Tag: mercado

  • Alta nos preços do algodão se intensifica com oferta limitada e forte demanda internacional

    Alta nos preços do algodão se intensifica com oferta limitada e forte demanda internacional

    Os preços do algodão em pluma continuam em trajetória de alta no Brasil, impulsionados por uma combinação de fatores que envolvem desde a firmeza dos vendedores até o bom desempenho das exportações. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) revelam que o mercado nacional da fibra encerrou abril com valorização de 4,04% no Indicador CEPEA/ESALQ (pagamento em 8 dias), alcançando o terceiro mês consecutivo de aumento nos preços.

    A elevação observada é a mais significativa desde fevereiro deste ano, quando a pluma registrou alta de 9,46%. Segundo os pesquisadores do Cepea, o cenário atual é sustentado pela postura firme dos vendedores, que não têm demonstrado pressa em negociar seus estoques, pela oferta limitada da temporada 2023/24 e pelo ritmo acelerado de escoamento da produção para o mercado externo.

    Com isso, os preços internos do algodão vêm operando acima da paridade de exportação — condição que costuma sinalizar maior atratividade para vendas no mercado interno. Essa diferença entre os valores praticados no Brasil e no exterior tem se ampliado nos primeiros dias de maio, refletindo uma conjuntura de demanda aquecida e disponibilidade ajustada da fibra.

    A expectativa do setor é que, enquanto persistirem essas condições, o mercado continue pressionado para cima, especialmente diante da relevância das exportações brasileiras de algodão e do papel do Brasil como um dos principais fornecedores globais da commodity.

  • Indicador do café robusta cai com força em abril

    Indicador do café robusta cai com força em abril

    Depois de atingir patamar recorde real no primeiro trimestre, o Indicador CEPEA/ESALQ do café robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo recuou com certa força em abril. Considerando-se a média mensal, a baixa foi de 15,5% (ou de 310,70 Reais/saca) em relação a março, passando para R$ 1.692,32/saca de 60 kg.

    Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar da oferta ainda limitada, a retração pode estar atrelada à proximidade da colheita da nova safra no estado capixaba e também em Rondônia. Além disso, em abril, o mercado também foi influenciado por fortes oscilações externas, que, por sua vez, decorreram de fatores como a imposição de tarifas pelos Estados Unidos e condições do clima nas principais regiões produtoras do Brasil.

    No Espírito Santo, ainda que de forma pontual, a colheita do robusta já foi iniciada e deve ganhar ritmo nos próximos dias. Até o final de abril, levantamento do Cepea mostra que cerca de 5% da produção esperada no estado capixaba havia sido colhida.

    Chuvas registradas no fim de abril ajudaram a melhorar as condições das lavouras mais tardias e podem favorecer o desenvolvimento final desses talhões.

  • Demanda no mercado do milho segue fraca, e Indicador recua 9% em abril

    Demanda no mercado do milho segue fraca, e Indicador recua 9% em abril

    A demanda enfraquecida mantém os preços do milho em queda no mercado brasileiro. Segundo pesquisadores do Cepea, consumidores priorizam a utilização dos estoques e aguardam novas desvalorizações, fundamentados na possibilidade de uma boa colheita na segunda safra – com o clima favorável, o desenvolvimento das lavouras é considerado satisfatório na maior parte das regiões, e a produção deve crescer em relação à temporada anterior.

    Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar de as atenções de vendedores estarem voltadas ao desenvolvimento da safra, estes agentes seguem mais flexíveis nas negociações, seja nos valores ou nos prazos de pagamento.

    Esse comportamento também pode estar relacionado a um receio de novas quedas nos preços, considerando-se o atual cenário de oferta maior, clima favorável e demanda enfraquecida. Neste contexto, o ritmo de negócios está lento no mercado interno. Em abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) acumulou baixa de 8,6%.

  • Laranja pera segue em queda no mercado in natura pressionada por oferta de variedades precoces e baixa demanda

    Laranja pera segue em queda no mercado in natura pressionada por oferta de variedades precoces e baixa demanda

    O aumento na oferta de laranjas precoces, como as variedades hamlin e westin, e de tangerinas poncã, vem pressionando os preços da laranja pera no mercado de mesa (in natura). A situação se agrava com os recuos registrados nos valores pagos pela indústria, que reforçam o movimento de desvalorização da fruta no início de safra.

    De acordo com levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), na semana de 28 de abril a 2 de maio, a laranja pera foi comercializada a R$ 93,82 por caixa de 40,8 kg, o que representa uma queda de 4,58% em relação à semana anterior.

    Considerando o desempenho do mês de abril, a média ficou em R$ 92,46 por caixa, com recuo de 1,75% frente ao mês de março. Analistas do Cepea apontam que o clima ameno também contribui para o desaquecimento da demanda, limitando o consumo da fruta e pressionando ainda mais as cotações.

    Com a colheita das variedades precoces em ritmo acelerado e o consumo interno em baixa, o mercado da laranja pera deve continuar sentindo os efeitos dessa combinação nos próximos dias.

  • Movimento de queda do feijão é interrompido no encerramento de abril

    Movimento de queda do feijão é interrompido no encerramento de abril

    Os preços dos feijões foram pressionados em abril na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Porém, na última semana do mês, a menor disponibilidade do produto e a resistência vendedora interromperam o movimento de queda e deram certo suporte aos preços.

    Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que a demanda esteve mais ativa por parte de indústrias e do mercado varejista. Esses compradores visaram repor estoques com produtos de maior qualidade, o que contribuiu para que as ofertas de valores mais altos fossem aceitas.

    No campo, a colheita da primeira safra brasileira de feijão alcançou 85,6% da área até o dia 26 de abril, segundo dados da Conab.

    Neste momento, agentes do setor de feijão começam a direcionar suas atenções para as novas ofertas provenientes da segunda safra dos estados do Sul – o volume disponível no mercado doméstico deve crescer, o que, por sua vez, tende a influenciar diretamente as cotações.

  • Preços de frete iniciam tendência de arrefecimento com fim da colheita da soja

    Preços de frete iniciam tendência de arrefecimento com fim da colheita da soja

    As principais rotas de escoamento de grãos em importantes estados produtores começam a apresentar arrefecimento nos preços de fretes. A queda é explicada, principalmente, pelo fim da colheita da soja. Este é o cenário encontrado em Mato Grosso onde foi verificada redução nas cotações em todas as rotas e com a diminuição iniciando-se nas regiões onde a colheita da oleaginosa foi finalizada primeiro. Os dados estão na edição de abril do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicado no site da Companhia.

    “No entanto, mesmo que a conjuntura momentânea seja de queda, existe a perspectiva de suporte aos preços de fretes rodoviários e aquecimento logístico em um futuro próximo, eventualmente até mesmo no primeiro semestre, antes do início da colheita de milho, o que deve manter os preços em um patamar elevado, ainda que inferior aos valores atingidos no epicentro da safra”, pondera o superintendente de Logística Operacional da Cona, Thomé Guth.

    De acordo com a análise da Conab, a proximidade de uma grande safra de milho deverá movimentar, de forma significativa, a logística oferecendo um cenário que sustenta as cotações. Além disso, a disputa comercial entre Estados Unidos e China, pode direcionar parcela significativa da demanda internacional para a produção brasileira sendo mais um fator de influência de alta nos preços nos serviços de transporte de grãos.

    Além de Mato Grosso, os valores praticados no mercado de fretes apresentaram queda em Goiás, Piauí, Maranhão e Paraná. No estado paranaense, apenas as rotas com origem em Ponta Grossa apresentaram variação positiva. Já na Bahia, o fluxo logístico com o transporte de grãos apresentou comportamento variando de estabilidade à alta, variando conforme as localidades.

    No Distrito Federal, foi observado um aumento generalizado dos preços em março deste ano, com destaque para as rotas destinadas a Araguari e Uberaba, em Minas Gerais. Mas a expectativa para os próximos meses é de relativa estabilidade nos preços, considerando a variação cambial, o comportamento do mercado de combustíveis e a menor demanda por transporte após o pico da colheita da soja.

    O mercado de fretes rodoviários em Mato Grosso do Sul também manteve a tendência de preços elevados, em um movimento sazonal característico do período de pico da colheita das culturas de verão. O fluxo de transporte em março deste ano foi notadamente maior que o dos meses anteriores, com grande ênfase ao protagonismo da soja, que quase triplicou o volume transportado em março, em comparação a fevereiro.

    Alta também registrada em Minas Gerais, onde no  final de fevereiro e durante março houve grande movimentação de produtos, mais notadamente da soja, devido ao aumento da produção e aos bons preços das commodities. Em São Paulo, a colheita da oleaginosa continua exercendo influência de alta nas cotações de frete. No entanto, as elevações foram em patamares mais leves.

  • Preços dos ovos recuam no fim de abril e atingem menor nível em três meses

    Preços dos ovos recuam no fim de abril e atingem menor nível em três meses

    Os preços dos ovos comerciais registraram forte queda no fim de abril, atingindo o patamar mais baixo dos últimos três meses, conforme apontam os levantamentos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). A retração é atribuída, principalmente, à queda na demanda em função dos feriados prolongados, como Páscoa e Tiradentes, que comprometeram o ritmo das vendas.

    Além disso, o encerramento do mês – período comumente marcado pela redução do poder de compra da população – contribuiu para o recuo nas cotações. Em algumas regiões, o acúmulo de estoques, especialmente de ovos vermelhos, ampliou ainda mais a pressão sobre os preços.

    Segundo agentes de mercado ouvidos pelo Cepea, o cenário é típico de um ajuste de mercado em função do consumo mais fraco, mas pode mudar a partir do início de maio, com a reativação da demanda e melhor escoamento da produção.

  • Mesmo com leve recuo em abril, preços do suíno vivo e da carne seguem 20% acima dos de 2023

    Mesmo com leve recuo em abril, preços do suíno vivo e da carne seguem 20% acima dos de 2023

    As cotações médias do suíno vivo e da carne suína recuaram levemente de março para abril, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O movimento está atrelado à menor procura por parte da indústria no mês passado, cenário comum no período de transição entre a Páscoa e o início de maio.

    Apesar da retração mensal, os preços seguem cerca de 20% acima dos registrados no mesmo período do ano passado, refletindo um contexto de oferta mais controlada e demanda aquecida, especialmente no mercado externo. Segundo agentes do setor consultados pelo Cepea, os negócios têm fluído normalmente, sem registros de cancelamentos de carga, sobretudo neste encerramento de mês, o que sinaliza certa estabilidade para o curto prazo.

    O comportamento do mercado indica que, mesmo diante de oscilações mensais, a valorização da carne suína no último ano permanece expressiva, impulsionada por uma combinação entre exportações firmes e ajustes na produção nacional.

  • Oferta restrita e demanda moderada pressionam mercado do boi gordo

    Oferta restrita e demanda moderada pressionam mercado do boi gordo

    O mercado do boi gordo tem registrado oferta limitada de animais para abate, enquanto o interesse dos compradores segue em ritmo moderado, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Nos primeiros dias desta semana, especialmente na segunda e terça-feira, a liquidez esteve baixa, com frigoríficos atuando de forma mais retraída e pressionando os preços.

    Na terça-feira, houve aumento pontual na oferta em algumas regiões, mas mesmo assim muitos frigoríficos permaneceram fora das negociações ou ofertaram valores menores, especialmente devido às escalas de abate alongadas, que já garantem parte da programação nos próximos dias.

    No atacado, os preços da carne com osso também apresentaram queda recente. Ainda assim, no acumulado de abril, as cotações encerraram o mês em alta, conforme destacaram colaboradores consultados pelo Cepea. O movimento reflete um mercado ainda volátil, influenciado por fatores como oferta restrita, comportamento cauteloso dos compradores e dinâmica das escalas de abate.

  • Preços do milho continuam em queda com demanda fraca e boa expectativa para a segunda safra

    Preços do milho continuam em queda com demanda fraca e boa expectativa para a segunda safra

    Pressionadas pela demanda enfraquecida e pelo aumento na oferta, as cotações do milho mantiveram trajetória de queda na última semana, conforme apontam levantamentos do Cepea.

    De acordo com o Centro de Pesquisas, consumidores seguem afastados do mercado spot nacional, aguardando oportunidades mais vantajosas para adquirir novos lotes.

    Do lado dos vendedores, a flexibilidade nas negociações aumentou, impulsionada pelas boas perspectivas em relação à segunda safra. A maioria das lavouras apresenta bom desenvolvimento, beneficiada pelo retorno das chuvas em volumes suficientes para manter a umidade dos solos.

    Pesquisadores do Cepea destacam ainda que, apesar de o preço do milho estar mais atrativo que o da soja, o ritmo de negócios segue lento.