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  • Camilo Santana: “Temos o desafio de uma educação que reduza as desigualdades”

    Camilo Santana: “Temos o desafio de uma educação que reduza as desigualdades”

    O ministro da Educação, Camilo Santana, foi o entrevistado da semana no programa “Bom Dia, Ministro”. O bate-papo com radialistas de todo o país ocorreu nesta quarta-feira, 31 de janeiro, nos estúdios da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília (DF).

    Na ocasião, o ministro comentou sobre o novo programa Pé-de-Meia, que consiste em uma poupança para os alunos de baixa renda que cursam o ensino médio na rede pública de ensino. “O objetivo do Pé-de-Meia, além de garantir o estímulo e a ajuda para o jovem permanecer na escola, é ele receber uma bolsa mensal, durante os dez meses do ano letivo, e também receber um valor que vai ser depositado na sua conta e que, após a aprovação, serve como uma poupança para o aluno sacar ao final do ensino médio”, explicou Santana, acrescentando que o programa também atua para estimular maior participação de jovens no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

    Camilo Santana aproveitou também para pedir maior participação das pessoas nas renegociações de dívidas estudantis pelo chamado Desenrola do Fies, programa sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano passado. “Nós temos até o final de maio para que as pessoas regularizem sua situação junto ao Fies. São, aproximadamente, 1,2 milhão de pessoas que têm direito à renegociação de R$ 55 bilhões em dívidas. A pessoa pode limpar o seu nome com até 99% de desconto”, ressaltou o ministro.

    Ele antecipou que discute com os ministérios da Fazenda e Planejamento a criação de um Fies Social que aumente a oferta de bolsas de 100% em cursos de nível superior em universidades particulares do país.

    O ministro discorreu, ainda, sobre o Novo Plano Nacional de Educação, que é fruto de discussões que ocorreram ao longo da Conferência Nacional de Educação (CNAE), que recebeu a participação do ministro e também do presidente Lula na última terça-feira (30). “O plano estabelece a meta de quantas vagas de creche o Brasil precisava incluir para as crianças brasileiras, a quantidade de matrículas nas escolas de tempo integral, a quantidade de jovens nas universidades de ensino superior. Então, ele desenha as metas para a educação brasileira para os próximos dez anos”, declarou. O texto final foi recebido pelo Ministério da Educação (MEC) e deve ser encaminhado pelo presidente Lula ao Congresso Nacional em até 30 dias.

    Participaram do programa: Rádio Nova Brasil FM (São Paulo), Rádio Som Maior (Criciúma – SC), Rádio Difusora (Manaus – AM), Rádio Nacional do Rio de Janeiro (RJ), Rádio Meio Norte 99,9 FM (Teresina – PI), Rádio Gaúcha (Porto Alegre – RS) e Rádio Itatiaia (Belo Horizonte – MG).

    SISU – Houve um problema técnico ontem no sistema. A equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Ministério da Educação solicitou algumas horas para solucionar os problemas. A previsão é que agora, no início da tarde, já possam estar sendo divulgados os resultados do Sisu. Nós fizemos um esforço para antecipar bem, tanto o Enem como o Sisu, comparado ao ano passado, mas, agora à tarde, a expectativa é que já possa ser divulgado todo o resultado do Sisu para os nossos jovens que serão futuros universitários do Brasil.

    PROUNI – Temos bolsas de 100% e bolsas de 50%, para alunos que querem e desejam fazer um curso em uma universidade particular e que seja financiada pelo Governo Federal. Uma contrapartida com as mantenedoras e universidades privadas do Brasil. Como é o fluxo disso? Primeiro faz-se o Enem, que é a prova, depois o Sisu. A pessoa que não passou no Sisu ou não teve acesso à universidade que ela queria, ela pode agora ter outra chance de receber uma bolsa do governo para fazer uma universidade privada ou particular. As inscrições vão até amanhã. Por conta do atraso da divulgação do Sisu, vamos avaliar se prorroga ou não por mais um dia. Talvez haja a necessidade de prorrogar também, por mais 24h, o Prouni.

    DESENROLA DO FIES – No ano passado, o presidente Lula mandou uma lei para o Congresso Nacional fazendo o Desenrola do Fies. Nós temos até o final de maio para que as pessoas regularizem sua situação junto ao FIES. São 1,2 milhão de pessoas, aproximadamente, e R$ 55 bilhões de dívidas. A pessoa pode limpar o seu nome com até 99% de desconto no pagamento, 100% da multa e juros e 99% do principal. E a adesão, até o final do ano, foi baixa. Dos 1,2 milhão, apenas 164 mil pessoas tinham acessado até o final do ano. A gente quer que as pessoas divulguem a importância. São 1,2 milhão de pessoas que têm direito e acesso a resolver e limpar seu nome, regularizando e podendo até voltar a ir pra faculdade, voltar a estudar. Agora vamos lançar, até março, o Novo FIES, o FIES Social, em que nós vamos traçar uma faixa de renda das pessoas e as pessoas de baixa renda possam ter financiamento de 100%. Claro que estamos discutindo isso com a Fazenda e com o Ministério do Planejamento.

    PÉ-DE-MEIA – O objetivo do Pé-de-Meia, além de garantir o estímulo e ajuda para o jovem permanecer na escola, vai receber uma bolsa mensal, durante dez meses no ano letivo e receber um valor que vai ser depositado na sua conta, após a aprovação, como uma poupança que ele vai poder sacar ao final do ensino médio. E, no terceiro ano, ele vai ter um valor a mais, uma parcela a mais, para ele fazer a prova do ENEM. É um estímulo para esse jovem. E nós vamos começar nos três anos, não só no primeiro ano. Vamos pagar o jovem que está no primeiro ano, no segundo ano e no terceiro ano, ao mesmo tempo.

    PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – O plano desenha as metas para a educação brasileira para os próximos dez anos. Antes de elaborar a proposta que vai ao Congresso Nacional para ser discutida, é feita toda uma escuta da população, das entidades representativas da educação brasileiras, de professores, de estudantes, de especialistas, das universidades, para que dê suporte e elementos para qual é a educação brasileira que se quer construir nos próximos dez anos no Brasil. Temos o Novo Ensino Médio, que foi debatido. Sobre o Novo Ensino Médio, o presidente Lula e o ministério fez toda uma consulta, no ano passado, até porque é um projeto que já estava em execução nas escolas públicas brasileiras e nós resolvemos fazer uma consulta ouvindo mais de 130 mil jovens no ano passado, ouvimos professores, especialistas, e chegamos ao consenso de uma proposta de retomar a carga horária da base comum curricular, da formação geral dos jovens no ensino médio. O jovem brasileiro precisa ter uma formação de matemática, melhor de português, voltar as disciplinas obrigatórias e ter um ensino profissionalizante. Foi um bom debate e espero que o Congresso Nacional aprove a nova lei, porque foi fruto de discussão coletiva, com entidades de classe, representantes dos estados e dos conselhos de educação municipais.

    UNIVERSIDADES COMUNITÁRIAS – Precisamos regulamentar para garantir a qualidade da educação, principalmente a superior do Brasil, em que cresceu muito o ensino a distância. A formação da licenciatura dos professores. A minha mensagem às universidades comunitárias e aos reitores é o compromisso do MEC em garantir não só o debate, mas garantir o encaminhamento do reconhecimento dessas universidades e do seu papel importante para a educação superior brasileira, para garantir o acesso. O Brasil tem hoje várias políticas importantes para garantir o acesso aos jovens, seja através do Prouni, que será aberto agora; seja através do Fies; seja através de outros mecanismos; para que a gente possa garantir a oportunidade dos jovens que fazem o Enem e tenham acesso ao ensino superior no Brasil.

    EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA – Temos um desafio enorme no Brasil que é uma educação que reduza as desigualdades. Uma educação que seja de equidade. Pela primeira vez na história nós mudamos os fatores de ponderação do Fundeb, que é o valor de acordo com a escola e o aluno. Se é uma escola indígena, ela tem um valor. Se é uma creche, tem um valor por aluno. Se é tempo integral, ela tem um valor. Pela primeira vez desde que o Fundeb foi criado, nós mudamos o fator de ponderação para escolas indígenas, houve aumento de 17% no fator para quilombolas. Para o EJA, que é um programa que tinha sido abandonado, nós aumentamos para 25% esse valor. Portanto, um fator fundamental para garantir o olhar para a inclusão e diversidade no Brasil. Agora, na Seleção do PAC, nós colocamos uma prioridade com a quantidade de escolas para comunidades indígenas e quilombolas.

    INSTITUTOS FEDERAIS – É uma das mais importantes políticas que esse país já criou. O presidente Lula foi um grande presidente que ampliou o número de universidades e institutos federais. Ele já anunciou que são 100 novos institutos federais, vários para a região Norte do Brasil. Mas nós também vamos não só anunciar novos, queremos consolidar os institutos que já foram criados. Tem instituto que não tem restaurante para os alunos, tem instituto que não tem laboratório, tem instituto que não tem nem sede. Então, nós colocamos no PAC recursos para consolidar os institutos e vamos anunciar novos institutos, olhando os vazios demográficos que existem. E todos os estados vão receber institutos federais novos, mas sempre olhando para a questão do vazio demográfico, para a questão da equidade e para a questão do acesso desses jovens para a educação técnica e nível superior no Brasil.

    PARTICIPAÇÃO NO ENEM – Depois de vários anos, nós conseguimos reverter a tendência de queda, foram quase 500 mil jovens a mais, comparado a 2022, que se inscreveram no Enem. Porém, ainda é pouco diante do número de jovens. Nós tivemos, praticamente, alunos que iriam concluir o ensino médio em 2023 era algo em torno de 2,8 milhões. Se inscreveram no Enem, que é gratuito para esses jovens, apenas 1,4 milhão. Ou seja, já foram mais de 600 mil jovens que não se inscreveram. Depois, desses 1,4 milhão que se inscreveram, apenas 1 milhão fizeram a prova. Ou seja, 50% dos jovens que concluíram o ensino médio brasileiro em 2023 fizeram a prova do Enem. Então, a primeira coisa que nós fizemos ao divulgar o resultado do Enem foi fazer uma pesquisa com esse jovem que se inscreveu para saber o motivo. Porque o motivo não foi financeiro, porque é gratuito. Se foi porque o jovem está desestimulado, não tá acreditando ou não quer ir para o ensino superior. Primeira coisa: identificar o gargalo e o problema. Depois, estamos trabalhando com as redes estaduais, porque é uma distorção muito grande: há estados em que 90% dos alunos do ensino médio se inscreveram e há estados que têm 30%. Vou fazer uma reunião, em fevereiro, com todos os secretários estaduais e secretarias de estados brasileiros para tratar desse ponto de pauta.

    RETOMADA DE OBRAS – Em 2023 nós pagamos mais do que o dobro, em obras que estavam em andamento no FNDE. E entregamos, no ano passado, 631 obras concluídas com recursos do FNDE em municípios e estados de todo o país. Isso as obras em andamento. Nós tínhamos um passivo de mais de 5,6 mil obras paralisadas e inacabadas. Obras com 5 anos, com 6 anos, com 7 anos. Obras que começaram ainda na época do governo da presidenta Dilma e do presidente Lula. Nós fizemos uma proposta, que foi encaminhada ao Congresso Nacional, um projeto de lei que foi aprovado permitindo corrigir o valor dessa obra pelo Índice Nacional da Construção Civil. Porque é impossível um prefeito continuar uma obra que está há cinco anos parada com o mesmo valor. Nós corrigimos os valores e abrimos para os municípios e estados que quisessem retomar as obras, que aderissem ao programa até o dia 31 de dezembro de 2023. Agora estamos retomando essas obras com cada município e estado. Óbvio que tem obra que vai ter que ser relicitada, por causa tempo que passou. E, no PAC, que foi lançado pelo presidente, entra a educação. Nós lançamos o primeiro edital de obras da educação básica. Estão sendo selecionadas creches, escolas de tempo integral e ônibus escolares, que nós devemos divulgar os resultados no mês de fevereiro.

    CRIMINALIZAÇÃO DO BULLYING – Essa foi uma decisão importante aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula para garantir e evitar esse tipo de ação que nós precisamos repudiar e extinguir, principalmente, dentro de uma escola. Uma escola é lugar de harmonia, de se construir uma cultura de paz. O MEC tem colocado toda a sua rede, através do AVAMEC, que é uma rede de formação continuada de professores, para levar toda a orientação e recomendações de orientação de formação de professores para trabalhar todas as ações referentes a problemas com alunos e professores também. Nós tivemos problemas também de violência nas escolas, então estabelecemos protocolos, orientações, recomendações, para que o professor possa estar preparado e orientado. Fizemos uma parceria também com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para trabalhar dentro das escolas um processo de discussão na construção da cultura de paz. Ouvir os jovens, ouvir o aluno, a integração do jovem com a família. A escola não é um ambiente fechado pelos muros da escola, é preciso trazer os pais e responsáveis para dentro da escola. É preciso criar os comitês escolares, discutir os problemas de enfrentamento e criar as comissões e grupos de assistência social e com psicólogos.

    FUNDEB – O Fundeb foi uma grande vitória da educação pública brasileira. O Fundeb é formado de uma cesta de impostos municipais e estaduais, em que é distribuído de acordo com a receita do município e há uma complementação da União. A complementação da União, pela última lei do Fundeb, foi aumentar de 10% para 26%, que está sendo feito gradualmente, até 2026. Esse ano, por exemplo, são 19% o valor da contribuição da União que, inclusive, vamos aumentar praticamente 18% se comparado ao ano passado, o valor da complementação por parte da União ao Fundeb.

    MAIS RECURSOS – O Governo Federal está repassando recursos para municípios e estados, para o programa de alfabetização, recursos a mais. Ano passado e esse ano está passando a mais para a matrícula de tempo integral. Nós temos a meta de criar 3,2 milhões novas matrículas em todas as escolas públicas brasileiras. Repassamos quase R$ 1,7 bilhão, ano passado, para municípios e estados que aderiram e pactuaram matrículas agora para 2024. Estamos passando recursos também para o programa de conectividade. Vamos passar também recursos diretamente pro aluno do Pé-de-Meia. Os recursos a mais, fora o Fundeb, fora o salário de educação, que os municípios e estados recebem.

    Por: Ministério da educação(MEC)

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  • INSS: pedidos de benefícios devem ser atendidos em até 30 dias em 2024

    INSS: pedidos de benefícios devem ser atendidos em até 30 dias em 2024

    O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse nesta quarta-feira (21) que, até dezembro de 2024, a pasta pretende atender a todos os pedidos de benefícios em um prazo máximo de 30 dias. A legislação brasileira prevê que o atendimento aconteça em até 45 dias. Entretanto, segundo o próprio Lupi, atualmente, apenas 55% das pessoas são atendidas nesse prazo.

    “Até dezembro, nossa intenção é colocar todo mundo em 45 dias de espera. Para que, no ano que vem, comecemos a pensar em um novo modelo, um modelo mais ágil, mais rápido. Estamos trabalhando para isso”, afirmou, ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

    De acordo com o ministro, em janeiro deste ano, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo, o percentual de pedidos de benefícios atendidos em até 45 dias era de cerca de 30%. “Estamos afunilando”, disse.

    “Nossa intenção é colocar todo mundo em 45 dias até dezembro. Claro que você só tem o balanço de dezembro em janeiro, porque tem que esperar o mês terminar. Mas a nossa intenção é essa. E eu sou um pouco ousado: pretendo que, no ano de 2024, tenhamos todos numa fila de 30 dias. Até o final do ano que vem. Para isso, a gente está fazendo uma série de medidas.”

    Atestmed

    Lupi lembrou que segurados do INSS que precisam solicitar o benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) podem fazer o requerimento por meio de análise documental e ter o benefício concedido de forma mais rápida, sem passar pela perícia médica. O processo, que recebeu o nome de Atestmed, pode ser feito por meio do site ou do app MeuINSS.

    “O atestado que você tem como cidadão, particular, com CRM, ou do SUS ou de qualquer hospital público, serve como atestado para você tirar a sua licença até 90 dias, provisória, e receber pela previdência social”, disse. “Não precisa ter que ir pra perícia pra fazer um novo exame. Já está o exame ali, já está constatado pelo médico, nós confiamos nos médicos brasileiros. Isso já melhora bastante o fluxo da fila. A perícia só vai entrar quando esse prazo é maior, quando é uma coisa mais grave,” explicou o ministro.

    Edição: Valéria Aguiar
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  • Queda de energia se deve a erro ou falha técnica, diz Rui Costa

    Queda de energia se deve a erro ou falha técnica, diz Rui Costa

    O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quarta-feira (16) que, até o momento, não há razão que explique a queda de energia ocorrida na terça-feira (15) em várias partes do país. Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Costa reiterou a confiança no sistema elétrico nacional e disse que o ocorrido não se deve a falta de capacidade de geração, mas a provável erro ou falha técnica.

    “Falei hoje pela manhã cedo com o ministro de Minas e Energia [Alexandre Silveira]. Estamos determinados e cobrando urgência para o detalhamento das causas desse apagão. Não há razão para este apagão”, declarou o ministro.

    Ele lembrou que, em outras situações, o país viveu apagões, mas por crise de geração de energia. “Ou seja, os reservatórios de água estavam em baixa e havia mais demanda que oferta de energia. Isso levava ao colapso do sistema. Não é o caso nesse momento. Estamos com sobra de energia. Os reservatórios estão cheios e temos um parque eólico e solar gerando muita energia. Então não há razão nem de oferta, nem de demanda para ter tido esse colapso”, acrescentou.

    “Foi erro ou falha técnica”, emendou. “Precisamos agora identificar o que aconteceu. Espero que, o mais rápido possível, consigamos dizer à sociedade”, complementou ao informar que Alexandre Silveira já solicitou investigações inclusive policiais sobre o episódio, caso não haja, por parte dos operadores do sistema, uma “resposta firme” que esclareça a todos sobre o que causou a queda de energia.

    PAC

    Durante a entrevista, Rui Costa respondeu algumas perguntas sobre o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele reiterou as garantias dadas pelo presidente Lula, de que todas obras serão tocadas independentemente de partido ou grupo político ao qual governadores e prefeitos estejam ligados.

    Ele disse que há vontade política por parte do governo em ajudar empresas a retomarem seu equilíbrio financeiro para finalizarem obras paralisadas. Nesse sentido, foi elaborado um roteiro com a ajuda do Tribunal de Contas da União (TCU) para reabilitar contratos ou, se for o caso, viabilizar a relicitação.

    Rui Costa acrescentou que alguns projetos em tramitação no Congresso Nacional podem influir diretamente para o bom andamento do PAC, e que eles estão sendo acompanhados de perto pelo governo federal. “Fizemos uma lista desses projetos. Vamos agora chamar autores e relatores para dialogar”.

    Segundo o ministro, a experiência adquirida nas edições anteriores do plano ajudarão na implementação da nova etapa, inclusive para viabilizar os investimentos privados planejados para a atual edição.

    “Temos plano de investimentos que envolve todas as áreas e estados. O PAC 1 foi o primeiro plano, e muitos estados e municípios não tinham projeto naquele momento. Tivemos portanto um período inicial, até decolar as obras. No PAC 2, o desempenho foi muito superior, e teve um percentual de execução bastante elevado”, disse.

    “Agora lançamos o novo PAC. Ele se diferencia dos outros dois porque tem um peso muito maior no investimento privado, via parcerias público privado (PPPs). Contamos com muitos projetos de concessão pública nas áreas de saúde, educação, estradas, infraestrutura. Estimamos um total de investimento privado da ordem de R$ 1,7 trilhão”, complementou.

    Juros

    Rui Costa disse que a queda da taxa básica de juros (Selic) tem papel relevante para dar viabilidade aos investimentos no país e, consequentemente, na geração de emprego e renda.

    “Espero que continue cair de forma acelerada a economia brasileira. Ela estava absurda no patamar de 13,75%. Caiu 0,5 [ponto percentual] e esperamos que caia mais na próxima reunião do Copom, porque isso é o que gera emprego”, disse.

    Segundo Costa, as pessoas não investem em empreendimentos produtivos porque preferem aplicar seu dinheiro no mercado financeiro, quando este oferece retorno mais alto por meio de juros. “Aí gera toda essa crise de desemprego, fechamento de lojas e de empresas. Mas quando a taxa de juros começa a cair, todo mundo volta a desejar fazer investimento e gerar emprego”.

    “Por isso que nós queremos aproveitar essa queda dos juros para organizar o plano de investimento privado e público. Queremos estimular todo mundo a fazer seu investimento e, assim, retomarmos o crescimento e a esperança no Brasil”, completou.

    Edição: Valéria Aguiar

  • Ninguém pode impor sua vontade, diz Marina sobre desmatamento zero

    Ninguém pode impor sua vontade, diz Marina sobre desmatamento zero

    Ao comentar a ausência de uma meta comum para o desmatamento zero na Declaração de Belém, divulgada nessa terça-feira (8), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que ninguém pode impor sua vontade a ninguém. O documento é resultado da Cúpula da Amazônia, que reuniu representantes dos oito países amazônicos. 

    “O processo de negociação é sempre mediado. Ninguém pode impor a sua vontade. Então, são os consensos progressivos – na medida em que temos alguns consensos, a gente vai botando no documento. Uma coisa muito importante que aconteceu é que todos os países concordam que a Amazônia não pode ultrapassar o ponto de não retorno, ou seja, o ponto de quando não há volta. Porque, se ultrapassar 25% de desmatamento, a floresta entra num processo de savanização.”

    “Aí, é um ponto de não retorno. Será a destruição da floresta. E a destruição da floresta significa a destruição, sobretudo, do nosso sistema de chuvas. Nós só não somos um deserto porque temos a Amazônia. Isso a gente tem que pensar com muita atenção. Quando se diz desmatamento zero é porque a ciência e o consenso estão nos mandando parar, porque essa floresta é responsável pelas chuvas, por 75% do PIB [Produto Interno Bruto] da América do Sul e pelo equilíbrio do planeta.”

    Ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, Marina lembrou que quando a Organização do Tratado De Cooperação Amazônica (OTCA) foi criada, há 45 anos, diversas questões atualmente relacionadas à mudança do clima ainda não estavam em pauta.

    “Há 14 anos, não tínhamos uma reunião dos presidentes que compõem o Tratado de Cooperação da Amazônia. Esse espaço de tempo foi prejudicial ao andamento de políticas regionais que nos levem a enfrentar o problema do desmatamento, da desigualdade social, do abandono das comunidades indígenas quando se pensa na região amazônica.”

    Marina lembrou ainda que a cúpula, que termina nesta quarta-feira (9), tem como previsão a divulgação de dois documentos. “Essa cúpula terá dois comunicados. O comunicado conjunto dos oito países e o comunicado conjunto da sociedade, que servirá de impulso para os governos. Tudo aquilo que ainda não foi possível estabelecer como consenso na perspectiva dos vários países já é um consenso na perspectiva da ciência e da sociedade.”

    “O Brasil já tem um compromisso de desmatamento zero. Já estamos trabalhando para alcançar o desmatamento zero até 2030”, disse, ao citar que, nos primeiros sete meses de governo, a pasta ampliou a capacidade de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em quase 200%, além de registrar queda de 42% no desmatamento do país.

    “Só no mês de julho, que é um dos mais difíceis, quando temos um pico de desmatamento, a queda foi de 66%, queda que aconteceu nos mais diferentes estados da Amazônia, em vários municípios. Portanto, ainda que não tenhamos na declaração conjunta, em função de não se chegar a um consenso com outros países, o Brasil já tem esse compromisso e nós vamos continuar perseguindo”, concluiu.

    Edição: Graça Adjuto

  • Ministro envia ao TCU decisão que condena Bolsonaro à inelegibilidade

    Ministro envia ao TCU decisão que condena Bolsonaro à inelegibilidade

    O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou, nesta terça-feira (4), que a decisão que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos seja enviada ao Tribunal de Contas da União (TCU).

    Na semana passada, o envio foi aprovado pela maioria dos ministros que acompanharam o voto de Gonçalves, que proferiu o primeiro voto desfavorável a Bolsonaro. O placar do julgamento foi de 5 votos a 2.

    Com o envio da condenação ao TCU, o tribunal poderá determinar o cálculo dos gastos para ressarcimento dos cofres públicos pela realização da reunião que Bolsonaro fez com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.

    Pelo entendimento do TSE, Bolsonaro cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por usar a estrutura do Alvorada para realizar a reunião e a TV Brasil, emissora pública da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), para transmitir o evento.

    Punição

    Com a inelegibilidade determinada pelo TSE, Bolsonaro fica inelegível por oito anos e só poderá voltar a disputar as eleições em 2030.  De acordo com a Súmula 69 do TSE, a contagem do prazo começa na data do primeiro turno das eleições de 2022, realizado em 2 de outubro. A inelegibilidade terminará no dia 2 de outubro de 2030, quatro dias antes do primeiro turno, previsto para 6 de outubro.

    No entanto, o ex-presidente também pode ficar inelegível pelo TCU. O prazo de inelegibilidade do tribunal de contas conta a partir do trânsito em julgado, ou seja, no fim do processo de ressarcimento, elevando o fim da inelegibilidade de oito anos para depois do pleito de 2030.

    Na mesma decisão, Benedito Gonçalves também decidiu enviar ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF) depoimentos prestados por aliados e ministros de Bolsonaro durante a tramitação do processo no TSE.

    Moraes é relator do processo que apura à divulgação de inquérito sigiloso da Polícia Federal sobre ataques virtuais à credibilidade das urnas eletrônicas.

    Defesa

    Após julgamento no TSE, a defesa de Bolsonaro declarou que vai aguardar a publicação do acórdão, documento que reúne os votos proferidos por todos os ministros, para entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF).

    Edição: Valéria Aguiar

  • Ministro da Educação participa de agendas em Rondonópolis e Cuiabá na quinta-feira (25)

    Ministro da Educação participa de agendas em Rondonópolis e Cuiabá na quinta-feira (25)

    O ministro da Educação Camilo Santana participará na quinta-feira (25), em Mato Grosso, de inaugurações e retomada de obras da educação básica. Os deputados estaduais petistas, Valdir Barranco e Lúdio Cabral e a ex-deputada federal Professora Rosa Neide (PT) acompanharão a agenda do ministro no Estado.

    Santana desembarcará em Cuiabá às 12h. Às 13h30 participará de reunião com autoridades do Estado e prefeitos e anunciará retomada de obras da educação básica. São 71 obras em 46 municípios que foram paralisadas no governo anterior, que serão retomadas.

    Às 15h, o ministro embarcará para Rondonópolis. O segundo compromisso, às 16h, será a inauguração de creche municipal. Às 17h30 inaugurará centro de saúde do curso de medicina da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).

  • Lula dá posse ao general Marcos Amaro como ministro do GSI

    Lula dá posse ao general Marcos Amaro como ministro do GSI

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse ao general Marcos Amaro como novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência. A cerimônia reservada ocorreu nesta quinta-feira (4) no Palácio do Planalto.

    Amaro assume no lugar do ex-ministro Gonçalves Dias, que deixou o cargo em 19 de abril após a divulgação de imagens que o mostravam no interior do Palácio do Planalto, interagindo com os vândalos, no dia dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Desde então, o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli estava como chefe interino do GSI.

    Marcos Amaro, de 65 anos, é general da reserva do Exército. Durante sua vida militar, serviu em unidades de artilharia em Jundiaí (SP), no Rio de Janeiro (RJ) e em Olinda (PE) e comandou unidades em Cuiabá (MT) e Santa Maria (RS). Foi instrutor da Academia Militar das Agulhas Negras e da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e adido militar na embaixada do Brasil no Suriname.

    De 2007 até o início de 2010, foi chefe da Divisão de Inteligência do Centro de Inteligência do Exército. Também foi adjunto do GSI, secretário da segurança presidencial e chefe da Casa Militar da Presidência. Ainda esteve à frente do Comando Militar do Sudeste e foi chefe do Estado-Maior do Exército. O general Amaro entrou para a reserva no ano passado.

    Na área acadêmica, fez especialização em excelência gerencial com ênfase em gestão pública pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e em administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

    Edição: Graça Adjuto