Tag: morte

  • Em Maceió, chacinas tiram a vida de 29 pessoas em situação de rua

    Em Maceió, chacinas tiram a vida de 29 pessoas em situação de rua

    Pelo menos 29 pessoas em situação de rua foram assassinadas no estado de Alagoas nas últimas semanas. Integrantes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) viajaram a Maceió, na última sexta-feira (29), para apurar os fatos, e denunciam que a contagem oficial de casos é menor do que a feita pelo movimento de defesa dos direitos da parcela da população que vive nessas condições.

    Na ocasião, o órgão convocou uma reunião interinstitucional, com autoridades locais. O encontro contou com a presença de representantes dos três Poderes estaduais, do movimento de pessoas em situação de rua, das forças de segurança pública, das defensorias públicas e dos Ministérios Públicos. A reunião foi realizada na sede do governo de Alagoas, segundo o CNDH.

    Ainda de acordo com o conselho, foram registrados assassinatos nos dias 17, 23 e 24 de setembro. A Agência Brasil chegou a pedir informações detalhadas sobre os casos à Secretaria da Segurança Pública de Alagoas e buscou saber se já aconteceram outros homicídios com o mesmo perfil de vítima. Até o momento, não houve resposta com os dados solicitados, incluindo informações sobre a possibilidade de a polícia já ter instaurado inquéritos para investigar as circunstâncias das mortes e identificar suspeitos.

    O presidente do CNDH, André Leão, contou à reportagem que a primeira chacina teve como vítimas três pessoas de uma mesma família, todas em situação de rua, que foram baleadas enquanto dormiam, na Praça de Sinimbu, no centro da capital. “Uma dessas pessoas morreu na hora. As outras duas foram socorridas, sendo que uma veio a falecer e a outra está gravemente ferida. No fim de semana seguinte, o CNDH recebeu mais uma denúncia de outras duas pessoas em situação de rua mortas. Isso chamou a atenção do conselho, porque não é possível crer que essas mortes sistemáticas sejam fatos isolados”, disse.

    Leão comentou, ainda, que os movimentos de defesa dos direitos das pessoas em situação de rua já contabilizam 30 casos desde o início do ano. “Durante a reunião [interinstitucional], ouvimos diversas demandas da própria população em situação de rua sobre abordagens truculentas por parte da polícia. A Secretaria da Segurança Pública também não reconhecia as 30 mortes e contabilizava apenas 17. Percebemos que havia também um problema nas próprias estatísticas da secretaria”, afirmou.

    “No final, existe uma constatação da necessidade de uma integração política de segurança, para melhor atendimento à população em situação de rua. Por isso, o CNDH vai expedir uma recomendação. Primeiro, para instalação de um gabinete de crise e, segundo, para que sejam adotadas medidas emergenciais voltadas à proteção dessa população”, acrescentou.

    No último dia 25, uma segunda-feira, o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, esteve com representantes de diversos órgãos para tratar da violência cometida contra a população em situação de rua, mais recentemente. Um dos encaminhamentos definidos na oportunidade foi o reforço do policiamento de agentes da chamada Ronda no Bairro, que, na avaliação do procurador-geral, teria mais condições de fazer a segurança, nesse caso, por “estar em contato direto com a comunidade”. Albuquerque também defendeu a ampliação de vagas em abrigos.

    O procurador-geral informou, ainda, que o Ministério Público de Alagoas deverá compor uma comissão de promotores, nas próximas semanas, para acompanhar a implementação de políticas públicas. A reunião foi uma iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e recebeu autoridades da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Secretaria de Estado de Prevenção à Violência, Secretaria Municipal de Assistência Social, Tribunal de Justiça de Alagoas, Ordem dos Advogados do Brasil e da Defensoria Pública estadual.

    Números oficiais

    Procurado pela reportagem, o governo do estado contestou os dados apresentados pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram registrados 16 assassinatos entre janeiro e setembro deste ano. Ainda segundo o governo, os números inferiores aos apresentados não significa a falta de providências para resolver a questão.

    Em nota, afirmou que tem “trabalhado com afinco e em várias frentes e estratégias, no compromisso de garantir a segurança da população, o que vem se refletindo na redução dos números da violência”.

    A nota continua, afirmando que a maior incidência de casos é em Maceió, onde as ações do estado ficam comprometidas pela gestão municipal. “Tampouco se pode minimizar a situação de vulnerabilidade em que vivem as pessoas em situação de rua, sobretudo na capital, onde o número de ocorrências é bem mais prevalente, e onde a falta de políticas públicas municipais voltadas a essa população, reduz o efeito das ações de segurança e assistência prestadas pelo Estado”.

    O governo informou ainda que da reunião com o CNDH, ficou definido que o conselho vai preparar um relatório com recomendações. Além disso, o Ministério Público deverá instaurar um centro de monitoramento.

    “Ficou definido que o CNDH deve realizar um relatório preliminar da situação com recomendações ao Governo e ao Poder Judiciário, que auxiliarão na construção do programa de enfrentamento e prevenção à violência contra a população de rua; a Segurança Pública vai reforçar e ampliar o patrulhamento e realizar investigação rigorosa das mortes e denúncias de violência policial; e o Ministério Público Federal em Alagoas ficou com a missão de instaurar um centro de monitoramento da população em situação de rua”.

    A Defensoria Pública de Alagoas também foi procurada pela reportagem e não respondeu os questionamentos feitos.

    * matéria atualizada às 20h33 para inclusão do posicionamento do governo de Alagoas.

    Edição: Valéria Aguiar
    — news —

  • Acidente de carro mata esposa e enteadas de ex-presidente da Funai

    Acidente de carro mata esposa e enteadas de ex-presidente da Funai

    A esposa e duas enteadas do sertanista e ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Sydney Possuelo, morreram, nesta terça-feira (5), em acidente de carro na BR-020, em Formosa (GO). Em nota, a Funai manifestou “imenso pesar” diante da tragédia.

    Defensora dos direitos dos povos indígenas e ativista social, Rosita trabalhou na Embaixada do Reino Unido por duas décadas. Atualmente, ela trabalhava na produção de um documentário internacional sobre a Amazônia e a trajetória de Sydney Possuelo.

    Há sete anos era companheira de Possuelo, um dos principais sertanistas do país. Nos anos 1980, ele ajudou a instituir a política de não contato com povos isolados, adotada desde então pela Funai.

    Para a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, a perda de Rosita é inestimável. “Rosita era amiga de todos. Recebeu a gente na casa dela com amigos. Tinha a consideração de me ligar perguntando se eu estava bem, e dizia que podia contar com eles. Sempre foi muito atenciosa e solidária”, manifestou, no comunicado. Rosita esteve com Joenia, pela última vez, em 28 de julho de 2023, em um evento convocado pelo Cacique Raoni Metuktire, na Aldeia Piaraçu (MT). Na ocasião, ocorreu o anúncio da aprovação dos estudos de Identificação e Delimitação da Terra Indígena Kapôt Nhĩnore, localizada nos estados do Pará e Mato Grosso.

    De acordo com a Funai, intitulado “Chamado de Raoni”, o evento buscou promover a defesa dos direitos dos povos indígenas no Brasil, buscando estabelecer uma plataforma unificada de reivindicações em defesa de seus direitos territoriais, culturais e ambientais.

    O acidente

    O carro onde estavam Rosita Mascarenhas Watkins, de 64 anos, as filhas Karla Mascarenhas Watkins e Michelle Mascarenhas Watkins e o neto, de 10 anos, bateu em uma carreta. A criança sobreviveu sem lesões graves.

    Segundo o Corpo de Bombeiros de Goiás, o motorista da carreta também não apresentava lesões que exigissem hospitalização imediata. Ele foi atendido no local e recusou o transporte para uma unidade de saúde.

    O motorista, de 34 anos, disse aos bombeiros que estava na direção oposta ao carro, seguindo para Formosa, enquanto o veículo de passeio seguia rumo à Bahia. Os dois colidiram frontalmente. A pista precisou ser limpa devido ao óleo que foi derramado no local.

    Edição: Valéria Aguiar
    — news —

  • ANTT informa que ônibus de torcedores estava irregular

    ANTT informa que ônibus de torcedores estava irregular

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou na tarde deste domingo (20) que o ônibus que transportava torcedores do Corinthians e sofreu acidente na Fernão Dias não possuía registro e não tinha autorização para realizar transporte interestadual de passageiros. O acidente deixou 7 pessoas mortas.  

    “A Agência informa que o veículo envolvido, de placa LPH3885, não possui registro nem autorização para realizar o transporte interestadual de passageiros, portanto a viagem é considerada irregular”, disse, em nota, a ANTT.

    O ônibus com 48 torcedores do Corinthians sofreu um acidente na BR-381 (Fernão Dias), na madrugada de hoje, no município de Brumadinho (MG), e deixou 7 mortos. Segundo a concessionária da rodovia, a Arteris, o ônibus adentrou uma curva e chocou-se contra o talude, a barreia de proteção, e na sequência tombou.

    Os feridos do acidente foram levados para quatro hospitais da região, segundo o Corpo de Bombeiros: o Hospital Municipal de Betim (MG); o Hospital Municipal de Oliveira (MG); o Hospital João 23, em Belo Horizonte; e o Hospital Municipal de Contagem (MG), onde está a maior parte das vítimas feridas. Já os corpos dos sete torcedores mortos no acidente foram levados ao Posto Médico-legal de Betim (MG).

    Edição: Aline Leal

  • Polícia identifica corpos de três vítimas de acidente de ônibus com torcedores do Corinthians 

    Polícia identifica corpos de três vítimas de acidente de ônibus com torcedores do Corinthians 

    A Polícia Civil de Minas Gerais informou que foram identificados os corpos de três vítimas do acidente com um ônibus de torcedores do Corinthians na Rodovia Fernão Dias, na madrugada deste domingo (20), que deixou sete mortos. De acordo com a polícia, são três homens, e a liberação dos corpos deverá ocorrer ainda hoje. 

    O ônibus com torcedores do time paulista sofreu um acidente na BR-381 (Fernão Dias), sentido São Paulo, na madrugada de hoje, no município de Brumadinho (MG). Segundo a concessionária da rodovia, a Arteris Fernão Dias, o ônibus perdeu o controle em uma curva, chocou-se contra o talude, um terreno inclinado na lateral da pista, e, na sequência, tombou.

    Inicialmente, o Corpo de Bombeiros informou que o veículo transportava 48 pessoas. No entanto, no fim da tarde, a corporação corrigiu o número para 43. Desse total, sete faleceram e 27 precisaram ser socorridos e levados para quatro hospitais da região: o Hospital Municipal de Betim (MG); o Hospital Municipal de Oliveira (MG); o Hospital João 23, em Belo Horizonte; e o Hospital Municipal de Contagem (MG), onde está a maior parte das vítimas feridas.

    Já os corpos dos sete torcedores mortos no acidente foram levados ao Posto Médico-legal de Betim (MG).

    De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT), o ônibus que transportava os torcedores do Corinthians estava irregular: não possuía registro e também não tinha autorização para realizar transporte interestadual de passageiros.

    Segundo a concessionária da rodovia, as duas faixas de rolagem, no local onde ocorreu o acidente, foram liberadas para tráfego e não há mais filas de veículos na região.

    Edição: Aline Leal

  • MPRJ pede prisão de médica por morte de paciente submetida a lipo

    MPRJ pede prisão de médica por morte de paciente submetida a lipo

    O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou e pediu a prisão preventiva, nessa terça-feira (15), da médica colombiana Eliana Maria Jimenez Diaz pela morte da paciente Adjane Marinho dos Santos, após procedimento estético realizado em agosto de 2020. Em junho deste ano, Eliana foi denunciada pela morte de outra paciente.

    O promotor de Justiça Sauvei Lai avalia que a denunciada assumiu o risco de causar a morte da vítima na cirurgia, porque já havia provocado outro óbito recentemente ao realizar procedimentos estéticos, “demonstrando assim indiferença quanto ao resultado morte que poderia ser produzido com as cirurgias”.

    Eliana Jimenez foi contratada pela vítima para a realização de uma lipoaspiração realizada em 11 de agosto de 2020. No dia seguinte, a paciente recebeu alta hospitalar, mesmo com sangramento e anemia. Como sentia fortes dores, na madrugada seguinte foi levada para um hospital, onde foi constatado que Adjane dos Santos apresentava perfuração do intestino grosso e delgado, bem como pancreatite aguda. Os familiares da vítima foram comunicados pela direção do hospital que o óbito ocorreu por erro médico.

    Ao encaminhar a denúncia e o novo pedido de prisão para a 2ª Vara Criminal da Capital, o promotor destaca o risco de manter em liberdade a denunciada, tendo em vista “outros procedimentos investigatórios em que a atuação profissional da médica se mostrou extremamente grave, a ponto de causar a morte de duas pacientes”.

    Outra morte

    Eliana Jimenez Diaz é acusada também da morte da cozinheira Ingrid Ramos Ferreira de 41 anos, após procedimento estético realizado em 12 de junho deste ano. A paciente morreu horas depois de ter sido submetida a uma abdominoplastia. A paciente chegou a ser socorrida pelo Serviço de Assistência Médica de Urgência (Samu), mas não resistiu e morreu antes de ser levada para um hospital. Ela estava acompanhada do filho de 14 anos, que ligou para a família. Quando o irmão e a cunhada de Ingrid chegaram à clínica, ela já estava morta.

    A médica colombiana chegou a ser ouvida pela polícia, mas foi liberada em seguida.

    A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica recomenda que procedimentos estéticos como a abdominoplastia sejam realizados em hospitais e não em clínicas que, geralmente, não têm suporte para casos mais graves. A cirurgia plástica consiste em remover determinado volume de gordura e excesso de pele na região do abdômen.

    Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link

  • Justiça torna réu três pessoas por morte de policial no Guarujá

    Justiça torna réu três pessoas por morte de policial no Guarujá

    A Justiça de São Paulo aceitou hoje (8) a denúncia feita pelo Ministério Público e tornou réus três pessoas que são acusadas de terem participado do assassinato do policial Patrick Bastos Reis, ocorrida no dia 27 de julho, no Guarujá, litoral paulista.

    A denúncia do Ministério Público foi oferecida após a Polícia Civil ter indiciado esses três homens pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e associação ao tráfico de drogas. Um deles foi preso em flagrante e os outros dois tiveram prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça.

    Ontem (7), o Ministério Público decidiu denunciar os três homens por homicídio, tentativa de homicídio contra outros três agentes que estavam naquela área e crimes relacionados ao tráfico de drogas. Segundo os promotores que foram designados para apurar todos os fatos relacionados à Operação Escudo, a condenação pelos delitos pode representar uma pena de até 65 anos de reclusão para cada um dos acusados. Nessa denúncia também foi requerida “a fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, inclusive a título de dano moral.”

    Durante a operação que resultou na morte do policial no Guarujá, um outro policial ficou ferido. Alguns dias depois, já com a Operação Escudo em andamento, dois outros policiais foram feridos na cidade de Santos, também no litoral paulista.

    Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgados hoje (8), os dois policiais feridos em Santos, Najara Gomes e Pablo Uriel, ainda se encontram internados, sem previsão de alta. A cabo Najara Gomes, segundo a secretaria, foi atingida com um tiro de fuzil pelas costas durante patrulhamento no bairro Campo Grande. O soldado Pablo Uriel foi atingido na região da virilha, quando estava fazendo buscas pelas pessoas que teriam atirado na cabo Najara Gomes.

    Execuções

    Após a morte do policial Reis, o governo estadual lançou na Baixada Santista a Operação Escudo. Desde o dia 28 de julho, a ação já deixou 16 mortos na região.

    Segundo a secretaria, entre os dias 28 de julho e 7 de agosto, 246 pessoas foram presas na operação. A secretaria não informa, no entanto, se todos eles permanecem presos, e nem por quais crimes estas pessoas foram detidas e nem a quantidade de presos já liberados.

    A Operação Escudo vem sendo alvo de muitas críticas. Moradores têm relatado abusos policiais, como tortura e execuções. As denúncias foram colhidas por uma comissão que esteve na semana passada no Guarujá, com representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), da Defensoria Pública estadual, da Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e parlamentares.

    “O que a gente ouviu de vítimas, nem posso chamá-las de testemunhas, porque elas foram todas vítimas, foi [que houve] abordagens sistemáticas, contínuas, de pessoas dentro de casa, na rua, [de] policiais entrando na casa das pessoas sem mandado judicial, sem nenhuma justificativa, e fazendo chamado a quem era egresso do sistema prisional ou que tivesse passagem pela polícia”, disse a deputada Mônica Seixas, integrante da comissão. “E, de forma aleatória, algumas pessoas com passagem pela polícia foram executadas. Um pai com um filho no colo foi executado. Jovens foram espancados. Alguns foram colocados na viatura e levados para serem mortos em outras comunidades. Foi isso que a gente ouviu”, acrescentou a deputada.

    As denúncias de abusos levaram organizações de direitos humanos a pedirem pelo fim imediato da Operação Escudo. Em nota divulgada hoje (8), a secretaria informou que a operação realizada na Baixada Santista “segue para combater o tráfico de drogas e desarticular integrantes do crime organizado”.

    O Ministério Público informou que abriu um Procedimento Investigatório Criminal na esfera penal para apurar como ocorreram todas as mortes registradas no âmbito da operação e também um Procedimento Administrativo de Acompanhamento para apurar as investigações de todas as ocorrências de morte por intervenção policial. O Ministério Público informou ainda que abriu um Inquérito Civil para apurar eventuais atos lesivos aos direitos humanos.

    O número de mortes provocadas por policiais militares em serviço cresceu 26% no primeiro semestre deste ano no estado de São Paulo. O total de ocorrências subiu de 123, nos primeiros seis meses de 2022, para 155, em igual período deste ano, de acordo com dados da SSP.

    Edição: Valéria Aguiar

  • Morte de jovem pela polícia causa distúrbios nos arredores de Paris

    Morte de jovem pela polícia causa distúrbios nos arredores de Paris

    A morte de um jovem, pela polícia, na cidade francesa de Nanterre, durante tentativa de fuga, originou uma série de distúrbios nas últimas horas nos arredores de Paris, levando as forças de segurança a deter 24 pessoas.

    O responsável pela polícia de Paris, Laurent Núñez, explicou ao canal CNews que os manifestantes incendiaram 42 veículos, além de máquinas utilizadas na construção, e insistiu que os 350 policiais destacados durante a noite impediram roubos em lojas e outros edifícios.

    “O dispositivo durará o tempo que for necessário”, disse Núñez sobre a manutenção do aparato policial nos próximos dias, acrescentando que 24 elementos das forças de segurança ficaram feridos nos confrontos.

    Ele adiantou que esses tumultos já eram esperados, após o incidente da manhã dessa terça-feira (27) em Nanterre, referindo-se à morte de Naël, um jovem com supostos antecedentes criminais que dirigia sem documentos. Depois de receber ordem da polícia para parar, tentou fugir com o veículo e acabou morto a tiro.

    Um vídeo dos acontecimentos, registrado por uma testemunha, mostra como um dos agentes, um brigadeiro de 38 anos, apontou a arma diretamente para o jovem na janela do carro, enquanto o outro falava com ele do mesmo lado. Ambos os agentes foram detidos.

    A Justiça abriu duas investigações, uma delas por homicídio voluntário, e a segunda por causa da fuga da vítima. Essa decisão tem provocado a indignação da família do jovem que, de acordo com a sua advogada, “não se pode julgar um morto”.

    Em declarações à estação France Info, Cambla indicou que a família pretende apresentar queixa por falsificação, considerando que os agentes envolvidos no incidente mentiram em seu primeiro depoimento.

    A advogada insistiu que a reação da polícia foi “absolutamente ilegítima” e que “não se enquadra no quadro da legítima defesa” porque “sentir-se ameaçado não basta para disparar uma bala no peito”.

    O incidente gerou uma reação política, especialmente de alguns dirigentes de esquerda, que denunciaram o grande número de mortes por elementos policiais, que contam com a legítima defesa, principalmente quando o condutor foge de um posto de fiscalização.

    A estrela da seleção francesa Kylian Mbappé também reagiu, em mensagem na sua conta no Twitter: “A França magoa-me. Uma situação inaceitável. Estou com a família e parentes de Naël, esse anjinho que se foi cedo demais”.

    *É proibida a reprodução deste conteúdo.

  • OMS confirma primeira morte por gripe aviária no mundo 

    OMS confirma primeira morte por gripe aviária no mundo 

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a primeira morte por gripe aviária no mundo. A mulher, de 56 anos, morava na província de Guangdong, na China, e começou a apresentar sintomas em 22 de fevereiro. No dia 3 de março, ela precisou ser hospitalizada em razão de uma pneumonia grave e morreu no dia 16 do mesmo mês. No último dia 27, o governo chinês confirmou que a paciente foi infectada pelo vírus H3N8, causador da gripe aviária.

    O caso foi detectado por meio do sistema de vigilância de infecções respiratórias agudas graves. A mulher tinha comorbidades e um histórico de exposição a aves vivas antes do início dos sintomas da doença, além de contato com pássaros selvagens dentro da própria casa.

    De acordo com a OMS, apenas três casos de gripe aviária foram identificados em humanos em todo o mundo – todos na China. “Uma investigação epidemiológica e o rastreamento de contatos próximos foram realizados. Não foram encontrados outros casos entre pessoas próximas ao indivíduo infectado”, destacou a entidade, por meio de nota.

    “Com base nas informações disponíveis, o vírus não parece ter a capacidade de se espalhar facilmente de pessoa para pessoa e, portanto, o risco de se espalhar entre humanos em níveis nacional, regional e internacional é considerado baixo”, avaliou a organização. “Entretanto, devido à natureza de constante evolução dos vírus influenza, a OMS enfatiza a importância da vigilância global para detectar alterações virológicas, epidemiológicas e clínicas associadas aos vírus influenza circulantes.”

    Entenda

    Os vírus da gripe aviária são comumente detectados em animais em todo o mundo. São alguns dos subtipos mais frequentemente encontrados em aves, causando pouco ou nenhum sinal de adoecimento em pássaros domésticos e selvagens. A chamada transmissão entre espécies do H3N8 foi reportada em diversos mamíferos, inclusive de forma endêmica entre cães e cavalos.

    Brasil

    No último dia 30, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou portaria que suspende, em todo o território nacional, a realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. A medida, de caráter preventivo, tem validade inicial de 90 dias e foi tomada em função do risco de ingresso e de disseminação de casos de gripe aviária no país.

    Em janeiro, nota técnica da pasta já alertava para a necessidade de adoção de medidas preventivas contra a gripe aviária em razão do aumento de notificação de casos em diversos países. Na ocasião, o govrno federal determinou o aumento das atividades de vigilância sanitária nos estabelecimentos avícolas por parte de órgãos estaduais de vigilância sanitária animal.

    Edição: Graça Adjuto

  • Estudante mata professora e fere 5 colegas

    Estudante mata professora e fere 5 colegas

    A professora Elizabeth Tenreiro, 71 anos, morreu após ser esfaqueada nesta segunda-feira (27), na Escola Estadual Thomazia Montoro, no bairro Vila Sônia, em São Paulo. Um adolescente de 13 anos, responsável pelo ataque, foi apreendido. Elizabeth foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Outros três professores e dois estudantes ficaram feridos no ataque.

    O governo estadual informou que os feridos foram encaminhados aos hospitais das Clínicas, Bandeirantes, Universitário e São Luís.

    “A situação causa consternação a todos e a prioridade neste momento é prestar socorro às vítimas e apoio aos familiares”, disse o governo, por meio de nota.

    Luto oficial

    As polícias civil e militar estão no local para atender a ocorrência. Os secretários de Educação, Renato Feder, e da Segurança, Guilherme Derrite, também estão na escola. Foi decretado luto oficial de três dias no estado. A escola ficará fechada e será avaliada a reabertura gradual.

    Segundo o secretário de Segurança, o jovem foi contido por uma professora de Educação Física, cujo nome ainda não foi revelado. Uma viatura da Ronda Escolar chegou em três minutos ao local.

    Os primeiros relatos ouvidos pela equipe da Agência Brasil apontam para uma discussão na semana passada entre o jovem responsável pelos ataques e outro estudante. Nesse episódio, o agressor teria proferido ofensas racistas e, desde então, passou a falar que faria um massacre na escola.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Morre o ex-governador do Amazonas

    Morre o ex-governador do Amazonas

    O ex-governador do Amazonas Amazonino Mendes morreu hoje (12), em São Paulo. O político, de 83 anos, estava internado no Hospital Sírio-Libanês praticamente desde o dia 23 de novembro, quando foi levado à unidade de saúde pela primeira vez para tratar de uma diverticulite (inflamação no intestino grosso) e de uma pneumonia.

    Nascido em novembro de 1939 em Eirunepé (AM), Amazonino governou o Amazonas por quatro vezes. Também foi prefeito de Manaus por três mandatos e senador entre fevereiro de 1991 e dezembro de 1992, quando renunciou para disputar a prefeitura de Manaus – cargo que ocupou pela segunda vez e que também abandonou em 1994, quando foi eleito governador também pela segunda vez.

    Em 2022, Amazonino concorreu a um quarto mandato como governador, mas terminou em terceiro lugar, atrás do atual governador Wilson Lima e do também ex-governador Eduardo Braga. Em respeito à história política de Amazonino, o governador Wilson Lima decretou luto de sete dias no estado.

    Lula lamenta morte

    Em nota, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou seus sentimentos aos parentes, amigos e admiradores de Amazonino, destacando que o político se dedicou à causa pública até o fim da vida.

    “Amazonino Mendes tinha gosto e vocação política, governando o estado do Amazonas quatro vezes, representando-o no Senado, e sendo também prefeito três vezes de Manaus”, destacou Lula, lembrando ter recebido o apoio político do ex-governador durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. “Tenho orgulho e fiquei muito agradecido.”

    Repercussões

    Em um vídeo que compartilhou em suas redes sociais, o senador Eduardo Braga afirmou que o conterrâneo cumpriu um papel muito importante na vida das últimas gerações de amazonenses. “Refiro-me a Amazonino, que fez muitas obras, marcou a vida das pessoas com carinho e atenção e, acima de tudo, por uma mudança no comportamento na vida pública dos amazonenses”, disse Braga.

    Em uma postagem posterior, o senador acrescentou que, mesmo quando em campos opostos, Amazonino “sempre primou pelo respeito”, sendo uma fonte de inspiração para outros políticos. “Por tudo isso, tornou-se uma referência para as gerações subsequentes de políticos no estado, como eu. Muito aprendi com Amazonino Mendes.”

    Também pelas redes sociais, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, expressou seus sentimentos e o de todos os correligionários pela morte de Amazonino. Segundo Freire, o amazonense, marcou indelevelmente a história política do Amazonas e do país. “Nossa solidariedade na dor dos familiares, amigos e ao povo do Amazonas”, disse.

    Edição: Nélio de Andrade