Tag: Ministério da Justiça

  • Ministério da Justiça vai investigar denúncias de golpe contra BNDES

    Ministério da Justiça vai investigar denúncias de golpe contra BNDES

    O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) irá investigar 1.547 denúncias de golpes envolvendo o nome do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

    O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, entregou nessa quinta-feira (18) as denúncias, recebidas pela ouvidoria do banco em 2022, ao ministro da Justiça, Flávio Dino.

    As denúncias mostram que estelionatários estariam intermediando negócios usando o nome do BNDES de forma irregular. Dino informou irá acionar a Polícia Federal para investigar os casos.

    Mercadante relatou que algumas das mensagens recebidas trazem endereços, telefones e números de contas bancárias, que podem apoiar na identificação dos suspeitos.

    De acordo com o BNDES, 94% das denúncias recebidas, no ano passado, tratavam desse tipo de golpe. Do primeiro semestre de 2015 a 31 de dezembro de 2022, as denúncias de intermediação irregular de terceiros representaram 78,57% do total.

    O presidente do banco alerta que o BNDES não faz operações por meio de pessoas físicas. Em caso de dúvidas, o cidadão pode entrar em contato pelo telefone 0800 702 6337.

    Edição: Carolina Pimentel

  • Autoridades se mobilizam após dois novos casos de violência em escolas

    Autoridades se mobilizam após dois novos casos de violência em escolas

    Entre segunda (10) e terça-feira (11), dois novos casos de violência nas escolas mobilizaram autoridades. Nesta terça-feira, duas estudantes ficaram feridas em um colégio em Santa Tereza de Goiás. O adolescente responsável foi apreendido e levado para delegacia. A Secretaria estadual de Educação informou que está implantando nas escolas públicas do estado um sistema de videomonitoramento e que vai adquirir detector de metais portáteis.

    Um dia antes, outro caso de violência aconteceu no Amazonas. Os pais de adolescentes envolvidos na ação, em uma escola particular na zona sul de Manaus, foram chamados imediatamente até o colégio, e os estudantes feridos foram socorridos.

    O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino particular do Amazonas recomendou o reforço na segurança das escolas, além de medidas como campanhas de conscientização sobre bullying e cyberbullying; e a abertura de canais para denúncias anônimas, em contato com autoridades de segurança do estado.

    O Colégio Adventista de Manaus, onde aconteceu a ação nessa segunda-feira, informou que acionou as autoridades e prestou atendimento médico aos dois estudantes e à funcionária. Todos passam bem. A escola também informou que presta apoio às famílias, informações às autoridades e que vai tomar medidas administrativas em relação ao agressor.

    O governo do Amazonas anunciou, ainda na segunda-feira, a criação de um Comitê Interinstitucional de Proteção, Monitoramento, Guarda e Segurança Escolar, para atuar nas escolas públicas estaduais monitorando ameaças.

    Só no último final de semana, o Ministério da Justiça identificou mais de 500 perfis nas redes sociais com apologia à violência nas escolas.

    Nessa segunda-feira, o ministro da Justiça, Flávio Dino, se reuniu com representantes de redes sociais, como Google, WhatsApp, Facebook, Instagram, TikTok, Twitter, além de outras plataformas digitais para que sejam tomadas medidas que impeçam conteúdos que estimulem a violência nas escolas.

    Denúncias sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com SaferNet Brasil. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante.

    Acesse o site para fazer uma denúncia. Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.

  • Segundo turno das eleições registra 308 crimes eleitorais

    Segundo turno das eleições registra 308 crimes eleitorais

    A Operação Eleições 2022 registrou no país 308 crimes eleitorais hoje (30), no segundo turno das eleições, até as 17h30, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ao todo, houve 39 prisões e cinco ocorrências de compra de votos e corrupção eleitoral, sendo duas em Santa Catarina, uma no Amazonas, uma no Maranhão e uma no Paraná.

    A operação anotou 81 ocorrências por violação ou tentativa de violação do sigilo de voto; 70 ocorrências por boca de urna; e 33 por desobediência a ordens da Justiça Eleitoral. Segundo o balanço divulgado, os valores apreendidos em dinheiro contabilizaram R$ 6 mil. Foram apreendidas seis armas: três no Maranhão, duas em Minas Gerais e uma no Rio Grande do Sul. 

    O balanço da operação mostra, ainda, que houve seis casos de transporte irregular de eleitores, um em cada um dos seguintes estados: Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Não foram registradas ocorrências apenas no Distrito Federal, Amapá, Alagoas e Roraima.

    Como foi

    A Operação Eleições foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), em parceria com os 26 estados e o Distrito Federal. Participaram da ação o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Polícia Federal (PF), o Corpo de Bombeiros Militares, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as polícias civil e militar, o Ministério da Defesa, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).

    A ação conjunta das forças de segurança pública, durante o segundo turno, foi acompanhada a partir do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em Brasília. Nos estados, as ações foram coordenadas a partir dos Centros Integrados de Comando e Controle Estadual (CICCE).

    Edição: Kleber Sampaio

  • Ministério da Justiça proíbe venda de iPhone sem carregador de bateria

    Ministério da Justiça proíbe venda de iPhone sem carregador de bateria

    A venda de iPhones sem carregadores de bateria está proibida em todo território nacional. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (6), em processo aberto em dezembro do ano passado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. A pasta também aplicou multa à Apple Computer Brasil no valor de R$ 12, 2 milhões e determinou a cassação do registro na Anatel dos smartphones da marca a partir do modelo iPhone12. 

    A Apple foi processada por vender os smartphones, desde o iPhone 12, sem o carregador de energia para tomada de parede. As acusações são de venda casada, venda de produto incompleto ou despido de funcionalidade essencial, recusa da venda de produto completo mediante discriminação contra o consumidor e transferência de responsabilidade a terceiros.

    Na defesa, a Apple alegou que a decisão de não fornecer os carregadores de bateria em conjunto com os smartphones teria sido por preocupação ambiental, para estimular o consumo sustentável. Mas para a Senacon, os argumentos apresentados não foram suficientes, uma vez que a decisão da empresa de vender os aparelhos sem carregador acabou por transferir ao consumidor todo o ônus. Segundo o órgão, a fabricante poderia tomar outras medidas para a redução de impacto ambiental, como o uso do conector de cabos e carregadores tipo USB-C, adotados como padrão pela indústria atualmente.

    Segundo a Senacon , mesmo com a aplicação de multas pelos Procons de Santa Catarina, São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Caldas Novas (GO), e de condenações judiciais, a Apple, até hoje, não tomou nenhuma medida para minimizar o dano e segue vendendo aparelhos celulares sem carregadores. Também ressalta que outros fabricantes foram processados e que eles têm apresentado propostas para solução. “Caso persista nas infrações, a Apple poderá ser considerada reincidente, com a aplicação de novas punições ainda mais graves”, informou o Ministério da Justiça. A empresa ainda pode recorrer da decisão.

     

  • Senacon multa Facebook em R$ 6,6 milhões

    Senacon multa Facebook em R$ 6,6 milhões

    O Facebook foi condenado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) a pagar uma multa de R$ 6,6 milhões por ter vazado dados de usuários brasileiros. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a multa poderá ser reduzida em até 25% “caso a rede social não recorra da decisão”.

    Os dados dos usuários foram repassados em 2018 à empresa de consultoria de marketing político Cambridge Analytica, contratada para ajudar na campanha eleitoral de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos.

    Segundo o MJ, há estimativas sugerindo que 443 mil brasileiros tiveram seus dados vazados, em meio às 87 milhões de contas vítimas do vazamento, que resultou no envio de conteúdos políticos relacionados ao então candidato norte-americano.

    “Ainda naquele ano, a investigação concluiu que o compartilhamento ilegal de dados se dava por meio da instalação de um aplicativo de teste de personalidade, o ‘This Is Your Digital Life’. Por apresentar falhas ao informar sobre as configurações de privacidade, a Senacon entendeu que o Facebook cometia prática abusiva com os usuários e, por isso, aplicou a multa de R$ 6,6 milhões”, informou, em nota, o MJ.

    Ainda segundo a pasta, apesar de, em julho de 2022, a própria Senacon ter anulado a condenação, “para garantir a ampla defesa do Facebook”, a empresa continuou a afirmar que não havia indícios de que dados dos brasileiros teriam sido transferidos à Cambridge Analytica e que, portanto, “não haveria que se falar em mau uso ou exposição indevida desses dados”.

    Diante das alegações, que não foram aceitas pela Senacon, a multa foi então restabelecida.

    Edição: Fernando Fraga

  • Policiais civis deflagram operação de combate a crime contra idosos

    Policiais civis deflagram operação de combate a crime contra idosos

    Policiais civis de todas as unidades federativas participam hoje (22) da 3ª edição da Operação Vetus, de prevenção e repressão à violência praticada contra idosos. A operação é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança pública (MJ) e conta com a ajuda de delegacias especializadas de proteção ao idoso, das secretarias de Segurança Pública; da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH) e da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.

    Entre as ações, que serão implementadas até amanhã (23), estão as de apuração de denúncias, diligências, atendimento às vítimas, ações educativas e fiscalização em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs); procedimentos policiais e levantamentos de inteligência, como instauração e conclusão de inquéritos, representações judiciais, levantamento de alvos e de mandados, entre outros.

    Segundo o ministério, estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão. Também há atendimentos a solicitações de medidas protetivas de urgência.

    O Ministério da Justiça lembra que denúncias contra esse tipo de prática podem ser feitas por meio do Disque 100 ou pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil.

    “Qualquer pessoa pode procurar delegacias especializadas na proteção ao idoso. Caso a cidade não tenha delegacia especializada, é possível procurar qualquer delegacia. Também é possível procurar os conselhos estaduais ou municipais dos Direitos da Pessoa Idosa, ou ainda, o Ministério Público mais próximo da sua residência”, informa o ministério.

    Segundo a pasta, 31,2 mil idosos vítimas de violência foram atendidas nas duas edições anteriores da Operação Vetus. Também foram registradas 29,2 mil denúncias, o que resultou em 985 pessoas presas. Cerca de 9 mil policiais participaram das operações em 2020 e 2021.

    Cartilha

    De acordo com a Cartilha de combate à violência contra a pessoa idosa, de 2020, publicada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), a violência contra os idosos pode ocorrer de “forma visível”, resultando em mortes ou lesões; ou “invisível”, quando, apesar de não machucar o corpo, “provoca sofrimento, desesperança, depressão e medo”.

    A violência pode ser classificada como física, psicológica, negligência, institucional, abuso financeiro, patrimonial, sexual e discriminação:

    Violência física – na maioria das vezes ocorre dentro da casa do idoso (a) e é provocada por pessoas próximas, como filhos, cônjuge, netos, cuidadores, dentre outras. Em geral, são agressões, tapas, pontapés, beliscões e empurrões.

    Violência psicológica – se constitui de agressões verbais, menosprezo, desprezo ou qualquer ação que traga sofrimento emocional, como humilhação, afastamento do convívio familiar ou restrição à liberdade de expressão.

    Negligência – recusa ou omissão de cuidados. Se manifesta com frequência tanto no seio familiar como em instituições que prestam serviços de cuidados e acolhimento a pessoas idosas.

    Violência institucional – qualquer tipo de violência exercida dentro do ambiente institucional (público ou privado). As instituições podem cometer esse tipo de negligência por meio de ações desatenciosas ou omissivas por parte de funcionários.

    Abuso financeiro – exploração ilegal ou uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros. Normalmente, o violador se apropria indevidamente do dinheiro, cartões bancários e utiliza os valores com finalidades que não sejam a promoção do cuidado.

    Violência patrimonial – qualquer prática ilícita que comprometa o patrimônio do idoso, como forçá-lo a assinar um documento sem lhe ser explicado para que fins é destinado, alterações em seu testamento, fazer uma procuração ou ultrapassar os poderes de mandato, antecipação de herança ou venda de bens móveis e imóveis sem o consentimento espontâneo do idoso, falsificação de assinatura, etc.

    Violência sexual – ato sexual utilizando pessoas idosas, que visa obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas, através de coação com violência física ou ameaças.

    Discriminação – comportamentos discriminatórios, ofensivos, desrespeitosos em relação à condição física característica de uma pessoa idosa, desvalorizando e inferiorizando-a simplesmente por sua condição.

  • Ministério quer explicações da TecToy sobre venda de carregador

    Ministério quer explicações da TecToy sobre venda de carregador

    A Tectoy terá que explicar, em cinco dias, a partir desta segunda-feira (23), o motivo de vender a bateria de celular Powerbank XCharge sem homologação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “Caso não preste esclarecimentos convincentes à Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a empresa terá que pagar multa diária de R$ 50 mil”, informou a secretaria em nota.

    A decisão foi publicada na edição de hoje (23) do Diário Oficial da União.

    O carregador portátil de celular “Power Bank 995810071846 – XCharge” não tem permissão para ser vendido pela internet – seja no site da Tectoy, seja em outros endereços especializados em tecnologia.

    Caso não cumpra as determinações, será necessária a suspensão imediata da comercialização do produto, considerando os potenciais riscos que o carregador portátil oferece aos consumidores. Pela decisão da Senacom, a empresa é obrigada a informar todos os produtos que foram vendidos, quantos já atingiram o consumidor e qual a quantidade de carregadores em estoque. “Embora tenha sido relatado pela mídia que a TecToy interrompeu a venda do powerbank, não é possível avaliar a extensão dos danos. Isso porque não se sabe quantos produtos foram vendidos, nem quantos consumidores compraram o carregador”, admitiu a Senacom.

    Riscos

    O Ministério da Justiça alerta que quando um produto não é homologado, coloca em risco a saúde e a segurança do consumidor e ameaça o funcionamento do aparelho. O ministro da pasta, Anderson Torres, lembra que equipamentos sem certificação trazem risco de choques, superaquecimento e até mesmo explosão. “A intervenção do ministério é fundamental para garantir a proteção à saúde do consumidor”, afirma Torres.

    Reclamações

    Caso se sintam lesados, os consumidores poderão acessar a plataforma consumidor.gov.br. O serviço é público, gratuito e permite a interlocução direta entre consumidores e empresas para solução alternativa de conflitos de consumo pela internet. A reclamação no site do governo federal não substitui o serviço prestado pelos órgãos de defesa do consumidor, que continuam atendendo os brasileiros normalmente por meio de seus canais tradicionais de atendimento.

  • Governo Federal leiloa bens relacionados a crimes de lavagem de dinheiro no Mato Grosso

    Governo Federal leiloa bens relacionados a crimes de lavagem de dinheiro no Mato Grosso

    Dez lotes de bens imóveis no Mato Grosso serão leiloados pelo Governo Federal. É o maior leilão da história já realizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

    “No ano em que o Ministério da Justiça e Segurança Pública comemora seus 199 anos de existência, a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad) realiza o seu maior leilão da história, cujos bens estão avaliados em mais de R$ 80 milhões”, disse o secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, Luiz Roberto Beggiora.

    Todo o patrimônio que será leiloado está relacionado a crimes de lavagem de dinheiro. Entre bens, há fazenda, salas comerciais e terrenos urbanos.

    “São bens apreendidos em Mato Grosso que pertenceram a João Arcanjo Ribeiro, que foi condenado por jogo do bicho e lavagem de dinheiro. Serão vendidos vários imóveis urbanos e rurais, salas comerciais, alguns avaliados em mais de R$ 10 milhões”, acrescentou o secretário.

    Lances na internet

    Os lances, de forma on line, podem ser realizados até o dia 22 de julho.

    Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os lances iniciam abaixo do valor avaliado, o equivalente a 75% do preço de mercado; e o pagamento pode ser parcelado.

    Todo recurso arrecadado é destinado aos cofres públicos. Quando os bens leiloados vêm de crimes relacionados ao tráfico de drogas, o dinheiro é destinado ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad) para financiar projetos de segurança pública e combate à entorpecentes no país.

    “É uma boa oportunidade para adquirir um bem abaixo do valor do mercado e ainda contribuir para descapitalização do crime organizado. Os recursos da venda desses bens serão aplicados em políticas públicas na área de segurança no estado”, finalizou Luiz Roberto Beggiora.

    Leilões no país

    A venda de bens apreendidos pelas forças policiais no combate ao crime é realizada sempre por meio de leilões do Ministério da Justiça e Segurança Pública. São colocados à venda carros, motocicletas, aeronaves, terras, embarcações, apartamentos, cabeças de gado e itens de luxo, como diamantes e ouro.

    Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, até 2018, eram realizados, em média, seis leilões por ano. De 2019 para cá, esse número vem aumentando. Em 2020, foram realizados quase 100 leilões de bens apreendidos. Todo o valor arrecadado é revertido de volta à sociedade para o fortalecimento de políticas públicas.

     

  • Semana debate prevenção, tratamento e repressão contra drogas

    Semana debate prevenção, tratamento e repressão contra drogas

    Com o tema “Unidos Pela Vida” foi aberta, nesta segunda-feira (22), a 22ª Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas. Até a próxima sexta-feira (26) serão discutidos temas relacionados à prevenção, ao tratamento de dependentes químicos e à repressão da oferta de entorpecentes no País. A semana é realizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com o Ministério da Cidadania.

    “Essa é uma semana especial em que a Polícia Federal e outras forças de segurança se dedicam, de modo específico, ao combate ao tráfico de drogas. As metas são audaciosas para esse ano”, disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça durante abertura do evento que contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro.

    Além de ampliar a apreensão de drogas em 2020, uma das metas, segundo Mendonça, é chegar a R$ 1 bilhão em bens apreendidos do tráfico de drogas e realizar mais de 100 leilões para venda desses itens. A expectativa é arrecadar cerca de R$ 300 milhões. “Estamos iniciando um projeto de capacitação de todo o Judiciário para implementar a cultura da venda antecipada desses bens apreendidos”, explicou.

    Descapitalização do crime organizado

    O ministro André Mendonça afirmou que o governo também trabalha uma nova perspectiva que é cortar o fluxo financeiro dos traficantes. “A droga apreendida tem um simbolismo, mas trabalhar na questão da lavagem, (…) é a forma mais adequada e eficiente de cortar o fluxo financeiro e, deste modo, quebrar a corrente que leva a droga até o usuário”, disse.

    Atividades da Semana Nacional

    Na programação desta 22ª Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas estão discussões para a construção da metodologia do Plano Nacional de Políticas sobre Drogas (Planad), a partir de diálogos, indicadores e a troca de experiência. O debate será feito a partir de terça-feira (23), no 2° Seminário de Prevenção, Conscientização e Combate às Drogas.

    Em abril do ano passado, o governo implementou uma nova Política Nacional Sobre Drogas, que prevê, por exemplo, o reforço das Comunidades Terapêuticas, que são unidades que oferecem acolhimento, assistência e tratamento para pessoas com dependência química. E assegura políticas públicas para redução da oferta de drogas.

    Balanço

    Em 2019, a Polícia Federal bateu um recorde histórico com a destruição de cerca de 3,4 mil toneladas de pés de maconha. O número supera a soma dos últimos dois anos, que registrou 1.458 toneladas em 2018 e 1.014, em 2017.

    A Polícia Federal aprendeu também mais de 630 milhões de reais em bens do tráfico de drogas. Nos últimos sete meses, o ministério da Justiça e Segurança Pública fez 28 leilões e ultrapassou a arrecadação de R$10 milhões com a venda de carros, motocicletas, caminhões, celulares e itens diversos. Todos esses bens são apreendidos do tráfico de drogas por meio de operações policiais. Os recursos vão contribuir para financiar projetos de combate ao tráfico de drogas.