Tag: milho em Mato Grosso

  • Demanda por milho no Mato Grosso ganha fôlego, impulsionada por usinas de etanol

    Demanda por milho no Mato Grosso ganha fôlego, impulsionada por usinas de etanol

    O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou um novo levantamento que traz boas notícias para os produtores de milho no Mato Grosso. A demanda pelo grão deve ser maior do que o previsto anteriormente, impulsionada principalmente pelo aumento do consumo pelas usinas de etanol de milho.

    Segundo o Imea, a expectativa para o ciclo 2023/24 é de 48,15 milhões de toneladas de milho demandadas em Mato Grosso, o que representa um crescimento de 0,09% em relação às estimativas do mês anterior. Embora seja um aumento modesto, a notícia é positiva, considerando o cenário de incertezas que marca o setor agrícola.

    O que está por trás desse crescimento?

    O principal fator que impulsiona a demanda por milho em Mato Grosso é o aumento do consumo pelas usinas de etanol. Essas indústrias respondem por cerca de 73,74% do consumo interno do estado. O crescimento da produção de etanol, tanto para abastecer o mercado interno quanto o externo, tem sido um dos principais motores da economia mato-grossense nos últimos anos.

    Além das usinas de etanol, outros setores também contribuem para a demanda por milho, como a ração animal (26,26% do consumo total) e as exportações (56,72%). No entanto, as exportações apresentaram uma redução de 9,63% em relação à safra passada, o que pode ser explicado por diversos fatores, como a concorrência internacional e as políticas comerciais de outros países.

    Perspectivas para o futuro do Milho em Mato Grosso

    A revisão das estimativas de demanda para o milho em Mato Grosso é um sinal positivo para o setor. O aumento do consumo pelas usinas de etanol, combinado com o crescimento da produção e da produtividade, coloca o estado em uma posição estratégica na produção de grãos no Brasil.

    No entanto, é importante ressaltar que o mercado de commodities é volátil e sujeito a diversas influências, como as condições climáticas, as políticas governamentais e a demanda global. Por isso, os produtores devem acompanhar de perto as informações do mercado e ajustar suas estratégias de produção de acordo com as novas realidades.

  • Exportações de milho crescem 40% e Mato Grosso consolida posição no mercado internacional

    Exportações de milho crescem 40% e Mato Grosso consolida posição no mercado internacional

    As exportações de milho de Mato Grosso alcançaram 330 mil toneladas em maio, representando um aumento de 40% em comparação ao mesmo período de 2023, segundo dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) nesta semana. O crescimento é reflexo da ampliação da oferta de milho no Estado e da produção histórica de 50,5 milhões de toneladas na safra 22/23.

    No acumulado da safra 22/23, os envios de milho totalizaram 29,16 milhões de toneladas entre julho de 2023 e maio de 2024, um acréscimo de 11,78% em relação ao ciclo anterior (julho de 2022 a maio de 2023). Este incremento foi principalmente motivado pelo aumento na produção de milho em Mato Grosso, que proporcionou uma maior disponibilidade do cereal para exportação.

    Milho - espiga de milho - Fotos do Canva
    Exportações de milho crescem 40% e Mato Grosso consolida posição no mercado internacional – Fotos do Canva

    A maior oferta de milho não apenas sustentou o crescimento das exportações, mas também abriu novos mercados para o produto mato-grossense. Um exemplo notável é a China, que apesar de não ter feito compras nos últimos dois meses (abril e maio), importou 16,19 milhões de toneladas de milho durante o período de julho de 2023 a maio de 2024. Este volume representa 55,53% do total exportado pelo Estado nesse período.

    “Com um mês restante para o encerramento do ciclo de exportação da safra 22/23, o Imea projeta que o volume total escoado de milho atingirá 29,85 milhões de toneladas. Este desempenho ressalta a importância de Mato Grosso como um grande exportador de milho, contribuindo de maneira significativa para a balança comercial do Brasil e consolidando sua posição no mercado internacional de grãos”, apontou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

    Para a atual safra 2023/2024, o cenário da seca que atingiu as lavouras de soja na primeira safra atrapalhou o plantio de milho no Estado. As projeções ainda são de redução na área plantada, produtividade e de produção. A produção deste ano deve atingir 42,9 milhões de toneladas, 15% a menos que a safra passada.

    O milho pipoca é uma exceção. De acordo com as informações do Centro de Dados Econômicos de Mato Grosso, a área plantada saltou em 43,90% passando de 66,6 mil hectares para os atuais 95,8 mil hectares. A produção deve atingir 427 mil toneladas, 41,5% a mais do que no ano agrícola anterior que foi de 301,8 mil toneladas.

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  • Queda acentuada no preço do milho em Mato Grosso: Tendências e impactos do mercado agropecuário

    Queda acentuada no preço do milho em Mato Grosso: Tendências e impactos do mercado agropecuário

    Os números mais recentes do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicam uma significativa desvalorização de mais de 43% no preço da saca do milho em Mato Grosso em comparação ao ano anterior.

    Desde o início de 2023, o mercado tem observado quedas contínuas no preço do cereal, intensificando-se ao longo dos meses. Na última semana de julho, a cotação média foi de R$ 33,23/sc, contrastando com os R$ 58,48/sc do mesmo período do ano anterior. Esta queda é atribuída ao aumento da oferta de milho no mercado local, dificuldades de armazenagem e uma expectativa de produção de 50,15 milhões de toneladas, superior em 14,39% à safra 2021/22.

    Influências Internacionais e Colheita

    Externamente, a Bolsa de Chicago/CMEGroup e os desdobramentos da produção da safra americana, além das tensões entre Rússia e Ucrânia, podem trazer oscilações no preço do milho nas próximas semanas.

    O relatório do Imea destaca que, em julho, cerca de 91,62% do milho safrinha já havia sido colhido, indicando um atraso em comparação com o mesmo período do ano anterior, onde 97,95% da colheita estava concluída.

    Demanda e Estoque em Destaque

    Para a safra 2021/22, o Imea ajustou a demanda estimada para 43,62 milhões de toneladas, um aumento de 1,16% em relação ao mês anterior. Esta elevação é impulsionada pela expectativa de maior consumo interestadual (10,04%) e local (2,37%) em Mato Grosso.

    Com relação à safra 2022/23, espera-se uma demanda de 49 milhões de toneladas, motivada pela alta no consumo interestadual devido à redução do preço do milho em Mato Grosso. Adicionalmente, prevê-se a aquisição de 250 mil toneladas pelo governo Federal, em resposta ao preço do milho no estado estar abaixo do estipulado pela Conab.

    Com uma oferta projetada de 50,38 milhões de toneladas e uma demanda de 49 milhões para a safra 2022/23, os estoques finais são estimados em 1,38 milhão de toneladas, marcando uma queda de 3,44% em relação a junho de 2023.

     

  • Mato Grosso enfrenta problemas na armazenagem de milho durante a colheita

    Mato Grosso enfrenta problemas na armazenagem de milho durante a colheita

    A falta de espaço para armazenar a produção de milho em Mato Grosso é um problema crônico que está novamente em destaque nesta safra 2022/2023, causando transtornos e aumentando os custos nas principais regiões produtoras. Como resultado, parte dos grãos está sendo deixada a céu aberto, o que preocupa os agricultores, além da desvalorização do cereal. Como medida para evitar a lentidão e as perdas na colheita, alguns agricultores optaram por comprar silos bolsas.

    A situação delicada, marcada pela falta de espaço nos armazéns e pela desvalorização do milho, tem gerado apreensão entre os produtores de Mato Grosso. Esse tema é abordado no episódio 93 do programa Patrulheiro Agro desta semana.

    Thierri Heineck, produtor em Nova Mutum, já colheu cerca de 65% dos 800 hectares cultivados com milho. Ele afirma que os produtores na região estão surpreendidos com a produtividade do cereal, que chega a atingir 140 a 150 sacas por talhão.

    “Ótimas colheitas. Embora haja algumas áreas que tiveram uma produtividade um pouco menor, é uma produção muito satisfatória para a nossa região. É totalmente diferente do ano passado, quando tivemos áreas com prejuízo, incapazes de cobrir os custos de produção”.

    Em Nova Mutum, de acordo com o Sindicato Rural local, foram cultivados cerca de 320 mil hectares com milho.

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    Silo bolsa é a alternativa encontrada em Mato Grosso diante da falta de armazéns. Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

    “Tem muitos produtores que não esperavam produzir o que está produzindo. Então, eu acredito que vamos sim ter uma produtividade melhor que a do ano passado, porque a chuva também se estendeu mais e o produtor investiu mais. O produtor tinha comprado mais adubo, semente melhor, variedade melhor e plantou dentro de uma janela melhor”, frisa o presidente do Sindicato Rural, Paulo Roberto Zen.