Tag: Minas Gerais

  • Arcelor Mittal é obrigada a retirar trabalhadores de barragem em Minas

    Arcelor Mittal é obrigada a retirar trabalhadores de barragem em Minas

    A mineradora Arcelor Mittal suspendeu as atividades na barragem de rejeitos da Mina Serra Azul, em Itatiaiuçu, Minas Gerais, em cumprimento de uma liminar do Justiça do Trabalho. A estrutura está no nível de emergência 3, o mais alto na classificação da Agência Nacional de Mineração (ANM), que significa risco iminente de ruptura. Poderão ser mantidas apenas atividades na modalidade remota.

    Conforme a decisão, que atende pedido do Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG), a presença de trabalhadores na barragem e no seu entorno somente poderá ser posteriormente autorizada depois da elaboração de um plano que garanta a preservação da vida destes, em caso de rompimento da estrutura. O prazo para cumprimento da determinação era de 24 horas. A mineradora informa que desmobilizou suas atividades de imediato, assim que foi notificada nesta segunda-feira (8). Nova audiência judicial está prevista o fim do próximo mês.

    A situação da barragem da Mina Serra Azul já havia levado à evacuação das comunidades do entorno em fevereiro de 2019. Como ocorreu em outras cidades, a retirada de moradores de áreas próximas da estrutura foi um dos desdobramentos da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, ocorrida em 25 de janeiro de 2019. No episódio, o rompimento de uma estrutura da Vale causou 270 mortes e gerou impactos socioeconômicos e ambientais na bacia do Rio Paraopeba.

    Após a tragédia, um pente-fino nas barragens de diversas mineradoras foi feito por meio de vistorias da ANM e de ações de fiscalização do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Como resultado, dezenas de barragens foram consideradas inseguras e ficaram impedidas de operar. As evacuações foram determinadas para os casos mais preocupantes. Na época, a barragem da Arcelor Mittal encontrava-se no nível de emergência 2. Em março do ano passado, ela foi colocada no nível 3 após a ANM atualizar a metodologia de classificação das categorias de risco.

    Os trabalhos de descaracterização da barragem deveriam ter sido concluídos até fevereiro do ano passado, quando se encerrava o prazo previsto pela Lei Estadual 23.291/2019. Conhecida como Lei Mar de Lama Nunca Mais, a norma definiu a extinção de todas as estruturas construídas pelo método de alteamento a montante, similar ao usado em Brumadinho. A maioria das mineradoras não conseguiu cumprir o prazo e foi pactuada uma multa. No caso da Arcelor Mittal, foi acordado valor de aproximadamente R$ 6,1 milhões.

    Como em outras barragens, o processo de descaracterização envolve previamente a construção de uma estrutura de contenção a jusante. Trata-se de um grande muro que serviria de barreira para impedir o escoamento dos rejeitos em uma eventual ruptura.

    Tempo de evacuação

    No seu pedido, o MPT-MG sustentou que a empresa não vinha cumprindo um plano de segurança e de evacuação satisfatório e que, em caso de ruptura, não haveria tempo para deixar a barragem. Além disso, os trabalhadores envolvidos na construção da estrutura de contenção teriam apenas 1 minuto e 52 segundos para escapar do local antes da chegada da onda de rejeitos.

    Em nota, a Arcelor Mittal diz que considera a segurança um valor inegociável e que segue rigorosos protocolos, treinando todos os trabalhadores, realizando controle de acesso e usando monitoramento remoto. A mineradora ressalta que não deposita rejeitos na estrutura desde 2012 e que todos os indicadores de segurança, medidos de forma automatizada, permanecem inalterados desde a evacuação ocorrida em 2019.

    “A conclusão das obras da estrutura de contenção a jusante permitirá que seja iniciada a descaracterização da barragem, que é o desmonte da estrutura. A empresa cumpriu com as determinações judiciais. Entretanto, por entender que possui mecanismos testados e adequados para garantia da segurança e preservação da integridade física de seus trabalhadores, buscará a reconsideração da decisão perante as autoridades competentes”, acrescenta a nota.

    Atingidos

    Segundo dados da Comissão de Atingidos de Itatiaiuçu, mais de 600 famílias tiveram algum tipo de prejuízo. Aqueles que precisaram deixar suas casas ainda não sabem quando poderão voltar.

    Em junho de 2021, a Arcelor Mittal assinou acordo para indenização e reparação integral dos danos causados aos moradores. Nas negociações, os atingidos tiveram apoio da Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas), entidade que prestava a eles assessoria técnica.

    O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também participaram das tratativas. A execução do acordo, no entanto, tem gerado manifestações dos atingidos que apresentam queixas envolvendo questões relacionadas com o cadastramento, a ausência de indenização por desvalorização dos imóveis e a falta de garantia da continuidade dos trabalhos da Aedas.

    Um novo acordo envolvendo reparação coletiva vem sendo negociado. Na semana passada, os atingidos aceitaram, com ressalvas, o valor indenizatório de R$ 300 milhões proposto pela mineradora. Deste total, R$ 100 milhões serão pagos ao longo de nove anos. Os atingidos querem que o parcelamento tenha previsão de correção monetária. Além disso, pedem que as medidas sejam definidas pela comunidade e executadas por uma entidade gestora sem ligação com a mineradora e cujos custos de contratação não sejam abatidos dos R$ 300 milhões.

    Edição: Nádia Franco

  • Sites educacionais vigiaram crianças e adolescentes, aponta HRW

    Sites educacionais vigiaram crianças e adolescentes, aponta HRW

    Sete sites de educação de São Paulo e Minas Gerais coletaram e enviaram dados de estudantes para empresas de publicidade. A denúncia foi publicada nesta segunda-feira (3), pela organização Human Rights Watch (HRW), que investigou o assunto entre novembro de 2022 e janeiro deste ano, nos dois estados de maior população do país.

    Os sites são: Estude em Casa, Descomplica, Escola Mais, Explicaê, MangaHigh, Stoodi e Centro de Mídias da Educação de São Paulo. Eles foram contratados pelos governos estaduais para dar apoio aos estudantes durante a pandemia de covid-19, quando as aulas presenciais estiveram suspensas.

    A pesquisadora de tecnologia e direitos das crianças do Human Rights Watch, Hye Jung Han, afirma que governos estaduais acabaram permitindo que qualquer pessoa tivesse acesso e coletasse informações pessoais das crianças.

    A pesquisa aponta que os portais monitoraram os estudantes dentro de suas salas de aula virtuais e também acompanharam os jovens enquanto navegavam pela internet, fora do horário de aula.

    Cinco desses sites, segundo o estudo, aplicaram técnicas de rastreamento particularmente intrusivas para vigiar estudantes de forma invisível e de maneiras impossíveis de se evitar ou se proteger.

    Depois da investigação, a Secretaria de Educação de Minas Gerais informou que removeu todo o rastreamento de anúncios de seu site. Já a Secretaria de Educação de São Paulo ainda não respondeu ao questionamento.

    A Constituição Federal protege o direito à privacidade. E o Brasil também ratificou a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, que confere às crianças e adolescentes proteções especiais que resguardam sua privacidade.

    Edição: Juliana Andrade

  • Como fazer tutu de feijão? Idêntico ao de Minas Gerais!

    Como fazer tutu de feijão? Idêntico ao de Minas Gerais!

    Sempre que sobrar feijão na sua casa você pode ver como fazer tutu de feijão e servir da mesma forma que é servido os pratos em Minas Gerais!

    Você pode fazer aquela carne de porco com bastante limão, seja com o carré, pernil ou aquela linguicinha fina!

    Como fazer tutu de feijão

    Pegue os feijões já cozidos e bata no liquidificador até ficar uma espécie de pasta. Coloque em uma panela e salpique ovos cozidos e alho fritos!

    Logo abaixo vou te ensinar o passo a passo de como fazer tutu de feijão:

    Ingredientes para o tutu de feijão

    • 2 xícaras (chá) de feijão cozido e temperado
    • 1 xícara (chá) do caldo do feijão temperado
    • ¼ de xícara (chá) de farinha de mandioca
    • ½ cebola picada fino
    • 1 dente de alho picado fino
    • 1 colher (sopa) de azeite
    • 4 tiras de bacon

    Modo de preparo

    1. Forre um prato com duas camadas de papel-toalha.
    2. Distribua as fatias de bacon, uma ao lado da outra, sem encostar.
    3. Cubra com mais duas camadas de papel-toalha e leve ao micro-ondas por 2 minutos, em potência alta.
    4. Retire e verifique: se o bacon ainda não estiver dourado, leve para rodar por mais 30 segundos.
    5. Retire as folhas do prato para as fatias não grudarem ao esfriar.
    6. Reserve.
    7. No liquidificador, bata o feijão com o próprio caldo.
    8. Numa panela, aqueça o azeite e junte a cebola picada.
    9. Refogue, mexendo com uma colher, até murchar e começar a dourar.
    10. Junte o alho e refogue por mais 1 minuto.
    11. Junte o feijão e misture bem.
    12. Em seguida, acrescente a farinha e vá mexendo até dar o ponto.
    13. Transfira para uma tigela.
    14. Quando o bacon esfriar, pique fininho com a faca ou soque no pilão, até formar uma farofa.
    15. Sirva o tutu com a farofa de bacon, arroz e couve refogada.

    Agora que você aprendeu como fazer tutu de feijão, vai querer se aventurar na cozinha todos os dias para te deixar craque na cozinha!

    Aproveite que você já preparou essa delícia e prepare uma deliciosa receita de linguiça apimentada frita para acompanhar e servir a todos!

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  • BNDES financia R$ 3,5 bilhões em energia renovável

    BNDES financia R$ 3,5 bilhões em energia renovável

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos no valor de R$ 3,5 bilhões para a implantação de dois complexos eólicos e um solar e as respectivas linhas de transmissão, na Bahia e em Minas Gerais. A capacidade instalada será de 1,5 GW, com investimentos totais alcançando R$ 10,6 bilhões. A participação do banco ocorrerá por meio do programa BNDES Finem.

    A energia gerada será equivalente à necessária para atender cerca de 2,6 milhões de residências. Com isso serão evitadas emissões superiores a 8,6 milhões toneladas de CO2. Os empreendimentos contribuem para o aumento da capacidade instalada em energias renováveis e para o desenvolvimento do mercado livre de energia no país.

    O Complexo Eólico Serra do Assuruá, implementado pelo Grupo Engie, está localizado no município de Gentio do Ouro (BA). É composto por 24 parques eólicos com 188 aerogeradores da Vestas. Sua capacidade instalada total é de 846 MW. Com um empréstimo do BNDES de R$ 1,5 bilhão, o empreendimento tem previsão de entrada em operação comercial, de forma escalonada, a partir de julho de 2024 até junho de 2025.

    O Complexo Eólico Novo Horizonte, do Grupo Pan American Energy, localizado nos municípios baianos de Novo Horizonte, Boninal, Brotas de Macaúbas, Ibitiara, Oliveira dos Brejinhos e Piatã, é formado por 10 parques eólicos, dos quais oito receberão apoio de R$ 900 milhões do BNDES para implantação. O empreendimento somará investimentos de R$ 3 bilhões, com uma capacidade instalada total de 423 MW.

    O Complexo Solar Boa Sorte, do Grupo Atlas, será composto por oito usinas fotovoltaicas. Está localizado no município mineiro de Paracatu. O apoio do banco será de R$ 1,1 bilhão. O escopo do projeto também engloba a instalação de sistema de supervisão, segurança, controle, monitoramento local e remoto, assim como sistemas de comunicações. O complexo contará com mais de 778 mil painéis solares. A data prevista para o início da operação comercial é janeiro de 2025.

    Edição: Fernando Fraga

  • Dia de Reis marca o reconhecimento das folias como patrimônio cultural

    Dia de Reis marca o reconhecimento das folias como patrimônio cultural

    No Brasil, o Dia de Reis, celebrado hoje (6), marca uma tradição centenária na cultura popular, que é a passagem das folias pelas ruas, reunindo grupos de cantadores e instrumentistas que entoam versos em homenagem aos três reis magos: Baltazar, Belchior e Gaspar. Eles passam de casa em casa vestindo fardas e máscaras e performando danças e cantorias com múltiplos instrumentos de corda, sanfonas e percussão. 

    Aprenda sobre a incrível história por trás do Dia dos Três Reis

    No calendário da fé cristã, o 6 de janeiro marca o momento que esses três reis magos foram visitar o recém-nascido Jesus Cristo, em Belém, cidade milenar localizada atualmente na Palestina. Guiados por uma estrela, segundo o relato bíblico, eles levaram ouro, mirra e incenso como presentes, simbolizando realeza, imortalidade e espiritualidade. Essa data também conclui os festejos natalinos, sendo o momento de desmontar as árvores e os enfeites de natal.

    Em Minas Gerais, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) também celebra, este ano, o quinto aniversário do reconhecimento das folias como Patrimônio Cultural. Já são mais 1,6 mil grupos cadastrados em cerca de 400 municípios de todas as regiões. Em 2017, após um ano de pesquisa e identificação por meio de cadastro virtual disponível no portal do Iepha, o Conselho Estadual de Patrimônio Cultural de Minas Gerais aprovou por unanimidade o registro das folias como patrimônio cultural de natureza imaterial. As folias são manifestações culturais-religiosas cujos grupos se estruturam a partir de sua devoção. Além dos Reis Magos, são cultuados o Divino Espírito Santo, São Sebastião, São Benedito e Nossa Senhora da Conceição, em períodos que não são necessariamente o de natal.

    As folias são também conhecidas como caravanas, charolas, ternos ou companhias. Elas consistem na presença de cantadores, tocadores de instrumento, que saem pelas ruas, de casa em casa, cantando louvores a um santo de devoção e recolhendo donativos para ofertar aos mais necessitados ou cumprindo promessas que as pessoas fazem aos seus santos. Alguns grupos contam com personagens, como reis, palhaços e bastiões. Entre os instrumentos que conduzem os cantos, estão violas, violões, cavaquinhos, pandeiros, caixas e sanfonas.

    “As folias, especialmente as folias de reis, estão em Minas Gerais desde o princípio da formação do estado. Há registros de viajantes que estiveram por aqui, matérias de jornais da época, mas sobretudo na memória oral desses grupos autorais. Trata-se de uma prática religiosa, mas que tem sua importância cultural, uma vez que eles estão presentes em todo o estado, como elemento formador da identidade mineira”, explica Débora Raiza, gerente de Patrimônio Cultural Imaterial do Iepha.

    “Para mim, o significado maior de ser folião de Santo Reis é saber que nós representamos uma história, que tem um significado, que vem desde lá quando o menino Jesus nasceu, na Gruta de Belém, e foi saudado pelos três reis magos. É muito gostoso quando a gente sai para as nossas caminhadas, partidas e bandeiras, porque ali nós levamos a fé, o amor, a esperança, e mantemos acesa a chama que não deixa essa cultura e a tradição se perderem”, afirma Luís Fabiano dos Santos, o Mestre Luís Fabiano, da folia de reis de Timóteo, no Vale do Aço, região leste de Minas Gerais.

    Professor de percussão da rede pública de ensino, Luís Fabiano dirige um grupo de foliões na cidade mineira, que tem organizado anualmente festejos em louvor aos reis magos. Com a pandemia de covid-19, essa tradição vem sendo mantida, mas a partir de outros formatos. “A pandemia não anulou a nossa fé, mas ela nos limitou de muitas ações. Era pra gente estar fazendo as nossas peregrinações, visitando as casas, as famílias, mas temos feito as atividades de forma virtual durante esse período de pandemia”, relata.

    Além de Minas, as folias são muito tradicionais em diferentes regiões do país, como em estados Nordeste, além de Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo.

    Tradição dos presépios

    Como ação de salvaguarda das folias de Minas, o Iepha promove desde 2016 o Circuito de Presépios e Lapinhas. A edição de 2021 contou com mais de 500 presépios residenciais e comunitários de 302 municípios de todas as regiões do estado. Tradicionalmente, os presépios recebem visitas até 6 de janeiro, data em que se comemora o dia de Santos Reis.

    No Brasil, a tradição dos presépios alcançou contornos próprios, mas influenciados pelos hábitos e costumes europeus da representação da natividade, acompanhando as festas do ciclo natalino e, em especial, as folias criadas em honra e devoção aos santos Reis Magos. Contando com figuras de animais, pastores, casinhas, pequenas conchas e plantas, a cena de um presépio varia de acordo com os costumes do lugar.

    Em Minas Gerais, segundo o Iepha, o presépio está presente desde o século 18, com muitos desses montados nos chamados oratórios-lapinha e maquinetas (caixas envidraçadas). Os oratórios-lapinhas, típicos do estado e procedentes da região de Santa Luzia e Sabará, geralmente acolhiam cenas ligadas à natividade de Jesus.

    A tradição e arte dos presépios no Brasil é repleta de elementos sincréticos e traz marcas da regionalidade. Por causa disso, a Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP) criou há mais de 48 anos o Concurso Nacional de Presépios, que tem por finalidade estimular as experiências de criações contemporâneas e resgatar o sentido poético do presépio na cultura brasileira.

  • Vítimas em acidente com Marília Mendonça morreram pelo impacto

    Vítimas em acidente com Marília Mendonça morreram pelo impacto

    Os laudos periciais das cinco vítimas do acidente aéreo em Piedade de Caratinga (MG), que matou a cantora Marília Mendonça, apontaram que todas morreram em razão do impacto da aeronave no solo. A conclusão foi divulgada nesta quinta-feira (25) pela a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).

    Os trabalhos realizados no Instituto Médico Legal Dr. André Roquette (IMLAR), em Belo Horizonte, concluíram que as vítimas morreram por politraumatismo contuso, em decorrência do impacto sofrido com a queda da aeronave, no dia 5 de novembro.

    O delegado regional em Caratinga, Ivan Lopes Sales, que preside o inquérito policial, adiantou que a Polícia Civil já conseguiu descartar algumas das hipóteses das causas do acidente, como a possibilidade de a aeronave ter sido atingida com um disparo de arma de fogo. “Agora, com as evidências apresentadas pela perícia técnica, podemos descartar também a hipótese de um mal súbito por parte do piloto e do copiloto”, afirmou.

    Ainda de acordo com Sales, a PCMG ouviu um piloto de um avião que saiu de Viçosa, também com destino a Caratinga, cerca de 20 minutos depois da aeronave envolvida no acidente. Ele chegou a se comunicar por rádio com o piloto da aeronave que levava a cantora momentos antes do acidente. “A testemunha nos informou que o piloto da aeronave que acidentou não chegou a relatar qualquer problema no avião”, diz o delegado.

    “Além disso, ele disse que o piloto vítima comunicou que já estava em procedimento de pouso, ou seja, levaria entre um minuto a um minuto e meio para pousar, quando provavelmente se chocou com uma rede elétrica”, informa Sales, chamando a atenção ao fato de que isso não significa que se possa atribuir culpa, até o momento, à companhia responsável pela transmissão de energia.

  • Com músicas de “sofrência”, Marília Mendonça inovou no sertanejo

    Com músicas de “sofrência”, Marília Mendonça inovou no sertanejo

    A cantora e compositora Marília Mendonça, nascida na cidade de Cristianópolis (GO) e criada em Goiânia, morreu ontem (5) à tarde, quando se deslocava de avião para a cidade de Caratinga (MG), onde faria um show à noite. Todas as outras quatro pessoas que estavam no avião com a artista também morreram na hora.

    Marília Mendonça teve seu primeiro contato com a música por meio da igreja e começou a compor aos 12 anos, passando a compor canções para vários cantores. Se tornou procurada pelo meio, com várias composições para os principais destaques da música sertaneja, como Minha Herança (gravada por João Neto & Frederico), Muito Gelo, Pouco Whisky (Wesley Safadão), Até Você Voltar, Cuida Bem Dela , Flor e o Beija-Flor (Henrique & Juliano), Ser Humano ou um Anjo (Matheus & Kauan), Calma (Jorge & Mateus) e É Com Ela Que Eu Estou (Cristiano Araújo). Outros artistas também gravaram suas canções, como Luccas Luco, Maiara e Maraísa, Matheus e Kauan, César Menotti e Fabiano.

    Foi só em 2015, aos 20 anos, que Marília decidiu seguir a carreira de cantora. Ela começou participando das músicas A Flor e o Beija-Flor e Impasse, ambas da dupla sertaneja Henrique e Juliano. Já no ano seguinte, lançou seu primeiro álbum: Marília Mendonça: Ao Vivo. Não demorou muito para que algumas músicas figurassem entre as mais tocadas do país, como Sentimento Louco e Infiel.

    Naquele ano, a música Infiel se tornou a quinta canção mais executada nas rádios brasileiras. Com o reconhecimento nacional, Marília lançou um novo álbum acústico, intitulado Agora É Que São Elas, com faixas antigas e o single inédito Eu Sei de Cor.

    O sucesso foi meteórico, principalmente por cantar músicas que falam de amor, traição e dor de cotovelo. Não demorou muito para a cantora ser coroada a “Rainha da Sofrência”, referência direta ao tom dramático de suas músicas. A artista logo se tornou uma das mais requisitadas para shows e festas em todo o Brasil.

    De acordo com o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), a música Até Você Voltar, em parceria com Juliano Tchula, foi a canção de autoria de Marília mais tocada nos últimos 10 anos nos principais segmentos de execução pública de música.

    No banco de dados do órgão, há, ao todo, 324 músicas e 391 gravações suas e de parceiros cadastradas. “Com sua percepção aguçada e letras que mostravam o sentimento de muitos brasileiros, Marília foi uma artista essencial para o sertanejo e fará muita falta na música brasileira”, destacou o Ecad.

    Com a abertura para shows após mais de um ano da pandemia de covid-19, a artista retomou a turnê em março e estava com a agenda repleta até o final do ano.

    Em maio de 2019, a cantora confirmou que estava se relacionando há cinco meses com o também cantor sertanejo Murilo Huff. Meses depois, ela anunciou que estava grávida do primeiro filho com o cantor. Léo nasceu no dia 16 de dezembro de 2019.

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