Tag: milho

  • Etapa milho do CTECNO Parecis ocorre na próxima quarta-feira (16.04)

    Etapa milho do CTECNO Parecis ocorre na próxima quarta-feira (16.04)

    O dia de campo do Centro Tecnológico (CTECNO) Parecis, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), será realizado na próxima quarta-feira, 16 de abril. A etapa milho abordará sobre adubação nitrogenada, variedades de híbridos de milho e contará com a presença do professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Alencar Zanon, que tratará sobre a Ecofisiologia da Cultura do Milho.

    Com 86 hectares dedicados à pesquisa, o CTECNO Parecis se consolidou como um dos maiores centros de pesquisa independentes. Criado há nove anos, seus resultados proporcionam embasamento técnico aos produtores e, que ao visualizarem as técnicas de manejo utilizadas dentro das estações de pesquisa, auxiliam na tomada de decisões.

    Nesta edição, os participantes poderão verificar na vitrine 40 híbridos de milho que foram semeados em duas épocas, no fim de janeiro e meados de fevereiro, e em dois ambientes de produção, sendo um em solo de textura média, com 32% de argila, e outro de textura arenosa, com 10%.

    De acordo com o vice-presidente sul e coordenador da Comissão de Defesa Agrícola da entidade, Fernando Ferri, é uma oportunidade de os produtores verem na prática, de forma imparcial, quais tecnologias têm tido um desempenho melhor na lavoura. “A gente agora está com 40 híbridos de milho plantados, em duas épocas, onde o produtor vai poder avaliar os principais híbridos do mercado quanto a sua dinâmica com adubação nitrogenada, que a gente tem testes de diferentes etapas de aplicação e dosagens, onde o produtor vai poder ver o melhor manejo que encaixa na sua realidade e na sua propriedade”, ressalta.

    A pesquisadora do CTECNO Parecis, Daniela Facco, destaca os principais temas que serão abordados durante a visita técnica. “Nesse ano, para o dia de campo, a gente vai estar falando sobre a rentabilidade dos sistemas de produção, como que o ambiente de produção influencia no comportamento das culturas. Além disso, vamos falar sobre o uso de microrganismos como estratégia para melhorar a eficiência da adubação nitrogenada do milho e, também, teremos como novidade a participação do professor Alencar Zanon, falando sobre Ecofisiologia do Milho”, afirma.

    Por meio dos seus Centros de Pesquisas, a Aprosoja Mato Grosso tem intensificado esforços para aumentar a produtividade e a sustentabilidade das propriedades de seus associados.

    A visita técnica será realizada no dia 16 de abril, a partir das 7h, na área do CTECNO Parecis, localizado na Rodovia MT 488, anexo a Fazenda Vô Arnoldo – Agroluz, na cidade de Campo Novo do Parecis. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no site da Aprosoja.

  • Mesmo com alta do frango vivo em março, poder de compra do avicultor paulista recua frente ao milho

    Mesmo com alta do frango vivo em março, poder de compra do avicultor paulista recua frente ao milho

    O mês de março trouxe uma valorização nos preços do frango vivo de corte, mas não o suficiente para garantir melhores condições ao avicultor paulista frente aos custos de produção, principalmente no que diz respeito ao milho. Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), apesar da média de R$ 5,51/kg registrada no estado de São Paulo — uma alta de 2,7% em relação a fevereiro — o poder de compra do produtor caiu diante da alta mais intensa no preço do cereal.

    O milho, um dos principais componentes da ração animal, apresentou valorização superior à do frango no mesmo período, o que acabou pressionando a rentabilidade dos produtores. Esse descompasso entre os preços de venda e os custos operacionais tem sido um dos principais desafios do setor avícola, que depende fortemente da relação de troca com os insumos básicos.

    Por outro lado, a situação foi mais favorável no comparativo com o farelo de soja, também fundamental na composição das rações. Segundo o Cepea, a relação de troca do frango vivo frente ao farelo apresentou melhora, ajudando a aliviar parcialmente o impacto da elevação do milho.

    Ainda conforme o Cepea, a demanda aquecida, tanto no mercado interno quanto no externo, foi o principal fator para a reação nos preços do frango vivo em março. A expectativa agora é de que o desempenho das exportações e o consumo interno continuem sustentando o mercado, ao mesmo tempo em que o setor observa com atenção o comportamento dos custos com insumos, especialmente no início do segundo trimestre.

  • Área de milho em Mato Grosso cresce e produção é estimada em mais de 47 milhões de toneladas

    Área de milho em Mato Grosso cresce e produção é estimada em mais de 47 milhões de toneladas

    O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revisou, em abril de 2025, a projeção da área destinada ao milho no estado para a safra 2024/25. A nova estimativa aponta um total de 7,02 milhões de hectares, representando um leve aumento de 0,23% em relação à divulgação anterior e um crescimento de 3,20% na comparação com o ciclo passado.

    Esse avanço na área cultivada reflete a atratividade crescente da cultura do milho, impulsionada pela valorização dos preços ao longo deste ano. Apesar da ampliação da área, a produtividade média prevista foi mantida em 111,72 sacas por hectare, número alinhado à média registrada nas últimas três safras.

    Segundo o Imea, o mês de abril será um período crucial para definir parte do potencial produtivo do milho em Mato Grosso, já que as condições climáticas — como volume de chuvas e temperaturas —, além da incidência de pragas e doenças, terão papel determinante no desempenho das lavouras.

    Com a combinação entre o aumento da área plantada e a manutenção da produtividade, a produção total estimada para o ciclo 2024/25 foi calculada em 47,05 milhões de toneladas. O volume representa um leve acréscimo de 0,23% em relação à última estimativa, mas ainda está 0,27% abaixo da safra 2023/24.

  • Com demanda enfraquecida, milho inicia abril em queda na maioria das regiões

    Com demanda enfraquecida, milho inicia abril em queda na maioria das regiões

    Os preços do milho começaram abril em trajetória de queda na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A principal causa da pressão negativa é a demanda enfraquecida, já que muitos consumidores estão abastecidos e evitam novas aquisições neste momento, apostando em recuos ainda maiores nas cotações, diante da colheita da primeira safra em andamento.

    Enquanto compradores adotam uma postura mais cautelosa, vendedores estão mais ativos no mercado spot, tentando negociar novos lotes. Muitos temem que a tendência de baixa nos preços se acentue nas próximas semanas. Por outro lado, parte dos produtores opta por limitar a oferta, monitorando de perto o desenvolvimento da segunda safra.

    Ainda de acordo com o Cepea, o retorno das chuvas em algumas regiões produtoras nos últimos dias trouxe alívio e renovou a expectativa sobre o desempenho da segunda safra, que tem papel decisivo na formação dos preços ao longo do ano. Ao mesmo tempo, as dificuldades logísticas diminuíram, impulsionadas pela maior disponibilidade de caminhões, o que colabora para o escoamento da produção.

  • Tarifaço e reciprocidade centralizam debates do 3º Congresso Abramilho

    Tarifaço e reciprocidade centralizam debates do 3º Congresso Abramilho

    O dia 14 de maio será a oportunidade para conhecer em detalhe os impactos do recente “tarifaço” norte-americano sobre o mercado brasileiro do milho. O tema é uma das pautas do 3º Congresso Abramilho, que dedicará um painel inteiro para outro tema importante na guerra comercial atual: a reciprocidade tarifária e ambiental.

    O evento, promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), ocorrerá em Brasília, com público estimado em 400 participantes, entre produtores, empresários, autoridades, políticos e jornalistas. A intenção é exatamente traçar um panorama atualizado dos cenários que influenciam o cotidiano da atividade.

    “Ainda é cedo para uma análise certeira, mas existe uma tendência de que o Brasil amplie a exportação de milho para outros países, por exemplo. Teremos um painel totalmente focado em macroeconomia e agro para abordarmos o tema durante o congresso”, revela Glauber Silveira, diretor executivo da Abramilho e organizador do evento.

    Na esteira do tarifaço, outro tópico do 3º Congresso Abramilho ganhou destaque nesta semana: o projeto de lei (PL) 2088/2023, que regulamenta a reciprocidade tarifária e ambiental nas relações do Brasil com outras nações. A Câmara de Deputados e o Senado Federal já aprovaram o PL e a expectativa é de a sanção final do presidente Lula da Silva ocorra nos próximos dias.

    O projeto de lei autoriza o Governo Federal a empregar contramedidas em situações como a do ‘tarifaço’. Seu autor, o deputado federal Zequinha Marinho (PL/BA), é um dos palestrantes de painel sobre o tema. “Nosso intuito é entender todas as implicações do PL, seja de tarifas comerciais como de exigências ambientais”, pontuou o presidente da Abramilho, Paulo Bertolini.

    A reciprocidade nos mercados é o tema do painel que ocorre das 15h às 16h30, com Bruno Lucchi (CNA), Lucíola Magalhães (Embrapa Territorial), Samanta Pineda (Especialista em Direito Agrário e Ambiental), Daniel Vargas (FGV) e Fernando Pimentel (Itamaraty/ MRE), tendo o jornalista Mauro Zannatta como mediador.

    Em seguida, das 16h30 às 17h30, Caio Megale e Leonardo Alencar (XP Investimentos) e Alex Giacomelli (Itamaraty/ MRE) se apresentam para abordar a macroeconomia e os impactos para o agro, com mediação do jornalista Cassiano Ribeiro.

  • Colheita de milho avança lentamente no Brasil, com estiagem afetando produtividade

    Colheita de milho avança lentamente no Brasil, com estiagem afetando produtividade

    Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram que, até o fechamento do último levantamento, 34,5% da área da primeira safra de milho havia sido colhida no país. No entanto, a falta de chuvas em regiões produtoras tem impactado o potencial produtivo, especialmente em lavouras plantadas tardiamente.

    Em Minas Gerais, a colheita segue em ritmo lento, concentrando-se nas áreas irrigadas, enquanto a região Noroeste enfrenta redução na produtividade devido à seca. No Rio Grande do Sul, os rendimentos diminuem à medida que a colheita avança. Já na Bahia, a estiagem prejudica o desenvolvimento das lavouras no Centro-Sul e Norte.

    No Paraná, a diminuição das chuvas afeta o enchimento de grãos, mas facilita a colheita. Em Santa Catarina, as precipitações recentes beneficiaram as lavouras tardias.

    Quanto ao milho segunda safra, 83,1% da área já foi semeada. Mato Grosso apresenta lavouras com bom vigor vegetativo, enquanto no Paraná a escassez de chuvas prejudica o desenvolvimento no Oeste e Noroeste. Mato Grosso do Sul registra condições favoráveis de umidade, mas em Goiás, o plantio foi interrompido no Leste devido à seca. Em Minas Gerais, a semeadura também está paralisada, com impactos em algumas regiões.

    Exportações caem, mas cenário externo pode aquecer demanda

    Em fevereiro de 2025, as exportações brasileiras de milho totalizaram 5 milhões de toneladas, queda de 23% em relação ao mesmo período de 2024 (6,5 milhões de t). A demanda global, no entanto, pode ser impulsionada por possíveis restrições da China às importações dos EUA, o que beneficiaria o Brasil.

    Os portos do Arco Norte responderam por 30,5% do escoamento de milho, ante 43,9% em 2024. Santos liderou com 34,1%, seguido por Paranaguá (12,8%) e São Francisco do Sul (17,4%). Os maiores exportadores foram MT, PR, GO e RS.

    Com a estiagem pressionando a produção, o mercado segue atento aos efeitos no abastecimento e nos preços do cereal.

  • Consequências do plantio tardio, falta de chuva e ataque de lagartas preocupam produtividade do milho

    Consequências do plantio tardio, falta de chuva e ataque de lagartas preocupam produtividade do milho

    O desenvolvimento do milho na segunda safra tem enfrentado desafios em diversas regiões do estado de Mato Grosso. Com o plantio realizado fora da janela ideal devido ao atraso da colheita da soja por excesso de chuva, agora é a falta dela e o ataque de lagartas que ameaçam a produtividade do milho. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), aproximadamente 15% da área cultivada, ou seja, pouco mais de um milhão de hectares, foi semeada fora do período ideal, aumentando o risco de perdas.

    De acordo com o diretor administrativo da entidade e coordenador da Comissão de Política Agrícola, Diego Bertuol, os produtores se precaveram ao planejar a segunda safra. “O produtor opta por aquilo que vai trazer uma produtividade maior para ele, sementes de alta tecnologia, que têm um alto custo. E esse ano, o produtor foi pego de surpresa, porque essas tecnologias não foram eficientes, gerando custo adicional. O produtor já tem sua margem apertada, quando ela não é uma margem negativa, e nós vemos ainda um custo cada vez maior”, explica.

    Além disso, a aquisição dos insumos ocorreu de maneira tardia se comparado com as safras anteriores e houve cautela na aplicação de fertilizantes, o que também deve afetar a produtividade. “O produtor, como em qualquer negócio, ele vê a rentabilidade. Então, para essa tomada de decisão, ele toma como base o preço futuro do milho. O ano passado estava na casa dos R$ 35,00 a R$ 38,00. Então, o produtor rural veio com cautela e fez um menor investimento, principalmente no fertilizante de fosfatado, com produtores reduzindo 50% e outros até 100%. Já no nitrogênio, tivemos redução menor, de 10%, 20% e 30%”, enfatiza Bertuol.

    A situação se agrava com a irregularidade das chuvas. Dados do programa Aproclima, da Aprosoja Mato Grosso, apontam que municípios da região nordeste como Confresa, Matupá e Guiratinga, e da região leste, como Água Boa e Nova Xavantina, registraram mais de 22 dias sem precipitação e volumes acumulados abaixo de 130 milímetros. No norte do estado, Confresa ficou até 27 dias sem chuva, prejudicando o desenvolvimento das lavouras justamente no período crítico.

    Conforme o vice-presidente leste da Aprosoja MT, Diego Dallasta, apesar de seca que perdurou um longo período, as lavouras da região conseguiram se estabilizar com as chuvas das últimas semanas. “Estamos no início de abril com uma boa umidade dos solos. Porém, o milho foi plantado no meio para o final de fevereiro, então precisaremos de chuvas até o final do mês de abril. As lavouras estão bem estabelecidas, mas dependemos de chuvas para confirmarmos a safrinha”, aponta Dallasta.

    Independente do período de plantio, as lavouras de milho ficaram vulneráveis à falta de chuvas no período crítico de desenvolvimento. Além da seca, os produtores enfrentam dificuldade para o controle de lagartas, em que as variedades amplamente utilizadas para controle de pragas, apresentaram falhas na proteção, forçando-os a realizarem aplicações extras de defensivos. “Tivemos uma pressão enorme de lagartas em todas as tecnologias de milho, os produtores relataram necessidade de três, quatro e até cinco aplicações”, conta Dallasta.

    O vice-presidente oeste e vice-coordenador da Comissão de Defesa Agrícola da entidade, Gilson Antunes de Melo, ressalta que a dificuldade de controlar as lagartas foi enfrentada em muitas propriedades. “Recebemos relatos de ataques de lagartas de produtores de todas as regiões do estado, dizendo ter problemas bem maiores que os outros anos. Isso aponta para uma quebra de eficiência das biotecnologias, que os obriga a um aumento de aplicações para o combate dessa praga, aumentando assim os custos de produção e consequentemente, a redução de produtividade”, afirma Gilson.

    Nos últimos meses, o aumento da demanda interna, impulsionada pelo setor de etanol e pela indústria de proteína animal, tem disputado o milho disponível com a demanda internacional, ocasionando o aumento do valor da saca. Em 2023, a saca do grão era negociada entre R$ 35 e R$ 38, enquanto atualmente varia entre R$ 80 e R$ 90 em algumas regiões.

    Mesmo com preços mais altos, a rentabilidade da produção preocupa os produtores e a produtividade pode não ser suficiente para arcar com os custos da produção. A combinação de plantio tardio, escassez de chuvas e dificuldades no controle de pragas deve resultar em perdas significativas na produtividade.

    Diante desse cenário, a Aprosoja Mato Grosso segue acompanhando o andamento da segunda safra nas próximas semanas, que serão decisivas para definir o tamanho da colheita e a variação dos preços no mercado.

  • Mercado do milho segue com negociações pontuais e preços pressionados em algumas regiões

    Mercado do milho segue com negociações pontuais e preços pressionados em algumas regiões

    O mercado do milho tem apresentado um ritmo de negociações pontuais e regionalizadas, conforme apontam os mais recentes levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Esse comportamento reflete um cenário no qual produtores se mantêm focados nas atividades de campo, enquanto a demanda mostra sinais de acomodação, resultando em impactos nas cotações em algumas regiões do país.

    No lado da oferta, a colheita da safra de verão avança de maneira satisfatória na maioria das praças produtoras, o que tem garantido fluxo de produto ao mercado. Paralelamente, a semeadura da segunda safra, que representa a maior parte da produção anual de milho no Brasil, caminha para sua fase final, dentro do cronograma esperado. O bom andamento das atividades agrícolas contribui para um ambiente de oferta relativamente estável no curto prazo, embora fatores climáticos ainda sejam um ponto de atenção para o desenvolvimento da safrinha.

    Por outro lado, do lado da demanda, muitos consumidores finais e indústrias já se encontram abastecidos, o que reduz a necessidade de compras imediatas no mercado spot. Diante disso, as aquisições têm ocorrido de forma mais espaçada e estratégica, com compradores buscando apenas lotes pontuais, à medida que suas necessidades logísticas e produtivas exigem reposições. Esse comportamento de cautela reflete, em parte, as incertezas em relação ao consumo interno e às exportações nos próximos meses.

    Essa conjuntura tem exercido pressão sobre os preços do milho em algumas regiões do Brasil, como Campinas (SP), onde os valores registraram quedas pontuais conforme dados do Cepea. Ainda assim, em termos nominais, as cotações seguem superiores às observadas no mesmo período do ano passado, sustentadas pelos custos de produção elevados e pela influência do mercado externo.

    No cenário internacional, a demanda por milho brasileiro continua sendo um fator relevante para a formação de preços. A procura por exportações pode ganhar força nos próximos meses, especialmente diante de possíveis ajustes na oferta global e das decisões comerciais de grandes importadores, como China e países da União Europeia. Dessa forma, o mercado segue atento às oscilações cambiais, políticas comerciais e ao comportamento das safras concorrentes, como a dos Estados Unidos e Argentina.

    Diante desse panorama, produtores e agentes do setor devem continuar monitorando atentamente os movimentos do mercado, avaliando estratégias de comercialização e oportunidades de negócios que possam garantir melhores margens de rentabilidade. O avanço da colheita da segunda safra nos próximos meses será um fator determinante para os preços internos, assim como a evolução da demanda e o comportamento das exportações.

  • Preço do milho em Mato Grosso sobe e indicador IMEA fecha a R$ 71,63 por saca

    Preço do milho em Mato Grosso sobe e indicador IMEA fecha a R$ 71,63 por saca

    Com a oferta restrita do cereal no Estado, o preço do milho disponível em Mato Grosso apresentou valorização na última semana. Segundo dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o valor médio da saca atingiu R$ 71,63, alta de 0,52% em relação à semana anterior.

    A escassez do produto no mercado interno é apontada como principal fator para o aumento dos preços. O movimento ocorre em meio à finalização da semeadura da safra 2024/25, que foi concluída no estado com avanço semanal de 0,06 ponto percentual. O ritmo está 0,13 ponto percentual acima da média das últimas cinco safras, evidenciando um desempenho ligeiramente superior ao histórico recente.

    Com esse cenário, produtores e agentes do mercado acompanham atentamente os próximos desdobramentos da comercialização e os impactos no custo de produção e rentabilidade das lavouras em Mato Grosso, principal estado produtor de milho do país.

  • Dia de Campo revela tecnologias inovadoras para as culturas do milho e pastagens

    Dia de Campo revela tecnologias inovadoras para as culturas do milho e pastagens

    Com o tema “Tecnologias de Implantação e Manejo de Cultivares de Milho e de Capins em Solos de Cerrado”, o décimo dia de campo organizado pelo Grupo de Estudos em Fitotecnia (Gfeit), da Universidade Federal de São João del-Rei, Campus de Sete Lagoas, reuniu centenas de estudantes, produtores, técnicos e profissionais do agronegócio nesta sexta-feira, dia 28, em Sete Lagoas-MG.

    Estações foram montadas no Campus da UFSJ para a apresentação de vitrines e tecnologias inovadoras, como o milho BTMAX, cultivar de milho transgênico desenvolvido pela Embrapa Milho e Sorgo em parceria com a Helix, empresa do grupo Agroceres. O milho BTMAX apresenta alta eficácia contra as pragas lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), considerada a principal praga da cultura do milho, e a broca-da-cana (Diatraea saccharalis).

    “O primeiro evento transgênico de milho desenvolvido totalmente no Brasil a partir de uma parceria público-privada 100% nacional, mostra como o País tem potencial para desenvolver tecnologias altamente disruptivas”, enfatizou Sara Rios, chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo. Os processos para a liberação comercial do evento BTMAX em outros países já foram iniciados pela Helix. No Brasil, as empresas Santa Helena Sementes e Biomatrix, do Grupo Agroceres, comercializam cultivares de milho com o propósito para silagem com o evento transgênico BTMAX.

    Durante a abertura do evento, representantes das empresas realizadoras enfatizaram a importância do fortalecimento do eixo ensino, pesquisa e extensão na região Central de Minas Gerais. “Esse encontro traz em discussão um tema altamente estratégico para o desenvolvimento de Minas Gerais, que é a cultura do milho e a pecuária”, disse o diretor de Infraestrutura da Emater-MG Vitório Alves Freitas. “Precisamos estimular o desenvolvimento da agricultura, setor altamente responsável pela balança comercial brasileira”, reforçou o vereador Caio Valace.