Tag: monitoramento

  • Forças de Segurança de Lucas do Rio Verde se unem para garantir tranquilidade nas eleições municipais de outubro

    Forças de Segurança de Lucas do Rio Verde se unem para garantir tranquilidade nas eleições municipais de outubro

    Em preparação para as eleições municipais de 2024, que ocorrerão no dia 06 de outubro, o Juiz Eleitoral da 21ª Zona Eleitoral de Lucas do Rio Verde, Evandro Juarez, e o Promotor Eleitoral Leonardo Moraes Gonçalves realizaram uma reunião estratégica com as Forças de Segurança do município. O encontro teve como foco central a definição das ações de segurança a serem implementadas durante o dia do pleito, buscando assegurar o bom andamento das eleições e a tranquilidade dos eleitores.

    Durante o encontro, o juiz eleitoral destacou a importância da união entre as forças de segurança e a Justiça Eleitoral. “Este é um momento de integração, onde cada órgão desempenha um papel crucial para garantir a lisura e segurança do processo eleitoral”, afirmou Juarez.

    O promotor Leonardo Moraes ressaltou a necessidade de proporcionar aos eleitores um ambiente seguro para o exercício do voto. “O nosso objetivo é que o cidadão possa cumprir seu dever cívico com total tranquilidade”, disse.

    O Secretário de Segurança Pública de Lucas do Rio Verde, Coronel Marcos Cunha, destacou o uso das câmeras de monitoramento espalhadas pela cidade como uma ferramenta essencial no suporte às forças de segurança no dia da eleição. “Esses equipamentos serão fundamentais para a prevenção e rápida resposta a qualquer incidente que possa surgir”, explicou Cunha.

    Além disso, o comandante da 13ª Companhia Independente de Bombeiros, Capitão BM Gleiber de Campos Bertolazo, garantiu que as guarnições estarão estrategicamente posicionadas nos locais de votação, prontas para auxiliar a população e intervir em qualquer situação de emergência.

    A Polícia Judiciária Civil (PJC) também desempenhará um papel fundamental, como informou o Chefe de Investigações da PJC, Marcelo Melo. Ele destacou que a equipe estará preparada para investigar eventuais crimes eleitorais que possam ocorrer no decorrer do processo.

    Com a integração das diferentes forças de segurança e o apoio da tecnologia, Lucas do Rio Verde se prepara para garantir um pleito seguro e tranquilo para toda a população.

  • Empresas de cosméticos terão novas regras de monitoramento

    Empresas de cosméticos terão novas regras de monitoramento

    Uma resolução da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece nova regulamentação de boas práticas para as empresas fabricantes de cosméticos. O objetivo é aprimorar o monitoramento e a segurança dos cosméticos permitidos no país, garantindo, com isso, que eventuais riscos à saúde sejam identificados e gerenciados de maneira eficaz e em tempo hábil. A resolução deve entrar em vigor em doze meses.

    A resolução da Anvisa utiliza o termo cosmetovigilância, usado para designar a vigilância e o monitoramento pós-comercialização (quando o produto chega às mãos dos consumidores) e pós-uso (após utilização pelos clientes). Esse monitoramento vai compreender as atividades de identificação, notificação, avaliação, investigação, monitoramento, comunicação e prevenção de reações adversas decorrentes do uso de produtos cosméticos em condições normais ou razoavelmente previsíveis.

    Os principais pontos da resolução são a definição clara das responsabilidades das empresas de cosméticos; estabelecimento de um sistema de cosmetovigilância robusto, composto por pelo menos seis requisitos mínimos obrigatórios: coleta, avaliação, investigação e notificação de eventos graves.

    Cada empresa deverá indicar um profissional que será responsável pela cosmetovigilância; um prazo de notificação à Anvisa será definido; além da definição e implantação de medidas para reduzir riscos pelas empresas quando identificados problemas de segurança com os produtos cosméticos produzidos.

    A Anvisa informou que a resolução é um avanço e a iniciativa pretende modernizar o marco regulatório do setor de cosméticos, seguindo as melhores práticas adotadas internacionalmente pelo setor.

    Estima-se que o mercado brasileiro de cosméticos, higiene e produtos de beleza movimente por ano quase R$ 200 bilhões e a expectativa é de crescimento sustentável, conforme a Associação Brasileira da Indústria da Higiene Pessoa, Perfumaria e Cosméticos (AbihPec). Nos primeiros quatro meses deste ano, as exportações brasileiras somaram US$ 284,1 milhões. No mundo, o mercado de cosméticos movimenta US$ 500 bilhões por ano.

    Cinco maiores empresas de cosméticos do mundo

    L’Oréal Paris – valor US$ 13,6 bilhões

    Gillette – valor US$ 7,2 bilhões

    Nivea – valor US$ 6,2 bilhões

    Clinique – valor US$ 6 bilhões

    Chanel – valor US$ 5,8 bilhões

    Cinco maiores empresas de cosméticos no Brasil

    Natura Cosméticos

    Grupo Boticário

    L’Oréal Brasil

    Reckitt Benckiser Industrial

    Procter & Gamble

    Edição: Marcello Antunes

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  • Mais de 200 câmeras serão instaladas em sistema de monitoramento de Barra do Garças

    Barra do Garças vai ganhar um sistema de monitoramento, com mais de 200 câmeras de vigilância que já estão sendo instaladas em pontos estratégicos do município. Fruto de um convênio entre a Prefeitura de Barra do Garças e o Governo de Mato Grosso, por meio da adesão ao Programa Vigia MT, a instalação do sistema tem o objetivo de promover mais segurança ao comércio local e também às regiões residenciais.

    A instalação do sistema de monitoramento no município é uma luta que contou com a mobilização da Prefeitura, da Câmara de Vereadores e da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Barra do Garças (CDL). Além de prevenir a criminalidade e aumentar a sensação de segurança para a população, a ideia é combater a onda de furtos em comércios da cidade.

    Na manhã desta quarta-feira (03), autoridades do município e da segurança pública se reuniram na Câmara Municipal para discutir o tema e informar a imprensa sobre a instalação do videomonitoramento.

    A expectativa é que o sistema de monitoramento, equipado com reconhecimento facial, entre outras tecnologias, facilite o trabalho policial e judicial no combate e julgamento dos crimes. Além disso, espera-se que a cobertura do quadrilátero comercial e o monitoramento em regiões estratégicas ajudem a inibir a ação dos criminosos.

    Segundo o tenente-coronel Gibson Almeida Costa Júnior, chefe do Comando Regional 5 da Polícia Militar, em Barra do Garças, as imagens registradas pelo sistema de monitoramento ficarão disponíveis para todos os órgãos da segurança pública.

    “Essas câmeras vão ser utilizadas para auxiliar as forças de segurança no trabalho diário, tanto nos fatos diários relacionados a crimes, quanto nas infrações administrativas de trânsito”, destacou o tenente-coronel.

    Os locais de instalação das câmeras foram determinados pelas forças de segurança, após uma análise estratégica do território de Barra do Garças e das necessidades que o município atualmente apresenta em termos de segurança.

    O presidente da CDL de Barra do Garças, Leonardo Carvalho da Mota, destacou que a Câmara de Dirigentes Lojistas não mediu esforços pela implantação da vigilância, inclusive destinando recursos para a viabilidade do projeto. Segundo ele, o órgão continuará contribuindo com a iniciativa, avaliando a funcionalidade do sistema e propondo ajustes.

    “Assim que o sistema estiver 100% operacional, nós iremos analisar esse sistema, verificando se não ficou nenhuma região desguarnecida.”

    Leonardo também afirmou que as câmeras particulares de comerciantes que já tenham sistema de monitoramento em seu comércio poderão ser integradas ao sistema do município para potencializar ainda mais a vigilância digital.

  • Sistema de monitoramento agrometeorológico da Embrapa chega aos 20 anos investindo em melhorias

    Sistema de monitoramento agrometeorológico da Embrapa chega aos 20 anos investindo em melhorias

    Eventos climáticos extremos têm dado a dimensão da importância do acesso a dados sobre o clima para o gerenciamento da atividade agrícola. No Brasil, há 20 anos o setor agropecuário conta com o suporte do Agritempo , um sistema de monitoramento agrometeorológico, que ganha agora nova versão (veja quadro sobre seu lançamento). A tecnologia, desenvolvida pela Embrapa Agricultura Digital (SP) e parceiros, é utilizada em 1.643 estações brasileiras e disponibiliza informações gratuitas para todos os municípios brasileiros. Os impactos econômicos de sua adoção são avaliados em cerca de R$ 79 milhões.

    Do preparo do solo à colheita e transporte dos produtos, o planejamento da atividade agrícola depende do monitoramento do clima. O Agritempo considera séries históricas de 30 a 100 anos e, a partir do cruzamento de dados, gera boletins, gráficos e mapas, informações que alimentam modelos preditivos sobre o desempenho agrícola das culturas.

    A tecnologia tem passado por aprimoramentos que buscam oferecer funcionalidades adicionais por meio de novas ferramentas digitais, com melhorias na interface com o usuário, especialmente.

    Dados do sistema integram o Zoneamento Agrícola de Risco Climático ( Zarc ), utilizado pelos programas de Garantia da Atividade Agropecuária ( Proagro ) e de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural ( PSR ). Desde o início da aferição dos impactos econômicos da tecnologia, em 2007, até 2023, foram computados quase 79 milhões de reais.

    Desse montante, 45% dos benefícios foram atribuídos ao uso do Agritempo por profissionais de diferentes instituições com objetivos diversos, explica a pesquisadora Maria do Carmo Fasiaben . As orientações de manejo agrícola aos produtores e a economia proporcionada pelo uso dos bancos de dados no Zarc representaram 35% e 20%, respectivamente, dos impactos econômicos positivos da tecnologia, acrescenta o especialista. A adoção do sistema tem, ainda, gerado benefícios sociais e ambientais, cujo reconhecimento mantém a confiabilidade da tecnologia.

    Antes do lançamento do sistema, segundo a pesquisadora Luciana Romani , da Embrapa Agricultura Digital, não era possível acessar dados de todos os municípios. As informações não eram integradas, estavam dispersas em vários locais e em diferentes formatos, dificultando a consulta.

    “Com seus 20 anos, o Agritempo se mantém inovador, visto que não existe até o momento um sistema provedor que entregou os mesmos produtos e informações de forma totalmente gratuita e com a mesma abrangência territorial”, avalia Romani.

    Renata Gonçalves, pesquisadora do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura, da Universidade Estadual de Campinas ( Cepagri /Unicamp), parceira da Embrapa no desenvolvimento do Agritempo, reforça que a tecnologia se mantém relevante por duas décadas porque tem conseguido atender às demandas do setor. “O sistema Agritempo permite aos usuários flexibilidade no uso dos recursos computacionais e acesso, em tempo real, às informações geográficas e agrometeorológicas”, argumenta.

    Lançamento da nova versão

    A Embrapa e  o Cepagri  comemoram os 20 anos do Agritempo, com o lançamento da nova versão do sistema, durante seminário que vai debater os impactos dos dados climáticos na agricultura atual e futura.

    O evento será realizado em 5 de julho, no Auditório do GGBS da Unicamp (Campinas, SP), das 9h30 às 12 horas. O endereço é Praça das Bandeiras, 45 – prédio da Diretoria Geral de Administração – Cidade Universitária “Zeferino Vaz”.

    Apoio a políticas públicas

    O monitoramento agrometeorológico tem demonstrado crescente relevância no apoio ao planejamento de políticas públicas, visando à organização da logística de transporte e o fornecimento de energia nas áreas urbanas, inclusive. Isso, além do ordenamento de atividades do setor agrícola por meio da indicação de cultivares e formas de manejo, por exemplo.

    “A intensificação das mudanças do clima exige maior acurácia das previsões, que, no entanto, ficam cada vez mais difíceis, desafiando a pesquisa e exigindo investimentos”, ressalta Luciana Romani.

    Beneficiários refletem diversidade de aplicações

    Em duas décadas de lançamento do sistema, o número de acessos ao Agritempo continua expressivo. Somente no período de 1º de dezembro de 2022 a 30 de novembro de 2023, foram registrados quase 290 mil acessos ao Agritempo, vinculados pelo Sistema WebStats, gerenciado pela Embrapa Agricultura Digital.

    Diferentes categorias de atores vêm sendo beneficiárias das informações do sistema. Entre os usuários mais frequentes, estão extensionistas rurais, docentes, estudantes, instituições de pesquisa, universidades, integrantes do setor produtivo, representantes da agroindústria e instituições financeiras de consultoria agrícola. Pela capacidade de previsão de 96 horas, a Agritempo pode apoiá-lo no transporte de produtos agrícolas.

    Os usuários se mantêm informados sobre estiagem agrícola, coleta acumulada, épocas de realização de tratamentos fitossanitários, necessidade de irrigação, condições de manejo do solo e de aplicação de defensivos agrícolas. Informações que permitem reduzir custos e aumentar produtividade.

    Tomadores de decisão dos setores público e privado, assim como representante do sistema financeiro que atuam na promoção do seguro rural, integram a lista de segmentos beneficiados pelo serviço. A crescente ocorrência e os impactos das mudanças climáticas têm levado também jornalistas a fazer uso do sistema, sustentando em compreender a evolução dos acontecimentos meteorológicos para melhor noticiar tais eventos.

    Avaliação de impactos

    Os impactos da adoção do Agritempo ao longo das cadeias produtivas são consideráveis, já que o sistema disponibiliza informações que apoiam a tomada de decisões desde os produtores até os formuladores de políticas públicas.

    Ao fornecer dados de temperatura ao Zarc, o Agritempo contribui inclusive com a redução de riscos socioeconômicos e ambientais, indicando os dados com menores danos para plantio de diferentes culturas por município, ao longo de todo o País.

    Para aperfeiçoar o atendimento ao público adotante da tecnologia, a equipe coordenadora do sistema avalia anualmente os impactos da sua adoção sob os aspectos econômicos e sob a perspectiva dos usuários. A última avaliação ocorreu no segundo semestre de 2023.

    A consulta considera as dimensões socioambientais e de desenvolvimento institucional, revelando que a maior média de impacto foi para o critério de acesso a recursos financeiros. Entre as justificativas adotadas pelos usuários do sistema está o fato de que dados do sistema alimentam o Zarc, conforme estudos técnicos, quando observados pelo setor produtivo, viabilizam o acesso ao crédito rural e ao seguro agrícola.

    Quanto aos aspectos ambientais, os adotantes foram unânimes em considerar que critérios como práticas de sustentabilidade, ordenamento de uso e ocupação do solo e promoção de energias alternativas “se aplicam ao Agritempo e são afetados positivamente”, diz Cássia Mendes , analista de transferência de tecnologia da Embrapa Agricultura Digital.

    Para a avaliação dos impactos socioambientais foram ouvidos professores, empregados da Embrapa, representantes de empresas privadas de geração e transmissão de energia elétrica, de instituições públicas e privadas de ensino e pesquisa, e empresas de TI e consultoria de software especializado para o agronegócio.

    Manifestações

    “O Agritempo é uma fonte importante de dados para a geração de energia eólica (dados de velocidade do vento) e energia solar (radiação solar)”, avaliou um usuário do sistema quanto à promoção de energias alternativas.

    Para outro respondente da pesquisa de avaliação: “o ponto forte (da tecnologia) é que o sistema reúne duas vertentes relevantes para a agricultura: a meteorologia e a agronomia. Ambos dão suporte à geração, execução e ampliação de políticas públicas”.

    Um pecuarista ouvido pela consulta indicou que “o sistema permite ver, em função da temperatura, se o conforto animal será maior ou menor, e programar algum manejo em função do prognóstico indicado no Agritempo”.

    “O sistema ajuda a reduzir a perda da produção agrícola e, indiretamente, a pobreza e a fome”, disse outro adotante da tecnologia, produtor do interior do Mato Grosso, ao avaliar o serviço.

    Linha do tempo

    2003 – Início da adoção da tecnologia
    2007 – Medições de acessos no sistema e aferição/cálculo de impactos econômicos
    2014 – Versão Agritempo 2.0 é lançada e passa a ser o sistema oficial do então Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o Zoneamento Agrícola de Risco Climático. Inclusão de mapas de monitoramento, notícias e dados meteorológicos a partir da rede de estações meteorológicas no Sistema.
    2015 – Lançamento do aplicativo móvel do Agritempo, disponível gratuitamente para download na Play Store2.
    2017 – Lançamento do aplicativo móvel Agritempo GIS, com ampliação do alcance da consulta: diferentes tipos de mapas; informações georreferenciadas em diferentes níveis; envio de informações por ponto (localização no mapa) e medições (comprimento e área).
    2024 – Lançamento da nova versão do sistema com melhoria da interface com os usuários.

    Parceiros institucionais

    O Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas ( Unicamp ) é o principal parceiro no desenvolvimento do Sistema Agritempo. O Instituto Nacional de Meteorologia ( Inmet ) e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ( CPTEC/Inpe ) participam com suas redes de estações B no fornecimento dos dados climáticos ao sistema.

    Também foram parceiros no projeto inicial do Agritempo a Faculdade de Engenharia Agrícola ( Feagri ), da Unicamp, e o Instituto Agronômico ( IAC ), por meio de seu Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas ( CIIAgro ). O Ministério da Agricultura e Pecuária ( Mapa ) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar ( MDA ) foram parceiros em acordos de cooperação, apoiando recursos financeiros ao projeto.

  • Glaucoma: monitoramento evitou cegueira em 300 mil brasileiros

    Glaucoma: monitoramento evitou cegueira em 300 mil brasileiros

    Ao longo dos últimos cinco anos, cerca de 300 mil brasileiros foram acompanhados e tratados no intuito de evitar a perda total da visão em razão do glaucoma, considerado atualmente a maior causa de cegueira irreversível do mundo. Os dados foram divulgados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) em razão do Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, lembrado neste domingo (26).

    “Entre janeiro de 2019 e dezembro de 2023, o atendimento oferecido pelos médicos oftalmologistas na rede pública beneficiou esse grupo de pacientes com acesso gratuito a tratamentos medicamentosos. Esse fluxo revela o impacto positivo da assistência oftalmológica no SUS [Sistema Único de Saúde], reduzindo significativamente as chances de pacientes com essa doença desenvolverem quadros graves, com perda de visão irreversível.”

    De acordo com o CBO, as estimativas apontam que mais de 1,7 milhão de pessoas devem ter glaucoma no Brasil. Assumindo uma estimativa conservadora, 2% da população acima de 40 anos podem apresentar a doença. Na projeção, foram utilizados dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2022, onde a faixa etária acima de 40 anos concentra 85,9 milhões de pessoas.

    Estratégias

    “Essa projeção é utilizada para a definição de políticas públicas e estratégias com foco na prevenção, diagnóstico e tratamento precoces do glaucoma. Além dela, outras estimativas ajudam no planejamento das iniciativas. Por exemplo, estudos apontam que a incidência do glaucoma varia entre 1% e 2% na população em geral, aumentando após os 40 anos (2%) e chegando a mais de 6% após os 70 anos”, destacou o conselho.

    Estudos demonstraram ainda que a prevalência do glaucoma é maior em indivíduos negros e mulatos quando comparados com os indivíduos brancos (3,8% e 2,1%, respectivamente). Fatores como histórico familiar da doença, ser negro ou asiático, ter miopia, apresentar pressão intraocular elevada ou outras doenças oculares aumentam as chances de a pessoa desenvolver glaucoma em algum momento de sua vida.

    Lesões irreversíveis

    O conselho alerta que a detecção precoce do glaucoma, por meio de exames oftalmológicos regulares, é essencial para identificar e tratar a doença antes que ocorra perda visual. Medidas preventivas e de acompanhamento médico, como monitoramento da pressão intraocular, uso de medicamentos adequados e tratamentos a laser ou cirúrgicos podem ajudar a controlar a progressão da doença e proteger a visão a longo prazo.

    Tratamento

    Como política de combate à cegueira causada pelo glaucoma, o Brasil, por recomendação do CBO, instituiu, desde 2008, por meio da Portaria 288 do Ministério da Saúde, o Programa de Atenção ao Paciente Portador de Glaucoma, que fornece gratuitamente pelo SUS colírios de primeira, segunda e terceira linhas para o tratamento do glaucoma”, destacou o conselho.

    A orientação é que cada paciente utilize diariamente colírios disponibilizados para retirada em locais predeterminados pelos governos locais a cada três meses, com uso de documentação específica. Em 2023, foram registradas 1.229.822 retiradas de medicamentos desse tipo, o que leva a cerca de 307 mil casos de glaucoma tratados.

    “A aplicação de colírios ajuda a estabilizar a pressão intraocular e, como consequência, controlar a doença e evitar a cegueira”, reforçou o conselho.

    Números

    Entre 2019 e 2023, tratamentos clínicos do glaucoma beneficiaram, em média, 280 mil pacientes de todas as regiões brasileiras a cada ano. O Nordeste acumula o maior volume de procedimentos no período avaliado, com uma média anual de 141,6 mil pessoas atendidas. Na sequência aparecem, com as seguintes médias: Sudeste, com 109,3 mil casos; Sul, com 19 mil; Norte, com 9,2 mil; e Centro-Oeste, com pouco mais de 1 mil pacientes atendidos a cada ano.

    Dentre as unidades da Federação, no topo do ranking estão as seguintes médias por ano: Minas Gerais, com 71,5 mil pacientes beneficiados; Bahia, com 58,1 mil; São Paulo, com 33,9 mil; Pernambuco, com 31,2 mil; e Paraíba, com 18,1 mil).

    Perfil

    A maioria dos pacientes submetidos a tratamentos medicamentosos, de acordo com os dados levantados pelo conselho, está na faixa etárias acima dos 40 anos, que acumula mais de 96% dos casos. Outro ponto que chama atenção é que o acesso a medicamentos para glaucoma beneficia mais a população feminina: do total de entregas, quase 70% são para mulheres.

    Entenda

    O glaucoma surge em consequência do aumento da pressão intraocular e gera perda da visão pela destruição gradativa do nervo óptico, estrutura que conduz as imagens da retina ao cérebro. Dependendo do quadro do paciente, intervenções clínicas ou cirúrgicas podem suspender a progressão da doença, mas, segundo o CBO, não são capazes de recuperar a parcela da visão já comprometida.

    Serviço

    Para conscientizar a população, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e a Sociedade Brasileira de Glaucoma promovem, neste sábado (25), a partir das 9h, o evento 24 Horas pelo Glaucoma. Em formato online, por meio das redes sociais do CBO, o projeto conta com a participação de oftalmologistas, representantes de órgãos competentes, celebridades e pacientes que convivem com a doença.

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Polícia Federal libera imagens de satélite para uso de prefeituras gaúchas

    Polícia Federal libera imagens de satélite para uso de prefeituras gaúchas

    Por meio do Programa Mais Brasil, do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Polícia Federal (PF) está disponibilizando acesso gratuito a imagens de satélite de alta resolução para regiões em estado de calamidade no Rio Grande do Sul. A iniciativa visa auxiliar os órgãos públicos na resposta a desastres naturais, como inundações e deslizamentos de terra, fornecendo informações precisas e atualizadas sobre as áreas afetadas.

    Todos os municípios do Rio Grande do Sul podem solicitar acesso, mas aqueles que decretaram calamidade terão prioridade. Os órgãos estaduais também podem pedir adesão. A disponibilização é gratuita e não exige contrapartida financeira.

    A rede criada pelo programa RedeMAIS conta com a participação de mais de 94 mil usuários de mais de 400 instituições públicas federais, estaduais e municipais. O programa é financiado pelo Fundo Nacional de Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP) e pela PF. A ação não exige contrapartida financeira.

    O Programa Brasil Mais é um dos projetos estratégicos do Ministério da Justiça e Segurança Pública. É o maior projeto operacional de sensoriamento remoto do país, fornecendo imagens diárias de satélite em alta resolução de todo o Brasil, além de alertas automáticos para diversos crimes ambientais, como desmatamento, garimpo, incêndios e plantio de culturas ilícitas.

    Serviço

    Para solicitar o acesso às imagens, os órgãos públicos devem enviar um e-mail do gabinete da maior autoridade da instituição, por exemplo, do prefeito ou do gabinete do prefeito. O e-mail deve ser enviado para o endereço eletrônico brasilmais@pf.gov.br.

    Na mensagem é necessário fornecer algumas informações básicas, como nome, sigla e endereço da instituição; nome, cargo e e-mail da maior autoridade e dos pontos focais; lista de usuários para acesso (nome, cargo, e-mail, telefone, lotação). Os dados podem ser complementados posteriormente.

    O Programa não tem limite de instituições, usuários ou acessos, e os municípios podem utilizar quantas imagens precisarem para auxiliar no combate aos desastres. Além das imagens de satélite, também está disponibilizado acesso a alertas de deslizamentos. Nos últimos 30 dias, o programa emitiu 312 alertas para o Rio Grande do Sul.

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  • Abin foi usada para monitorar promotora do caso Marielle, diz PF

    Abin foi usada para monitorar promotora do caso Marielle, diz PF

    As investigações da Polícia Federal (PF) envolvendo o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) revelam que a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi usada para monitorar a promotora responsável pela investigação do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, além de outras autoridades. Os crimes teriam ocorrido no durante o governo de Jair Bolsonaro, quando Ramagem foi diretor da Abin. Marielle foi morta em março de 2018.

    Mais cedo, a PF realizou buscas e apreensões contra Ramagem e outros investigados. Agentes estiveram no gabinete do parlamentar na Câmara dos Deputados e nas residências dele em Brasília e no Rio de Janeiro. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das investigações na Corte.

    De acordo com a decisão de Moraes que embasou as buscas, Ramagem, policiais e delegados da PF que estavam cedidos para a Abin, além de servidores do órgão, teriam participado de uma organização criminosa para monitorar ilegalmente autoridades públicas. O caso é conhecido como “Abin paralela”.

    O monitoramento ilegal ocorria, segundo as investigações, por meio do uso do programa espião First Mile. Produzido por uma empresa israelense de defesa cibernética, o equipamento permite monitorar os passos dos alvos escolhidos por meio da localização do celular. O software foi comprado no governo Michel Temer.

    Segundo os investigadores, foram monitorados a promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro Simone Sibilio, que atuou na investigação inicial do caso Marielle, o então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e Camilo Santana, que era governador do Ceará e é o atual ministro da Educação.

    “Em outra oportunidade, novamente, ficou patente a instrumentalização da Abin, para monitoramento da promotora de Justiça do Rio de Janeiro e coordenadora da força-tarefa sobre os homicídios qualificados perpetrados em desfavor da vereadora Marielle Franco e do motorista que a acompanhava, Anderson Gomes”, diz o relatório de investigação.

    Ministros do STF

    O grupo também teria atuado para difundir informações falsas e vincular os ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes a uma facção criminosa. As suspeitas estão em um arquivo eletrônico apreendido na primeira fase da operação, realizada no ano passado.

    “O arquivo ‘prévia Nmni.docx’ mostra a distorção, para fins políticos, da providência, indicando a pretensão última de relacionar a advogada Nicole Fabre e os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital – PCC, alimentando a difusão de fake news contra os magistrados da Suprema Corte”, complementa o relatório.

    Interferência

    As investigações também indicam que a Abin teria sido usada para interferir em investigações envolvendo os filhos de Bolsonaro, Jair Renan e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ramagem e os outros acusados também teriam atuado para abafar as investigações internas sobre o uso ilegal do órgão.

    “A alta gestão interferiu nas apurações disciplinares para que não fosse divulgada a instrumentalização da Abin”, completou o relatório.

    Defesa

    Pelas redes sociais, Bolsonaro não fez comentários relacionados à operação, mas publicou um vídeo antigo no qual Ramagem informa que o programa espião foi comprado na gestão do presidente Michel Temer.

    Valdemar Costa Neto, presidente do PL, classificou a operação de “perseguição” a Bolsonaro.

    Em nota, o senador Flávio Bolsonaro negou ter sido favorecido de alguma forma pela Abin. “Isso é um completo absurdo e mais uma tentativa de criar falsas narrativas para atacar o sobrenome Bolsonaro”, afirmou.

    Alexandre Ramagem ainda não se manifestou sobre a operação.

  • Reunião discute instalação de mais câmeras de monitoramento em Lucas do Rio Verde

    Reunião discute instalação de mais câmeras de monitoramento em Lucas do Rio Verde

    Uma reunião entre as forças de segurança serviu para debater a instalação de mais câmeras de monitoramento em Lucas do Rio Verde. Participaram do encontro representantes das Polícias Civil, Militar, Penal, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Municipal e do poder público municipal.

    De acordo com o secretário de Segurança e Trânsito, Marcos Cunha, a ideia é definir os melhores locais para fazer a instalação das novas câmeras. Algumas delas têm tecnologia que auxiliam na leitura e identificação de placas veiculares que podem indicar, por exemplo, se há registro de furto ou roubo.

    “Hoje nós temos 117 câmeras interligadas com a Secretaria de Segurança Pública, já está no Vigia Mais. E estamos fazendo esse planejamento para as outras 250 câmeras que serão instaladas”, explicou.

    Conforme Cunha, tudo que é tratado com relação à segurança pública é resolvido de maneira integrada entre as forças de segurança. “Cada um colocando a sua expertise no dia a dia, para que nós possamos ter eficiência com a parte operacional de maneira técnica e proativa”, reforçou.

    O secretário reforçou a necessidade de utilizar as ferramentas disponíveis em favor da coletividade. “Tudo que nós fazemos é em benefício da sociedade, para que nós possamos ter realmente uma segurança pública de qualidade e de excelência”, finalizou.

  • Inteligência artificial torna mais preciso o mapeamento da intensificação agrícola no Cerrado

    Inteligência artificial torna mais preciso o mapeamento da intensificação agrícola no Cerrado

    Metodologia pioneira, desenvolvida com suporte da Inteligência Artificial (IA), permitiu o alcance de um nível de acurácia de até 97%, quando aplicada em análises de imagens de satélite do Cerrado do município de Sorriso (MT), um dos principais produtores agrícolas do País. A acurácia é um aspecto relevante nos levantamentos realizados por meio de sensoriamento remoto. A ferramenta atribui maior precisão aos estudos, monitoramento e planejamento relacionados ao uso da terra e à prática da intensificação agrícola, e contribui para a tomada de decisão, nas esferas pública e privada, com base em informações geoespaciais qualificadas.

    A metodologia foi desenvolvida com algoritmos de classificação digital de imagens de satélites baseados em IA. Resulta do trabalho de pesquisadores da Embrapa, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Universidade Federal de Uberlândia (UFU),  publicado na revista International Journal of Geo-Information (IJGI), no número de julho de 2023, com acesso gratuito para o público em geral.

    “Os resultados demonstram a robustez da metodologia desenvolvida com foco na identificação de processos de dinâmica de uso da terra, como a intensificação agrícola”, avalia o pesquisador Édson Bolfe, da Embrapa Agricultura Digital, e coordenador do projeto Mapeamento agropecuário no Cerrado via combinação de imagens multisensores – MultiCER, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp).

    Bolfe explica que, dentre os principais diferenciais da metodologia, está a geração de uma base de dados geoespaciais ampliada a partir de imagens harmonizadas dos satélites Landsat da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (NASA) e Sentinel-2 da Agência Espacial Europeia (ESA), denominada de HLS, e a utilização de algoritmos de classificação digital baseados em IA. A abordagem viabilizou o mapeamento dos cultivos agrícolas em três diferentes níveis hierárquicos, indicando áreas com uma, duas e até três safras no mesmo ano agrícola.

    A sucessão de safras de diferentes culturas agrícolas em uma mesma área e no mesmo calendário agrícola, visando aumentar a produção sem envolver a supressão de novas áreas nativas, é uma prática crescente no Brasil, e os seus mapeamento e monitoramento podem nortear tomadores de decisão em análises voltadas ao planejamento agroambiental, em especial.

    Agilidade e precisão, o papel do AgroTag

    Produtos de sensoriamento remoto e modelos de IA para classificação de imagens pixel-a-pixel têm demonstrado elevada confiabilidade no mapeamento agrícola, explica Bolfe. Com HLS é possível obter até duas imagens por semana nas mesmas regiões agrícolas de interesse.

    Um dos desafios da equipe de pesquisa está na obtenção de informações qualitativas e quantitativas de campo, que são fundamentais no sensoriamento remoto na agricultura. Para isso, os pesquisadores utilizaram o aplicativo AgroTag, desenvolvido pela  Embrapa Meio Ambiente para conferir agilidade e precisão ao mapeamento das principais culturas agrícolas em escalas regional e nacional.

    “Algoritmos baseados em IA dependem fortemente de uma quantidade massiva de dados de entrada para a realização dos chamados ‘treinamentos’. Esses últimos são processos nos quais dados amostrais de referência, ou verdades de campo, são utilizados para ensinar os algoritmos a identificar os alvos sob investigação em grandes áreas, nesse caso utilizando imagens de satélite, ou seja, mapeamento em larga escala”, comenta Luiz Eduardo Vicente, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, especialista em sensoriamento remoto e um dos coordenadores do projeto AgroTag.

    Nesse sentido, segundo Vicente, o uso do AgroTag foi fundamental, pois permitiu a coleta rápida e precisa de informações de campo, como o tipo de uso e cobertura da terra em cada ponto amostral, transferindo-as automaticamente para a nuvem de dados on-line, viabilizando seu uso nos referidos algoritmos.

    Em contraposição aos métodos de coleta tradicionais, o AgroTag representou, durante o projeto, um incremento de 25% a mais de áreas amostradas. “O projeto reafirma um dos motivos pelos quais o Agrotag foi criado”, destaca Vicente.

    Mapeamentos dinâmicos

    “O estudo mapeou a produção agrícola de 2021-2022 em Sorriso/MT, município escolhido por sua relevância econômica e agroambiental no contexto do Cerrado e do País”, destaca Edson Sano, pesquisador da Embrapa Cerrados e membro do projeto MultiCER.

    A maioria dos mapeamentos existentes não acompanha a evolução das práticas de intensificação agrícola “poupa-terra” – como a produção de até três safras na mesma área – ficando no nível da primeira safra. “Alguns levantamentos evoluíram para a identificação do número de safras plantadas, sem, no entanto, detectar as culturas específicas”, finaliza Sano.

    “Para produzir mapeamentos dinâmicos, detalhados e precisos, é necessário um grande volume de informações de ´verdade terrestre´, que são amostras rotuladas dos tipos de uso ou cobertura da terra, obtidas durante atividades de campo”, observa Taya Parreiras, doutoranda no Instituto de Geociências da Unicamp e membro do Projeto MultiCER.

    São necessárias ainda, de acordo com a pesquisadora, séries temporais regulares de imagens de satélite de alta resolução temporal e, nesse sentido, a harmonização de dados Landsat e Sentinel-2 é uma abordagem diferenciada. Taya Parreiras indica que, para lidar com a dimensão desses bancos de dados e informações, algoritmos de aprendizado de máquina, tais como Random Forest ou Extreme Gradient Boost, são fundamentais.

    “Como parte da IA, esses algoritmos são capazes de analisar e aprender padrões espectrais e texturais complexos a partir de conjuntos de dados agrícolas extensos e variados, permitindo a identificação precisa de diferentes tipos de culturas, condições do solo e variáveis ambientais”, argumenta.

    O Random Forest, ao criar várias árvores de decisão independentes e combiná-las, consegue produzir estimativas mais confiáveis.  O Extreme Gradient Boost também cria diversas árvores de decisão, mas com a vantagem de permitir que aquelas com baixo poder de predição sejam ajustadas. “Ambos os algoritmos são altamente escaláveis, o que lhes permite processar grandes volumes de dados rapidamente, contribuindo para a geração de mapas agrícolas detalhados e atualizados”, conclui.

  • Onças são monitoradas na Amazônia

    Onças são monitoradas na Amazônia

    Os Pesquisadores do Instituto Mamirauá aproveitarão o período de chuvas na floresta amazônica para executar o monitoramento de onças. Em março, devido ao aumento do nível dos rios, há uma redução da área disponível para os felinos, que buscam abrigo nas árvores.

    Armadilhas com laços camuflados na folhagem são preparadas para capturar os animais. Os grupos de pesquisa se aproximam em canoas e realizam o trabalho de observação dos animais, dificultado durante a seca. Para isso, as onças são imobilizadas para instalar um colar que permite monitorar a localização por satélite.

    A partir da observação e dos dados de movimentação, os pesquisadores terão mais informações para entender as necessidades ecológicas da onça-pintada da Amazônia.

    O Instituto Mamirauá é uma organização social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

    Onças na Amazônia

    As onças são animais carnívoros muito importantes para a floresta amazônica. Elas têm sido alvo de caçadores durante séculos, e é por isso que um grande número delas está desaparecendo da região. São animais arborícolas, o que significa que gostam de se locomover e caçar nas árvores, além de também correr por terrenos abertos, como campos e pastos.

    O bioma amazônico já foi lar de cinco espécies de onça: a jaguatirica (Panthera onca), o jaguarundi (Herpailurus yagouaroundi), o manigordo (Leopardus wiedii), o margay (Leopardus wiedii) e o puma (Puma concolor). No entanto, as duas primeiras espécies ainda são encontradas na região, embora em número reduzido.

    Os viveiros para onças no Amazonas tem como objetivo reproduzir e proteger a fauna do local, preservando assim toda a biodiversidade existente no bioma. Alguns projetos de recuperação já foram iniciados, como o Kaa-Iya, que tem como meta implantar um programa de reabilitação de onças no parque nacional Chiquitano, na fronteira entre Bolívia e Brasil.