Tag: ministério da Previdência

  • Após fraude no INSS, Lupi pede demissão do Ministério da Previdência

    Após fraude no INSS, Lupi pede demissão do Ministério da Previdência

    O ministro da Previdência, Carlos Lupi, acertou sua saída do cargo, nesta sexta-feira (2), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília.

    Em seu lugar, o Palácio do Planalto anunciou ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da pasta. O agora ex-ministro, que é presidente nacional do PDT, anunciou a saída do governo em uma postagem nas redes sociais.

    Brasília (DF), 02/05/2025 - Wolney Queiroz, novo ministro da Previdência Social. Foto: MPS/Divulgação Wolney Queiroz assume o Ministério da Previdência Social – MPS/Divulgação

    “Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades no INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula. Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, escreveu Lupi.

    Segundo o Planalto, a exoneração de Lupi e a nomeação de Wolney serão publicadas ainda nesta sexta em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). A troca no comando do Ministério da Previdência ocorre uma semana após a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagrarem uma operação conjunta que apura um suposto esquema de descontos não autorizados de mensalidades associativas em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

    A investigação aponta que as irregularidades começaram em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro, e prosseguiram nos últimos anos.

    “Continuarei acompanhando de perto e colaborando com o governo para que, ao final, todo e qualquer recurso que tenha sido desviado do caminho de nossos beneficiários seja devolvido integralmente. Deixo meu agradecimento aos mais de 20 mil servidores do INSS e do Ministério da Previdência Social, profissionais que aprendi a admirar ainda mais nestes pouco mais de dois anos à frente da Pasta. Homens e mulheres que sustentam, com dedicação, o maior programa social das Américas”, prosseguiu Carlos Lupi.

    Mudanças no INSS

    O caso já havia resultado na exoneração do então presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, e no afastamento de quatro dirigentes da autarquia e de um policial federal lotado em São Paulo.

    Deputados de oposição protocolaram, na última quarta-feira (30), um requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os sindicatos envolvidos na fraude do INSS. Pressionado pela oposição, Lupi chegou a prestar depoimento durante sessão da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, também da Câmara dos Deputados, realizada na terça-feira (29), mas sua permanência à frente da pasta acabou ficando insustentável.

    A PF informou ter reunido indícios da existência de irregularidades em parte dos cerca de R$ 6,3 bilhões que a cobrança das mensalidades associativas movimentou apenas entre 2019 e 2024. Nos dias seguintes, a CGU e o próprio INSS tornaram públicos os resultados de auditorias realizadas desde 2023, que também apontavam inconsistências e problemas relacionados ao tema.

    Suspensão e devolução

    Logo após a deflagração da operação da PF, o INSS suspendeu todos os descontos oriundos dos acordos com as entidades.

    Para reaver o dinheiro retroativo aos anos anteriores, a Advocacia-Geral da União (AGU) montou um grupo para buscar a reparação dos prejuízos. Esse grupo se reuniu na tarde desta sexta, na sede da AGU, envolvendo o próprio advogado-geral da União, Jorge Messias; o presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção e o novo presidente do INSS, nomeado há dois dias.

    Na última quinta-feira (30), em pronunciamento nacional por ocasião do Dia do Trabalhador, Lula prometeu que os prejudicados serão ressarcidos.

  • Mato Grosso Previdência recebe nota máxima no Índice do Ministério da Previdência

    Mato Grosso Previdência recebe nota máxima no Índice do Ministério da Previdência

    O Mato Grosso Previdência (MTPrev) foi classificado, nesta semana, com nota A pelo Índice de Situação Previdenciária (ISP) do Ministério da Previdência Social. Com a conquista, Mato Grosso se consagra como o único estado do Brasil com as duas maiores certificações em previdência pública: nível máximo no Pró-Gestão e no ISP.

    Para o diretor-presidente do MTPrev, Elliton Souza, a nota, que subiu gradativamente da mínima para a máxima nos últimos cinco anos, demonstra a evolução da gestão.

    “No início do nosso trabalho em 2019, éramos letra D, então evoluímos para ‘C’ em 2021. Já em 2023, conquistamos a ‘B’ e agora alcançamos o nível ‘A’. Isso junto ao Pró-Gestão Nível IV, que também é nível máximo, torna Mato Grosso o único estado da federação com ISP ‘A’ e nível IV no Pró-Gestão simultaneamente. Isso é para coroar o fechamento do ano. Agora o desafio é realizar a manutenção e a preservação desses títulos”, declarou o gestor.

    Critérios para alcançar a nota máxima

    Os critérios para obter a nota ‘A’ estão relacionados ao índice de regularidade, envio das informações, gestão, classificação em gestão e transparência, suficiência financeira, acumulação de recursos, finanças e liquidez, cobertura previdenciária, atuária e outros parâmetros comparados a regimes próprios de previdência social do mesmo porte e maturidade.

    O indicador também abrange dados que refletem a melhoria da gestão dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) do país, incluindo a certificação no Pró-Gestão, programa no qual o MTPrev recentemente alcançou o nível máximo.

    Fonte: Secom Mato Grosso

  • Força Sindical pede que Marinho acompanhe negociações com Americanas

    Força Sindical pede que Marinho acompanhe negociações com Americanas

    Em reunião hoje (30) com lideranças da Força Sindical, os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e da Previdência, Carlos Lupi, discutiram a situação dos empregos dos trabalhadores da rede de varejo Americanas. A empresa teve o pedido de recuperação judicial aprovado no dia 19 de janeiro. Os sindicalistas querem participação direta do Ministério do Trabalho nas negociações para garantir os direitos e a renda das mais de 44 mil pessoas envolvidas na operação da empresa.

    Marinho disse que a pasta seguirá acompanhando a questão da recuperação judicial e a situação dos empregados para a preservação dos empregos. “Ele ficou de fazer uma reunião já esta semana, chamar a empresa e tentar achar caminhos que assegurem, garantam os empregos e a continuidade do negócio, mas ele vai nos informar”, disse Miguel Torres, da Força Sindical.

    Previdência

    Na reunião com o ministro da Previdência, as centrais sindicais reclamaram da fila para solicitação de benefícios previdenciários e também reivindicaram revisão de alguns pontos da reforma da Previdência, sancionada em 2019 e que aumentou o tempo de contribuição. Também foi abordada a necessidade de revisão de pontos da reforma trabalhista, sancionada em 2017.

    “Primeiro a gente tem que tratar de resolver os grande problemas de hoje, que são a fila, a falta de resposta mais rápida para atender a população, desde pensão, aposentadoria, o beneficiário BPC, a gestante, a pessoa que tem que sair por atestado médico. Isso merece uma solução imediata. A segunda é essa questão da Previdência, temos um grande conselho, que eu estou ampliando, colocando todas as representações sindicais, inclusive dos aposentados, empresariais, conversando para encontrar caminhos.”

    Segundo o ministro, o conselho vai debater propostas de revisão de alguns pontos da reforma. Sobre a questão das filas para pedidos de benefícios, ele lembrou que, no governo anterior, houve diminuição na força de trabalho da Previdência. Em 2014, eram 35 mil trabalhadores no ministério e, em 2023, são pouco mais de 19 mil. Mas Lupi garantiu que a questão da fila será tratada de forma prioritária nesses primeiros meses.

    Entenda o caso Americanas

    A descoberta de inconsistências contábeis no balanço fiscal do grupo Americanas, no começo de janeiro, resultou no pedido de demissão do presidente Sérgio Rial e do diretor de relações com investidores André Covre. Eles tinham sido empossados havia pouco mais de uma semana, mas anunciaram a decisão de deixar os cargos ao estimar um rombo de R$ 20 bilhões na empresa.

    A notícia gerou uma queda imediata de mais de 70% nas ações da Americanas cotadas na Bolsa de Valores. Na petição de recuperação judicial apresentada ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o grupo calcula que as inconsistências contábeis devem elevar as dívidas para um montante em torno de R$ 40 bilhões.