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  • Paulo Alvim assume Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

    Paulo Alvim assume Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

    O engenheiro civil Paulo Alvim assumiu na tarde desta quinta-feira (31) o cargo de ministro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), no lugar do astronauta Marcos Pontes, que esteve no cargo ao longo dos últimos três anos, desde o início do governo Jair Bolsonaro. Alvim era secretário de Empreendedorismo e Inovações da pasta.

    A solenidade de transmissão de cargo ocorreu no auditório da pasta, no início da tarde. Pontes deixou o cargo para disputar as eleições em outubro. Ele tentará uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo. Pela manhã, no Palácio do Planalto, uma cerimônia comandada pelo presidente da República marcou a saída de 10 ministros de governo, que disputarão as eleições, e a posse dos novos titulares.

    “Nós só vamos transformar esse país se a gente avançar de forma coesa, integrada e convergente, se avançarmos em educação, ciência e tecnologia. Não existe outro caminho”, afirmou Alvim.

    O novo ministro é engenheiro civil formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (UnB). Atua há cerca de 40 anos no setor público, e ocupou diversos cargos, a maioria com foco na área de ciência e tecnologia. Foi secretário adjunto no governo do Distrito Federal e chefe do escritório da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em Brasília.

    Paulo Alvim tem grandes desafios pela frente, especialmente em relação a investimentos. O ministério vem tendo o orçamento achatado ao longo dos últimos anos. Os recursos disponíveis para financiamento de bolsas de pesquisa pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por exemplo, tem cerca de R$ 1,2 bilhão de verba este ano. O valor representa a metade do que se tinha na comparação com as décadas passadas.

    Sobre esse tema, o ex-ministro Marcos Pontes afirmou, em seu discurso de despedida, que conseguiu manter em dia todas as bolsas do CNPq. “A gente conseguiu preservar isso daí”, disse.

    Marcos Pontes fez um longo balanço de sua gestão na pasta e destacou a atuação do ministério durante a pandemia, especialmente na produção e desenvolvimento de uma vacina 100% nacional. “Eu tenho orgulho de dizer que o Brasil tem, a partir desse ano, independência na produção de vacinas, justo o ano do bicentenário da Independência. Isso é uma coisa pra gente comemorar e que foi graças aos nossos cientistas aqui do Brasil”, afirmou.

    Edição: Valéria Aguiar

  • Botucatu, no interior paulista, deve abrigar Centro de Biofármacos

    Botucatu, no interior paulista, deve abrigar Centro de Biofármacos

    Protocolo de intenções para a criação de um Centro Nacional de Biofármacos e Biomoléculas foi assinado hoje (19), em Botucatu, no interior paulista, entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). 

    O centro vai permitir escalonar a produção de medicamentos biológicos. Entre os novos medicamentos que poderão ser produzidos estão os Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs), que são usados, por exemplo, na produção de vacinas.

    O centro terá 1.470 metros quadrados e abrigará laboratórios de pesquisa e espaço de coworking ( trabalho colaborativo ou cooperativo) para hospedar startups de biotecnologia. O prédio terá ainda alas fabril e de controle de qualidade. A fábrica terá capacidade de produzir amostras para pesquisa e testes clínicos.

    Durante o evento, o ministro do MCTI, Marcos Pontes, destacou a iniciativa como meio de aproximar o conhecimento às necessidades da sociedade. “Uma das coisas que a gente notou na pandemia logo de cara foi esse gap (lacuna)”, afirmou. Segundo Pontes, a cada cinco papers publicados por cientistas brasileiros, só um é utilizado de forma prática no país. “O que está faltando? Ligação entre pesquisa e empresas.”

    Para o reitor da Unesp, Pasqual Barretti, a universidade “não tem direito de se desconectar das políticas públicas”. Ele lembrou que a pandemia mostrou a importância e o tamanho do Sistema Único de Saúde (SUS). “O SUS tem que avançar e essas medidas na área de ciência e tecnologia vão trazer a ciência para perto do SUS e ele será ainda maior para o bem da sociedade e para o bem de todos.”

    De acordo com o MTCI, ainda não está definido o valor dos recursos que serão destinados à criação do centro.