Tag: mosquito

  • Casos de dengue e chikungunya disparam e já somam 20 mortes em 2025 em Mato Grosso

    Casos de dengue e chikungunya disparam e já somam 20 mortes em 2025 em Mato Grosso

    Desde o início de 2025, Mato Grosso enfrenta um aumento preocupante nos casos de dengue e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

    Nas primeiras cinco semanas do ano, as duas arboviroses já causaram 20 mortes no estado, com 12 óbitos confirmados e outros 8 ainda em investigação, de acordo com dados do painel epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT).

    A chikungunya é a doença que mais preocupa, com um total de 10.424 casos prováveis, o que representa uma taxa de incidência de 284,90 notificações para cada 100 mil habitantes.

    Esse número se aproxima do limiar de epidemia, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) define como taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes. A doença já causou 11 mortes em Mato Grosso, com outros três casos ainda sob investigação.

    A dengue também apresenta números elevados, com 9.770 casos prováveis, o que corresponde a uma incidência de 267,03 ocorrências para cada 100 mil pessoas. A infecção já causou seis óbitos, sendo um confirmado e cinco em investigação.

    Em relação à zika, foram confirmadas 51 ocorrências no estado, sem registro de óbitos até o momento.

    Óbitos em diversos municípios de Mato Grosso

    As mortes por dengue e chikungunya se espalham por diversos municípios de Mato Grosso, incluindo a capital Cuiabá, que registra o maior número de vítimas fatais por chikungunya (7 casos). Outras cidades como Rondonópolis, Várzea Grande, Pontes e Lacerda, Jaciara, Cláudia, Nossa Senhora do Livramento e Dom Aquino também registraram óbitos em decorrência das arboviroses.

    A situação em Mato Grosso se agrava com o alerta epidemiológico emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) sobre o risco de surtos de dengue tipo 3 nas Américas. A circulação desse sorotipo, que não predomina no Brasil desde 2008, já foi registrada em diversos países do continente e está associada a formas graves da doença, mesmo em infecções primárias.

  • Leishmaniose em Mato Grosso mata dois bebês em menos de um mês em Rondonópolis

    Leishmaniose em Mato Grosso mata dois bebês em menos de um mês em Rondonópolis

    Um surto preocupante de leishmaniose em Mato Grosso já resultou na morte de dois bebês com menos de um ano em Rondonópolis. A Superintendência de Vigilância em Saúde investiga os casos e trabalha para conter a disseminação da doença, reforçando a necessidade de medidas urgentes no município.

    A leishmaniose visceral, transmitida pela picada do mosquito-palha, é uma doença grave que pode levar à morte, especialmente em crianças e pessoas com o sistema imunológico debilitado.

    A transmissão ocorre quando o mosquito-palha pica animais infectados, como cães, e em seguida pica o ser humano, transmitindo o parasita.

    Os sintomas da doença incluem febre prolongada, perda de peso, aumento do fígado e do baço, anemia e fraqueza.

    As autoridades de saúde de Rondonópolis e Cuiabá estão investigando os casos e realizando ações de controle, como a aplicação de inseticidas em áreas com maior incidência da doença e a coleta de dados para identificar os fatores de risco. A população é orientada a adotar medidas preventivas, como manter os quintais limpos, eliminar criadouros do mosquito e observar sinais da doença em animais.

    Impacto da Leishmaniose em Mato Grosso

    Leishmaniose
    Leishmaniose

    A ocorrência de casos de leishmaniose visceral em diferentes regiões de Mato Grosso demonstra a importância de intensificar as ações de controle e prevenção da doença.

    A transmissão da leishmaniose está relacionada a diversos fatores, como o desmatamento, a urbanização e as mudanças climáticas, que alteram o habitat do mosquito-palha e aumentam o risco de transmissão para a população.

    O combate à leishmaniose visceral exige um esforço conjunto de diversas instituições, como órgãos de saúde, universidades, e a participação da população. É fundamental investir em pesquisa para o desenvolvimento de novas ferramentas de diagnóstico e tratamento, além de fortalecer a vigilância epidemiológica e a educação em saúde.

  • Mato Grosso enfrenta casos preocupantes de febre oropouche

    Mato Grosso enfrenta casos preocupantes de febre oropouche

    A febre oropouche, doença transmitida por mosquito, tem se espalhado rapidamente por Mato Grosso, causando grande preocupação nas autoridades de saúde. Neste ano, o estado já registrou 23 casos confirmados da doença, um aumento significativo em comparação com 2023, quando não houve nenhum caso registrado.

    Além do aumento no número de casos, a Secretaria de Estado de Saúde investiga um óbito que pode estar relacionado à doença. A situação é alarmante e exige atenção da população e das autoridades.

    A febre oropouche, antes restrita à região amazônica, tem se expandido para outras regiões do país, incluindo Mato Grosso. Fatores como mudanças climáticas, desmatamento e urbanização desordenada contribuem para a proliferação do mosquito transmissor e a disseminação da doença.

    A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso está intensificando as ações de vigilância epidemiológica e controle de vetores, além de investir em campanhas de conscientização da população.

    É fundamental que todos colaborem para evitar a proliferação do mosquito transmissor e proteger a saúde da população.

    Sintomas da Febre Oropouche

    Seus sintomas são bastante semelhantes aos da dengue e outras arboviroses
    Seus sintomas são bastante semelhantes aos da dengue e outras arboviroses

    A febre oropouche é uma doença viral transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora.

    Os principais sintomas da febre oropouche incluem:

    • Febre alta: Geralmente com início súbito e alta intensidade.
    • Dor de cabeça: Intensa e localizada, principalmente na região frontal.
    • Dores musculares e articulares: Sensação de corpo todo dolorido.
    • Tontura: Pode ocorrer em alguns casos, causando instabilidade e vertigem.
    • Dor atrás dos olhos: Sensação de pressão ou dor na região ocular.
    • Calafrios: Sensação de frio intenso, mesmo com febre.
    • Fotofobia: Sensibilidade à luz.
    • Náuseas e vômitos: Podem ocorrer, especialmente no início da doença.

    Em casos mais graves, podem surgir complicações como:

    • Meningite asséptica: Inflamação das meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
    • Encefalite: Inflamação do cérebro.

    É importante ressaltar que nem todos os indivíduos infectados pelo vírus da febre oropouche apresentarão todos os sintomas mencionados acima. A gravidade da doença pode variar de pessoa para pessoa, dependendo de fatores como idade, estado geral de saúde e sistema imunológico.

    Se você apresentar algum destes sintomas, procure um médico imediatamente. O diagnóstico da febre oropouche é feito através de exames laboratoriais, como o exame de sangue.

    A colaboração de todos é fundamental para controlar o surto de febre oropouche em Mato Grosso.

  • Barra do Garças alerta para perigo de proliferação do mosquito Aedes Aegypti neste período chuvoso

    Barra do Garças alerta para perigo de proliferação do mosquito Aedes Aegypti neste período chuvoso

    No período chuvoso, a proliferação do mosquito Aedes Aegypti tende a aumentar significativamente, por isso a Prefeitura de Barra do Garças, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, alerta a população para redobrar os cuidados a fim de combater o mosquito causador da dengue, chikungunya e zika vírus.

    Alguns cuidados básicos devem ser adotados pela população em seus afazeres diários para evitar que o Aedes Aegypti se prolifere, como: manter o quintal sempre limpo, não deixar água parada, manter a caixa d’água ou qualquer objeto que possa acumular água tampado ou de cabeça para baixo, limpar as calhas, descartar corretamente lixos, entulhos e pneus, entre outros.

    Combater o mosquito é uma tarefa que deve ser realizada em conjunto, por isso, a Secretaria de Saúde conta com os Agentes de Endemias que realizam visitas em residências, comércios e lotes baldios, identificando e eliminando objetos que acumulam água, além de realizar ações de educação em saúde alertando a população sobre os perigos do mosquito e as doenças que ele pode transmitir.

    “É preciso que cada um faça a sua parte para que não tenhamos casos ativos das doenças em nossa cidade. O cuidado começa em nossas casas, no nosso dia a dia”, contou o coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental, Nelson Vinicius Sabino.

  • Epidemia de dengue faz Natal decretar emergência em saúde

    Epidemia de dengue faz Natal decretar emergência em saúde

    A Prefeitura de Natal decretou emergência em saúde devido ao aumento do número de casos de dengue. De acordo com o município, os dados também indicam uma tendência de crescimento pela terceira semana consecutiva e o quadro atual já configura uma epidemia.

    A capital do Rio Grande do Norte contabilizou desde o início de 2024 um total de 692 ocorrências de arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Dessas, 655 são casos de dengue. Os demais registros são de febre chikungunya e, em menor número, de zika. Entre os bairros com maior concentração de casos estão Pajuçara, Lagoa Azul, Redinha, Nossa Senhora da Apresentação e Igapó.

    O decreto que estabelece a emergência em saúde pública consta no Diário Oficial do município deste sábado (2) e tem validade por 90 dias. No período, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) terá maior flexibilidade para adotar medidas e direcionar recursos com o objetivo de atender demandas de saúde pública.

    De acordo com a prefeitura, foi instalado um gabinete de crise para que os órgãos do municípios atuem de maneira integrada. A partir deles estão sendo estabelecidas as metas, as prioridades e as formas de enfrentamento à epidemia.

    Algumas medidas já foram definidas. As unidades Básica de Saúde receberão kits contendo repelentes para serem distribuídos às gestantes durante as consultas de pré-natal. Elas também estarão preparadas para fornecer reidratação oral e algumas foram destacadas como referências para hidratação venosa. Em casos de urgência, o paciente deve procurar as unidades de saúde de pronto-atendimento.

    Conforme dados divulgados pela secretaria, já foram identificados, somente neste ano, 35 mil focos do mosquito em depósitos que poderiam ser evitados, como garrafas e recipientes plásticos. Ao todo cerca de 30 mil domicílios receberam visitas de agentes sanitários neste ano até o momento. Os agentes verificam se algumas medidas essenciais estão sendo adotadas pelos moradores, tais como manter caixas d’água tampadas, bandejas de geladeira e ar-condicionado sem água, vasos sanitários sem uso fechados e piscinas tratadas.

    Entre outras pastas e órgãos que integram o gabinete de crise, estão a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), que atua na fiscalização e notificação dos proprietários de imóveis, e a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Seinfra), que irá intensificar a limpeza das lagoas e bueiros. Já a Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana), reforçará os serviços de limpeza e de recolhimento de resíduos sólidos que possam gerar acúmulo de água parada em locais públicos.

    Vacinação

    Natal recebeu do Ministério da Saúde mais de 18,8 mil doses da vacina contra a dengue. Conforme as diretrizes nacionais, a imunização iniciou atendendo crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos. O município alerta, no entanto, que a procura tem sido baixa, apenas 4,8 mil doses foram aplicadas nos primeiros 15 dias. Uma medida que está sendo planejada é a realização de vacinação nas escolas da rede municipal.

    A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC

    A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC

    Edição: Fernando Fraga

    — news —

  • Rio de Janeiro confirma segunda morte por dengue

    Rio de Janeiro confirma segunda morte por dengue

    O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, confirmou a segunda morte por dengue no município. Agora, sobe para quatro o número de mortos pela doença no estado, sendo dois na capital, um em Mangaratiba e um em Itatiaia.

    A segunda vítima de dengue é um homem de 23 anos de idade, residente de Senador Camará, que apresentou sintomas como febre, dores musculares, vômito, náusea, dores nas articulações e atrás dos olhos e não apresentava doenças pré-existentes. O quadro evoluiu, após 3 dias, para sinais de alarme e gravidade como hipotensão postural, ou seja, ao mudar de posição, sensação de perda de força muscular, queda abrupta de plaquetas, dor abdominal intensa, sangramento espontâneo de mucosa e desidratação. O exame RT PCR foi detectável para dengue tipo 2 (DENV2).

    Segundo dados do Painel Monitora, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), de janeiro até o dia 13 de fevereiro, o estado registrou 39.311 casos prováveis de dengue. No ano passado, o Centro de Inteligência em Saúde (CIS-RJ), da secretaria, contabilizou 51.479 registros prováveis da doença, com 32 mortes.

    A cidade do Rio de Janeiro entrou no dia 5 de fevereiro em situação de emergência devido ao aumento do número de internações por suspeita de dengue. A prefeitura apresentou um plano de contingência para enfrentamento à epidemia da doença, que prevê medidas de assistência à população e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue.

    Entre as medidas anunciadas estão a abertura de dez polos de atendimento, a criação do Centro de Operações de Emergência (COE-Dengue) e a disponibilização de leitos para pacientes com dengue nos hospitais da rede municipal. Além disso, estão previstos o uso de carros fumacê nas regiões com maiores incidências de casos e a entrada compulsória em imóveis fechados e abandonados.

    A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBCA melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC

    Arte/EBC

    Edição: Fernando Fraga

    — news —

  • Casos de dengue na cidade de São Paulo chegam a 7.230

    Casos de dengue na cidade de São Paulo chegam a 7.230

    A cidade de São Paulo já registra 7.230 casos de dengue este ano, com a confirmação de quatro mortes, segundo os dados do boletim de arboviroses da prefeitura da cidade, divulgado na quarta-feira (18). No mesmo período do ano passado, houve 10.292 casos confirmados e no ano inteiro foram 11.920, com dois óbitos.

    De acordo com as informações da prefeitura, todos os casos de morte são de pessoas residentes na zona norte da capital.

    Uma morte é de uma mulher, de 19 anos de idade, sem comorbidades, moradora de Santana, com início dos sintomas em 18 de abril e internação em um hospital privado no dia 22 do mesmo mês. Ela morreu no dia seguinte.

    Outro óbito é de um idoso de 94 anos de idade, com comorbidades, também residente em Santana, com início dos sintomas em 9 de abril, sendo internado em um hospital privado no dia 13 do mesmo mês, e morrendo no mesmo dia.

    Também foi registrada a morte de uma mulher de 47 anos, com comorbidades, residente na região da Casa Verde/Cachoeirinha, com início dos sintomas em 16 de janeiro e data do óbito no dia 24 de janeiro. A outra morte foi de uma mulher de 31 anos, moradora da Vila Maria, que apresentou sintomas em 5 de abril, foi internada em um hospital privado e morreu cinco dias depois.

    A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), disse, por meio de nota, que tem investido continuamente no Programa Municipal de Combate à Dengue e demais Arboviroses. Uma das ações teve início em abril com a instalação de 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicidas, inicialmente em distritos específicos da cidade com histórico de maior incidência de casos de dengue.

    “Mais de 14 mil armadilhas já foram instaladas. Os equipamentos são montados para que as fêmeas do Aedes aegypti, responsáveis pela disseminação da doença, distribuam o produto em seus criadouros após contato com o larvicida das armadilhas, a fim de eliminar o mosquito ainda em estágio larval”, informou a secretaria.

    Ações

    No dia 10 de maio, a Secretaria de Saúde realizou uma ação para intensificação de combate ao mosquito com visitas em 7 mil imóveis. No dia 18 de maio, a secretaria reforçou a frota de combate ao mosquito com mais sete picapes leves com equipamentos de dispersão dos inseticidas, dobrando a capacidade operacional na região.

    No sábado (20), a prefeitura realizou o segundo mutirão de combate à dengue, com mais de 95 mil ações, entre visitas casa a casa, para identificação e eliminação de criadouros, nebulização com inseticida e orientações à população local sobre cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

    “Simultaneamente aos movimentos, a SMS reforça que o apoio da população é fundamental para combater os focos do mosquito, com medidas como: guardar pneus em locais cobertos, lavar os potes de águas dos animais com esponja e sabão, duas vezes por semana; eliminar ou furar os pratinhos dos vasos de plantas; furar, tampar ou guardar em local protegido da chuva os demais recipientes que possam acumular água, tampar ralos, vasos sanitários, barris, tambores, tanques e caixas d’água; limpar calhas e lajes, manter as saídas de água desobstruídas; deixar latinhas, potinhos e outros recipientes recicláveis em local coberto”, recomenda a secretaria.

    Edição: Fernando Fraga

  • Fiocruz retoma projeto com mosquitos que combatem a dengue

    Fiocruz retoma projeto com mosquitos que combatem a dengue

     

    A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) retomou nesta segunda-feira (22) a liberação de mosquitos Aedes aegypti contaminados com a bactéria Wolbachia, que tem capacidade de impedir a transmissão de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. O programa foi interrompido há três meses, por causa da pandemia de covid-19.

    A retomada da liberação começa pelos bairros de Ramos, Olaria e Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo o líder do Método Wolbachia no Brasil, Luciano Moreira, essas doenças, chamadas de arboviroses, não deixaram de circular no país durante a pandemia e, por isso, é importante retomar o projeto.ebc

    “Durante o período de suspensão das atividades de campo, nossas equipes mantiveram as ações para manutenção da colônia de Aedes aegypti com Wolbachia, respeitando as orientações de segurança e higiene das autoridades de saúde. Além disso, estamos trabalhando em inovações para assegurar que a liberação de mosquitos com Wolbachia, bem como seu monitoramento, possam ser realizados com segurança, diante deste cenário de pandemia”, disse o pesquisador da Fiocruz.

    A liberação dos mosquitos será feita durante 16 semanas, mas o monitoramento da população de mosquitos infectadso com a bactéria permanece suspensa, já que exige a interação dos técnicos da pesquisa com os moradores e comerciantes voluntários que instalaram as armadilhas em suas residências ou lojas.

    Método Wolbachia

    O Método Wolbachia começou no Rio de Janeiro em 2015, com a liberação dos mosquitos contaminados em Tubiacanga, na Ilha do Governador, na zona norte da capital, e em Jurujuba, em Niterói, na região metropolitana. Em menos de dois anos, os pesquisadores constataram que a população de Aedes aegypti com Wolbachia nos locais estava em 90%. Em 2018, o projeto foi ampliado para 14 bairros da zona norte. com

    Segundo a Fiocruz, a Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas não no mosquito Aedes aegypti. “Quando presente nesses mosquitos, ela impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para a redução destas doenças. Uma vez que os mosquitos com Wolbachia são liberados no ambiente, eles se reproduzem com mosquitos de campo e ajudam a criar uma nova geração de mosquitos com Wolbachia.”

    O trabalho da Fiocruz integra a iniciativa internacional World Mosquito Program (WMP), que opera atualmente em 12 países. Além do Brasil, fazem parte do projeto Austrália, Colômbia, México, Indonésia, Sri Lanka, Índia, Vietnã, Kiribati, Fiji, Vanuatu e Nova Caledônia.