Tag: milho

  • Macaco atravessa estrada com espigas de milho “roubadas” em fazenda de Mato Grosso

    Macaco atravessa estrada com espigas de milho “roubadas” em fazenda de Mato Grosso

    Um flagrante inusitado e divertido vem encantando moradores do interior de Mato Grosso e viralizando nas redes sociais: um macaco-prego, pequeno e extremamente ágil, foi filmado atravessando uma estrada rural carregando o que parecia ser seu “almoço do dia” — várias espigas de milho fresquinhas.

    A cena ocorreu em uma fazenda do interior mato-grossense, em meio ao cenário típico da safra, com plantações a perder de vista. O vídeo mostra o esperto primata caminhando ereto, com as patas dianteiras ocupadas segurando ao menos três espigas, como quem sabe exatamente o que está fazendo. A desenvoltura e confiança do animal chamaram a atenção.

    Colheita selvagem: Macaco é flagrado com espigas de milho no interior de Mato Grosso

    O macaco esperto

    O macaco-prego, conhecido por sua inteligência e habilidade manual, é uma das espécies mais comuns nas matas brasileiras. Ele possui pelagem marrom-acinzentada, um rosto expressivo e olhos vivos que não perdem um movimento.

    Neste flagrante, o bichinho parecia ter feito uma visita calculada à plantação, colhido cuidadosamente os alimentos e tomado o caminho de volta à mata, como se fosse rotina.

    Segundo biólogos, esse comportamento é típico de macacos que vivem próximos a áreas agrícolas. “Eles são extremamente inteligentes e sabem identificar fontes de alimento fáceis. O milho é nutritivo e saboroso, e se está disponível, eles aproveitam mesmo”, comenta a bióloga Cristina Veloso.

    Macaco é resgatado após sofrer descarga elétrica em cidade de Mato Grosso
    Macaco é resgatado após sofrer descarga elétrica em cidade de Mato Grosso
    Foto: Reprodução

    O flagrante, além de render boas risadas, também serve de alerta sobre o avanço das áreas agrícolas sobre o habitat natural dos animais. O episódio mostra que a convivência entre natureza e produção rural pode gerar cenas inusitadas — e também reflexões sobre preservação e equilíbrio.

    Enquanto isso, o protagonista da história provavelmente está em alguma árvore próxima, saboreando suas espigas com a tranquilidade de quem venceu o desafio da travessia rural.

  • Clima atípico favorece desenvolvimento do milho, mas lagarta preocupa e eleva custo da safra

    Clima atípico favorece desenvolvimento do milho, mas lagarta preocupa e eleva custo da safra

    O mês de abril foi atípico para o Estado de Mato Grosso, com um volume de chuvas acima do esperado para o período. A avaliação é do presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Tiago Cinpak, que aponta que, embora o excesso de chuva tenha estendido o ciclo da estação chuvosa além do habitual, o impacto sobre o milho tem sido, em geral, positivo.

    “A chuva geralmente cessa por volta de 15 a 20 de abril, mas este ano ela se manteve presente durante todo o mês. Apesar do plantio ter sido um pouco fora da janela ideal, especialmente no milho e no algodão da segunda safra, a umidade favoreceu o desenvolvimento das lavouras. A expectativa é de uma safra boa”, afirmou Cinpak.

    No entanto, o presidente do sindicato rural chama atenção para o aumento na presença de pragas, principalmente a lagarta-do-cartucho, que exigiu um controle mais rigoroso por parte dos produtores. “As tecnologias que antes seguravam a lagarta perderam eficiência. Tivemos muitos ataques no início e o produtor não estava tão preparado, porque confiava nessas tecnologias. Isso aumentou o custo com defensivos, mas o controle foi possível e não deve impactar de forma significativa a produtividade”, avaliou.

    Sobre o mercado, Cinpak considera que o preço do milho segue em patamar razoável, mesmo com a tendência de recuo na colheita. O cenário é melhor do que o da soja e do algodão, cujas cotações seguem desafiadoras. “O milho está em um preço confortável, principalmente com a perspectiva de crescimento da indústria de etanol de milho em Mato Grosso, que tem absorvido parte da produção. Isso ajuda a dar sustentação ao mercado”, completou.

  • Demanda no mercado do milho segue fraca, e Indicador recua 9% em abril

    Demanda no mercado do milho segue fraca, e Indicador recua 9% em abril

    A demanda enfraquecida mantém os preços do milho em queda no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, consumidores priorizam a utilização dos estoques e aguardam novas desvalorizações, fundamentados na possibilidade de uma boa colheita na segunda safra – com o clima favorável, o desenvolvimento das lavouras é considerado satisfatório na maior parte das regiões, e a produção deve crescer em relação à temporada anterior.

    Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar de as atenções de vendedores estarem voltadas ao desenvolvimento da safra, estes agentes seguem mais flexíveis nas negociações, seja nos valores ou nos prazos de pagamento.

    Esse comportamento também pode estar relacionado a um receio de novas quedas nos preços, considerando-se o atual cenário de oferta maior, clima favorável e demanda enfraquecida. Neste contexto, o ritmo de negócios está lento no mercado interno. Em abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) acumulou baixa de 8,6%.

  • Mato Grosso consolida vice-liderança nacional na produção de etanol com crescimento de 17% na safra 2024/25

    Mato Grosso consolida vice-liderança nacional na produção de etanol com crescimento de 17% na safra 2024/25

    O superintendente do Sistema Famato, Cleiton Gauer, participou nesta segunda-feira (5) da coletiva de imprensa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) e pelo Sindicato das Indústrias de Bioenergia do Estado de Mato Grosso (Bioind-MT), para divulgar o balanço da safra 2024/25 de etanol de milho e cana-de-açúcar em Mato Grosso.

    O evento aconteceu no auditório da Fiemt e destacou o protagonismo do estado no setor de bioenergia. Além de Gauer, participaram da coletiva o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, e o diretor-executivo da Bioind, Giuseppe Lobo.

    Durante a coletiva, Gauer apresentou o Panorama da Safra 2024/25 de Etanol e as perspectivas para o novo ciclo produtivo, ambos elaborados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O estudo confirma a consolidação de Mato Grosso como o segundo maior produtor nacional do biocombustível, atrás apenas de São Paulo.

    Segundo os dados do Imea, a produção estadual alcançou 6,70 bilhões de litros de etanol, o que representa um crescimento de 17% em relação à safra anterior, superando a média nacional de 3,65%. Com esse desempenho, Mato Grosso foi o estado com o maior avanço entre os cinco principais produtores do país.

    O levantamento revela que o etanol de milho continua sendo o principal motor da expansão do setor. Do total de 6,70 bilhões de litros produzidos em Mato Grosso, 5,62 bilhões têm como base o milho, o que faz com que o estado responda por 68% da produção nacional de etanol de cereais. Para alcançar esse volume, a moagem do grão aumentou de 10,11 para 12,50 milhões de toneladas, resultando em uma produção de 5,62 bilhões de litros — um crescimento de 23,77%. Também houve incremento na fabricação dos coprodutos: a produção de DDG/DDGS cresceu 28,28%, chegando a 2,72 milhões de toneladas, e o óleo de milho teve alta de quase 30%, com 257,5 mil toneladas produzidas.

    Por outro lado, o etanol oriundo da cana-de-açúcar registrou uma leve retração. A moagem caiu 2,37% e a produção do biocombustível recuou 8,63%, somando 1,08 bilhão de litros. Apesar disso, o setor direcionou esforços para a fabricação de açúcar, que teve um aumento de 6,21% e atingiu 571,1 mil toneladas.

    Para a próxima safra, 2025/26, a expectativa é de um crescimento de 5% na produção total de etanol em Mato Grosso, que deverá atingir 7,03 bilhões de litros. Desse total, 5,98 bilhões devem ser provenientes do etanol à base de milho, impulsionados pela entrada em operação de duas novas usinas e pelo aumento projetado na moagem do grão, que deve chegar a 13,3 milhões de toneladas. Por outro lado, para o etanol à base de cana-de-açúcar, espera-se uma queda de 2,10%, totalizando 1,08 bilhão de litros.

    Além de etanol, as indústrias bioenergéticas mato-grossenses também produzem energia elétrica, grãos de destilaria e óleo de milho, além de gerar Créditos de Descarbonização (CBIOs), movimentando o mercado financeiro e contribuindo com a agenda da transição energética.

    O Imea, responsável pelo levantamento, atua há 28 anos com um corpo técnico de 43 profissionais. A instituição monitora os 142 municípios de Mato Grosso, organizados em 21 microrregiões e sete macrorregiões, e mantém mais de 5 mil contatos e 300 indicadores atualizados para análise do agronegócio estadual.

    Durante a apresentação, foram detalhados: o ranking nacional da produção de etanol (milho + cana); a evolução mensal da produção por tipo de produto; o comportamento dos mercados de etanol de milho e de cana; e as projeções para a safra 2033/34.

    Para a safra 2033/34, a expectativa é de que a produção de etanol de milho em Mato Grosso mais que dobre, atingindo 12,62 bilhões de litros. A projeção segue a tendência de crescimento do setor, impulsionada pela entrada de novas plantas industriais e pelo aumento da capacidade das unidades já existentes.

  • Em Mato Grosso, armazenagem não acompanha evolução da safra e pode gerar risco para safras futuras

    Em Mato Grosso, armazenagem não acompanha evolução da safra e pode gerar risco para safras futuras

    De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o estado de Mato Grosso tem produção estimada em 97,38 milhões de toneladas de soja e milho na safra 24/25, volume que o mantém como o maior produtor agrícola do país, responsável por 30,75% da produção nacional. No entanto, essa força produtiva esbarra em um gargalo estrutural que compromete o desenvolvimento do setor nos próximos anos, a armazenagem. Com capacidade estática, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de armazenar 52,29 milhões de toneladas, o Imea aponta um déficit de 45,10 milhões de toneladas.

    Nos últimos 10 anos, dados da Conab indicam que a produção estadual aumentou em 51,6 milhões de toneladas, enquanto a capacidade de armazenagem saiu de 37,82 milhões de toneladas em 2015 (safra 13/14), para 52,29 milhões em 2025 (safra 23/24), um crescimento que não acompanha a evolução do volume de grãos produzidos. Considerando a expectativa de aumento de produção, o IMEA aponta que será necessário ampliar em 177,13% a capacidade de armazenagem até 2034, caso contrário, o déficit de armazenagem poderá ser 71,87% maior que o projetado para 2025, chegando a 77,51 milhões de toneladas.

    Para o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Luiz Pedro Bier, este problema afeta não apenas a logística, mas também a segurança econômica e estratégica do Estado. Ele lembra que a concentração do escoamento nos primeiros meses do ano gera sobrecarga nas rodovias e nos portos, com aumento do custo do frete e perda de competitividade.

    “A grande maioria dos armazéns estão nas mãos de tradings e a gente precisa que esse armazém esteja na mão do produtor. Nós precisamos de linhas de financiamentos menos burocratizadas e com juros mais acessíveis. A questão da armazenagem de grãos é uma questão econômica muito importante, mas também é uma questão de soberania nacional ter o controle do próprio grão”, afirma.

    Desde 2021, a campanha Armazém para Todos tem orientado produtores de todo o estado, como Rosana Balbieri Leal, de Primavera do Leste, que estava enfrentando dificuldades para ampliar o armazém que tinha em sua fazenda. Ela conta que através do simulador disponibilizado pela entidade, conseguiu calcular a viabilidade, considerando o volume de produção, a distância da propriedade, média de frete e até descontos por umidade.

    “Começamos a mexer na plataforma e vimos que o armazém se pagava em dois ou três anos, devido à quantidade de frete e ao que perdia de desconto com umidade. Aumentamos o armazém para mais 160 mil sacas, totalizando 185 mil sacas. Depois de dois anos ele ficou pequeno, daí fizemos mais um silo de 100 mil sacas. Então, hoje, tem capacidade para quase 285 mil sacas de grãos, que é o suficiente para você fazer um giro legal e sair do momento crítico de preço de frete ou de questões de umidade. Você consegue colher, jogar no seu pulmão e voltar. E essa conta, hoje, em 2025, se fecha, pois ele está praticamente pago”, relata Rosana.

    A agricultora ressalta que ter uma estrutura de armazenagem é um grande diferencial. “Quando você tem um armazém, você é dono do seu produto e consegue fazer um planejamento melhor dessa comercialização. A que hora vou vender e a hora que eu não vou vender, essas decisões começam a ser suas, você sai do mercado de soja disponível e entra no mercado de soja que está tendo balcão”, acrescenta.

    O delegado do núcleo de Campos de Júlio, Ivo Frohlich Junior, também construiu estrutura própria e já conseguiu armazenar os grãos da safra 24/25 para garantir melhores contratos de comercialização. “A gente depositava a nossa soja na trading e no ano passado, a soja chegou em R$ 160 reais a saca na nossa região, sendo que nas tradings estavam pagando em torno de R$ 100 até R$ 110 reais, ou seja, tinha papel e não tinha grão, já hoje o que nós temos é a valorização do grão”, conta.

    Segundo o produtor, o armazém foi feito para atender a primeira safra e, portanto, continuará utilizando silo bolsa para armazenagem da segunda safra. “A soja a gente sabe que o custo desse armazenamento é um pouco elevado. Então, com isso, a gente fez a estrutura somente para a soja”, enfatiza.

    Diante da dificuldade de financiar armazéns próprios, muitos produtores avaliam a construção de armazém através de cooperativa ou em condomínio com outros produtores. “Temos muitos pequenos produtores que são os principais prejudicados e eu acredito que nós temos que unir esses pequenos produtores para eles montarem uma unidade. Nós já temos em nossa região um caso parecido, de cinco a seis produtores que se uniram e compraram uma unidade de beneficiamento, no caso, de armazenagem. Eles se uniram, produtores com 200, 300 hectares, e essa unidade já está rodando pelo segundo ano consecutivo”, afirma Junior.

    Por meio da Comissão de Política Agrícola, a Aprosoja Mato Grosso continuará em busca de políticas públicas e de campanhas orientativas que incentivem a construção de silos em propriedades de pequeno e médio porte, para ampliar a capacidade de armazenamento no estado. Armazéns próprios ou em condomínio, representam uma estratégia importante para os agricultores, pois permite a comercialização da produção em momentos oportunos. Além disso, oferecem maior segurança diante de adversidades climáticas durante a colheita, fortalecem a segurança alimentar e contribuem para a soberania nacional.

  • Pesquisadores identificam linhagens globais do fungo da antracnose do milho e alertam para risco de novos surtos

    Pesquisadores identificam linhagens globais do fungo da antracnose do milho e alertam para risco de novos surtos

    Um estudo internacional liderado por uma rede de cientistas de 17 países revelou novas informações sobre a evolução e a disseminação do Colletotrichum graminicola, fungo causador da antracnose do milho. A pesquisa, que analisou 212 isolados do patógeno coletados em cinco continentes, identificou três linhagens geneticamente distintas: norte-americana, brasileira e europeia — todas com possível origem na Mesoamérica, seguindo a rota de domesticação do milho.

    Segundo Flávia Rogério, pesquisadora da Universidade de Salamanca (Espanha) e da Universidade da Flórida (EUA), a linhagem da América do Norte é apontada como a mais ancestral e pode ter sido o elo de disseminação para as demais regiões. “Apesar de mais antiga, a linhagem europeia mostrou-se a mais virulenta, o que acende um alerta para o risco de novos surtos, principalmente em áreas com histórico da doença”, afirma.

    O estudo também detectou migração genética entre a Argentina e a Europa, sugerindo que o uso de sementes contaminadas em viveiros de inverno na América do Sul pode ter contribuído para o intercâmbio de isolados. A troca internacional de materiais vegetativos, muitas vezes sem controle sanitário adequado, é apontada como fator determinante na disseminação do patógeno, ao lado da mobilidade natural do fungo, que se espalha por vento, chuva e solo.

    De acordo com Wagner Bettiol, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, os dados indicam que 80% dos isolados analisados possuem sinais de mistura genética, o que eleva a complexidade para o desenvolvimento de cultivares resistentes. “Essa diversidade amplia os desafios para o controle da doença, tornando essencial o monitoramento genético constante”, destaca.

    Além disso, a análise estatística e computacional utilizada na investigação revelou que até 35,8% da variação genética do fungo está relacionada à distância geográfica, reforçando o impacto da movimentação humana nas últimas décadas. Os cientistas também observaram diferenças no padrão de introgressão genética — o processo pelo qual genes de uma linhagem são incorporados em outra — entre as populações do Brasil, América do Norte e Europa.

    Ensaios de patogenicidade realizados na Espanha demonstraram variações expressivas de virulência entre isolados, com potencial para danos semelhantes aos registrados nos Estados Unidos na década de 1970, quando lavouras inteiras foram destruídas, gerando perdas de até 100% em estados do centro-norte e leste do país.

    A pesquisa reforça a importância do manejo integrado como estratégia essencial para conter a antracnose do milho. Especialistas da Embrapa Milho e Sorgo recomendam práticas como o uso de cultivares resistentes, adubação balanceada, rotação de culturas e a evitação de plantios sucessivos, além da rigorosa seleção de sementes livres de contaminação.

    A identificação das linhagens e da população ancestral do Colletotrichum graminicola representa um avanço importante para o entendimento da dinâmica evolutiva da doença e abre caminho para o desenvolvimento de variedades de milho mais resistentes, protegendo a produtividade agrícola e contribuindo para a segurança alimentar global.

  • Preços do milho continuam em queda com demanda fraca e boa expectativa para a segunda safra

    Preços do milho continuam em queda com demanda fraca e boa expectativa para a segunda safra

    Pressionadas pela demanda enfraquecida e pelo aumento na oferta, as cotações do milho mantiveram trajetória de queda na última semana, conforme apontam levantamentos do Cepea.

    De acordo com o Centro de Pesquisas, consumidores seguem afastados do mercado spot nacional, aguardando oportunidades mais vantajosas para adquirir novos lotes.

    Do lado dos vendedores, a flexibilidade nas negociações aumentou, impulsionada pelas boas perspectivas em relação à segunda safra. A maioria das lavouras apresenta bom desenvolvimento, beneficiada pelo retorno das chuvas em volumes suficientes para manter a umidade dos solos.

    Pesquisadores do Cepea destacam ainda que, apesar de o preço do milho estar mais atrativo que o da soja, o ritmo de negócios segue lento.

  • Custo de produção do milho alta tecnologia sobe 1,05% em março

    Custo de produção do milho alta tecnologia sobe 1,05% em março

    O custeio do milho alta tecnologia para a safra 2025/26 em Mato Grosso ficou estimado em R$ 3.163,85 por hectare, apresentando um aumento de 1,05% em março, em comparação com o mês anterior. A alta foi puxada principalmente pelos preços mais elevados de defensivos agrícolas, fertilizantes e sementes, insumos essenciais para a condução da lavoura.

    Com isso, o Custo Operacional Efetivo (COE) do ciclo 25/26 também sofreu reajuste, subindo 0,76% em relação à última estimativa, totalizando R$ 4.640,95 por hectare. Esse valor representa o montante necessário para cobrir os gastos diretos de produção, desde o plantio até a colheita.

    Para que o produtor consiga cobrir os custos do COE, será necessário atingir uma produtividade média de 107,62 sacas por hectare, tomando como base o preço ponderado de R$ 43,12 por saca, apurado em março. O cenário reforça a importância do uso de tecnologias que garantam eficiência produtiva, especialmente diante da crescente pressão dos custos sobre a rentabilidade.

  • Com pressão compradora, preço do milho volta a cair no BR

    Com pressão compradora, preço do milho volta a cair no BR

    Os preços internos do milho voltaram a cair na semana passada na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão veio da postura retraída de parte de compradores, que, agora, prefere consumir os estoques e se afastar das aquisições no spot, à espera de desvalorizações.

    Os demandantes ativos no spot ofertaram preços menores nas compras de novos lotes. Do lado dos vendedores, pesquisadores do Cepea indicam que muitos estão focados nos trabalhos de campo e mostram certa flexibilidade nos valores e prazos para negociações.

    No campo, agricultores seguem atentos ao clima e à previsão de retorno das chuvas, o que, por sua vez, pode aliviar as preocupações com os possíveis impactos do tempo seco em março em parte das regiões de segunda safra, como localidades do Paraná e de Mato Grosso do Sul.

    A semeadura da segunda brasileira foi finalizada, segundo aponta o relatório da Conab divulgado no dia 14. Já a colheita da safra de verão avança e soma 65,5% da área nacional, acima dos 60,3% na média dos últimos cinco anos.

  • Preços do milho reagem com demanda aquecida e movimentação de estoques

    Preços do milho reagem com demanda aquecida e movimentação de estoques

    Após semanas de retração desde o final de março, os preços do milho voltaram a subir em algumas regiões do país, conforme apontam os mais recentes levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A recuperação foi impulsionada principalmente pelo retorno de compradores ao mercado, especialmente em praças do estado de São Paulo, que buscaram recompor estoques e se preparar para o período de feriados, que pode dificultar as entregas.

    Com a demanda mais aquecida, vendedores passaram a limitar a oferta, atentos ao novo cenário, e reajustaram os valores pedidos, contribuindo para a interrupção do movimento de baixa que predominava no mercado.

    No cenário da produção, o relatório mais recente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) projeta uma safra de 124,74 milhões de toneladas de milho para 2024/25, o que representa um aumento de 8% em relação à temporada anterior. Esse crescimento reforça as expectativas positivas para o setor, embora o comportamento do mercado siga influenciado por fatores logísticos e pelo ritmo das compras no curto prazo.