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  • Monitoramento de praias já devolveu à natureza mais de 2,7 mil animais

    Monitoramento de praias já devolveu à natureza mais de 2,7 mil animais

     

    O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), executado pela Petrobras, está completando cinco anos de atividades na Bacia de Santos. Nesse período, 2,7 mil animais foram devolvidos à natureza, entre 11,2 mil atendidos e 87,8 mil registrados. A equipe  atua diariamente no resgate de animais marinhos vivos debilitados, encontrados na área entre Laguna (SC) e Saquarema (RJ).

    Em cinco anos, foram 2.070 aves, 89 mamíferos e 602 quelônios devolvidos aos seus habitats, enquanto 7.574 aves, 1.874 mamíferos e 3.522 quelônios foram atendidos. Outros dados mostram o alcance do trabalho, com cerca de 1,5 milhão de quilômetros de monitoramento diário e contribuições para 200 trabalhos científicos, como teses de doutorado, dissertações de mestrado, trabalhos de conclusão de curso, resumos em congressos e artigos.

    De acordo com a gerente-geral de Licenciamento Ambiental e Relacionamento Externo da Petrobras, Daniele Lomba, a atuação do projeto na Bacia de Santos vem gerando vasto conhecimento sobre diferentes espécies marinhas. ” atividade de monitoramento de praias é uma das principais fontes de informações sobre as aves, quelônios e mamíferos marinhos, essenciais para a conservação dessas espécies”. Entre janeiro e junho deste ano, o PMP da Bacia de Santos havia registrado mais de 2,5 pinguins nas praias monitoradas, o maior número em apenas um semestre.

    O projeto  contribui para a coleta e o armazenamento de dados por meio de um banco de acesso público, chamado Sistema de Informação de Monitoramento da Biota Aquática (Simba), que subsidia informações para planos de manejo e tomadas de decisões dos órgãos ambientais e favorece a disseminação do conhecimento por meio de pesquisas e publicações técnico-científicas. Além da importância para a preservação das espécies em razão das ações de reabilitação, o programa emprega centenas de profissionais de diversas áreas, como oceanógrafos, biólogos, veterinários. Atualmente, são 449 colaboradores que atuam nas três áreas (Santa Catarina/Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro).

    Coordenador da área que abrange Santa Catarina e o Paraná, André Barreto disse que “em agosto de 2015 começamos a ter uma ideia da realidade da mortalidade e dos encalhes de animais marinhos na costa litorânea que abrange o projeto. Os dados coletados servirão como linha de base para apontarmos possíveis mudanças nos padrões de encalhes e o que realmente faz parte da normalidade do ambiente marinho”, explicou.

    Atendimento

    O projeto é o maior programa de monitoramento de praias do mundo. O monitoramento é fiscalizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e compreende o resgate, a reabilitação e soltura de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, contribuindo para a manutenção da biodiversidade marinha. Atualmente, há quatro projetos de monitoramento que atuam em dez estados litorâneos, acompanhando mais de 3 mil quilômetros de praias. O PMP da Bacia de Santos é o mais recente da Petrobras.

    As equipes dos PMPs trabalham diariamente no resgate de animais marinhos debilitados e de carcaças encontradas em variados estágios de decomposição. Muitos animais encontrados apresentam lesões causadas por embarcações, linhas de pesca e estão afetados pelos resíduos sólidos ou até mesmo mortos. Todos os animais encontrados são avaliados e, quando necessário, encaminhados para o atendimento veterinário.

    Após a estabilização do quadro clínico, o animal é ambientado para retornar à natureza. No entanto, antes da soltura eles recebem uma marcação que permitirá o acompanhamento caso reapareçam em outra região. Os pinguins, por exemplo, recebem chips. Nos animais encontrados mortos é realizada necropsia para identificar a causa da morte e avaliar se houve interação com atividades humanas.

  • Florestas de MT seguem vigiadas por satélites de alta resolução até 2021

    Florestas de MT seguem vigiadas por satélites de alta resolução até 2021

    O Estado de Mato Grosso será beneficiado pelo Sistema de Monitoramento da Cobertura Vegetal, por mais um ano. O contrato do serviço foi renovado pelo Programa REM (da sigla em inglês, REDD+ para pioneiros), por meio do Fundo Brasileiro da Biodiversidade (Funbio). A partir do novo acordo, foram feitas melhorias no sistema, como a geração de índices de vegetação e a automatização de laudos que irão subsidiar a lavratura de autos de infração.

    A ferramenta, que utiliza imagens dos satélites de alta resolução da constelação Planet, monitora alterações na cobertura vegetal a partir de um hectare. Com resolução especial de três metros, as imagens possibilitam a rápida detecção de desmatamento e exploração florestal ilegais. Também é possível apurar o comportamento do fogo em casos de incêndios florestais e acompanhar a regeneração da vegetação nativa.

    Desde a implantação total do sistema, em setembro de 2019, até março de 2020, um dos resultados mais importantes observados foi a redução das dimensões das áreas desmatadas. Entre as semanas 8 a 12 do projeto, a área total dos alertas de degradação e corte raso chegou a picos de 52 mil hectares. Já a partir da semana 21 do projeto, os alertas totais somaram 25 mil hectares a cada sete dias. Isso significa que as ações céleres de combate aos crimes ambientais contribuíram para evitar a abertura ilegal de grandes áreas, que são especialmente prejudiciais para a regeneração da vegetação.

    “O monitoramento diário do desmatamento provê aos órgãos de controle velocidade, qualidade e transparência na identificação da remoção da cobertura vegetal nativa no Estado e a inibição da continuidade do desmatamento”, explica a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.

    Atualmente, possuem acesso à plataforma web de acesso às imagens Plantet:  Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), Ministério Público de Mato Grosso, Ibama, Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), Defesa Civil, Corpo de Bombeiro Militar, Secretaria de Planejamento e Gestão, Empaer, Indea, Incra, Seaf e Comitê do Fogo.

    Fortalecimento institucional

    O serviço é implementado pela empresa Santiago e Cintra Consultoria, representante exclusiva da Planet no Brasil e que tem mais de dez anos de atuação de tecnologia espacial. E o contrato foi firmado com o Programa REM-MT por R$7,5 milhões para os próximos doze meses.

    Com foco na redução do desmatamento e manutenção da floresta em pé, o Programa REM-MT já investiu R$ 36 milhões em fortalecimento das ações desenvolvidas pelo Governo de Mato Grosso para. Os aportes beneficiaram as secretarias de Meio Ambiente, Segurança Pública (Sesp), Desenvolvimento Econômico (Sedec), Agricultura Familiar (Seaf), Superintendência de Assuntos Indígenas (SAI/Casa Civil), Empaer, Intermat, Ministério Público do Estado e Funai.

    “Além das imagens de satélite de alta resolução, também atuamos para fornecer o suporte necessário para que as ações de campo sejam realizadas, efetivando o uso da tecnologia para responsabilização de infratores”, explica o coordenador do subprograma de Fortalecimento Institucional do Programa REM-MT, Felipe Sant´Ana. Os investimentos foram feitos em sistemas, veículos, equipamentos de campo, dentro outros.

    O principal objetivo do Programa REM-MT é manter a floresta em pé e segue todos os princípios e critérios da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), na qual não ocorre transferência de créditos de carbono. O contrato do REM Mato Grosso prevê recursos na ordem de 44 milhões de euros do governo da Alemanha por meio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), e o governo do Reino Unido, por meio do Departamento Britânico para Energia e Estratégia Industrial (BEIS). A totalidade do recurso só será liberado se o Estado mantiver o desmatamento abaixo do limite, chamado de gatilho de performance, que é de 1.788 Km2/ano.