Tag: milícia

  • Polícia Civil do Rio faz ação contra lavagem de dinheiro de milícia

    Polícia Civil do Rio faz ação contra lavagem de dinheiro de milícia

    A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) fazem nesta quarta-feira (28) uma operação para desarticular esquema de lavagem de dinheiro de um grupo miliciano, que controla territórios da zona oeste da cidade do Rio. Estima-se que a organização criminosa tenha movimentado R$ 135 milhões de 2017 a 2023.

    A operação Cosa Nostra Fraterna cumpre mandados de busca e apreensão em 21 endereços ligados a nove pessoas e sete empresas investigadas, nos bairros da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Campo Grande e Santa Cruz, além do município de Seropédica, na Baixada Fluminense.

    Os mandados incluem também a interdição dessas empresas e o bloqueio de bens móveis e imóveis.

    De acordo com a Polícia Civil, esta é a primeira grande operação realizada no Rio de Janeiro com apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra), força-tarefa que conta com agentes da Polícia Civil e representantes de outros órgãos e instituições estaduais e federais.

    Edição: Aécio Amado

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  • Criminosos ateiam fogo em trem na zona oeste do Rio

    Criminosos ateiam fogo em trem na zona oeste do Rio

    Criminosos incendiaram, na noite desta segunda-feira (23), um trem que havia saído de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, em direção à Central do Brasil, no centro. Segundo a concessionária Supervia, o maquinista foi obrigado pelos bandidos a abrir a porta, descer da composição e teve que retornar à estação. Todos os passageiros desembarcaram em segurança, de acordo a empresa.

    Desde o início da tarde, criminosos têm promovido ataques contra o transporte público na zona oeste do Rio de Janeiro. Até as 18h, 35 ônibus haviam sido incendiados em diversos bairros da zona oeste da cidade. Os ataques ocorrem após uma operação da Polícia Civil contra a maior milícia do Rio, que atua na região.

    Com o ataque à composição de trem, a Supervia informou, por volta de 18h30, que as composições do Ramal Santa Cruz, que atende à zona oeste, passaram a circular da Estação Central do Brasil somente até a Estação Campo Grande, deixando de passar por seis estações, incluindo a terminal, Santa Cruz.

    “Por conta da violência instaurada na Zona Oeste nesta segunda (23/10), para a segurança dos colaboradores e passageiros, temporariamente encontram-se fechadas as estações entre Benjamim do Monte e Santa Cruz. Os trens circulam somente entre as estações Central e Campo Grande”, informou.

    Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, por causa da dimensão dos ataques, a cidade entrou em estágio de atenção às 18h40 de hoje. O estágio de atenção é o terceiro nível em uma escala de cinco e significa que uma ou mais ocorrências já impactam o município, afetando a rotina de parte da população.

    A mobilidade está comprometida em corredores como as avenidas Santa Cruz, Cesário de Melo e das Américas, vias principais de bairros da região. De acordo com o órgão municipal, o impacto no trânsito da cidade causou congestionamento de 121 quilômetros às 18h de hoje, enquanto a média das últimas três segundas-feiras foi de 73 quilômetros.

    A MOBI-RIo, que opera os ônibus articulados do BRT, informou que seus ônibus também foram alvo de ataques e interrompeu a circulação do corredor TransOeste, que liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz e Campo Grande. Além dos veículos, a Estação Santa Veridiana foi incendiada, e houve tentativas de atear fogo em mais três estações.

    Edição: Nádia Franco
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  • Exploração ilegal de imóveis leva polícia do Rio a combater milícia

    Exploração ilegal de imóveis leva polícia do Rio a combater milícia

    Agentes do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, estão hoje (28) nas ruas da Barra da Tijuca,  Jacarepaguá, Itanhangá, Copacabana, Tijuca, Penha, Freguesia e no município de Nova Friburgo para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra integrantes de uma milícia e empresas que atuam na exploração ilegal de imóveis da região da Muzema, zona oeste do Rio de Janeiro.

    A Operação Caixa de Areia 2, realizada pelos policiais, é parte do Programa Cidade Integrada do governo estadual para a retomada de territórios. A ação tem o apoio do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE).

    Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), as investigações indicam que as empresas alvo da operação são utilizadas por supostos empresários do ramo imobiliário para lavagem de dinheiro do esquema criminoso.

    As apurações apontaram ainda que, durante as investigações, “os suspeitos movimentaram recursos incompatíveis com a capacidade financeira declarada, com ingresso de grande quantidade de dinheiro em espécie em contas bancárias, totalizando cerca de R$ 100 milhões”.

    Laranjas

    O foco da ação é obter novas provas, a partir de apreensão de documentos, escrituras de imóveis, telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos. A intenção é investigar o uso de pessoas interpostas, os chamados laranjas, e empresas de fachada, como imobiliárias, construtoras, lojas de material de construção e açougues.

    Segundo a Secretaria de Polícia Civil, os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada, com atuação da 1ª Promotoria Especializada de Investigação Penal. Acrescentou que os alvos já foram denunciados.

    A primeira fase da operação ocorreu em maio do ano passado, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões de contas bancárias dos envolvidos.