Tag: Meteorologia

  • Seca deste ano foi mais branda no Norte e Centro-Oeste, revela monitor

    Seca deste ano foi mais branda no Norte e Centro-Oeste, revela monitor

    O período recente de seca, entre fevereiro e março, foi mais brando em estados das regiões Norte e Centro-Oeste, segundo registro do monitor das secas da Agência Nacional de Águas e Saneamentos Básico (ANA). Ao mesmo tempo, a seca foi mais intensa no Nordeste, Sudeste e Sul do país.

    Para o monitor, com a continuidade das chuvas acima da média, a seca melhorou na Região Norte. O destaque ficou por conta da estiagem no centro do Amazonas e da seca fraca no Acre e Rondônia, que ficaram parcialmente livres do fenômeno.

    Além disso, em fevereiro e março, o Amapá e o Pará ficaram livres da seca.

    Em relação ao Centro-Oeste, o monitor aponta que, em razão das “anomalias negativas de precipitação”, a seca moderada avançou em Goiás e no leste de Mato Grosso. E por conta da melhora nos indicadores, a seca fraca recuou no oeste mato-grossense e noroeste goiano.

    Na Região Nordeste, com a piora nos indicadores, houve expansão da área com seca moderada na Bahia e em Pernambuco, além do agravamento do período de estiagem, que passou de moderada a grave no sudeste do Piauí, sul de Pernambuco, oeste de Alagoas e de Sergipe e no sudoeste e nordeste baiano.

    Recuo da estiagem

    Em contrapartida, o monitor das secas destaca que as chuvas acima da média levaram a um recuo da estiagem fraca no centro do Ceará e norte do Maranhão.

    Na Região Sudeste, com chuvas abaixo da média e piora nos indicadores, houve avanço da seca moderada em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

    Na Região Sul, em decorrência da persistência de chuvas abaixo da média, anotou-se avanço da seca moderada no Rio Grande do Sul e da seca fraca no leste e norte de Santa Catarina e no leste e centro-sul do Paraná.

    O monitor apontou, ainda, um agravamento da seca, que passou de fraca para grave no nordeste gaúcho e Região Serrana de Santa Catarina, e de fraca para moderada no oeste catarinense e sudoeste paranaense.

    “Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sudeste teve a condição mais branda do fenômeno em março, enquanto o Sul teve a situação mais severa, com 22% da sua área com estiagem grave. Entre fevereiro e março, no Centro-Oeste e no Norte o fenômeno se abrandou, enquanto no Nordeste, Sudeste e Sul a seca se intensificou nesse período”, informou a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico.

    Estados

    No período entre fevereiro e março, os estados da Bahia, Paraná e Santa Catarina registraram aumento da área sem chuvas. No Acre, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins houve diminuição da área sob estiagem.

    A situação permaneceu estável em 11 estados e no Distrito Federal: Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Entre fevereiro e março, o Amapá seguiu sem seca e o Pará ficou livre do fenômeno em março.

  • Entenda a relação dos impactos climáticos com a vida cotidiana

    Entenda a relação dos impactos climáticos com a vida cotidiana

    Em um único dia, Luiz Antônio Ceccon viu toda sua história de vida e o seu trabalho, na Ilha da Pintada, em Porto Alegre (RS), serem levados pelas águas do Rio Jacuí.

    “Eu tinha criação de animais, eu era pescador, perdi barco, perdi rede. Eu tinha criação de bicho, ovelha, cabrito, porco, perdi tudo. Porque minha casa era meio longe aqui da ilha, para chegar lá só de barco. Eu perdi os pés da minha casa na Mexiana, dentro da Ilha da Pintada, e tudo que tinha dentro. Aqui na Picada, eu perdi também tudo que tinha dentro, que é uma casa de aluguel onde minha mulher ia abrir uma floricultura. Perdemos tudo.”

    Luiz e a esposa são sobreviventes das chuvas e enchentes que, em maio de 2024, devastaram 468 municípios do Rio Grande do Sul e atingiram mais de 2,34 milhões de pessoas, deixando 183 mortos, 806 feridos e 27 desaparecidos.

    Já no Norte do país, poucos meses antes, em fevereiro do mesmo ano, a Comunidade de Tumbira, no município de Iranduba (AM), começava a se recuperar de um longo período de estiagem, mais forte e longo que nos anos anteriores.

    Sem chuvas, o Rio Negro atingiu um dos níveis mais críticos das últimas décadas, em setembro de 2023. Nos meses seguintes, as 140 famílias de Tumbira – que têm no turismo a principal forma de subsistência – foram afetadas drasticamente.

    “Fumaça, calor acima da média, o rio seco, as ilhas de capim e o Cauxim – que é um fenômeno que deixa um [material] orgânico no rio quando ele seca além do normal, pega o sol, e vira tipo assim um pozinho que dá alergia nas pessoas”, conta o líder comunitário Roberto Macedo sobre o que chama de sequelas da seca.

    Relatório

    O pesquisador Ronaldo Christofoletti, do Instituto do Mar, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que o dia a dia dessas pessoas foi afetado pelo que denominou “desastres climáticos”, no primeiro relatório da série Brasil em Transformação, que analisa como os desastres naturais no país são intensificados pelas mudanças climáticas ocorridas em todo o planeta.

    “Tem um dado ali que chama muita atenção, quando a gente olha que 92% dos municípios brasileiros já registraram desastres, já foram afetados de alguma forma e que está aumentando de frequência”

    O estudo cruzou dados do Climate Change Institute, da Universidade do Maine, que evidenciam o aumento gradual da temperatura planetária tanto no ar, quanto no oceano; com os números do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, dos últimos 32 anos (1991 a 2023).

    A partir desses dados, os pesquisadores concluíram que para cada aumento em 0,1 grau Celsius (°C) na temperatura média global do ar, houve um aumento de 360 registros de desastres.

    Quando o mesmo aumento ocorreu nos oceanos, houve um crescimento foi de 584 registros. Isso representou um crescimento médio de 100 ocorrências ao ano no Brasil, no período compreendido entre 1991 a 2023.

    Ao longo desse período, o estudo identificou 64.280 desastres climáticos e os classificou de acordo com cinco tipos de registro:

    1. climatológicos, para os relacionados a seca (estiagens, incêndios florestais e baixa umidade do ar);
    2. hidrológicos, pra os relacionados a cheias (enxurradas, inundações e alagamentos);
    3. meteorológicos, relacionados a mudanças de temperatura (ondas de frio, calor, ciclones, ventos costeiros);
    4. geológicos, para os relacionados a deslocamento de massa (deslizamentos, terremotos e erosão); e
    5. biológicos, para os relacionados ao desequilíbrio de espécies (epidemias e infestações).

    “Quando você passa a ter alterações ambientais mais amplas, como desmatamento, poluição e enriquecimento de águas por nutrientes, você passa a beneficiar a proliferação de vários agentes infecciosos. De vírus, de bactérias e assim segue. Então, a partir daí, esse é um desastre biológico, porque ele não aconteceria naturalmente”, explica o pesquisador.

    Do total de desastres climáticos, 49,8% foram climatológicos. Outros 26,58% foram hidrológicos; 19,87% foram classificados como desastres meteorológicos; 3,32% desastres geológicos e, por fim, os desastres biológicos somaram 0,35% dos registros entre 1991 e 2023.

    Prejuízos

    Os pesquisadores também concluíram que a cada aumento 0,1°C na temperatura média global do ar, houve um prejuízo econômico estimado de R$5,6 bilhões no país.

    “Todos esses dados de prejuízo econômico, a gente pode afirmar, com certeza, que são subestimados. A gente sabe que é mais do que isso, porque o dado que a gente usou para avaliar o impacto econômico é apenas aquele que as prefeituras lançam na plataforma de desastre da Defesa Civil”, explica o Christofoletti.

    Para o pesquisador, os impactos econômicos chegam à população duas vezes: uma de forma mais direta, quando os efeitos dos desastres climáticos afetam os bens, a moradia e a forma produtiva das pessoas; e uma segunda vez, quando o poder público precisa redirecionar recursos para as necessidades emergenciais criadas.

    “Esse é um dinheiro de gasto público para reconstruir para reformar, recuperar as cidades, que é dinheiro que poderia estar indo para educação, saúde, em benefícios da sociedade, mas está sendo usado para reconstruir cidade.”

    Há ainda os impactos sociais que alcançam cada vez mais pessoas, revelou o estudo. Nos últimos quatro anos da pesquisa, período entre 2020 e 2023, quase 78 milhões de pessoas foram afetadas por desastres climáticos, o equivalente a 70% do número de afetados nos dez anos anteriores, entre 2010 e 2019.

    De acordo com o pesquisador, esses números se traduzem em impactos sociais que vão além do número de vítimas contabilizadas entre mortos, feridos e afetados. Christofoletti cita ainda as perdas emocionais não contabilizadas dessas vítimas.

    “Aquela casa, principalmente para populações mais vulneráveis, ela vinha da mãe, do avô, do bisavô. Aquilo tinha história das pessoas lá dentro. São perdas que não são mensuráveis e tem um impacto de saúde mental muito grande.”

    Segundo o pesquisador, outro estudo desenvolvido pela equipe do instituto da Unifesp apontou que 62% das pessoas entrevistadas sentem medo em dias com previsão de chuva intensa na sua região.

    “Quando você tem 62% da população falando ‘Eu sinto medo quando vai chover!’, a gente já está falando de um impacto de saúde mental. As pessoas passam a ter medo e isso é um impacto muito forte, seja pela perda daqueles bens, que não é pelo dinheiro em si mas pelas memórias e pelo valor afetivo que eles têm, seja como isso está afetando a saúde mental propriamente”.

    De acordo com a equipe, esses temas serão detalhados nas próximas publicações da série que, inicialmente, detalhará cada tipo de desastre e analisará seus impactos de forma mais específica.

    “Nesse primeiro relatório a gente teve que analisar esses desastres todos juntos. Então assim, o pacote total de desastres, porque eles têm essa classificação ampla. Agora o passo que a gente vai dar, que a gente já está finalizando a primeira parte, é explorar desastre por desastre.”

  • Inmet prevê onda de calor e temperaturas acima da média no país

    Inmet prevê onda de calor e temperaturas acima da média no país

    O mês de fevereiro começou com uma onda de calor que atinge áreas dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O alerta é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e se estende até a próxima quarta-feira (5). O Inmet emitiu os avisos amarelo e laranja, de perigo potencial e perigo, indicando temperaturas que podem chegar a 5°C acima da média climatológica.

    O aviso laranja deixa em atenção boa parte do Rio Grande do Sul, com destaque para o sudoeste e o noroeste do estado, além da região metropolitana de Porto Alegre. Já o aviso amarelo alcança o oeste de Santa Catarina, a região metropolitana de Porto Alegre e o noroeste gaúcho.

    A previsão indica temperaturas máximas entre os 35°C e 40°C, em uma ampla área do Rio Grande do Sul. A temperatura pode se aproximar dos 40°C na Grande Porto Alegre nos próximos dias.

    No restante do país, a previsão do Inmet para fevereiro indica chuvas entre a média climatológica e acima da média em grande parte das regiões Norte e Nordeste, exceto em áreas do leste do Acre, sul do Pará e do Amazonas, parte de Rondônia e do Tocantins, bem como da Bahia, onde os volumes de chuva podem ficar abaixo da média.

    Volumes inferiores a 80 mm são previstos para o leste da Bahia, Alagoas e Sergipe. Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, podem ocorrer chuvas abaixo da média. Contudo, em áreas do noroeste de Mato Grosso, norte de Mato Grosso do Sul, faixa leste de São Paulo, de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, a tendência é de predomínio de chuvas próximas e até acima da média climatológica, com volumes que podem ultrapassar os 160 mm, informa o Inmet.

    A previsão indica temperaturas acima da média em grande parte do país, com valores superiores a 26°C, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

  • Chuvas intensas colocam maior parte do país em alerta

    Chuvas intensas colocam maior parte do país em alerta

    Grande parte do país está em alerta de potencial perigo para chuvas intensas neste domingo (19), segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Uma faixa que se estende do norte do Amapá ao sudoeste do Rio Grande do Sul, passando por 21 estados e pelo Distrito Federal, tem previsão de altos volumes de chuvas e ventos intensos.

    A formação de sistema de baixa pressão na Região Sul do país tem intensificado as chuvas nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde o alerta é de perigo. No noroeste, sudoeste e em parte do centro do Rio Grande do Sul, há risco de vendaval, com ventos variando entre 60 e 100 quilômetros por hora (km/h) até as 18 horas deste domingo.

    A formação de uma ampla área de baixa pressão deve originar um ciclone que se intensificará, cruzará o estado e se deslocará para o oceano entre a noite de domingo e a segunda-feira (20).

    Estão previstas pancadas de chuva forte com trovoadas e volumes superiores a 50 milímetros em 24 horas. Também podem ocorrer queda de granizo e rajadas de vento acima de 80 km/h entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

    Essa instabilidade se deslocará para o norte de Santa Catarina e o Paraná, na tarde da segunda-feira, atingindo também parte do litoral gaúcho, até perder força durante a noite. Em Porto Alegre a temperatura máxima será de 33 graus Celsius (ºC), e a mínima, de 23ºC.

    Em Brasília, a previsão também é de céu com muitas nuvens e pancadas de chuva isoladas. A máxima será de 28ºC, e a mínima, de 18º. Em Salvador, a previsão é de muitas nuvens com chuva isolada e temperatura que varia de 23ºC a 29º.

  • Previsão climática alerta produtores de Mato Grosso sobre desafios na safra de 2025

    Previsão climática alerta produtores de Mato Grosso sobre desafios na safra de 2025

    O meteorologista Luiz Carlos Molion, em uma live promovida pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), trouxe importantes reflexões sobre o clima e os desafios agrícolas previstos para os primeiros meses de 2025. O especialista destacou as diferenças nas condições climáticas entre as regiões sul e norte do estado, além de orientar os produtores a adotar uma postura cautelosa diante das incertezas.

    A safra atual enfrentou um pequeno atraso no início do plantio devido à demora das chuvas em se estabilizarem. Os produtores plantaram numa janela bem concentrada dentro do mês de outubro, com poucas áreas entrando em novembro. Como consequência, isso levará a uma concentração de colheita no mês de fevereiro, período em que há previsão de chuvas acima da média.

    Essa concentração na colheita deve impactar diretamente o plantio da segunda safra, especialmente do milho, na região sul do estado. Segundo o meteorologista, muitos produtores terão que realizar o plantio fora da janela ideal, estendendo as operações até o final de fevereiro ou início de março. Isso aumenta os riscos climáticos, uma vez que a região sul deve enfrentar uma redução no volume de chuvas a partir de abril, enquanto o norte do estado apresentará condições mais favoráveis, com chuvas regulares até maio.

    Molion alertou para o impacto desse cenário no planejamento agrícola, recomendando que produtores da região sul avaliem a possibilidade de optar por culturas que demandem menos volume hídrico ou que adotem técnicas de conservação de água no solo.

    O meteorologista enfatizou a importância de práticas como o enriquecimento do solo com matéria orgânica e o uso de cultivos que aprofundem as raízes. Ele citou como exemplo um produtor goiano, premiado por apresentar um sistema radicular de soja que alcançou 1,20 metro de profundidade. “Esse tipo de manejo é essencial para enfrentar as variações climáticas, garantindo maior resiliência às plantações”, concluiu.

    A análise reforça que, diante das adversidades climáticas, a cautela e o planejamento são indispensáveis para a safra de 2025, especialmente em um cenário de mudanças imprevisíveis no regime de chuvas.

  • Inmet alerta para chuvas em grande parte do país

    Inmet alerta para chuvas em grande parte do país

    O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de chuvas intensas para uma faixa que vai do Amazonas ao Maranhão, cobrindo também regiões do Pará e do Tocantins. Estão previstas chuvas de até 100 milímetros (mm) ao dia e ventanias que podem chegar a 100 quilômetros por hora (km/h). Há risco de falta de energia elétrica, quedas de árvores, alagamentos e descargas elétricas. O aviso vale até as 10h desta segunda-feira (6), para quase 200 cidades desses estados, e está classificado com nível laranja, que indica perigo.

    Além disso, chuvas mais brandas devem atingir boa parte do país. Cerca de 1,5 mil municípios de 13 estados e o Distrito Federal devem registrar chuvas de até 55 mm/hora, com ventos intensos, mas baixo risco de ocorrências. O alerta de nível amarelo, que representa perigo potencial, cobre todo o estado do Espírito Santo e do Tocantins e quase a totalidade dos municípios do Amazonas, Pará, de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Também deve chover no norte de Rondônia e no sul de Roraima, no sudoeste do Maranhão e do Piauí, na região oeste e no extremo-sul da Bahia e no Norte do Rio de Janeiro.

    O Inmet recomenda que a população evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada durante as tempestades. Em caso de rajadas de vento, também não se deve buscar abrigo debaixo de árvores, nem estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Também é importante seguir as orientações da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros de cada local.

    Tempo em janeiro

    O Inmet prevê que o mês de janeiro no Brasil será de chuvas dentro da média climatológica e, em algumas ocasiões, acima da média, em grande parte das regiões Norte, Sul e Nordeste.

    No Sudeste, os acumulados devem ficar dentro da normalidade, ou acima, em São Paulo e Rio de Janeiro, mas em Minas Gerais e no Espírito Santo a precipitação deve ser menor do que a usual para este mês.

    Situação semelhante deve ocorrer no Centro-Oeste, com chuvas dentro dos parâmetros normais, ou acima, em grande parte de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e registros abaixo do padrão em Goiás e nas regiões noroeste e sudeste de Mato Grosso do Sul.

    Já as previsões dos termômetros indicam calor acima do padrão para o mês, com alguns dias ainda mais quentes, principalmente no Norte do país, com temperatura média do ar ultrapassando os 28 graus Celsius.

  • Pancadas de chuva atingem litoral sul e região metropolitana de SP

    Pancadas de chuva atingem litoral sul e região metropolitana de SP

    O começo da tarde foi de temporais em áreas da região metropolitana de São Paulo e do litoral paulista, em contraste com o tempo estável durante o início da noite. No litoral sul, os postos de medição da SP Águas registraram acumulados na casa dos 60 milímetros (mm) de chuva em Peruíbe. Em Caraguatatuba, no litoral norte, houve registro de 68 mm e, em Ubatuba, de 66mm.

    A Defesa Civil estadual relatou que duas pontes ficaram submersas em Ubatuba, sem registro de vítimas ou danos estruturais. Houve alagamentos pontuais em Mongaguá, no centro de Ubatuba e em Praia Grande, onde três famílias foram retiradas de suas casas, que estão interditadas pela Defesa Civil local. Os 12 moradores retirados foram encaminhados para a casa de parentes e são parte dos 545 desalojados registrados no estado este ano.

    Na região metropolitana, a cidade de Cajamar foi atingida novamente por temporal, com registro de queda de granizo, que também caiu com intensidade no centro da vizinha Barueri, onde a cobertura de um supermercado cedeu, ferindo levemente quatro pessoas. Também houve registro de alagamentos em Iporanga, na região do Alto Ribeira, sul do estado.

    Mais cedo, todo o litoral paulista e parte da região metropolitana tiveram alertas para inundações e deslizamentos pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas para Desastres Naturais (Cemaden). Os mais graves eram relativos à região de Ubatuba, onde o acumulado de chuvas aumenta o risco de deslizamentos. O alerta também englobam as regiões de Juiz de Fora (MG) e Nova Friburgo (na serra fluminense) e se estendem até amanhã. O estado do Espírito Santo também tem alerta ativo até amanhã para deslizamentos. Há risco moderado, ainda, para as regiões sul e central fluminenses, sul/sudoeste e Zona da Mata mineiros, Vale do Rio Doce e regiões metropolitanas de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro.

    Para a virada do ano há previsão de pancadas de chuva, principalmente na região de Ribeirão Preto, no noroeste paulista, sem acumulados expressivos. Segundo a Defesa Civil estadual, “não há previsão de chuva para a capital paulista no período da noite desta terça-feira, 31, com isso, quem for aproveitar o Réveillon na Paulista terá tempo firme. Na capital, há condição para pancadas de chuva no período da tarde”.

  • Último final de semana do ano deve ser chuvoso em todo o país

    Último final de semana do ano deve ser chuvoso em todo o país

    O último final de semana do ano deve ser de chuva em todo o país. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a partir de sexta-feira (27) está prevista muita chuva na parte central do país, com destaque para a região Sudeste. Entre a noite de hoje (26) e amanhã (27), um novo episódio da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) se configura no país.

    “A ZCAS é responsável por promover dias seguidos de tempo nublado, volumes consideráveis de chuva, por vezes persistentes, que podem causar impactos à população”, explicou a meteorologista do Inmet Maitê Coutinho.

    “As áreas de ocorrência de chuvas mais significativas serão aquelas em que a ZCAS atuar, ou seja, desde o sudoeste da Amazônia, cruzando as regiões Centro-Oeste e Sudeste do país, até o Oceano Atlântico. Atenção especial para o Sudeste, onde poderão ocorrer impactos à população nos próximos dias, já que a ZCAS pode atuar até a próxima segunda-feira”, completou.

    Segundo ela, na Região Norte, a previsão é de muitas nuvens com pancadas de chuva e possíveis trovoadas isoladas. Na Região Nordeste, deve haver muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas no litoral norte e no litoral leste do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, especialmente no período da manhã. No interior da região, o tempo deverá permanecer quente, com baixa probabilidade de chuva.

    Já na Região Sul, entre os dias 26 e 27, áreas de instabilidade se formarão, com possibilidade de chuva isolada no Paraná e no extremo sul do Rio Grande do Sul. No sábado (28), a tendência é de tempo firme no interior da região, com possibilidade de chuva isolada no litoral. No dia 29, as chances de chuva diminuem, mas ainda persistem entre o litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

    Capital paulista

    De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da capital paulista a tendência para os próximos dias na cidade de São Paulo será de dia será chuvoso desde a madrugada desta sexta-feira (27) ocorrendo pequenos períodos de melhoria.

    “O solo encharcado e a expectativa de períodos de chuva com até forte intensidade mantém o solo encharcado e as condições favoráveis para formação de alagamentos e deslizamentos de terra nas áreas de risco. Os termômetros oscilam entre a mínima de 20°C e a máxima de 24°C”, diz o CGE.

    No sábado (28), o sistema frontal se afasta para os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, no entanto, o solo encharcado ainda exige atenção, pois há potencial para escorregamentos. Ocorrem aberturas de sol pela manhã e a temperatura volta a subir. À tarde, por conta do tempo abafado, há expectativa de chuva isolada e rápida com até moderada intensidade. Mínima de 20°C e máxima de 26°C.

    A Defesa Civil do estado de São Paulo está alertando a população para as fortes chuvas e montou novamente o gabinete de crise para garantir ações rápidas para a população em caso de emergência causada pelas chuvas previstas para esta quinta-feira (26) e sexta-feira (27).

    “Com a chegada de uma frente fria, os níveis de acumulados de chuva podem variar nas próximas horas, especialmente nas regiões do Litoral Norte, Vale do Paraíba, Litoral Sul, capital paulista, Região Metropolitana de São Paulo, Região de Campinas, Sorocaba e Bauru”, afirma a Defesa Civil.

  • Véspera do Natal no Rio terá temperatura alta e possibilidade de chuva

    Véspera do Natal no Rio terá temperatura alta e possibilidade de chuva

    A previsão do tempo para a véspera do Natal (24) na cidade do Rio de Janeiro indica tempo nublado, com temperaturas máximas próximas de 27°C. Segundo o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Thiago Souza, existe uma pequena possibilidade de pancadas de chuva bem isoladas. No entanto, essas condições estarão mais concentradas no restante do estado, especialmente entre a tarde e à noite.

    Já no Dia de Natal (25), o sol volta a aparecer na capital, alternando com algumas nuvens no céu. “A temperatura aumenta, podendo alcançar os 32°C, e não há previsão de chuva. No restante do estado, as temperaturas também sobem, mas permanecem as chances de pancadas de chuva isoladas entre a tarde e à noite”, informou o meteorologista à Agência Brasil.

    No dia do Natal, ainda conforme Thiago Souza, as condições para chuva intensa no estado são maiores entre a tarde e à noite, com destaque para as regiões Serrana, metropolitana, exceto a capital, e norte fluminense.

    Estágio 1

    O município do Rio de Janeiro voltou ao Estágio 1, às 9h deste domingo. O alerta do Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro foi baseado na ausência de previsão de chuva moderada para as próximas horas.

    “O radar meteorológico do Sumaré não detecta núcleos de chuva sobre o município do Rio e regiões adjacentes”, indicou o Sistema Alerta Rio.

    O Estágio 1 é o primeiro em uma escala de cinco e representa a falta de ocorrências de grande impacto. “Nesse estágio, podem ocorrer pequenos incidentes, mas que não interferem de forma significativa na rotina do cidadão”, explicou o Alerta Rio.

    Para as próximas horas, o céu deve permanecer nublado a parcialmente nublado e o tempo ficará instável na cidade do Rio. “A previsão é de céu parcialmente nublado a nublado, com ocorrência de chuviscos nesta manhã e pancadas de chuva nos períodos da tarde e noite, podendo vir com raios e rajadas de vento moderados a fortes”, informou o Alerta Rio, acrescentando que as temperaturas continuarão estáveis, com máxima prevista de 31°C.

    De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na madrugada e na manhã desta segunda-feira (23), a previsão é de céu nublado com chuvas e ventos fracos. O mesmo deve ocorrer à noite, diferente do panorama da tarde, quando não deve chover.

    Nos últimos dias, a capital fluminense tem enfrentado períodos de chuva. Na sexta-feira (20), um temporal de quase 2 horas provocou transtornos na capital. Diversas ruas das zonas sul, oeste e norte ficaram alagadas e o trânsito virou um caos. A ventania forte derrubou várias árvores na cidade. No bairro do Humaitá, na zona sul, uma árvore muito grande caiu e danificou um parquinho infantil. Na Rocinha, maior favela do Brasil, na zona sul, a enxurrada em uma das ruas chegou a levar motos que estavam estacionadas.

  • Verão começa hoje e previsão é de menos chuvas na maior parte do país

    Verão começa hoje e previsão é de menos chuvas na maior parte do país

    O verão começou neste sábado (21), às 6h20 (horário de Brasília), em todo o Hemisfério Sul do planeta com mudanças rápidas nas condições do tempo, caracterizadas por chuvas intensas e ventos fortes. A posição da Terra mais perto do Sol também torna os dias mais longos que a noite e traz temperaturas elevadas em todo o país.

    Segundo o Prognóstico Climático de Verão, divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta estação o fenômeno La Niña, que costuma causar fortes chuvas no Norte e Nordeste do Brasil e secas no Sul, terá duração mais curta. A probabilidade dessas condições prevalecerem é de 60% entre janeiro e março e cai progressivamente para 40% entre fevereiro a abril de 2025.

    “De maneira geral, as previsões climáticas indicam o predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte do país”, explica a meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho.

    A região Norte é exceção porque haverá predomínio de chuvas acima da média. No Nordeste, o total de chuvas entre janeiro e março deverá ser menor e nas regiões Centro-Oeste e Sudeste elas devem ficar entre o normal e abaixo da média.

    Chuvas mais volumosas

    “Mesmo com a previsão de que o total de chuvas em janeiro, fevereiro e março fique abaixo da média em quase toda a região, no noroeste da Região Nordeste podem ocorrer chuvas mais volumosas em alguns períodos durante o verão, podendo atingir a média em algumas localidades”, pondera Maytê.

    Na região Sul, onde os volumes já são menores nesta época do ano, as chuvas devem permanecer na faixa normal ou abaixo do normal. No Rio Grande do Sul, principalmente, a previsão é de chuvas no extremo sul do estado inferiores a 400 milímetros.

    Para a meteorologista, a regularidade das chuvas nas Regiões Norte e Nordeste pode ser ainda mais comprometida se permanecerem as atuais condições oceânicas.

    “As águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul formam condições para a manutenção da Zona de Convergência Intertropical atuando ao norte da sua posição média climatológica”, acentua.

    Segundo o relatório Inmet, tais condições podem impactar atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia por meio de hidrelétricas e a reposição hídrica para manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.