Tag: Ministério da Saúde

  • Covid-19: Saúde distribui 1 milhão de doses de vacina para crianças

    Covid-19: Saúde distribui 1 milhão de doses de vacina para crianças

    Um milhão de doses da vacina CoronaVac serão distribuídas em todas as unidades federativas para reforçar o combate à covid-19 entre crianças com idade a partir de 3 anos e menores de 5 anos. A expectativa do Ministério da Saúde é que o imunizante seja distribuído até o início da próxima semana.

    As vacinas produzidas pelo Instituto Butantan serão distribuídas de forma “equânime e proporcional” aos estados e ao Distrito Federal, levando em conta a parcela da população que se encontra nesta faixa etária.

    “Para crianças, o esquema vacinal com a CoronaVac é o mesmo do público adolescente e adulto. São duas doses com intervalo de 28 dias entre elas”, informou o ministério ao recomendar que a administração seja concomitante das vacinas, “simultaneamente às demais vacinas do calendário vacinal ou em qualquer intervalo na faixa etária de 6 meses de idade ou mais”.

    Segundo a autoridade do setor de saúde, as doses de reforço aumentam a proteção contra casos graves e óbitos pela covid-19.

    Cerca de 519 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 já foram distribuídas no país. O ministério informa que “mais de 69 milhões de brasileiros ainda não buscaram a primeira dose de reforço”.

    Veja como será a distribuição das doses:

    Acre: 6.010

    Alagoas: 17.400

    Amapá: 5.400

    Amazonas: 27.250

    Bahia: 70.930

    Ceará: 40.820

    Distrito Federal: 14.510

    Espírito Santo: 18.500

    Goiás: 34.400

    Maranhão: 43.620

    Mato Grosso: 21.350

    Mato Grosso do Sul: 15.320

    Minas Gerais: 86.510

    Pará: 51.100

    Paraíba: 20.900

    Paraná: 47.830

    Pernambuco: 40.000

    Piauí: 14.580

    Rio de Janeiro: 72.800

    Rio Grande do Norte: 16.140

    Rio Grande do Sul: 46.310

    Rondônia: 10.180

    Roraima: 4.440

    Santa Catarina: 34.040

    São Paulo: 218.590

    Sergipe: 10.940

    Tocantins: 9.030

    Edição: Valéria Aguiar

  • Mais de 69 milhões não tomaram 1ª dose de reforço contra covid-19

    Mais de 69 milhões não tomaram 1ª dose de reforço contra covid-19

    Mais de 69 milhões de brasileiros ainda não voltaram aos postos para receber a primeira dose de reforço da vacina contra covid-19, segundo dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI). De acordo com Ministério da Saúde, 32,8 milhões de pessoas poderiam ter recebido a segunda dose de reforço contra a doença, mas ainda não se vacinaram. Os imunizantes estão disponíveis em mais de 38 mil postos de vacinação em todo o país. 

    Segundo a pasta, estudos mostram que a estratégia de reforçar o calendário vacinal contra o novo coronavírus aumenta em mais de cinco vezes a proteção contra casos graves e óbitos pela covid-19.

    Doses de reforço

    A primeira dose de reforço é recomendada para pessoas com mais de 12 anos de idade e deve ser aplicada quatro meses depois da segunda dose ou dose única. No momento, a segunda dose de reforço é recomendada para a população acima de 40 anos de idade e trabalhadores da saúde, independentemente da idade.

    Imunizantes

    As vacinas recomendadas para as doses de reforço são dos fabricantes Pfizer, AstraZeneca ou Janssen, que podem ser utilizadas para pessoas com 18 anos de idade ou mais. Para os adolescentes entre 12 e 17 anos, preferencialmente deve ser utilizada a vacina Pfizer. Caso não esteja disponível, pode ser utilizada a vacina CoronaVac na dose de reforço.

    Para quem começou o esquema vacinal com a dose única da Janssen, a recomendação é diferente das demais, com três reforços para pessoas com idade igual ou maior que 40 anos e dois reforços para pessoas de 18 a 39 anos.

    O primeiro reforço é aplicado dois meses após o início do ciclo; e os outros devem obedecer ao intervalo de quatro meses. A orientação é que também sejam utilizadas as vacinas AstraZeneca, Pfizer ou a própria Janssen para as doses de reforço.

    Edição: Maria Claudia

  • Brasil confirma 39 mortes e 6,9 mil casos de covid-19 em 24 horas

    Brasil confirma 39 mortes e 6,9 mil casos de covid-19 em 24 horas

    O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 34.846.308 casos confirmados de covid-19 e 688.267 mortes pela doença.

    Segundo boletim epidemiológico divulgado hoje (3) pelo Ministério da Saúde, em 24 horas, foram notificados mais 6.971 casos e 39 mortes em consequência da doença. De acordo com o boletim, 34.846.308 pessoas se recuperaram da doença e 91.741 casos estão em acompanhamento.

    Nesta quinta-feira, as secretarias de Saúde de Mato Grosso do Sul e do Tocantins não repassaram dados sobre a covid-19 ao sistema.

    Estados

    São Paulo é o estado com maior número de casos de covid-19, 6,14 milhões, seguido por Minas Gerais (3,88 milhões) e Paraná (2,75 milhões). O Acre registra o menor número de casps,149,8 mil, seguido por Roraima (175,5 mil) e Amapá (178,4 mil).

    O estado de São Paulo também registra o maior número de mortes pela doença, 175.602. Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro, com 75.872 óbitos, e Minas Gerais, com 63.881. Acre, com 2.029 mortes, Amapá, com 2.164, e Roraima, com 2.175, têm o menor número de mortes.

    Vacinação

    Até o momento, foram aplicadas 486,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 180,3 milhões com a primeira dose e 162,7 milhões com a segunda. A dose única foi aplicada em mais de 5 milhões de pessoas.

    Edição: Nádia Franco

  • Ministro da Saúde diz que plataformas de dados serão legado do governo

    Ministro da Saúde diz que plataformas de dados serão legado do governo

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje (3), em Brasília, que a junção das diversas plataformas de dados de diferentes sistemas de informações de saúde será um legado do atual governo, bem como a facilidade de acesso a eles pela população, por meio da internet e de smartphones.

    A afirmação foi feita durante o lançamento de mais uma plataforma desse tipo: o E-SUS Linha da Vida, que reunirá, de forma online, dados de vigilância e saúde da população brasileira, como o de nascidos vivos, de doenças de notificação compulsória e mortalidade.

    Coube ao secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, apresentar o E-SUS Linha da Vida, programa que, segundo ele, representa a modernização dos sistemas de informação da vigilância em saúde.

    “Ele reunirá, em uma única plataforma, dados da população coletados por diferentes sistemas, como o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc); o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan); e o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)”, explicou o secretário.

    Dados acessíveis

    Medeiros afirmou que a plataforma será construída em fases. “O projeto foi iniciado em 2022 e deverá ser concluído nos próximos três anos. Funcionará em ambiente 100% online, de forma a otimizar o processo de trabalho”, salientou.

    O ministro da Saúde disse que a pandemia mostrou às autoridades de saúde o quanto importante é ter, em mãos, dados confiáveis e auditáveis para a tomada de decisão.

    “Dados de cartórios são importantes, mas a [melhor] base de dados, claro, é a do ministério, que é o guardião desses dados de todos os brasileiros, desde o nascimento, com a Certidão de Nascimento, até quando ele falece [Certidão de Óbito]”, destacou.

    “Nós passamos a ter dados como esses a uma velocidade maior, e isso é de uma importância capital para quem lida com saúde pública. Não só em relação a doenças infectocontagiosas, mas também a doenças crônicas não transmissíveis, que são a principal causa de óbitos no mundo. Se não tivermos dados de mortalidade, não poderemos ter políticas de saúde confiáveis”, argumentou o ministro.

    Legado

    Segundo ele, a centralização desses tipos de dados é um “legado” que a atual gestão deixa para o futuro da saúde pública, em especial para os cidadãos, que os terão, quando necessário, “na palma da mão, por meio de smartphones que possibilitam [inclusive] consultas”.

    Queiroga lembrou que, durante a pandemia, o controle da situação foi possível graças aos cruzamentos de dados. “Na [chegada da] Ômicron, quando profetizavam a quarta onda da covid-19, dizíamos que não vivíamos nenhuma quarta onda. Sabíamos disso porque acompanhávamos os dados”, enfatizou.

    “Estamos agora consolidando a rede nacional de dados de saúde à condição de termos um conjunto mínimo de dados, e com isso fazer uma transformação real no sistema de saúde. Tenho certeza de que essa é uma contribuição extremamente relevante para todos. Até porque, a verdade está em dados que sejam confiáveis, auditáveis e que tenham a credibilidade da sociedade brasileira”, finalizou.

  • Governo libera vacina contra covid-19 em crianças a partir de 6 meses

    Governo libera vacina contra covid-19 em crianças a partir de 6 meses

    O Ministério da Saúde liberou a aplicação de vacinas contra a covid-19 da Pfizer em crianças de 6 meses a 4 anos de idade que tenham comorbidades. Ainda não há informações sobre quando a pasta receberá e qual o total de vacinas específicas para esse público.

    A ampliação de uso da vacina da Pfizer para imunizar crianças de 6 meses a 4 anos de idade contra a covid-19 foi aprovada pela Anvisa em setembro. Desde a liberação, há um impasse no Ministério da Saúde sobre a incorporação da vacina no plano de imunização.

    Em nota, nesta quinta-feira (13), a pasta informou que solicitará à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) a avaliação de possível ampliação do uso da vacina pediátrica nessa faixa etária. Até que seja analisado pela comissão, a vacinação estará restrita ao publico com comorbidades.

    Diferenças

    A vacina para crianças de 6 meses a 4 anos de idade tem dosagem e composição diferentes daquelas utilizadas para as faixas etárias previamente aprovadas. A formulação da vacina autorizada hoje deverá ser aplicada em três doses de 0,2 ml (equivalente a 3 microgramas).

    As duas doses iniciais devem ser administradas com 3 semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada pelo menos 8 semanas após a segunda dose. A tampa do frasco da vacina virá na cor vinho, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e, também, pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas. O uso de diferentes cores de tampa é uma estratégia para evitar erros de administração, já que o produto requer diferentes dosagens para diferentes faixas etárias.

    “A vacina tem 12 meses de validade, quando armazenada a temperatura entre -90°C e -60°C. Uma vez retirado do congelamento, o frasco fechado pode ser armazenado em geladeira entre 2°C e 8°C durante um período único de 10 semanas, não excedendo a data de validade original”, explicou a Anvisa.

  • Cinco novos remédios são incorporados à Farmácia Popular

    Cinco novos remédios são incorporados à Farmácia Popular

    Cinco novos medicamentos para tratamento de doenças cardiovasculares e diabetes serão incorporados ao programa Farmácia Popular do Brasil. O anúncio foi feito hoje (29) pelo Ministério da Saúde, que informou que essa é a primeira incorporação de novos remédios desde 2011.

    A medida deve ser publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (30). A previsão é que os remédios estejam disponíveis para a população em até 30 dias.

    Quatro medicamentos, usados no controle da hipertensão arterial, serão oferecidos gratuitamente: Besilato de Anlodipino 5 mg, Succinato de Metoprolol 25 mg, Espironolactona 25 mg e Furosemida 40 mg. Já o Dapagliflozina 10 mg é usado para o controle da diabetes mellitus tipo 2 associada a doença cardiovascular e será oferecido em modalidade copagamento. Estima-se que 2,7 milhões de pessoas sejam beneficiadas pela medida, anunciada no Dia Mundial do Coração.

    “O Brasil tem uma das políticas públicas mais amplas em relação às doenças cardiovasculares, que começa na atenção básica, nas 48 mil unidades básicas de saúde. Nós temos um programa de assistência farmacêutica, que foi ampliado hoje, com mais medicamentos disponibilizados na Farmácia Popular do Brasil. E, de outro lado, nós temos uma rede de atenção especializada bem ampla, que é onde cuidamos dos casos mais graves”, explicou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista ao programa A Voz do Brasil.

    Segundo o ministro, a hipertensão arterial, para cujo tratamento são voltados quatro dos cinco novos remédios da Farmácia Popular, é a doença do sistema cardiovascular mais prevalente. “Temos que mudar o hábito de vida das pessoas, como reduzir o sal da comida, estimular a perda de peso, não fumar. Esses fatores de risco são comuns a quase todas as doenças cardiovasculares”, disse.

    Queiroga explicou que metade dos hipertensos não sabem que sofrem da doença. “E os que sabem não se tratam de maneira adequada. Somente uma pequena parcela faz o tratamento corretamente”, explicou.

  • Campanha de vacinação contra a pólio termina nesta sexta-feira

    Campanha de vacinação contra a pólio termina nesta sexta-feira

    A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação termina na próxima sexta-feira (30). A proposta é reforçar as coberturas vacinais contra a pólio e outras doenças que podem ser prevenidas, além de evitar a reintrodução de vírus que já foram eliminados do país.

    A campanha chegou a ser prorrogada pelo Ministério da Saúde por conta da baixa adesão. As doses estão disponíveis em mais de 40 mil pontos de vacinação. A meta da pasta é imunizar contra a pólio 95% do público-alvo, formado por 14,3 milhões de crianças menores de 5 anos.

    Crianças de 1 a 4 anos devem receber uma dose da Vacina Oral Poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) previstas no esquema básico. Até o último sábado (24), 6 milhões de doses contra a pólio haviam sido aplicadas durante a campanha.

    Multivacinação

    Para a campanha de multivacinação, as doses disponíveis são: Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba), Tetraviral (Sarampo, Rubéola, Caxumba, Varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano).

    Entre adolescentes com idade até 15 anos, estão disponíveis as vacinas HPV, dT (dupla adulto), Febre amarela, Tríplice viral, Hepatite B, dTpa e Meningocócica ACWY (conjugada). O ministério reforça que todos os imunizantes que integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguros e foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    Covid-19

    A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação coincide com a imunização contra a covid-19, já em andamento no país. Segundo a pasta, as vacinas contra a covid-19 podem ser administradas, em crianças a partir de 3 anos, de maneira simultânea ou com qualquer intervalo com as demais vacinas que integram o calendário nacional.

    “A atualização da situação vacinal aumenta a proteção contra as doenças imunopreveníveis, evitando a ocorrência de surtos e hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação e óbitos”, reforçou o ministério.

  • Dia Mundial do Alzheimer alerta para aumento de casos no mundo

    Dia Mundial do Alzheimer alerta para aumento de casos no mundo

    De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 55 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência, sendo a mais comum a doença de Alzheimer, que atinge sete entre dez indivíduos nessa situação em todo o mundo. A OMS alerta para a tendência de aumento preocupante desses números, com o envelhecimento da população. Estimativas da Alzheimer’s Disease International, sediada no Reino Unido, os números globais poderão chegar a 74,7 milhões, em 2030, e 131,5 milhões, em 2050.

    Já aqui no Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que em torno de 1,2 milhão de pessoas têm a doença e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano.

    Nesta quarta-feira (21) celebra-se o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, criado pela Associação Internacional do Alzheimer. No Brasil, a data marca o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, instituído para esclarecer os brasileiros sobre a importância da participação de familiares e amigos nos cuidados aos diagnosticados com a doença.

    “A doença de Alzheimer se manifesta por uma disfunção em que alguns neurônios do nosso cérebro começam a morrer”, disse à Agência Brasil o neurologista Silvio Pessanha Neto, diretor do Instituto de Educação Médica (Idomed). As doenças neurodegenerativas têm todas esse mesmo perfil. “Dependendo da localização desses neurônios, vão ocorrer sinais e sintomas diferentes. Mas a fisiopatologia é a mesma”, destacou o médico.

    No caso do Alzheimer, um conjunto de neurônios sofre um processo defeituoso e começa a morrer. Como esses neurônios são justamente aqueles responsáveis pela memória, o paciente começa a ter incapacidade para gerar novas memórias. “Começa o esquecimento relacionado a eventos recentes”.

    Pessanha explica que os primeiros sinais são identificados pela família e por amigos. “O indivíduo começa a esquecer coisas, como o nome dos netos; começa a repetir a mesma pergunta várias vezes; não consegue aprender coisas novas”.

    Mais jovens

    O Alzheimer é uma das formas de demência neurodegenerativa que, geralmente, afetam os idosos, já que trata-se de um processo lento e progressivo. Os sintomas começam, em geral, depois da sexta ou sétima décadas de vida. Para especialistas, a doença em jovens é muito rara e ocorre quando há predisposição genética para a doença.

    “O jovem, entendido como alguém na faixa de 40 anos, quando tem [Alzheimer], esse processo começa muito precocemente, porque é preciso muito tempo para essa disfunção se manifestar”, diz Pessanha.

    O especialista esclarece ainda que o Alzheimer não pode ser confundido com a demência senil: “o cérebro envelhece, como todo o corpo envelhece. Alzheimer é a doença. Não é o  envelhecimento natural do nosso cérebro”.

    Ferramenta

    O médico nuclear e membro titular da Sociedade Europeia de Medicina Nuclear, José Leite, conta que a medicina ganhou importantes aliados para a detecção do Alzheimer, como um teste de imagem não invasivo, chamado PET Amiloide Florbetabeno (PET-CT com Florbetabeno-18F). “O exame é capaz de fazer a medição do volume de placas beta amiloides que, quando acumuladas, interferem no funcionamento das células cerebrais e são consideradas como digitais do Alzheimer pelos médicos”.

    O exame é uma novidade no país e importante porque potencializa o diagnóstico. Como é uma doença progressiva, quanto o diagnóstico mais chances de iniciar um tratamento correto para melhorar a qualidade de vida do paciente. “É muito importante porque, quanto antes tiver o diagnóstico, o médico pode tratar melhor, começar a medicar o paciente para que se reduza a velocidade com a qual os neurônios começam a morrer. Aí, você eleva a qualidade de vida e o prognóstico do paciente melhora muito”, avalia Pessanha.

    Segundo Marcus Tulius, neurologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o novo exame é uma ferramenta para auxiliar no diagnóstico, mas, isoladamente, não é suficiente. “Ele fortalece a hipótese clínica. Possibilita a detecção precoce da condição e, juntamente com a avaliação dos sintomas existentes, é possível tentar estabilizá-los”.

    Estímulos

    Marcus Tulius destacou que a melhora da qualidade de vida do paciente com Alzheimer é propiciada quando se faz um tratamento mais precoce, “fazer com que a pessoa e a família se preparem para essa doença, apesar de saber que a doença vai progredir no futuro. Os medicamentos fazem com que essa evolução seja mais lenta”.

    O Alzheimer é uma doença sem cura e não há uma prevenção comprovadamente eficiente. A prevenção consiste em manter uma atividade física e mental ativa, ler muito, escrever, fazer palavras-cruzadas, quebra-cabeças. “Quem ocupa o cérebro adia a doença”, diz Pessanha.

    Além dos estímulos mentais, há evidências cada vez maiores de que exercícios físicos são benéficos para a prevenção e tratamento do Alzheimer. A atividade física regular, como por exemplo as caminhadas, não apenas protege contra alguns fatores de risco para o surgimento do Alzheimer, como hipertensão, colesterol alto e diabetes, como também traz benefício na velocidade de raciocínio, favorece a manutenção da memória e ajuda na prevenção do declínio cognitivo.

    Estudos recentes relacionam o Alzheimer com outras doenças e, por esse motivo, um cuidado com a saúde em geral pode adiar o desenvolvimento da doença. “A gente sabe hoje que Alzheimer está ligado muito ao diabetes, à hipertensão, ao tabagismo, à síndrome da apneia obstrutiva do sono, a quadros de depressão. Então, se você precocemente trata essas situações, isso diminui o risco de o idoso, quando chega à terceira idade, desenvolver Alzheimer”, diz Marcus Tulius.

    Apoio

    O suporte da família ao paciente com Alzheimer é fundamental. “A pessoa está com uma enfermidade. Ela não confunde o nome do neto, por exemplo, porque quer. Tento pedir que a família apoie, estimule, leve para o cinema, o museu, o teatro, leve para passear, tenha paciência porque esses estímulos é que vão manter o paciente, por mais tempo, com uma qualidade mínima de vida para interagir com as pessoas”, recomenda Pessanha.

  • Ministério da Saúde lança guia para médicos sobre gestantes e bebês

    Ministério da Saúde lança guia para médicos sobre gestantes e bebês

    Alterações estruturais ou funcionais no desenvolvimento de bebês durante a gestação e que podem ser detectadas durante ou após o nascimento estão no Guia prático: diagnóstico de anomalias congênitas no pré-natal e ao nascimento. Segundo o Ministério da Saúde, responsável pela publicação direcionada aos médicos, o diagnóstico é fundamental não só para orientar o cuidado e atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), mas também para buscar diminuir os impactos dessas condições na vida de pacientes e seus familiares. Além disso, se detectadas em tempo, algumas dessas alterações podem ser prevenidas.

    Números

    Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que aproximadamente 295 mil recém-nascidos morrem por ano em decorrência dessas condições. “No Brasil, elas já representam a segunda principal causa de mortalidade infantil. Conforme dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), são notificados no país, anualmente, cerca de 24 mil nascidos vivos com alterações congênitas (menos de 1% de todos os nascidos vivos)”, destacou o Ministério da Saúde.

    O guia foi elaborado pelo Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças não Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde, em conjunto com especialistas na área de genética médica. Entre os tópicos abordados está, por exemplo, a apresentação de avaliações e exames que podem ser feitos durante o pré-natal para o diagnóstico de anomalias congênitas.Também estão na publicação:

    Características da gestante e gestação que podem representar fatores de risco para anomalias congênitas;

    Descrição das anomalias congênitas que podem ser detectadas por meio do exame físico detalhado do recém-nascido; a

    Anomalias congênitas consideradas prioritárias para a vigilância ao nascimento no país e como diagnosticá-las, incluindo fotos e ilustrações;

    Apresentação de ferramentas de apoio para o diagnóstico de anomalias congênitas no nascido vivo;

    Orientações de como deve ser feita a notificação das anomalias congênitas ao nascimento;

    Descrição de algumas das principais medidas de prevenção de anomalias congênitas.

    Edição: Graça Adjuto

  • Covid-19: Brasil registra 182 mortes e 14,8 mil casos em 24h

    Covid-19: Brasil registra 182 mortes e 14,8 mil casos em 24h

    As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 14.821 novos casos de covid-19 na últimas 24 horas em todo o país. De acordo com os órgãos, foram confirmadas também 182 mortes por complicações associadas à doença no mesmo período. 

    Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta quinta-feira (1º), com exeção do estado de Mato Grosso do Sul, que não enviou as informações. Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia já soma 34.444.674.

    O número de casos em acompanhamento de covid-19 está em 265.465. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta e nem resultaram em óbito.

    Com os números de hoje, o total de óbitos alcançou 683.965, desde o início da pandemia. Ainda há 3.174 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demanda exames e procedimentos complementares.

    Até agora, 33.495.062 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a pouco mais de 97% dos infectados desde o início da pandemia.

    Estados

    Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (174.203), Rio de Janeiro (75.468), Minas Gerais (63.581), Paraná (45.125) e Rio Grande do Sul (40.876).

    Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.027), Amapá (2.158), Roraima (2.172), Tocantins (4.199) e Sergipe (6.430).

    Vacinação

    Até esta quinta-feira (31), o vacinômetro do Ministério da Saúde apontava que um total de 476.305.517 doses de vacinas contra covid-19 foram aplicadas no país, desde o início da campanha de imunização.

    Os dados são os mesmos do dia anterior e não haviam sido atualizados até a publicação desta matéria. Destas aplicações totais de vacina, 179,1 milhões são primeira dose, 160,3 milhões são segunda e 4,9 milhões são dose única.

    A dose de reforço já foi aplicada em mais de 106,4 milhões de pessoas e a segunda dose extra ou quarta dose, em pouco mais de 20,4 milhões. O painel registra ainda 4,8 milhões de doses como adicionais, que são aquelas aplicadas em quem tinha recebido o imunizante da Janssen, de dose única.