Tag: mercado

  • Mercado do milho segue com negociações pontuais e preços pressionados em algumas regiões

    Mercado do milho segue com negociações pontuais e preços pressionados em algumas regiões

    O mercado do milho tem apresentado um ritmo de negociações pontuais e regionalizadas, conforme apontam os mais recentes levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Esse comportamento reflete um cenário no qual produtores se mantêm focados nas atividades de campo, enquanto a demanda mostra sinais de acomodação, resultando em impactos nas cotações em algumas regiões do país.

    No lado da oferta, a colheita da safra de verão avança de maneira satisfatória na maioria das praças produtoras, o que tem garantido fluxo de produto ao mercado. Paralelamente, a semeadura da segunda safra, que representa a maior parte da produção anual de milho no Brasil, caminha para sua fase final, dentro do cronograma esperado. O bom andamento das atividades agrícolas contribui para um ambiente de oferta relativamente estável no curto prazo, embora fatores climáticos ainda sejam um ponto de atenção para o desenvolvimento da safrinha.

    Por outro lado, do lado da demanda, muitos consumidores finais e indústrias já se encontram abastecidos, o que reduz a necessidade de compras imediatas no mercado spot. Diante disso, as aquisições têm ocorrido de forma mais espaçada e estratégica, com compradores buscando apenas lotes pontuais, à medida que suas necessidades logísticas e produtivas exigem reposições. Esse comportamento de cautela reflete, em parte, as incertezas em relação ao consumo interno e às exportações nos próximos meses.

    Essa conjuntura tem exercido pressão sobre os preços do milho em algumas regiões do Brasil, como Campinas (SP), onde os valores registraram quedas pontuais conforme dados do Cepea. Ainda assim, em termos nominais, as cotações seguem superiores às observadas no mesmo período do ano passado, sustentadas pelos custos de produção elevados e pela influência do mercado externo.

    No cenário internacional, a demanda por milho brasileiro continua sendo um fator relevante para a formação de preços. A procura por exportações pode ganhar força nos próximos meses, especialmente diante de possíveis ajustes na oferta global e das decisões comerciais de grandes importadores, como China e países da União Europeia. Dessa forma, o mercado segue atento às oscilações cambiais, políticas comerciais e ao comportamento das safras concorrentes, como a dos Estados Unidos e Argentina.

    Diante desse panorama, produtores e agentes do setor devem continuar monitorando atentamente os movimentos do mercado, avaliando estratégias de comercialização e oportunidades de negócios que possam garantir melhores margens de rentabilidade. O avanço da colheita da segunda safra nos próximos meses será um fator determinante para os preços internos, assim como a evolução da demanda e o comportamento das exportações.

  • Oferta de mandioca segue em queda, e preços sobem

    Oferta de mandioca segue em queda, e preços sobem

    Pesquisas do Cepea mostram que produtores mantêm baixo o interesse pela comercialização de mandioca, seja por conta dos atuais níveis de rentabilidade ou por já terem se capitalizado com outras culturas.

    O clima seco em algumas áreas também tem limitado o avanço dos trabalhos no campo, sobretudo de colheita. Como resultado de uma oferta ainda mais ajustada à demanda industrial, os preços subiram na última semana em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, encontrando certo nível de suporte.

    A média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 558,44 (R$ 0,9712/grama de amido), pequena elevação de 0,4% em relação à semana anterior. Ainda em termos nominais, a média de março recuou 3,5%, menor variação que a dos últimos dois meses, conforme levantamentos do Centro de Pesquisas.

  • Preço do etanol hidratado em MT sobe mais de 28% em um ano e atinge maior média desde junho de 2022

    Preço do etanol hidratado em MT sobe mais de 28% em um ano e atinge maior média desde junho de 2022

    O preço médio do etanol hidratado em Mato Grosso registrou forte valorização em fevereiro de 2025, com alta de 28,39% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O litro do biocombustível chegou a R$ 4,16, alcançando a maior média mensal desde junho de 2022. O aumento foi impulsionado principalmente pela combinação de maior demanda e redução na oferta, típica do período de entressafra da cana-de-açúcar.

    Apesar da elevação nos preços, a competitividade do etanol em relação à gasolina foi mantida. Em fevereiro, a paridade ficou em 65,41%, abaixo do limite de 70% considerado como ponto de equilíbrio para a escolha entre os dois combustíveis, o que torna o etanol uma alternativa economicamente viável para o consumidor mato-grossense.

    Na média parcial de março, considerando os dados até o dia 15, o etanol hidratado já acumula uma nova alta de 1,32% frente ao mês anterior, indicando que a tendência de valorização pode continuar nos próximos períodos, especialmente se persistirem as condições de menor oferta e demanda aquecida.

  • Preços do suíno vivo e da carne caem há três semanas seguidas, aponta Cepea

    Preços do suíno vivo e da carne caem há três semanas seguidas, aponta Cepea

    O mercado de suínos vem enfrentando um cenário de queda nos preços nas últimas três semanas, de acordo com levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Tanto o valor do suíno vivo quanto da carne apresentam recuos consecutivos em todas as regiões pesquisadas pelo centro.

    O principal fator por trás dessa retração é a baixa liquidez nas vendas da proteína no mercado atacadista. Segundo o Cepea, há uma oferta de animais acima da demanda atual dos frigoríficos, o que pressiona os preços para baixo. Com a procura doméstica mais fraca, especialmente à medida que o fim do mês se aproxima e o poder de compra do consumidor diminui, a indústria tem recorrido à redução dos preços como estratégia para estimular as vendas e evitar o acúmulo de estoques.

    Agentes do setor ouvidos pelo Cepea relataram que, diante desse cenário, a negociação de novos lotes está mais difícil, forçando uma adequação nos valores para tentar melhorar a movimentação no mercado.

    A tendência de curto prazo dependerá da recuperação do consumo interno e de uma eventual diminuição na oferta de animais prontos para o abate, o que poderia reequilibrar a balança entre oferta e demanda e estabilizar os preços.

  • Médias dos preços do açucar oscilam com força, de acordo com tipo negociado

    Médias dos preços do açucar oscilam com força, de acordo com tipo negociado

    Ao longo da última semana, os preços médios do açúcar cristal registraram variações expressivas tanto positivas quanto negativas.

    Pesquisadores do Cepea atribuem o comportamento instável, neste final da entressafra 2024/25, à postura de agentes das usinas, que pediram valores com diferença significativa para os tipos Icumsa 150 e Icumsa 180.

    Considerando o mínimo e máximo captados nas vendas do cristal no mercado spot paulista, a diferença na semana passada chegou a 17 Reais/saca de 50 kg entre os tipos de açúcar.

    No balanço de 17 a 21 de março, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 138,83/sc de 50 kg, baixa de 1,24% em relação à do período anterior.

  • Preços do trigo atingem maiores níveis nominais desde agosto/24

    Preços do trigo atingem maiores níveis nominais desde agosto/24

    Levantamentos do Cepea mostram que os preços do trigo estão em alta desde o começo deste ano. No Paraná e no Rio Grande do Sul, as atuais médias mensais são as maiores, em termos nominais, desde agosto/24.

    Segundo explicam pesquisadores do Cepea, geralmente os valores do cereal avançam e/ou se sustentam ao longo do primeiro semestre, atingindo patamares elevados no meio do ano e voltando a ser pressionados no segundo semestre.

    Enquanto nos primeiros seis meses as cotações são influenciadas pela redução dos estoques internos, na segunda metade do ano, a chegada da nova safra eleva a disponibilidade e gera pressão sobre os valores.

    Assim, as importações tendem a ser maiores no primeiro semestre. Já em caso de excedentes amplos, as exportações são dinamizadas no início de cada ano, ainda conforme o Centro de Pesquisas.

  • Preço do leite ao produtor volta a subir em 2025 após quedas no final de 2024

    Preço do leite ao produtor volta a subir em 2025 após quedas no final de 2024

    Após registrar quedas ao longo do último trimestre de 2024, o preço do leite ao produtor voltou a subir no início de 2025, segundo pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. A cotação do leite captado em janeiro de 2025 foi de R$ 2,6492 por litro (considerando a “Média Brasil”), com altas de 2,5% em relação a dezembro de 2024 e de 18,7% frente a janeiro de 2024, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de janeiro).

    Aumento nos preços do leite UHT e da muçarela

    O aumento no preço do leite cru também impactou os derivados lácteos. De acordo com pesquisa do Cepea em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o preço médio do leite UHT subiu 1,93% em fevereiro, chegando a R$ 4,35 por litro, enquanto o preço da muçarela aumentou 0,33 por litro, enquanto o preço da muçarela aumentou 0,33 por quilo.

    O impulso para essa alta veio, principalmente, do fortalecimento da demanda durante a primeira quinzena de fevereiro, além do aumento nos custos de produção, que foram pressionados pela elevação nos preços do leite cru.

    Comportamento das importações e exportações

    Em fevereiro de 2025, as exportações brasileiras de lácteos cresceram 26,92% em relação a janeiro de 2025, mas caíram 63,89% na comparação com fevereiro de 2024. Já as importações aumentaram 3,76% no comparativo mensal e 16,7% no anual.

    Com isso, o déficit da balança comercial (em volume) avançou 3,2% de janeiro para fevereiro de 2025, atingindo 210,1 milhões de litros em equivalente leite, com saldo negativo de US$ 92,6 milhões.

    Custos de produção em alta

    Apesar da aparente estabilidade nos preços das rações, os custos de produção da pecuária leiteira continuaram em alta pelo sexto mês consecutivo. O Custo Operacional Efetivo (COE), calculado pelo Cepea, registrou um avanço de 0,49% em fevereiro em relação a janeiro de 2025, considerando a “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS).

    O encarecimento de outros insumos, além da ração, contribuiu para o aumento dos custos, pressionando a margem de lucro dos produtores.

    Fatores que influenciaram a alta

    O aumento no preço do leite ao produtor e dos derivados pode ser atribuído a diversos fatores, como:

    • Fortalecimento da demanda: O consumo de leite e derivados aumentou no início do ano, impulsionado pela retomada das atividades após o período de festas de fim de ano.
    • Aumento nos custos de produção: A elevação nos preços do leite cru e de outros insumos impactou diretamente os custos de produção.
    • Redução na oferta: O período de entressafra e as condições climáticas adversas em algumas regiões podem ter limitado a oferta de leite, contribuindo para a alta nos preços.

    Perspectivas para o mercado

    A tendência é que os preços do leite e dos derivados continuem sob pressão nos próximos meses, especialmente se a demanda se mantiver aquecida e os custos de produção permanecerem elevados. No entanto, fatores como a sazonalidade da produção e as condições climáticas podem influenciar o comportamento do mercado.

    O Cepea segue monitorando os preços e as condições do mercado, fornecendo informações atualizadas para auxiliar produtores, indústrias e consumidores na tomada de decisões. A alta nos preços do leite ao produtor é vista como um alívio para os pecuaristas, que enfrentaram um período de baixas cotações no final de 2024, mas também reforça a necessidade de atenção aos custos de produção e à competitividade do setor.

  • Trigo em alta: entressafra reduz oferta e impulsiona preços no Brasil

    Trigo em alta: entressafra reduz oferta e impulsiona preços no Brasil

    O mercado brasileiro de trigo segue pressionado pela oferta limitada, mantendo os preços em alta neste período de entressafra. Pesquisadores do Cepea apontam que os vendedores que ainda possuem estoques estão relutantes em negociar, enquanto a demanda segue firme, com compradores em busca de novos lotes. Diante desse cenário, muitos demandantes têm recorrido às importações, que, segundo agentes do setor, apresentam valores mais competitivos.

    Para a safra de 2025, as previsões iniciais da Conab indicam um crescimento expressivo de 15,6% na produção em comparação com 2024, totalizando 9,117 milhões de toneladas. A produtividade também deve se recuperar, aumentando 18% e chegando a 3,04 toneladas por hectare. No entanto, a área de cultivo deve sofrer uma leve redução de 2,1%, aproximando-se dos 3 milhões de hectares.

    A retração na área plantada reflete as incertezas do mercado e do clima, fatores que ainda podem influenciar o desempenho do setor nos próximos meses. Enquanto isso, a combinação de baixa oferta e demanda aquecida mantém os preços do trigo em patamares elevados no Brasil.

  • Alta do feijão carioca é destaque; safra 24/25 deve crescer 1,5%

    Alta do feijão carioca é destaque; safra 24/25 deve crescer 1,5%

    A valorização do feijão carioca de alta qualidade vem sendo destaque, conforme apontam levantamentos do Cepea.

    Além da necessidade das empacotadoras de repor os estoques, o Centro de Pesquisas indica que, produtores, conscientes da oferta restrita desses lotes, mantêm-se firmes nas negociações, buscando preços mais elevados.

    Segundo dados da Conab, a produção nacional de feijão da safra 2024/25 deve atingir 3,3 milhões de toneladas, crescimento de 1,5% em relação ao ciclo anterior.

    Quanto às exportações, números da Secex analisados pelo Cepea mostram que, em fevereiro, foram embarcadas 14,9 mil toneladas de feijão, o maior volume para o mês desde 1997, embora essa quantidade represente queda de 61% em relação a janeiro. Os envios no acumulado de 12 meses continuam sendo recordes, somando 388,21 mil toneladas.

  • Mercado de Carne Bovina: América do Sul ganha espaço no comércio global

    Mercado de Carne Bovina: América do Sul ganha espaço no comércio global

    O Rabobank divulgou sua atualização trimestral sobre o mercado de carne bovina, com análises da equipe global de proteína animal liderada por Angus Gidley-Bard. O relatório destaca a crescente presença da América do Sul nos mercados mundiais de carne bovina e as tendências de preços do setor.

    Divergência nos preços do gado

    Os preços do gado continuam apresentando trajetórias distintas entre os hemisférios. Na América do Norte, os valores seguem elevados devido ao baixo estoque e à alta demanda do consumidor. A tendência observada em 2024 se mantém em 2025, impulsionando os preços no mercado norte-americano.

    Enquanto isso, produtores do hemisfério sul, incluindo Brasil, Argentina e Uruguai, competem no mercado com preços significativamente mais baixos – quase pela metade do que é praticado nos EUA.

    Impacto no Brasil

    No Brasil, houve um aumento nos preços do gado no final de 2024, refletindo a disputa entre mercados de exportação pelo baixo estoque de animais. Entretanto, o Rabobank projeta que os preços devem cair durante o segundo trimestre de 2025, à medida que o estoque de gado aumenta.

    Com as condições sazonais favoráveis no hemisfério sul, o banco considera improvável um grande aumento nos preços da arroba no curto prazo.

    Tendências e Perspectivas

    A América do Sul segue ganhando protagonismo no comércio global de carne bovina, impulsionada pela competitividade de preços e pelo forte mercado exportador. O cenário para 2025 será influenciado pelo equilíbrio entre oferta e demanda, além das condições climáticas e sanitárias que podem afetar a produção nos próximos meses.

    O mercado segue atento às movimentações do setor e às políticas comerciais que podem impactar as exportações sul-americanas.