em cada capital:

    Aracaju

    Na capital sergipana, o ato unificado tem o como mote principal Contra a fome e todas as violências! Pelo fim da escala 6×1 e por justiça reprodutiva! Prisão para todos os golpistas!, e terá um tom de carnaval, com concentração às 8h na Praça Fausto Cardoso.

    Da praça, as mulheres caminharão pelas ruas do centro comercial de Aracaju, dando uma volta nos mercados com o bloco de carnaval Siri na lata, comandado por mulheres. A manifestação será finalizada também na Praça Fausto Cardoso.

    Fortaleza

    Na capital cearense, a concentração está marcada para as 8h, na Praça da Bandeira, na Rua General Sampaio, no centro. Com o lema Mulheres contra as guerras, o racismo e as violências: pela legalização do aborto, por democracia e sem anistia para golpistas, o ato será uma grande passeata que circulará pelas principais ruas do centro da capital, com destino à Praça do Ferreira.

    “O 8 de março é um dia de luta! Uma data histórica em que mulheres do mundo inteiro vão às ruas para reivindicar direitos, denunciar violências e reafirmar a resistência por uma sociedade mais justa e igualitária. Lutamos por autonomia sobre nossos corpos, contra todas as formas de opressão e pelo fortalecimento da democracia!, diz o texto de convocação para o ato.

    João Pessoa

    Na capital paraibana, o 8 de março também vai ter a pegada de carnaval. Com o tema Ainda estamos aqui – vivas e festejando!, as mulheres vão levar para as ruas de João Pessoa um Festejo Feminista de Carnaval de Rua.

    A concentração será na Praça Dom Adauto, no centro da cidade, a partir das 10h30.

    “É um chamado a todas as pessoas que entendem que é preciso resistir e lutar contra todos os retrocessos e tentativas de violações dos direitos das mulheres!”, diz a nota da convocação.

    Maceió

    Em Maceió, os atos terão como palco a Avenida Amélia Rosa, em frente ao Shopping Maceió, no bairro Jatiúca. A concentração está marcada para as 9h, com caminhada prevista para as 9h30.

    Puxado pela Frente Feminista de Alagoas, formada por mais de 50 entidades que atuam em defesa dos direitos das mulheres, o ato tem como lema Ainda estamos aqui: Mulheres na luta por direitos, democracia, trabalho decente e pelo bem viver. Contra todo tipo de violência e abaixo o patriarcado.

    Natal

    Em Natal, a data será lembrada em um ato unificado com concentração no Caju da Redinha, na zona norte da capital. A concentração está marcada para as 9h seguida de caminhada até o Mercado da Redinha, com programação cultural.

    As bandeiras principais serão pelo direito ao aborto legal e pelo fim da escala 6×1 e das violências contra as mulheres.

    Salvador

    Em Salvador, a tradicional Marcha das Mulheres tem a concentração marcada para as 14h, no Cristo Redentor da Barra. De lá, sairá uma caminhada em direção ao Farol da Barra. Com o lema 8M Bahia: Vivas, livres e sem medo. Mulheres pelo fim do feminicídio, pelo direito a cidade e pelo bem viver!, as mulheres se unem para reivindicar o fim do feminicídio e da violência contra as mulheres; o direito à cidade, com acesso igualitário a espaços públicos, transporte e serviços; o bem viver, com direito à saúde, educação, trabalho decente, digno e renda.

    A marcha é organizada por um coletivo de mulheres de diversas organizações sociais, movimentos e entidades da sociedade civil.

    São Luís

    Na capital maranhense, a concentração para o ato de 8 de março será na Praça Deodoro, no centro da capital, às 8h. Sob o lema Mulheres contra os racismos e a extrema direita – reparação e bem viver, as mulheres sairão em caminhada pela Rua Grande, principal via de comércio de São Luís.

    A programação terá momentos para falas, um brechó e atrações culturais. O ato será finalizado na Casa do Maranhão, na Praia Grande.

    Recife/Olinda

    O 8 de março terá como palco as ruas de Olinda, na região metropolitana do Recife. A concentração está marcada para as 15h no Largo do Varadouro, em Olinda. Este ano, o lema é Pela vida de todas as mulheres, por direitos, enfrentando a extrema direita e o capital!

    O ato também tem como motivação a luta pelo aborto legal, seguro, gratuito e justiça reprodutiva; contra o feminicídio, transfeminicídio e lesbocídio, o fim da escala 6×1 e o ajuste fiscal.

    As mulheres também se somam à luta pela tarifa zero; soberania e segurança alimentar; moradia digna, saneamento básico e justiça climática; fim do racismo, violência policial, encarceramento em massa e por uma educação laica, além de manifestarem solidariedade aos imigrantes do Congo e à Palestina.

    Teresina

    Na capital piauiense, o 8 de março terá um ato unificado, com concentração na Praça Rio Branco, no centro de Teresina, a partir das 8h.

    O lema é Mulheres unidas no enfrentamento às violências, contra a carestia, pela redução da jornada de trabalho e pelo bem viver.

  • Feminicídio Zero estreia no Carnaval do Rio com faixa na Sapucaí

    Feminicídio Zero estreia no Carnaval do Rio com faixa na Sapucaí

    Dando início ao mês internacional das mulheres, a mobilização nacional pelo “Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”, do Ministério das Mulheres, estreou nos desfiles oficiais do Sambódromo da Marquês de Sapucaí (RJ) neste domingo (2/3), primeiro dia em que as escolas do Grupo Especial passam pela Avenida. Uma faixa com o slogan da campanha foi levada por dezenas de mulheres antes da entrada de Unidos de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense, Viradouro e Mangueira.

    Fizeram parte do grupo as ministras Cida Gonçalves (Mulheres), Anielle Franco (Igualdade Racial), Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas), além de parlamentares e mulheres de diversos movimentos sociais e de comunidades do Rio de Janeiro.

    A ação da faixa também irá acontecer nesta segunda (3/2) e terça-feira (4/2), completando todos os três dias de desfile oficial na Sapucaí, além do dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres e desfile das campeãs, quando a ministra Cida Gonçalves e outras autoridades também estarão presentes. As peças da campanha Feminicídio Zero também estão presentes em diversos espaços do Sambódromo, como paineis, cubos de frisa, adesivos nas portas dos banheiros, bottons e materiais gráficos.

    As mensagens da campanha lembram que o Carnaval é um momento de festejar, livre de assédio, e que enfrentar e interromper a violência contra a mulher é papel também dos homens. Outro destaque da campanha é reforçar, em todas as peças, a divulgação da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, disponível também no WhastApp (61) 9610-0180. A Central funciona 24 horas por dia, sete dias por semana.

    “É uma forma de a gente tentar contactar homens e mulheres que não estão no debate todos os dias sobre a questão da violência, que às vezes acham que encostar é normal, que o cara passar a mão na mulher sem consentimento é normal. Nós estamos ali para dizer que não, não é normal. Não é não. Se a mulher não quer, você não pode”, afirmou a ministra Cida Gonçalves.

    “A mobilização, que vem desde agosto do ano passado, busca fazer com que a sociedade brasileira entenda que ela precisa se meter na violência contra as mulheres. Então nós já fomos para os estádios de futebol e agora estamos no Carnaval, que é outra paixão nacional. A nossa ida às quadras das comunidades, aos ensaios das escolas, é exatamente para estabelecer a relação com a comunidade para que possamos ter uma continuidade efetiva na mobilização”, acrescentou a ministra das Mulheres.

    A iniciativa é uma parceria do Ministério das Mulheres com o Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa). A campanha é uma mobilização nacional permanente e nesta ação no carnaval carioca espera impactar mais de 5 milhões de espectadores que passarão pela Sapucaí, considerando também os dias de ensaios técnicos. Outras ações foram realizadas durante os ensaios nas quadras, junto às comunidades, com distribuição de materiais e mensagens de enfrentamento à violência contra as mulheres.

    Próximos dias

    No dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, acontecerá o desfile das campeãs no Sambódromo, quando ocorrerá uma nova ação: a inserção de mensagens da campanha na locução do desfile. As principais atrações do Carnaval do Rio neste dia são Ivete Sangalo e Anitta.

  • Secretaria de Esporte e Lazer lança Desafio Destemidas para mulheres luverdenses

    Secretaria de Esporte e Lazer lança Desafio Destemidas para mulheres luverdenses

    Uma prova esportiva diferente, com vários desafios de piso pavimentado, piso irregular, trilhas e obstáculos para atletas do gênero feminino, será uma das atividades marcadas para o mês de março pela Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer.

    O Desafio Destemidas estará com inscrições abertas a partir desta quarta-feira, 26, às 12h, no site: agitoesportes.com.br

    A competição, que terá percurso de aproximadamente cinco quilômetros, é voltada para mulheres com 16 anos ou mais, residentes no município. A prova terá largada e chegada no Lago Ernani José Machado, no dia 29 de Março de 2025, às 16h.

    A disputa será na modalidade de Cross Country/Corrida de Aventura, com o limite máximo de 400 participantes ou até o dia 15 de Março de 2025, o que for alcançado primeiro. As inscrições terão o valor de R$ 40,00. Cada atleta terá o direito ao kit do atleta contendo numeral de peito e chip para cronometragem e uma camiseta, que será de uso obrigatório durante a prova.

    A premiação, conforme o regulamento, será em troféu, conforme as categorias.

    Confira abaixo o regulamento do Desafio Destemidas:

    Categoria “A” feminino: 16 a 39 anos (nascidas de 01 de Janeiro de 1986 a 29 de Março de 2009);

    Categoria “B” feminino: 40 a 49 anos (nascidas de 01 de Janeiro de 1976 a 31 de Dezembro de 1985);

    Categoria “C” feminino: 50 anos ou mais (nascidas até 31 de Dezembro de 1975).

  • Lei que cria Política Nacional de Cuidados entra em vigor

    Lei que cria Política Nacional de Cuidados entra em vigor

    A Lei 15.069 de 2024, que institui a Política Nacional de Cuidados e que foi sancionada na segunda-feira (23) pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, entrou em vigor nesta terça-feira (24). Entre as medidas previstas pela lei, publicada na edição desta terça do Diário Oficial da União, está a elaboração de um plano nacional com ações, metas, indicadores, instrumentos, períodos de vigência e revisão, órgãos e entidades responsáveis.

    A responsabilidade pelo cuidado será compartilhada entre o Estado, as famílias, o setor privado e a sociedade civil. O objetivo é criar uma rede de suporte mais robusta e eficaz no país, que garanta que nenhum grupo social esteja sobrecarregado com as responsabilidades de cuidado.

    A política prioriza, como beneficiários das atividades de cuidado, crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência.  Há ainda a possibilidade de ampliar gradualmente o público prioritário da política, dependendo de novas demandas.

    “O Estado vai cuidar dessas pessoas e vai tirar a invisibilidade tanto da pessoa que precisa de cuidado quanto das pessoas que cuidam. Esse dinheiro é investimento na qualidade de vida das pessoas que trabalharam tanto, que dedicaram tanto tempo pra construir esse Brasil”, disse Lula em vídeo publicado em suas redes sociais, na segunda-feira, depois de sancionar a lei.

    O texto também garante prioridade para a promoção do trabalho decente àqueles que trabalham, de forma remunerada, com o cuidado de outras pessoas, o que inclui o enfrentamento da precarização e a implementação de políticas que assegurem salários justos, direitos trabalhistas adequados e condições de trabalho seguras.

    A ideia é também transformar a percepção e a organização do cuidado na sociedade, com o objetivo de fazer com que as responsabilidades sejam distribuídas de forma mais equitativa entre homens e mulheres. Segundo dados de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres gastam, em cuidados com os outros, o dobro do tempo dos homens.

    Para aqueles que necessitam de cuidado, a lei busca, segundo o governo federal, promover “a inclusão e a equidade, garantindo que todos tenham acesso ao cuidado necessário, independentemente de sua situação socioeconômica, gênero, raça ou condição física”.