Tag: milho

  • Safra de milho do Paraná deve ter a maior produtividade média da história em 2025

    Safra de milho do Paraná deve ter a maior produtividade média da história em 2025

    A primeira safra de milho já superou em 90% a colheita e deve ter a maior produtividade média da história para a safra. Essa é uma das informações trazidas na Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).

    A estimativa para a produção da primeira safra do milho é de 2,8 milhões de toneladas, 13% a mais que a do ano passado, que foi de 2,5 milhões, em uma área menor, de 268,3 mil hectares, e 9% a menos que em 2024, que foi de 294,3 hectares, isso com uma produtividade média de 10.627 quilos por hectare, a maior da história, que se destaca diante dos 8.582 kg/ha do ano anterior.

    Segundo o analista do Deral Edmar Gervásio, o mercado está favorável ao produtor, que está recebendo em torno de R$ 70 a saca. “O produtor tem preços com alta acima de 40% quando comparado ao mesmo período do ano passado. E essa lavoura também teve um custo de implementação menor se comparado à anterior” afirma.

    Mas os preços futuros tendem a ser menores. O analista do Deral também explica que a expectativa da safra mundial é boa e o plantio da safra dos Estados Unidos, maior produtor do cereal, inicia em abril e deve ter aumento de área.

    Já as expectativas para a segunda safra da cultura não são tão boas. A falta de chuvas no mês de março, somada às altas temperaturas, deve afetar a safra que ainda está em desenvolvimento, mas que, por enquanto, apresenta uma estimativa de 15,9 milhões de toneladas.

  • Custo de produção do milho apresenta leve queda e produtividade mínima para cobrir COE é estimada em 110,12 sc/ha

    Custo de produção do milho apresenta leve queda e produtividade mínima para cobrir COE é estimada em 110,12 sc/ha

    A 2ª estimativa do custo de produção de milho para a safra 2025/26, divulgada pelo projeto CPA-MT, aponta uma leve redução nos principais indicadores de custeio. De acordo com o levantamento, o custeio ficou em R$ 3.131,05 por hectare, apresentando queda de 1,08% em relação à estimativa anterior, divulgada em janeiro de 2025. Já o Custo Operacional Efetivo (COE) foi projetado em R$ 4.605,77 por hectare, com recuo de 0,85% na comparação com o mês anterior.

    Com base no preço médio comercializado em fevereiro de 2025, que foi de R$ 41,82 por saca, o estudo calcula que o produtor rural precisará alcançar uma produtividade mínima de 110,12 sacas por hectare para cobrir os custos operacionais na safra 25/26.

    O levantamento faz parte do trabalho técnico e econômico realizado mensalmente pelo projeto CPA-MT, referência na análise de viabilidade da produção agrícola em Mato Grosso. Os dados têm papel importante no planejamento e na tomada de decisão dos produtores, especialmente em um cenário de instabilidade nos preços e altos custos de insumos.

  • Colheita do milho verão pressiona preços em algumas regiões, mas oferta ainda é limitada

    Colheita do milho verão pressiona preços em algumas regiões, mas oferta ainda é limitada

    O avanço da colheita do milho da safra de verão tem ampliado pontualmente a oferta do grão, o que resultou, na última semana, em contenção dos aumentos de preços em determinadas regiões acompanhadas pelo Cepea. Em praças onde a produção da safra verão é predominante, inclusive, foram registradas quedas nas cotações.

    Apesar disso, o movimento de alta ainda prevalece no cenário nacional, impulsionado pela postura retraída de muitos vendedores, que têm priorizado os trabalhos de campo e a entrega de lotes de soja.

    Tanto a colheita da safra verão quanto a semeadura da segunda safra de milho avançam em ritmo intenso, dentro da média histórica das últimas temporadas.

  • Forte valorização do milho preocupa setor suinícola

    Forte valorização do milho preocupa setor suinícola

    Os seguidos aumentos nos preços do milho têm preocupado o setor suinícola nacional quanto à margem da atividade.

    Levantamentos do Cepea mostram que, na parcial deste ano (até o dia 18 de março), o cereal negociado na região de Campinas (SP) – representado pelo Indicador ESALQ/BM&FBovespa – já subiu significativos 24%.

    Nesta semana, o valor médio do cereal comercializado na praça paulista atingiu a casa dos R$ 90/saca de 60 kg, patamar nominal que não era verificado desde abril de 2022. Segundo a equipe de Grãos do Cepea, o impulso vem dos baixos estoques de milho e da demanda aquecida.

    Já os preços do suíno vivo estão em queda, refletindo, conforme o Centro de Pesquisas, a oferta de animais superior à demanda de frigoríficos por novos lotes.

  • Técnicas combinadas identificam milho transgênico de forma ágil e acessível

    Técnicas combinadas identificam milho transgênico de forma ágil e acessível

    A espectroscopia de plasma induzida por laser (LIBS) combinada com algoritmos de aprendizado de máquina pode ser uma técnica de triagem alternativa para identificar e discriminar grãos de milho transgênico de variedades convencionais. A metodologia, desenvolvida por pesquisadores da Embrapa, quatro universidades de três regiões do País e um instituto italiano, se mostrou capaz de fazer a distinção de forma precisa, rápida e acessível.

    Atualmente, a detecção e quantificação de alimentos e rações geneticamente modificados é realizada pelo teste padrão baseado na Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), que detecta e quantifica a presença de proteínas específicas de DNA na amostra. Apesar de sua boa precisão e sensibilidade, esse método é demorado e caro.

    Nas últimas décadas, a produção e o consumo de produtos agrícolas modificados geneticamente mundialmente aumentaram significativamente, devido ao crescimento populacional e à crescente demanda por alimentos. Paralelamente, cresceu a demanda por métodos rápidos e baratos para identificar e discriminar produtos geneticamente modificados (cujo DNA sofreu alteração por meio de técnicas de engenharia genética) e não modificados nos setores de controle e comercialização de alimentos.

    Técnicas validadas

    O estudo fez parte do doutorado de Matheus Cicero Ribeiro, orientado pelo professor Bruno Marangoni no Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Na Embrapa Instrumentação (SP), os experimentos foram acompanhados pela coordenadora do Laboratório Nacional de Agrofotônica (Lanaf), a pesquisadora Débora Milori.

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    Foto: Joana Silva

    “A principal novidade da nossa pesquisa está na combinação do uso da técnica LIBS, com análises multivariadas e aprendizado de máquina (Machine Learning), na qual as informações elementares das amostras foram avaliadas e utilizadas para construir critérios de decisão que diferenciem as amostras transgênicas das amostras não-transgênicas”, afirma Ribeiro.

    Segundo ele, o trabalho mostrou que a combinação de técnicas consegue diferenciar variedades distintas de milho geneticamente modificados e convencionais, caso elas apresentem composição elementar semelhante. “Elas apresentam vantagens essenciais, como baixo custo, resposta rápida, sensibilidade razoável e fácil aplicação”, complementa.

    O desafio principal da pesquisa envolveu identificação dos constituintes, elementos como carbono (C), nitrogênio (N), magnésio (Mg), potássio (K), hidrogênio (H), ferro (Fe) e sódio (Na). Entre esses, o carbono apresentou maior influência na diferenciação entre a classe transgênica da classe não-transgênica de milho.

    “Como as amostras apresentaram composição elementar muito similar, isto é, apresentam os mesmos elementos, identificar marcadores específicos de cada classe foi um processo minucioso que consumiu muito tempo de análise. Dessa maneira, houve a necessidade da combinação das análises multivariadas com o aprendizado de máquina, momento em que o computador conseguiu identificar marcadores que foram capazes de diferenciar as amostras no processo de classificação”, explicou Ribeiro.

    Outro diferencial do estudo foi que ele avaliou uma quantidade significativa de amostras, 160 no total, consiste no total significativo de amostras provenientes de diferentes variedades transgênicas e não-transgênicas de milho, num total de 160. A pesquisa envolveu seis espécies de milho, quatro transgênicas e duas convencionais. Ribeiro conta que esta é a primeira vez que um protocolo de validação externa foi testado para a classificação de milho transgênico usando LIBS. “A validação externa corroborou a robustez do modelo,” relata.

    Impactos diretos

    “Esse método oferece uma solução eficaz para monitoramento e rastreabilidade no setor agrícola, atendendo às exigências de regulamentação e segurança alimentar e garantindo conformidade com políticas nacionais e internacionais,” reforça o professor Bruno Marangoni ao ressaltar que a metodologia identifica a origem da amostra de forma ágil e acessível.

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    Foto: Victor Otsuka

    A técnica pode ser utilizada por laboratórios de análise de alimentos, centros de controle de qualidade, indústrias agroalimentares e órgãos reguladores. Mas empresas agrícolas e de biotecnologia também podem utilizar a tecnologia para monitorar e certificar a origem de suas produções. Segundo ele, além disso, autoridades de vigilância sanitária, nacionais e internacionais, podem aplicá-la para fiscalizar produtos alimentícios, assegurando a proteção do consumidor e a conformidade com as normas vigentes.

    “Com testes ágeis sobre a origem dos produtos, seria possível ampliar o número de itens analisados, resultando em maior segurança e transparência no mercado. Essa tecnologia também aumentaria a confiança na cadeia de suprimentos alimentares, permitindo que os consumidores façam escolhas informadas sobre o que compram e consomem”, afirma o professor.

    Próximos passos: testes em larga escala

    O próximo passo da pesquisa visa a expansão da base de dados, incluindo um número maior de amostras de diferentes localidades para aprimorar o algoritmo de aprendizado de máquina, aumentando sua robustez e confiabilidade.

    “Em seguida, é importante explorar formas de tornar a metodologia mais acessível e aplicável em larga escala, como a criação de dispositivos portáteis para testes em campo. A padronização do método também é essencial, facilitando sua validação e aceitação por diferentes reguladores e permitindo que ele seja integrado aos processos de controle de qualidade e certificação de transgênicos”, diz Marangoni.

    O milho no topo dos transgênicos

    O milho é um dos alimentos mais difundidos e essenciais do mundo, amplamente consumido por humanos e animais. De acordo com Ribeiro, o milho é a cultura que mais apresenta a maior quantidade de eventos transgênicos entre as geneticamente modificadas. Isso significa que diferentes genes são inseridos no DNA da planta para resistir a efeitos adversos que podem comprometer seu crescimento e produção. Segundo a Embrapa, 90% de todo o milho cultivado no Brasil é transgênico.

    Benefícios do LIBS

    Milori, que trabalha com a técnica há cerca de 20 anos, conta que nos últimos anos a espectroscopia de emissão com plasma induzida por laser (LIBS) atraiu interesse significativo da comunidade científica por sua capacidade de fornecer rapidamente informações qualitativas e quantitativas inestimáveis sobre a composição elementar de vários materiais.

    “Além disso, o LIBS combinado com métodos quimiométricos e de aprendizado de máquina aumentou consideravelmente o desempenho na identificação e discriminação bem-sucedidas de amostras,” relata a pesquisadora. Ela conta que a LIBS é uma técnica analítica popular que encontrou pesquisas e aplicações práticas em diversas áreas, incluindo o setor agrícola. “A técnica também é particularmente atraente devido à disponibilidade de instrumentos portáteis que permitem análises LIBS in situ e on-line”, informa.

    O estudo “Discrimination of maize transgenic and non-transgenic varieties by laser induced spectroscopy (LIBS) and machine learning algorithms”, publicado pelo Microchemical Journal, foi apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig)e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

  • Ritmo acelerado: plantio do milho em Mato Grosso chega a 99,48% da área prevista

    Ritmo acelerado: plantio do milho em Mato Grosso chega a 99,48% da área prevista

    O plantio do milho da safra 2024/25 em Mato Grosso está praticamente concluído, atingindo 99,48% da área prevista pelo IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). O avanço semanal foi de 3,04 pontos percentuais, colocando os trabalhos a campo 2,55 pontos à frente da média das últimas cinco safras e ligeiramente mais adiantados (0,03 p.p.) em relação ao mesmo período do ciclo anterior.

    Entre as regiões do estado, a Médio-Norte já encerrou a semeadura, enquanto as regiões Noroeste e Norte estão na reta final, com 99,96% e 99,89% das áreas semeadas, respectivamente. O desempenho acelerado indica condições favoráveis ao plantio, o que pode refletir em uma safra bem estabelecida para os próximos meses.

    Agora, os produtores voltam suas atenções para o desenvolvimento das lavouras e os desafios climáticos que podem impactar a produtividade ao longo do ciclo.

  • Estoques baixos e demanda aquecida sustentam alta de preços do milho

    Estoques baixos e demanda aquecida sustentam alta de preços do milho

    Os preços do milho seguem em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, o impulso vem da combinação de estoques baixos com a demanda aquecida pelo cereal.

    No encerramento da semana passada, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) se aproximava dos R$ 90/saca de 60 kg, patamar nominal verificado pela última vez em abril de 2022.

    Dados da Conab indicam que os estoques iniciais da temporada 2024/25 são de apenas 2,04 milhões de toneladas, inferior às 2,1 milhões de toneladas apontadas em fevereiro/25 e bem abaixo das 7,2 milhões de toneladas da safra 2023/24.

    O atual estoque representa apenas 2,4% do consumo anual do milho pelo mercado interno, estimado pela Conab em 86,97 milhões de toneladas em 2024/25.

  • Redução na safra afeta exportações de milho e embarques caem 17,8% em Mato Grosso

    Redução na safra afeta exportações de milho e embarques caem 17,8% em Mato Grosso

    Segundo a Secex, o volume exportado de milho entre julho de 2024 e fevereiro de 2025 apresentou queda significativa

    As exportações de milho da safra 2023/24, no período de julho de 2024 a fevereiro de 2025, totalizaram 23,48 milhões de toneladas. Esse volume representa uma redução de 17,80% em comparação ao mesmo período da safra anterior.

    Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e fazem parte do boletim semanal sobre o milho divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) na segunda-feira (10).

    Segundo o Imea, a retração nas exportações se deve à “menor disponibilidade de milho no mercado interno mato-grossense, reflexo da queda de 10,16% na produção da safra 23/24 em relação ao ciclo 22/23”.

    Dentre os principais compradores do milho produzido em Mato Grosso, o Egito foi o maior importador, recebendo 3,80 milhões de toneladas no acumulado da temporada 2023/24.

  • Conab estima safra de grãos acima de 328 milhões de toneladas

    Conab estima safra de grãos acima de 328 milhões de toneladas

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (13), o sexto levantamento da safra de grãos 2024/25, que atualiza a produção nacional para 328,3 milhões de toneladas.

    A atual estimativa representa uma alta de 10,3%, se comparada ao volume colhido no ciclo anterior (2023/24), com acréscimo de 30,6 milhões de toneladas de 16 grãos a serem colhidos.  Se as projeções se confirmarem, será um novo recorde para a produção de grãos no Brasil.

    Segundo a Conab, o resultado reflete o aumento na área plantada, estimada em 81,6 milhões de hectares, e a recuperação na produtividade média das lavouras, projetada em 4,02 toneladas por hectare.

    Ao compartilhar os números, o presidente da companhia, Edegar Pretto, disse que será uma safra histórica.

    “As previsões deste sexto levantamento são mais positivas ainda do que as do quinto levantamento”, afirmou Edegar Pretto.

    Soja

    A soja continua a ser o principal produto cultivado na primeira safra. Na safra de 2024/25, a produção deve atingir 167,4 milhões de toneladas, com aumento de 13,3% em relação à safra passada.  A área plantada de soja é de 47,45 milhões de hectares, com crescimento de 2,8%, na comparação com a última safra. Os números consolidam o Brasil na posição de liderança da produção de soja no mercado global.

    O presidente da Conab lembrou o excesso de chuvas em janeiro, que provocou atrasos no plantio e tornou o início de colheita mais lento em alguns estados, mas ressaltou que a estiagem de fevereiro já possibilitou o avanço da colheita de 60,9% da área total.

    “A diminuição das chuvas no Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, que trouxe uma quebra na produção da soja [local], teve uma extraordinária recuperação nas demais regiões, como o Centro-oeste”, avaliou Edegar Pretto.

    Milho

    A produção de milho estimada pela Conab para a safra 2024/2025 é de 122,76 milhões de toneladas, crescimento de 6,1% na comparação com a última safra. A
    área plantada deve alcançar 21,14 milhões hectares, o que representa aumento de 0,4% em relação à última safra do cereal.

    A segunda safra de milho registra 83,1% da área prevista já plantada. O índice está abaixo do registrado no último ciclo.

    Pretto disse que a diminuição das chuvas “traz certa preocupação para o fim do plantio do milho” e que a Conab acompanha com atenção a situação, porque o milho é o principal componente da ração animal, fornecendo proteína para aves, suínos e bovinos.

    “Ter mais milho em oferta, tanto para o nosso Brasil quanto para o exterior, é importante para a economia. O governo tem uma atenção especial para a ração animal e também sobre o preço da carne para os consumidores.”

    Feijão e arroz

    Também para o arroz os técnicos da Conab verificaram aumento de 6,5% na área plantada, chegando a 1,7 milhão de hectares, maior área nos últimos sete anos. As condições climáticas têm favorecido as lavouras, permitindo a recuperação de 7,3% na produtividade média, estimada em 7.063 quilos por hectare.

    Mantendo-se o cenário atual, a estimativa para a produção neste levantamento passa para 12,1 milhões de toneladas. “O que é muito positivo porque [o arroz] é uma das culturas importante para o nosso consumo interno”, disse Pretto, ao explicar que a colheita deve ser superior à do mesmo período da safra passada em quase todos os principais estados produtores.

    Outro item típico da culinária brasileira, o feijão, deve registrar ligeiro aumento (1,5%) na produção total na safra 2024/25, estimada em 3,29 milhões de toneladas. De acordo com a Conab, o resultado é influenciado principalmente pela expectativa de melhora na produtividade média das lavouras, uma vez que a área destinada ao feijão se mantém praticamente estável.

    O presidente da Conab, que é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, enfatizou que a política de apoio aos produtores da agricultura familiar tem juros mais baixos para produção de alimentos como arroz e feijão, além de outras culturas destinadas ao consumo interno. “Neste ano, estamos fazendo a colheita das boas políticas plantadas, no ano passado”, comemorou o gestor.

    “A Conab acompanha, com assessoramento técnico, a montagem do próximo plano safra. Nossa recomendação é que o governo federal continue com as boas políticas de incentivos para alcançar com a mão amiga o produtor, de modo a aumentar a oferta de alimentos no país e equilibrar os preços, que sejam justos aos consumidores”, disse Edegar Pretto

    Outras lavouras

    No caso do algodão, a expectativa é que o aumento na área semeada, estimada em cerca de 2 milhões de hectares, resulte na produção de 3,82 milhões de toneladas de algodão em pluma, um novo recorde, se confirmado o crescimento de 3,3%, em comparação com a última safra.

    Já o trigo tem expectativa de produção de 9,11 milhões de toneladas, com incremento de 15,6% em comparação com a última safra, apesar da redução de 2,1% da área plantada deste grão. Com isso, a lavoura deve alcançar a área plantada de 2,99 milhões de hectares. A Conab projeta que as condições climáticas até o fim do inverno serão favoráveis para a produção de trigo.

    As informações completas do sexto boletim sobre a safra de grãos 2024/25 estão no site da Conab.

  • Mato Grosso lidera plantio do Milho Safrinha com 95,3%, aponta Conab

    Mato Grosso lidera plantio do Milho Safrinha com 95,3%, aponta Conab

    O estado de Mato Grosso se destaca como o grande líder no avanço do plantio da segunda safra de milho no Brasil, atingindo impressionantes 95,3% da área estimada até o último domingo (09), conforme dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em nível nacional, o plantio chegou a 82,3%, mostrando um salto de 12,7 pontos percentuais em apenas uma semana, saindo dos 69,6% registrados anteriormente.

    Embora os trabalhos estejam levemente à frente da média dos últimos cinco anos (82,3%), ainda há um pequeno atraso em relação à safra passada, quando 86,2% da área já estava semeada até o mesmo período. No entanto, o desempenho de Mato Grosso tem chamado atenção, consolidando o estado como o principal motor desta safra.

    Mato Grosso: O motor do milho safrinha

    Mato Grosso não só lidera o ranking de plantio, mas também apresenta condições promissoras para o desenvolvimento das lavouras. Os técnicos da Conab destacam que as plantações no estado têm demonstrado um vigor vegetativo excepcional, impulsionado por boas condições climáticas e estratégias eficientes de manejo.

    Avanços por Estado: Quem está à frente?

    Entre os estados brasileiros, alguns se destacam pelo avanço no plantio do milho safrinha:

    • Mato Grosso: Lidera o ranking, com 95,3% da área já semeada;
    • Goiás: Segue logo atrás, com 89% da área plantada;
    • Tocantins: Registra 79,2% do plantio concluído;
    • Mato Grosso do Sul: Atingiu 70%;
    • Maranhão: Com 64,2% da área cultivada;
    • Paraná: Apresenta 62,8% do plantio realizado;
    • Minas Gerais: Chegou a 55,5%;
    • Piauí: Avançou para 47,6%;
    • São Paulo: Registra apenas 27,4%, refletindo um ritmo mais lento.

    Fases de desenvolvimento das Lavouras

    Neste momento, as lavouras estão distribuídas em diferentes estágios de desenvolvimento:

    • Emergência: 20,1% das áreas estão nesta fase inicial;
    • Desenvolvimento Vegetativo: A grande maioria, 79,5%, encontra-se neste estágio crucial;
    • Floração: Apenas 0,4% das áreas já chegaram ao período de floração.

    Os técnicos da Conab destacam que as condições gerais das lavouras são positivas em algumas regiões, como Mato Grosso, onde o vigor vegetativo tem sido promissor. No entanto, no Paraná, especialmente nas regiões oeste e noroeste, as baixas precipitações têm prejudicado o desenvolvimento da cultura, gerando preocupações sobre os impactos futuros na produtividade.

    Desafios climáticos e perspectivas

    A irregularidade das chuvas continua sendo um fator determinante para o desempenho do milho safrinha nesta temporada. Enquanto algumas áreas têm recebido umidade suficiente para sustentar o crescimento das plantas, outras enfrentam estresse hídrico, o que pode comprometer o potencial produtivo.

    Apesar desses desafios, o avanço no plantio e a superação da média histórica dos últimos cinco anos trazem otimismo para os produtores. A expectativa é que, com o retorno das chuvas regulares nas próximas semanas, as lavouras consigam recuperar parte do atraso e garantir uma boa colheita.

    Veja também: Show Safra Mato Grosso 2025 destaca força feminina no Agronegócio