Tag: mercado

  • Preços do suíno vivo e dos cortes têm comportamento regionalizado em janeiro, aponta Cepea

    Preços do suíno vivo e dos cortes têm comportamento regionalizado em janeiro, aponta Cepea

    Após quase dois meses em queda, os preços do suíno vivo e dos cortes de carne suína encerraram o mês de janeiro com comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Enquanto algumas praças registraram alta nos valores, outras tiveram queda, refletindo as diferentes dinâmicas de mercado em cada localidade.

    Segundo o Cepea, os aumentos de preços observados em determinadas regiões foram impulsionados pelo incremento na demanda da indústria por novos lotes de animais para abate. Esse movimento indica que os frigoríficos estão se reposicionando para atender às necessidades de produção, especialmente após o período de preços mais baixos.

    Por outro lado, em algumas praças, os preços do suíno vivo e dos cortes apresentaram queda, influenciados principalmente pelo enfraquecimento da demanda. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário está relacionado ao menor poder de compra da população na segunda metade de janeiro, período em que os consumidores tendem a reduzir gastos após as festas de fim de ano.

    Essa regionalização dos preços reflete a complexidade do mercado de suínos, que sofre influência de fatores como a demanda interna, a capacidade de abate da indústria e o poder aquisitivo dos consumidores. Enquanto algumas regiões se beneficiam da maior atividade industrial, outras enfrentam desafios devido à retração no consumo.

    A tendência para os próximos meses dependerá de fatores como a recuperação econômica, o comportamento do mercado internacional e a disponibilidade de animais para abate. O Cepea segue monitorando o cenário para identificar possíveis ajustes e tendências no setor suinícola.

  • Preço do boi gordo em Mato Grosso tem maior valorização em janeiro, superando São Paulo

    Preço do boi gordo em Mato Grosso tem maior valorização em janeiro, superando São Paulo

    O mercado de boi gordo registrou uma valorização significativa em Mato Grosso no mês de janeiro de 2025, superando o desempenho observado em São Paulo. De acordo com dados parciais coletados até o dia 24 de janeiro, o preço médio do boi gordo no estado mato-grossense atingiu R$ 310,09 por arroba, um aumento de 4,29% em relação à média de dezembro de 2024.

    Em contrapartida, o preço do boi gordo em São Paulo teve um ajuste mais modesto no mesmo período, com alta de apenas 0,69% frente a dezembro de 2024, ficando em R$ 328,16/@ na parcial de janeiro. Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e consideram cotações a prazo e livres de impostos.

    Com isso, o diferencial de preços entre as duas praças ficou em -5,51% no período, indicando que o boi gordo em Mato Grosso está sendo negociado a um valor menor em comparação com São Paulo, mas com uma valorização mais expressiva. Esse movimento pode ser atribuído a fatores como a demanda aquecida no estado, condições climáticas favoráveis à produção pecuária e a logística de escoamento, que tem sido otimizada em Mato Grosso.

    A valorização do boi gordo em Mato Grosso reforça a competitividade do estado no mercado nacional de carne bovina, consolidando sua posição como um dos principais polos produtores do país. Enquanto isso, o mercado paulista, apesar de apresentar preços mais elevados, teve uma performance menos dinâmica no período.

    Essa tendência pode influenciar as decisões de compra e venda de produtores e frigoríficos nos próximos meses, especialmente com a expectativa de ajustes nos preços e na demanda interna e externa por carne bovina.

  • Indústrias intensificam compras de algodão para repor estoques, aponta Cepea

    Indústrias intensificam compras de algodão para repor estoques, aponta Cepea

    Pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam um aumento no interesse das indústrias pela aquisição de algodão, impulsionado pela necessidade de atender demandas imediatas e repor estoques. Segundo o levantamento, agentes do mercado também estão intensificando a movimentação em contratos a termo, com entregas previstas para as próximas semanas.

    O cenário atual mostra vendedores disponibilizando novos lotes no mercado spot e demonstrando flexibilidade nos valores para fechar negociações. Essa abertura tem facilitado os acordos, mesmo em um momento de atenção redobrada por parte dos cotonicultores, que monitoram o avanço do cultivo da nova safra e as condições climáticas.

    Em Mato Grosso, maior produtor de algodão do país, as chuvas têm impactado o ritmo da colheita da soja e, consequentemente, o plantio do algodão de segunda safra. De acordo com análises do Cepea, esse atraso deve prolongar o período de cultivo nesta temporada, o que pode influenciar a disponibilidade e os preços da matéria-prima nos próximos meses.

    O mercado de algodão segue em movimento, com compradores e vendedores buscando equilíbrio em meio às incertezas climáticas e à demanda industrial. Enquanto as indústrias buscam garantir suprimentos para suas operações, os produtores acompanham de perto o desenvolvimento da safra e as condições do mercado, que podem definir os rumos das negociações nos próximos períodos.

    O Cepea ressalta que a flexibilidade dos vendedores e a disposição das indústrias em fechar negócios têm sido fatores-chave para manter a dinâmica do mercado, mesmo em um contexto de desafios climáticos e logísticos. A atenção agora se volta para o desenrolar da safra e os impactos das condições meteorológicas na oferta e nos preços do algodão.

  • Demanda aquecida impulsiona preços do etanol com expectativa de aumento do ICMS a partir de 1/2

    Demanda aquecida impulsiona preços do etanol com expectativa de aumento do ICMS a partir de 1/2

    Os preços do etanol no estado de São Paulo encerram o primeiro mês da entressafra da cana-de-açúcar em alta, refletindo a combinação de uma demanda aquecida e a postura firme dos vendedores, segundo pesquisadores do Cepea. A expectativa em torno do aumento do ICMS sobre a gasolina C, previsto para 1º de fevereiro, tem motivado distribuidoras a anteciparem as compras, especialmente do etanol hidratado.

    De 20 a 24 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado registrou valorização de 0,86%, fechando a R$ 2,8141 por litro (valor líquido de ICMS e PIS/Cofins). Já o etanol anidro teve uma alta ainda mais expressiva, de 2,28%, alcançando R$ 3,2074 por litro (líquido de impostos).

    Esse movimento reflete as expectativas positivas de mercado em relação ao aumento da competitividade do etanol hidratado frente à gasolina no curto prazo. Além disso, a estratégia dos produtores de reter parte dos estoques à espera de melhores preços reforça a firmeza das cotações. A tendência é que a procura continue alta nas próximas semanas, com ajustes nos valores acompanhando a dinâmica do setor.

  • Preços da soja recuam com início da colheita e desvalorização cambial

    Preços da soja recuam com início da colheita e desvalorização cambial

    Os preços da soja registraram queda no mercado brasileiro durante a última semana. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a pressão sobre as cotações domésticas se deve à entrada da nova safra 2024/25, especialmente no Paraná, estado que lidera as atividades de colheita nesta temporada.

    Outro fator que contribuiu para o recuo dos preços foi a desvalorização cambial (dólar em relação ao real), que impacta diretamente os valores negociados no mercado interno, já que a soja é uma commodity precificada em moeda estrangeira.

    Condições climáticas impactam o ritmo da colheita de soja

    O clima teve papel importante no avanço das atividades de campo. No Paraná e na região sul de Mato Grosso do Sul, as condições meteorológicas foram mais favoráveis, permitindo maior ritmo de colheita. No entanto, nas áreas de Cerrado brasileiro, as chuvas intensas prejudicaram parcialmente os trabalhos nas lavouras, atrasando o avanço em algumas regiões.

    Com o avanço da colheita e a chegada de maior oferta ao mercado, o cenário pode continuar pressionando os preços, caso não haja mudanças significativas nas condições climáticas ou cambiais nos próximos dias.

  • Preços da soja divergem entre Brasil e EUA; safra recorde é destaque no mercado interno

    Preços da soja divergem entre Brasil e EUA; safra recorde é destaque no mercado interno

    Os preços da soja apresentaram comportamentos distintos no Brasil e nos Estados Unidos ao longo da última semana. De acordo com pesquisadores do Cepea, enquanto nos EUA as cotações foram impulsionadas por estimativas de menor produção e uma demanda aquecida, os valores no mercado interno brasileiro sentiram a pressão das expectativas de uma safra recorde em 2024/25.

    No Brasil, a liquidez esteve reduzida nos últimos dias, reflexo do baixo volume de grãos remanescente da safra 2023/24 e do fato de que a colheita da temporada atual ainda está em estágio inicial. Apesar disso, as projeções para a produção seguem otimistas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima uma produção de 169 milhões de toneladas no Brasil, o que representaria um aumento de 10,5% em relação à safra anterior. Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê um volume ligeiramente menor, mas ainda recorde, de 166,33 milhões de toneladas.

    Essas projeções consolidam o Brasil como um dos principais players no mercado global de soja, mas também reforçam os desafios de comercialização no mercado interno diante da expectativa de abundância. O cenário deve ganhar mais clareza com o avanço da colheita e possíveis ajustes na demanda global.

  • Mercado paulista de açúcar cristal retoma ritmo após recesso

    Mercado paulista de açúcar cristal retoma ritmo após recesso

    Após o recesso de final de ano, o mercado spot paulista de açúcar cristal apresenta sinais de retomada, segundo levantamento do Cepea. Na semana de 6 a 10 de janeiro, a liquidez mostrou melhora significativa.

    O Indicador CEPEA/ESALQ para o açúcar cristal, cor Icumsa de 130 a 180, registrou média de R$ 159,29 por saca de 50 kg, uma redução de 0,71% em relação à semana anterior.

    Pesquisadores do Cepea indicam que os compradores pressionaram por negociações a preços menores no segmento de pronta-entrega, o que levou algumas usinas a cederem, especialmente no caso do tipo Icumsa 180.

    No entanto, para o tipo Icumsa 150, os agentes de usinas mantiveram preços firmes devido à oferta reduzida no mercado interno. Grande parte do produto tem sido direcionada para exportação, o que contribui para limitar a disponibilidade no mercado spot nacional.

  • Preços do milho iniciam 2025 em alta impulsionados por demanda aquecida e retração de vendedores

    Preços do milho iniciam 2025 em alta impulsionados por demanda aquecida e retração de vendedores

    Levantamentos realizados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que os preços do milho começaram 2025 em tendência de alta. Esse movimento é impulsionado pelo aquecimento da demanda e pela retração de vendedores, que têm segurado os volumes do cereal disponíveis no mercado.

    Nem mesmo o início da colheita da safra de verão, tanto de milho quanto de soja, foi suficiente para conter as recentes valorizações. Segundo o Cepea, havia uma expectativa entre os consumidores de que a colheita em andamento levaria os produtores a disponibilizarem maiores volumes de milho no mercado spot, especialmente para liberar espaço nos armazéns. Contudo, os vendedores seguem priorizando os trabalhos de campo e, até o momento, não demonstram necessidade de escoar seus estoques.

    Esse cenário tem resultado em uma oferta restrita de milho no mercado à vista, o que contribui para a sustentação dos preços em patamares elevados. A postura estratégica dos produtores, atentos às demandas dos compradores e ao contexto do mercado, pode prolongar essa dinâmica nas próximas semanas.

  • Frango inicia janeiro com preços firmes e exportações batem recorde em 2024

    Frango inicia janeiro com preços firmes e exportações batem recorde em 2024

    Ao contrário da tendência histórica de queda nos preços da carne de frango em janeiro, devido à renda restrita da população, o início de 2025 apresenta cotações firmes para o setor. Levantamentos realizados pelo Cepea indicam que o fluxo de vendas tem mantido um bom ritmo, permitindo ajustes positivos nos valores, mesmo em um período tradicionalmente marcado por menor consumo.

    No cenário internacional, o desempenho do setor em 2024 foi histórico. Dados da Secex, analisados pelo Cepea, apontam que as exportações brasileiras de carne de frango – somando o produto in natura e o industrializado – alcançaram 5,29 milhões de toneladas ao longo do ano, superando em 2,8% o recorde anterior de 2023, que foi de 5,1 milhões de toneladas.

    A alta no volume exportado, aliada à valorização do dólar em 2024, resultou em um crescimento expressivo na receita do setor, que atingiu R$ 53,7 bilhões, uma alta de 9,8% em relação ao montante arrecadado no ano anterior. Esse desempenho consolida a carne de frango como um dos pilares das exportações brasileiras, impulsionando a balança comercial e fortalecendo a posição do Brasil no mercado global.

    Com um início de ano promissor no mercado interno e os resultados positivos no cenário externo, o setor avança com expectativas de consolidação e crescimento em 2025, tanto no consumo doméstico quanto nas exportações.

  • Milho/Cepea: Preço futuro aponta queda; produção deve crescer no BR

    Milho/Cepea: Preço futuro aponta queda; produção deve crescer no BR

    O ano de 2025 se inicia com cenários distintos nos mercados interno e externo de milho. No Brasil, os preços do cereal no spot estão acima dos registrados no começo de 2024, mas o mercado futuro aponta cotações menores que as atuais. Já na Bolsa de Chicago, os contratos operam em valores inferiores dos registrados no início de 2024 e não mostram sinais de recuperação para 2025.

    Segundo pesquisadores do Cepea, no contexto doméstico, as cotações futuras menores estão relacionadas à expectativa de produção nacional em 2025 acima da de 2024. No caso dos valores externos, há certa estabilidade entre a oferta e a demanda doméstica dos Estados Unidos, mas o excedente norte-americanos é amplo, o que, por sua vez, exige que as exportações do país sejam firmes, em um ambiente de incertezas políticas por conta do novo governo.

    Brasil – O movimento de alta nas cotações no segundo semestre de 2024 nas principais regiões do Brasil pode atrair agricultores e resultar em aumento na semeadura na segunda safra de 2025. O cultivo mais acelerado das lavouras de verão, como a soja, abre a expectativa de semeadura da segunda safra de milho no período ideal. A perspectiva de maior produção é acompanhada por estimativas indicando consumo doméstico recorde, sobretudo por parte do setor de proteína animal e da crescente indústria de etanol de milho no Brasil. Um possível equilíbrio entre oferta e demanda deve vir com recuo nas exportações – as vendas externas podem ser limitadas pelo menor excedente doméstico.

    Mundo – Por enquanto, é esperada menor produção mundial e aumento no consumo e, consequentemente, redução na relação estoque/consumo global, o que, por sua vez, pode trazer maior sustentação aos preços externos e aumentar o interesse de agricultores brasileiros em negociar a mercadoria para o mercado externo.