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  • Setor pecuário se atenta aos impactos das tarifas impostas pelos EUA

    Setor pecuário se atenta aos impactos das tarifas impostas pelos EUA

    O setor pecuário brasileiro também segue atento aos impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Segundo avaliam pesquisadores do Cepea, de um lado, as tarifas tendem a reforçar a demanda por produtos agropecuários brasileiros.

    Ainda que países importadores de carne bovina tenham reflexos negativos em suas economias, é possível que a demanda externa por carne bovina do Brasil se mantenha em bom patamar.

    Por outro lado, ainda conforme o Centro de Pesquisas, as tarifas diretas dos Estados Unidos ao Brasil e também a turbulência na economia de outros países devem impactar – direta ou indiretamente – vários setores nacionais. Isso tende a acarretar redução dos investimentos, desemprego e diminuição da renda dos brasileiros para o consumo de carne e outros bens.

    No ano passado, as exportações representaram 28,16% da produção da carne bovina nacional – calculado com base em dados do IBGE e da Secex.

    Portanto, pesquisadores do Cepea reforçam que o escoamento de quase três quartos depende da renda dos brasileiros.

  • Preço doméstico do arroz fica abaixo da paridade de exportação em mar/25

    Preço doméstico do arroz fica abaixo da paridade de exportação em mar/25

    Levantamento do Cepea mostra que, em março, a média do Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) foi de R$ 82,21/saca de 50 kg, queda de 14,09% em relação à do mês anterior.

    Assim, o Indicador ficou 14,54 Reais/saca abaixo do preço médio das exportações e 5,81 Reais/saca inferior ao valor médio das importações. De acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea, foram embarcadas 134,67 mil toneladas do cereal em março, volume 171% superior ao de fevereiro/25.

    Exportadores nacionais receberam em média US$ 336,96/tonelada, o equivalente a R$ 96,75/saca de 50 kg FOB (Free On Board) pelo produto no porto de embarque – chama a atenção a forte depreciação de 23,07% de fevereiro/25 para março/25 no valor pago pelo produto brasileiro. A média do dólar foi de R$ 5,74 em março.

    Em relação às importações, foram 105,54 mil toneladas de arroz (em base casca) adquiridas no último mês, 25,29% abaixo das de fevereiro/25. O valor médio FOB (Free On Board) origem do arroz importado foi de US$ 306,53/t, ou de R$ 88,02/sc de 50 kg, queda de 6,36% também no comparativo mensal, conforme números da Secex.

    Com os embarques superando as compras, houve superávit de 29,13 mil toneladas na balança comercial do arroz em março/25, o que não era verificado desde dezembro/24, ainda conforme análise do Cepea.

  • Preço do algodão em pluma sobe e amplia vantagem sobre exportações

    Preço do algodão em pluma sobe e amplia vantagem sobre exportações

    Os preços do algodão em pluma seguem em alta no mercado interno, ampliando a vantagem sobre os valores da paridade de exportação. Segundo pesquisas do Cepea, a valorização ocorre devido à firmeza dos vendedores na negociação dos volumes remanescentes da entressafra, enquanto compradores com demanda no mercado spot aceitam pagar mais, principalmente por lotes com qualidade desejada.

    O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em oito dias, iniciou a semana cotado a R$ 4,1957 por libra-peso, retornando aos patamares observados no início do ano. No acumulado de fevereiro, até o dia 24, a valorização já alcança 2%.

    A média parcial do mês, de R$ 4,1312/lp, supera em 5,6% a paridade de exportação, registrando a maior vantagem dos preços domésticos desde abril de 2023, quando a diferença foi de 12,1%.

  • Preços do algodão em pluma oscilam no mercado interno

    Preços do algodão em pluma oscilam no mercado interno

    Os preços do algodão em pluma no Brasil têm mostrado oscilações significativas recentemente. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a expectativa de uma entrada mais intensa da pluma da safra atual no mercado nacional e a flexibilidade de alguns vendedores, que estão buscando liquidar os lotes da safra de 2023, têm resultado em quedas nas cotações.

    Contudo, a disponibilidade ainda limitada de pluma no mercado spot tem mantido alguns vendedores firmes em suas ofertas, forçando compradores com maior necessidade a elevar os preços de aquisição. Essa dinâmica de mercado, onde a oferta e a demanda estão em constante tensão, resulta em flutuações nos preços.

    Além das condições internas, as divergências nas cotações externas também desempenham um papel importante na variação dos preços no Brasil. Movimentos nos mercados internacionais de algodão influenciam diretamente as estratégias de preço dos vendedores e compradores brasileiros.

    Apesar dessas oscilações, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registrou um avanço de 4,2% no acumulado da primeira quinzena de julho. Isso indica uma tendência de valorização no curto prazo, mesmo com as forças de mercado puxando os preços em direções opostas.

    Este cenário complexo ressalta a importância de monitorar continuamente as condições de mercado e as tendências internacionais para tomar decisões informadas no setor de algodão.

  • Preços da soja seguem firmes no mercado doméstico apesar da queda externa

    Preços da soja seguem firmes no mercado doméstico apesar da queda externa

    Apesar da queda externa, os preços da soja se mantiveram firmes no mercado doméstico na última semana. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse suporte veio da valorização de 1% do dólar frente ao Real e da elevação dos prêmios de exportação. No entanto, os negócios continuam lentos. Enquanto os vendedores permanecem retraídos, aguardando cotações mais altas, os compradores esperam que as desvalorizações externas sejam refletidas nos preços internos.

    Pesquisadores do Cepea explicam que essa divergência de expectativas tem contribuído para a lentidão nas negociações. Além disso, os agentes do mercado estão atentos aos possíveis impactos da Medida Provisória nº 1.227, publicada em 4 de junho de 2024, que promove restrições ao ressarcimento do PIS e Cofins. Essa nova regulamentação pode afetar tanto os preços quanto a comercialização da soja no país.

    Em relação às exportações brasileiras de soja, o volume embarcado em maio foi de 13,45 milhões de toneladas, representando uma queda de 8,4% em comparação com abril e uma redução de 13,7% em relação a maio de 2023, segundo dados da Secex. Esses números refletem um cenário desafiador para o setor, que enfrenta pressões tanto no mercado interno quanto no externo.

  • Mercado de milho apresenta baixa liquidez e preços em queda

    Mercado de milho apresenta baixa liquidez e preços em queda

    O mercado doméstico de milho continua a enfrentar baixa liquidez e queda nos preços, principalmente na região Centro-Oeste, de acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

    Consumidores estão adiando a compra de grandes lotes, apostando em negociações mais atrativas nas próximas semanas. Essa decisão é respaldada pela entrada da safra de verão, pelo clima favorável à segunda safra do cereal no Brasil e pela possível necessidade de liberar espaço nos armazéns.

    Até o dia 31 de março, cerca de 98,7% da área nacional destinada à segunda safra já havia sido semeada, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Quanto à safra de verão, a colheita abrangia aproximadamente 46,4% da área nacional até a mesma data, também segundo a Conab.

  • Demanda crescente no setor alimentício impulsiona preços do óleo de soja no mercado interno

    Demanda crescente no setor alimentício impulsiona preços do óleo de soja no mercado interno

    Os preços do óleo de soja estão em alta no mercado interno, de acordo com levantamentos realizados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Esse impulso é atribuído principalmente à crescente demanda, especialmente por parte das indústrias do setor alimentício. Essas empresas estão buscando garantir volumes de óleo de soja para o médio prazo, considerando as expectativas de aumento na produção de biodiesel no Brasil.

    É importante destacar que o óleo de soja é a principal matéria-prima utilizada na produção de biodiesel no país, representando aproximadamente 70% do total. Atualmente, a mistura de biodiesel ao óleo diesel no Brasil é de 14%, conhecida como B14. No entanto, há um projeto em andamento para aumentar essa mistura para 25%.

    Essa perspectiva de aumento na produção de biodiesel impulsiona a demanda pelo óleo de soja, já que é essencial na fabricação desse biocombustível. Com isso, os preços do óleo de soja têm apresentado uma tendência de alta, refletindo a movimentação do mercado e as expectativas futuras da indústria de biodiesel no país.

  • Mercado do algodão em pluma encerra janeiro com tendência de baixa

    Mercado do algodão em pluma encerra janeiro com tendência de baixa

    Os preços do algodão em pluma encerraram o mês de janeiro com um movimento predominantemente de baixa, de acordo com análises do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Apesar das oscilações ao longo do período, as indústrias continuam pressionando por valores inferiores nas negociações, e algumas não aprovam a qualidade dos lotes disponíveis.

    As indústrias, visando preços mais baixos, têm exercido influência nas cotações. Por outro lado, compradores com necessidades urgentes ou requisitos específicos para a qualidade do algodão estão dispostos a pagar valores mais elevados. Do lado dos vendedores, aqueles que necessitam de recursos financeiros imediatos oferecem lotes a preços menores. No entanto, produtores mais capitalizados ou com grande parte da produção já comprometida mantêm-se firmes, aguardando melhores oportunidades para negociar no mercado spot.

    Na parcial de janeiro, até o dia 29, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra uma média de R$ 3,9774 por libra-peso. Isso representa um aumento de 0,88% em relação a dezembro de 2023, mas uma significativa queda de 22,84% em comparação a janeiro de 2023, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de dezembro de 2023).

    Colaboradores consultados pelo Cepea indicam que as vendas para tradings estão mais atrativas, o que tem mantido as exportações em bom ritmo. O cenário de preços e as condições de mercado continuam sendo influenciados por fatores como a oferta, a demanda das indústrias têxteis e o comportamento do mercado internacional.