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  • Exportações de mel disparam e Paraná assume vice-liderança no Brasil

    Exportações de mel disparam e Paraná assume vice-liderança no Brasil

    Nos primeiros três meses do ano, o Paraná subiu de terceiro para segundo lugar no ranking nacional de exportação de mel, segundo dados do Agrostat Brasil.

    Esse é um dos assuntos detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 24 a 30 de abril preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento.

    Isso se deve a um aumento de 114% no volume e de 181,4% de receita no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período de 2024.

    Foram movimentadas 1.641 toneladas de mel e US$ 5.251 milhões, com um preço médio de US$ 3,20 por quilo.

    O primeiro lugar do ranking é ocupado por Minas Gerais, que movimentou US$ 7,292 milhões em receita e 2.333 toneladas do produto. E em terceiro lugar se encontra o Piauí com US$ 4,006 milhões em receita e 1.359 toneladas de mel.

    No âmbito nacional, as exportações do produto no primeiro trimestre de 2025 alcançaram 9.120 toneladas, um aumento de 19,7% em relação ao ano anterior. Por outro lado, foram movimentados US$ 28,412 milhões em receita, uma queda de 54,3% em comparação com 2024.

    O principal destino do mel brasileiro continua sendo os Estados Unidos (EUA), que adquiriu 85,7% do volume total exportado no período, seguido de Canadá e Alemanha.

  • Apicultores de Lucas do Rio Verde são convocados para Assembleia Geral Ordinária

    Apicultores de Lucas do Rio Verde são convocados para Assembleia Geral Ordinária

    A Associação Luverdense de Apicultores e Meliponicultores (ALUAPIM) convoca todos os associados para a Assembleia Geral Ordinária, que acontecerá no dia 21 de março de 2025, na sede da entidade, localizada na Rua Constantina, nº 1056-E, Bairro Cidade Nova, em Lucas do Rio Verde-MT. 

    A primeira chamada será às 17h, com a presença mínima de dois terços dos associados. Caso o quórum não seja atingido, haverá segunda chamada às 18h e uma terceira e última chamada às 19h, com no mínimo dez associados presentes.

    Apicultores de Lucas do Rio Verde são convocados para Assembleia Geral Ordinária

    Na pauta da reunião, estão a prestação de contas da entidade referente ao exercício de 2024, incluindo relatório de gestão, balanço patrimonial e parecer do Conselho Fiscal. Além disso, será debatida a destinação dos resultados do ano e o plano de atividades para 2025, entre outros assuntos de interesse da associação.

    A assembleia será conduzida pelo presidente da entidade, Franco Roberto Bilibio, e é essencial para a transparência e continuidade das ações voltadas ao fortalecimento da apicultura e meliponicultura no município.

    Criada em 10 de maio de 2024, a Associação Luverdense de Apicultores e Meliponicultores conta hoje com 33 associados e produziu, somente em 2024, em torno de 15 mil toneladas de mel in natura.

    CONFIRA O EDITAL COMPLETO (CLIQUE AQUI)

  • Abelhas constroem colmeia dentro de cupinzeiro e impressionam com arquitetura subterrânea

    Abelhas constroem colmeia dentro de cupinzeiro e impressionam com arquitetura subterrânea

    Prepare-se para conhecer um verdadeiro espetáculo da natureza! Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra um grupo de sitiantes durante a coleta de mel em um cenário inusitado: uma colmeia inteira construída dentro de um cupinzeiro.

    O que parecia ser apenas mais uma formação comum no campo escondia um verdadeiro tesouro dourado, produzido com maestria por abelhas que deram uma aula de engenharia natural.

    Além da quantidade generosa de mel, o que mais chama atenção é a criatividade das abelhas ao escolher o cupinzeiro como moradia. Essas pequenas arquitetas aproveitaram a estrutura sólida e protegida para erguer uma colmeia subterrânea segura, longe de predadores e variações extremas de temperatura.

    Do cupinzeiro ao favo: abelhas transformam estrutura abandonada em fábrica de mel

    Comportamento e preferências das abelhas na hora de construir a colmeia

    As abelhas são extremamente estratégicas quando o assunto é escolher o local ideal para formar suas colmeias. Em geral, elas buscam ambientes protegidos, que ofereçam estabilidade térmica e segurança para abrigar a rainha, as operárias e as reservas de mel.

    Os locais preferidos podem variar bastante e incluem:

    Troncos ocos de árvores

    Cavidades no solo

    Frestas em construções humanas (telhados e paredes)

    Caixas de colmeias manejadas por apicultores

    E, como mostrado no vídeo, até mesmo cupinzeiros abandonados ou desocupados

    Novos produtos apícolas promovem saúde e inovação na indústria alimentar em Mato Grosso
    Reprodução

    A escolha por espaços como o cupinzeiro mostra como as abelhas adaptam seu comportamento ao ambiente, aproveitando estruturas prontas e resistentes. Ali, elas trabalham sem descanso: constroem favos perfeitos, garantem ventilação interna, mantêm a temperatura ideal e protegem o mel até o momento certo da colheita — seja para consumo próprio ou, eventualmente, para quem tiver a sorte de encontrar um esconderijo desses.

    Mais do que produzir mel, as abelhas nos ensinam sobre cooperação, eficiência e criatividade, mostrando que a vida selvagem sempre encontra formas geniais de prosperar.

  • Produção de Mel em Anajatuba: município se transformou em polo produtor com tecnologia e inovação

    Produção de Mel em Anajatuba: município se transformou em polo produtor com tecnologia e inovação

    Em meio à rica biodiversidade do Maranhão, o município de Anajatuba, com suas paisagens exuberantes e clima favorável, tem se destacado por um produto especial: um mel de alta qualidade, que conquista paladares e impulsiona a economia.

    Com uma flora diversificada que proporciona um pasto apícola rico para as abelhas, Anajatuba tem visto sua produção de mel crescer significativamente nos últimos anos. A alta qualidade do produto, resultado de um trabalho cuidadoso e da riqueza do ecossistema local, tem conquistado paladares exigentes tanto no mercado interno quanto externo.

    “O mel daqui tem padrão de exportação. Mais de 80% do mel que é produzido em Anajatuba tem destino aos Estados Unidos, mercado que valoriza o mel orgânico”, destaca a zootecnista e técnica de campo do Senar, Stéfane Cunha.

    Ruy Clay Mendes, apicultor há oito anos, relata o quão prazeroso é trabalhar com a apicultura e ter o Senar como parceiro. “A apicultura para mim é uma terapia, onde me sinto muito à vontade; para mim é saúde, e o Senar tem sido fundamental para a nossa capacitação. A professora Stéfane nos auxilia em diversas áreas, desde a parte técnica até a gestão do negócio”, afirma Rui.

    O apicultor vem recebendo a Assistência Técnica e Gerencial do Senar há cerca de um ano e meio, e atualmente possui dois apiários, tendo aproximadamente cerca de 70 caixas/colmeias, chegando a produzir 3 toneladas de mel, nessa safra. O mel produzido é vendido para a empresa Samel Honey.

    Com o seu trabalho na apicultura, Rui conseguiu formar o filho mais velho e abrir um negócio dentro da cidade. Para entender melhor a rotina de um apicultor em Anajatuba, conversamos com o apicultor, Sandro Rogério Dutra. Há 10 anos dedicado à atividade, e vem recebendo a ATeG em sua propriedade, há 1 ano, Sandro não apenas cuida das abelhas, mas também constrói suas próprias caixas. “Aqui é um lugar especial para as abelhas”, afirma, referindo-se ao seu apiário.

    A diversidade de flora, com espécies como louro rosa, canela e cajazinho, proporciona um mel poli floral de alta qualidade. Sandro destaca a importância do Senar para o desenvolvimento da apicultura na região: “O Senar tem sido fundamental para a nossa capacitação. É ótimo ter esse apoio para cuidar das abelhas e garantir um futuro melhor para todos”.

    A zootecnista Stéfane Cunha, responsável por acompanhar os apicultores de Anajatuba, explica que o foco do trabalho é aumentar a eficiência produtiva e a qualidade do mel. “Estamos trabalhando com práticas simples que fazem toda a diferença, como a padronização das colmeias e a adoção de boas práticas de manejo”, destaca.

    Além do mel, os apicultores de Anajatuba estão explorando o potencial da produção de própolis, um produto com alto valor agregado. “O própolis vermelha de Anajatuba tem um potencial enorme”, afirma Stéfane.

    O mel produzido em Anajatuba é reconhecido pela sua qualidade superior. A variedade de flora da região, como o mangue, o sabiá e o hortelã, confere ao mel um sabor único e aromático. Além disso, a localização do município, longe de grandes centros urbanos, garante a pureza do produto.

    Parceria local

    A parceria entre o Senar e a Prefeitura Municipal de Anajatuba, por meio da Secretaria de Agricultura, tem sido fundamental para o desenvolvimento da apicultura na região. A médica veterinária Lorena Rodrigues, coordenadora de assistência técnica na Secretaria, destaca a importância dessa parceria: “O Senar tem sido um grande parceiro, oferecendo acompanhamento técnico e cursos especializados. Graças a essa parceria, os apicultores de Anajatuba têm adquirido conhecimento técnico e gerencial, o que tem resultado em um aumento significativo da produção e da qualidade do mel”, conta.

    A veterinária ressalta ainda que, antes da parceria, não havia dados precisos sobre a produção de mel no município. Hoje, graças ao acompanhamento técnico, é possível ter um panorama mais claro da atividade e planejar ações para o seu crescimento.

    Desafios

    Apesar dos avanços, os apicultores de Anajatuba ainda enfrentam desafios, como a falta de uma indústria de beneficiamento local. No entanto, com o apoio de instituições como o Senar e a Prefeitura, a expectativa é que a apicultura continue a crescer e se consolidar como uma atividade econômica importante para a região.

    Bianca Barbosa, supervisora de campo do SENAR, destaca a importância da Assistência Técnica e Gerencial para o desenvolvimento da apicultura em Anajatuba. Através da metodologia ATEG, é possível identificar os pontos fortes e fracos de cada propriedade e elaborar um plano estratégico para aumentar a produtividade e a qualidade do mel. “Desde o início da assistência técnica, verificamos um potencial enorme em Anajatuba”, afirma Bianca. Graças ao trabalho de campo, os produtores têm aprendido técnicas modernas de manejo, melhorado a qualidade do mel e aumentado a sua renda. A parceria entre o Senar e a Prefeitura Municipal tem sido fundamental para transformar Anajatuba em um polo de produção de mel de alta qualidade.

    Anajatuba é um exemplo de como a apicultura pode transformar a vida de uma comunidade. O mel produzido na região é um produto de alta qualidade, resultado da dedicação dos apicultores e da riqueza da biodiversidade local. A história de sucesso de Anajatuba inspira outras regiões a investirem na apicultura, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a geração de renda para as famílias rurais.

  • Mel da florada do açaí possui altos teores de compostos antioxidantes

    Mel da florada do açaí possui altos teores de compostos antioxidantes

    O mel de abelhas africanizadas (Apis mellifera L.), produzido a partir da florada do açaizeiro, possui elevados níveis de compostos bioativos derivados da palmeira amazônica. Essas substâncias são reconhecidas por ter um papel importante na promoção e manutenção da saúde humana. A descoberta é resultado da análise e comparação de méis com origens em diferentes regiões do País e abre caminho para a valorização de um produto da sociobiodiversidade amazônica.

    O artigo, intitulado Evaluation of the Bioactive Compounds of Apis mellifera Honey Obtained from the Açai (Euterpe oleracea) Floral Nectar, foi publicado na revista científica Molecules por pesquisadores Embrapa, Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

    Para ser considerado um mel monofloral, o produto do trabalho das abelhas deve ter na sua origem a predominância de néctar da flor de uma determinada espécie vegetal. A legislação brasileira estabelece como critério para essa classificação a presença de pólen de uma única espécie superior a 45% em uma amostra de mel.

    Essa concentração em um tipo de florada confere ao mel características únicas no sabor, aroma e cor, além de propriedades funcionais específicas. No caso do mel de açaí, as amostras coletadas no município de Breu Branco (PA) e Santa Maria (PA) foram analisadas e comparadas com méis monoflorais de quatro origens: mel de aroeira, de Minas Gerais; mel de cipó-uva, do Distrito Federal; mel de Timbó, do Rio Grande do Sul; e mel do mangue, do Pará.

    De acordo com o pesquisador Daniel Santiago, da Embrapa Amazônia Oriental (PA) e um dos autores, a escolha desses méis para comparação se deveu às reconhecidas propriedades funcionais e à presença de compostos bioativos que eles possuem, em especial o mel de aroeira, um dos mais valorizados do País.

    Benefícios à saúde

    As análises revelaram que o mel de açaí possui elevada capacidade antioxidante. Entre as amostras, o mel monofloral da palmeira amazônica superou em quatro vezes o mel de aroeira na avaliação dessa atividade. “Isso sugere que os méis compostos predominantemente da florada do açaizeiro têm uma capacidade antioxidante mais forte, provavelmente devido a maiores concentrações de polifenóis e outros compostos bioativos”, afirmam os autores.

    Outro autor do artigo, o professor da UFPA Nilton Muto, explica que os compostos bioativos, como os polifenóis presentes no mel de açaí, são substâncias encontradas em alimentos e, embora não sejam consideradas nutrientes essenciais (como vitaminas ou minerais), podem ter efeitos benéficos para a saúde. Eles ocorrem naturalmente em pequenas quantidades em plantas e animais e podem influenciar funções biológicas e processos metabólicos no organismo.

    “Os polifenóis são uma classe de compostos bioativos e atuam como antioxidantes, neutralizando os radicais livres, e podem ter propriedades anti-inflamatórias, anticancerígenas e cardioprotetoras”, afirma Muto.

    De acordo com a literatura científica, a maior concentração de compostos bioativos está relacionada à coloração do mel para um tom mais escuro. E isso se verificou na coloração das amostras de méis de açaí, que variaram de âmbar a âmbar escuro. Muto esclarece, no entanto, que outros fatores também podem influenciar a coloração escura do mel, como os processos de desumidificação e a maturação do produto. “No caso do mel de açaí, ele fica escuro, quase totalmente negro, o que acaba se tornando um atrativo para o produto”, avalia.

    Quanto ao sabor do mel de açaí, o professor afirma que o produto foi muito bem avaliado pelos grupos de voluntários e analistas sensoriais. Ele não chega a ser tão doce quanto os demais e possui notas de café. “É um mel diferenciado. Acredito que será muito bem aceito pelo público em geral e facilmente incorporável na gastronomia”, observa o professor.

    As análises da pesquisa também confirmaram a presença de vários compostos bioativos que a literatura científica relaciona a propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas, antimicrobianas e antitumorais no mel de açaí. Segundo Muto, a verificação dessas capacidades já é objeto de outras pesquisas em andamento.

    Atividade com potencial de expansão

    Impulsionados pelo crescente preço do fruto, os plantios de açaizeiro têm se expandido no Pará e os produtores têm buscado formas de incrementar a produtividade por meio da polinização dirigida. Nesse processo, as abelhas são introduzidas nos locais de plantio para que visitem as flores e realizem a polinização.

    No Pará, as abelhas que melhor desempenham o papel de polinizar o açaizeiro são as espécies nativas, conhecidas como abelhas sem ferrão. No entanto, o pesquisador da Embrapa explica que, como não existe um mercado estabelecido para oferecer colmeias de abelhas sem ferrão, a alta procura inviabilizou o acesso a muitos agricultores interessados na polinização dirigida do açaizeiro. “Há lugares onde uma colmeia de abelha sem ferrão chega a custar 600 reais”, exemplifica.

    Dessa forma, uma alternativa utilizada pelos produtores de açaí para a polinização dirigida tem sido a criação de abelhas da espécie Apismellifera, conhecidas popularmente como africanizadas, por se tratar de um híbrido oriundo do cruzamento de raças europeias e africanas.

    Elas são maiores que as nativas, o que representa uma desvantagem no contato com as flores pequenas do açaí, e visitam bem mais as flores masculinas que as femininas. “Ainda assim, as abelhas africanizadas possuem um raio de ação maior, que pode chegar a 1.500 metros, o que favorece que sejam colocadas nas bordas dos cultivos”, pontua.

    De acordo com Santiago, ainda não há dados científicos sobre a efetividade da polinização dirigida com abelhas africanizadas para o cultivo do açaí, apenas a percepção positiva dos produtores. “Os resultados da caracterização do mel do açaí impõem que devem ser aprofundados estudos para averiguar o impacto da ação das abelhas Apismellifera nessa cultura. Ao identificar cientificamente esse impacto, a atividade ganhará mais conhecimento específico para o manejo dessas abelhas no trópico úmido”, afirma.

    Em 2023, o Brasil produziu 64 mil toneladas de mel. À região amazônica, coube aproximadamente 2% desse total, dos quais o Pará figura com 1,5%. De acordo com o pesquisador, a atividade da apicultura tem grande potencial de ampliação no estado e hoje envolve cerca de 3 mil famílias. “Considerando que o açaí se transformou em um produto internacionalmente conhecido, é possível que osderivados relacionados à identidade dessa fruta também contribuam para aprimorar a apicultura da região”, conclui.

    Artigo é resultado de pesquisa integrada sobre a biodiversidade da região

    O estudo das propriedades do mel de açaí é fruto da parceria entre a Embrapa Amazônia Oriental, produtores e academia. No Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia, ligado ao Parque de Ciência e Tecnologia Guamá e à Universidade Federal do Pará (UFPA), alunos e professores investigam as possibilidades de novos produtos a partir da biodiversidade da região, enquanto em propriedades de agricultores e na Embrapa aprendem sobre o manejo de abelhas, nativas e africanizadas, e sua relação com a polinização de cultivos.

    “Nessa parceria, ajudamos a formar profissionais que possam desenvolver novos produtos que venham a fortalecer a apicultura e meliponicultura da região”, afirma o pesquisador Daniel Santiago. Primeira autora do artigo, a mestranda em Biotecnologia Sara Ferreira (foto à esquerda)  integra o grupo de pesquisa desde a sua graduação, quando iniciou o trabalho de análises do mel de açaí, sob a orientação do professor Nilton Muto. “Em campo, pude aprender desde o princípio sobre a produção do mel pelas abelhas e a importância do néctar floral nesse processo, o que me levou a ter outra visão sobre o trabalho de análise em laboratório”, afirma.

    Para ela, a descoberta de uma ampla variedade de compostos bioativos no mel de açaí indica um caminho para a produção de ciência com base na biodiversidade da Amazônia. “É um ponto de partida para estudarmos futuramente aplicações em novos produtos”, conclui.

    Também assinam o artigo Jéssica Lyssa Araújo, Marly Souza Franco, Camilla Mariane Moura de Souza, Daniel Santiago Pereira, Cláudia Quintino da Rocha, Hervé Rogez e Nilton Akio Muto.

  • Workshop de Apicultura e Meliponicultura abordou temas como Associativismo, Sanidade Apícola e Diversificação de Produtos

    Workshop de Apicultura e Meliponicultura abordou temas como Associativismo, Sanidade Apícola e Diversificação de Produtos

    Foi realizado no auditório da CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas o I Workshop de Apicultura e Meliponicultura. O evento foi uma realização do Clube Amigos da Terra – CAT Sorriso, por meio do Projeto Cultivando Vida Sustentável (desenvolvido numa parceria do CAT com a Cargill e a IDH). O evento, realizado no dia 04/10, também marcou o dia Nacional das Abelhas, comemorado em 03 de outubro. Participaram do workshop estudantes do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), técnicos, apicultores e produtores da Agricultura Familiar de Sorriso e de outros municípios da região como Sinop, Vera, Alta Floresta, Nova Ubiratã e Marcelândia. O evento contou com o apoio da UFMT, FAVET, Corpo de Bombeiros e IFMT.

    No período da manhã foi realizada a parte teórica, com apresentações de palestras que abordaram temáticas como “Associativismo e Cadeia Produtiva da Apicultura e da Meliponicultura em Mato Grosso”, ministrada pelo professor Júlio Junior Belinki, que abordou sobre a importância dos apicultores se organizarem em sistemas de cooperativas ou associações para o fortalecimento de grupos de pequenos produtores que desenvolvem a atividade. A segunda palestra trouxe como tema: “Colmeias e Oportunidades – Como Empreender no Mundo da Apicultura e da Meliponicultura” (comercialização de subprodutos) com a professora Kárita Fernanda da Silva Lira, que falou sobre a questão da qualificação dos variados produtos na atividade apícola que podem ser explorados para a comercialização. A terceira palestra foi sobre “Sanidade Apícola, Uma Abordagem Pelo Apicultor”, apresentada pelo pesquisador Afonso Londovico Sinkoc, teve o objetivo de mostrar aos participantes o aspecto de saúde e doença.

    O workshop abordou a respeito das vantagens para o apicultor de desenvolver um trabalho em conjunto,  O cooperativismo e o associativismo que já ocorre entre apicultores, muitas vezes não é oficializado. A importância desse associativismo e cooperativismo foi reforçada junto aos produtores para que possam se organizar no sentido de encaminhar suas demandas ao Estado. As associações e cooperativas trazem organização para a atividade e fortalecimento da cadeia produtiva, que é baseada na agricultura familiar, e proporciona conquistas, que muitas vezes o pequeno produtor, estando sozinho, não consegue.

    Já a palestra sobre Sanidade Apícola teve uma abordagem a partir da ótica médico-veterinária, conforme explicou o palestrante: “para que o produtor tenha o conhecimento básico de que uma doença não ocorre somente pelo processo de introdução de um agente patogênico, ou um agente de doença no apiário, ela depende de uma série de fatores para que essa doença efetivamente se manifeste. Então tivemos essa preocupação de mostrar isso ao produtor, de que essa dualidade saúde e doença não são excludentes, e existem vários fatores que podem influir e a gente destaca principalmente os fatores que são passíveis de serem trabalhados de serem controlados pelo produtor de modo a garantir a saúde da abelha e minimizar a ocorrência de doenças e por consequência, ter uma maior eficiência na produção dos produtos das abelhas”, afirmou o pesquisador e médico veterinário Afonso Londovico Sinkoc.

    Apicultura eficiente

    O workshop teve o objetivo de qualificar os produtores para que possam desenvolver a atividade de maneira eficiente e contribuir para a geração de renda, diante das inúmeras possibilidades de produtos e subprodutos que a apicultura pode gerar. A palestra da professora Kárita Fernanda da Silva Lira foi extremamente interessante, pois demonstrou aos produtores todo o potencial que a atividade tem do ponto de vista da comercialização dos produtos das abelhas, tanto de ‘Apis mellifera’, que são as abelhas europeias ou africanizadas, quanto do grupo das abelhas sem ferrão e as possibilidades que se tem de ampliar o leque de produtos, que o produtor explora basicamente o mel e explora muito pouco os demais produtos das abelhas, que podem ser comercializados e agregar valor, tornando uma fonte de renda para o pequeno produtor da Agricultura Familiar.

    A professora Kárita avaliou positivamente o evento. “O Workshop foi um encontro bem interesse em que contamos com um público misto, sendo eles produtores, técnicos e discentes do curso técnico de Agropecuária. Foi bastante enriquecedor ver que os ouvintes estão em busca de novas oportunidades, principalmente ao ver as expressões de surpresa ao falar sobre o mercado de produção de rainha, com métodos de inseminação para o melhoramento genético e consequentemente o aumento da produção. Além disso, as falas dos colegas sobre a importância do cadastro do empreendimento junto ao INDEA para o monitoramento das colmeias, e a ênfase de todos os palestrantes no potencial do mercado de polinização, mostraram alternativas para os produtores para mitigar as perdas ocorridas por defensivos agrícolas, mostrando que criadores de abelha podem fazer parcerias sustentáveis com agricultores, trazendo benefícios para ambas as produções”, salientou.

    Abordagem Prática na Sanidade Apícola

    No período da tarde foi realizada a parte interativa e prática com a Oficina: “Abordagem Prática na Sanidade Apícola”, que foi ministrada pelo professor da UFMT e médico veterinário, Afonso Lodovico Sinkoc, que abordou doenças na apicultura e a coleta correta de amostras para análise em laboratório. Para a oficina prática, os participantes se deslocaram até um apiário, situado às margens da BR 163.

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    O pesquisador também destacou como foi a oficina prática, realizada no apiário: “Na oficina prática, como a gente pensou na questão de doenças, a gente tentou mostrar para o produtor como o médico veterinário atua na identificação de doenças e na coleta de material, para que ele esteja sintonizado com o médico veterinário, principalmente o veterinário do serviço oficial de sanidade que é o INDEA, de tal modo que ele tenha consciência do que o médico veterinário vai fazer, que tipo de material ele vai coletar, como ele vai coletar e quais os procedimentos que o produtor pode desenvolver durante esse processo de coleta de material, de tal modo para tornar o serviço veterinário mais eficiente na coleta, quais os pontos que o médico veterinário olha como suspeita e com isso, acaba estimulando o produtor a informar o veterinário durante a abordagem que algumas situações na colmeia não estão dentro da normalidade. Uma vez que o apicultor desenvolve a atividade diuturnamente e o serviço sanitário oficial tem a capacidade de abordar e tentar estabelecer o diagnóstico preciso dos quadros de doença, mas não tem o que o produtor tem: que é a rotina diuturna de trabalho com as abelhas, essa vivência prática do apicultor é muito importante para visualizar possíveis quadros que possam ser caracterizados como doenças”. Salientou o professor Afonso.

    Durante a capacitação também foram distribuídas mudas de café, doadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, de Alta Floresta. Além disso, foram realizados sorteios de duas caixas de abelha e um núcleo de abelhas (usados para divisão de colmeias ou caixa-isca).

    Colaboração

    O bombeiro militar e apicultor, Niki Nelson Antonietti, ressaltou a importância de poder colaborar com a organização, mas seu aproveitamento também como apicultor. “Eu como produtor e apicultor só tenho a agradecer ao CAT e aos parceiros por esta iniciativa. Por ser o primeiro workshop pensando em agregar os produtores e apicultores locais, foi de suma importância pois aprendemos novas tendências sobre manejo sobre a apicultura e meliponicultura. Para nós o evento foi de suma importância e já estamos na expectativa para o segundo workshop, a exemplo dos produtores de Sinop e de Marcelândia que já querem levar esses conhecimentos para serem implantados em seus municípios”.

    A zootecnista do CAT Andreia Sousa avaliou positivamente a realização deste evento voltado à qualificação dos produtores “Eventos voltados para Apicultura e Meliponicultura são fundamentais para produtores, técnicos e estudantes, pois oferece capacitação, troca de experiências e atualização sobre assuntos relevantes da área. Além disso, promovem a valorização da preservação das abelhas para a biodiversidade e a produção agrícola da nossa região”.

    O comerciante e apicultor, o venezuelano Richard Alexander Vitora Guedes, iniciou na atividade há pouco tempo, a partir de um curso ministrado pelo IFMT. Ele afirmou ser um apaixonado pela apicultura e pelas abelhas. Ele busca cada vez mais conhecimento para se aperfeiçoar na atividade. “Para mim posso dizer que foi um aprendizado maravilhoso esse workshop, pois ampliamos nosso conhecimento com os profissionais que vieram para trazer muitas informações importantes. Gostei muito do curso prático, o professor passou conhecimentos sobre como evitar doenças e mortandade de abelhas. Como podemos colher amostras para saber de onde vem as doenças se vem de fora ou de dentro das abelhas. Todo mundo tem uma experiência para contar. Gostei de saber que já existem fazendas onde se cultiva soja 100% orgânica, onde os japoneses exigem que seja polinizada por abelhas, isso é algo maravilhoso. Gostei muito do curso e creio que as palestras tenham sido muito boas para incentivar um negócio sustentável, que além de tudo, é muito bom para a natureza, para a polinização e floração das plantas”.

    A produtora da Agricultura Familiar de Marcelândia, Hermínia Felizarda Santan, disse que ela e o marido participaram do workshop e gostaram muito sobre tudo o que aprenderam. “A gente gostou muito do curso eu e meu esposo somos de Marcelândia. A gente gostou das palestras, foram muito bem explicadas. Fomos muito bem recebidos por toda equipe. A gente não tem palavras para agradecer ao CAT por esse curso que trouxe tanto conhecimento para a gente. Foi muito gratificante. Também fiquei feliz porque ganhei no sorteio uma caixa de abelha, que já vou abrigar minhas abelhinhas”.

    Representantes da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Alta Floresta, Sérgio Firmino Sérgio, engenheiro agrônomo e técnico de assistência na Secretaria de Agricultura de Alta Floresta, e José Alesando Rodrigues, diretor de Desenvolvimento Sustentável, visitaram o Clube Amigos da Terra e também participam do Workshop de Apicultura e Meliponicultura promovido pelo CAT e parceiros. O objetivo foi adquirir conhecimentos e promover a troca de experiências.

  • Relatório aponta diretrizes para a recuperação da apicultura no Rio Grande do Sul

    Relatório aponta diretrizes para a recuperação da apicultura no Rio Grande do Sul

    O Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores de mel do Brasil, sofreu com o desastre climático do segundo trimestre de 2024. Mais de 20 mil colmeias foram perdidas com as chuvas intensas, inundações e coberturas, colocando em risco a produção de mel, a polinização de diversas culturas e a renda de milhares de famílias de apicultores e meliponicultores. Diante desse cenário, a Embrapa Meio Ambiente, por meio do projeto “Observatório de Abelhas do Brasil, com Foco no RS”, elaborou um relatório que quantifica os prejuízos e que aponta propostas para a recuperação do setor apícola e a construção de um futuro mais sustentável para a apicultura gaúcha.

    De acordo com Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, o relatório é direcionado para tomadores de decisão e traz os resultados do levantamento realizado pelas equipes do Observatório de Abelhas após as enchentes que atingiram o RS. Este projeto é uma iniciativa da Embrapa Meio Ambiente com o Ministério Público do RS, a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (ABELHA) e 14 empresas do setor de insumos agrícolas.

    O mapeamento documentou cerca de 21 mil colmeias perdidas em 88 municípios, o que representa 4,55% do total de colmeias no Estado, sendo que a grande maioria foi destruída imediatamente por desastres climáticos.

    No entanto, do total de colmeias destruídas, 8% foram perdidos após as chuvas, sendo que 57% derivam da razão da ausência de alimento no campo para as abelhas. A situação expõe a vulnerabilidade da apicultura e da meliponicultura diante das mudanças climáticas, com destaque para a escassez de floradas, que compromete a alimentação das abelhas, e a dificuldade dos apicultores no acesso aos apiários para adotarem as medidas emergenciais em colônias remanescentes e de insumos apícolas .

    Menezes acredita que, para a recuperação a curto prazo, são possíveis ações como a reposição do plantel de abelhas, o fornecimento de novas caixas e a suplementação alimentar. Em médio e longo prazo, o documento propõe a criação de linhas de crédito específicas, um seguro rural apícola e um fundo emergencial para apicultores, além de programas de capacitação técnica e fortalecimento das cooperativas, com foco na valorização comercial dos produtos apícolas.

    O relatório também alerta sobre a necessidade de medidas para evitar novos desastres, como a instalação de colmeias em terrenos elevados e o planejamento de espécies que oferecem recursos florais ao longo do ano. O objetivo é tornar uma apicultura mais resiliente e sustentável, contribuindo para a proteção do ecossistema e da agricultura no Estado.

    A perda das colmeias foi agravada pelas condições climáticas adversas após o evento de inundações, enxaquecas e penetraçãos que impediram os apicultores de acessarem seus apiários e adotarem medidas emergenciais para a proteção das abelhas remanescentes. Além disso, apicultores relatam danos severos a equipamentos e infraestruturas, além da perda de estoques de mel ainda não colhido.

    As mudanças climáticas representam um dos maiores desafios globais no século 21, com impactos visíveis tanto na agricultura quanto na apicultura. Modelos climáticos indicam que, até 2050, cerca de 90% dos municípios brasileiros sofrerão com a perda de polinizadores, comprometendo seriamente a polinização de diversas culturas agrícolas. O Rio Grande do Sul, especialmente afetado por essas previsões climáticas e extremos, figura entre os estados mais suscetíveis às perdas de polinizadores, o que pode agravar ainda mais o quadro de insegurança alimentar e econômico para milhares de famílias que dependem da apicultura como meio de subsistência .

    As abelhas, especialmente a espécie Apis mellifera , desempenham um papel fundamental na polinização de culturas agrícolas em todo o mundo. Estima-se que, em 2021, existissem cerca de 90 milhões de colmeias dessa espécie no planeta, tornando-se o principal polinizador gerenciado na agricultura. No Brasil, o Rio Grande do Sul é o maior produtor de mel, com uma produção de 9.014 toneladas em 2022, segundo dados do IBGE. O estado também liderou o plantio de colmeias no país, com 462.363 colmeias registradas em 2023, segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (SEAPI/RS).

    Para Betina Blochtein, coordenadora executiva do Programa Observatório de Abelhas do Brasil , uma resposta articulada e consequente do setor apícola no Rio Grande do Sul é uma oportunidade para uma residência com novas práticas para o crescimento do setor, com medidas que permitam aumentar a produtividade e a valorização dos produtos em uma apicultura mais profissionalizada e sustentável.

    O relatório também aponta para a necessidade de apoio financeiro e técnico aos apicultores, incluindo o fortalecimento das cooperativas e associações, que podem facilitar o acesso a recursos, conhecimento e tecnologias inovadoras. Um ponto crucial é a criação de linhas de crédito específicas para a apicultura, além de um fundo emergencial que possa ser acionado em casos de desastres climáticos. Outro aspecto relevante é a promoção de cursos de capacitação para os apicultores, focando em práticas de manejo mais eficientes e sustentáveis, como a seleção genética e a produção de rainhas.

    Ainda no âmbito das ações a médio e longo prazo, o relatório sugere o desenvolvimento de campanhas de sensibilização ambiental, tanto para o consumidor público quanto para os apicultores, destacando a importância da preservação das áreas naturais e da adoção de práticas agrícolas que protejam os polinizadores . Entre as propostas está o planejamento de espécies melíferas, a criação de sistemas de rastreabilidade para o mel produzido no estado e o combate ao comércio irregular de mel e subprodutos, que prejudica os produtores que operam dentro da legalidade.

    “O desastre de 2024 deixou um alerta sobre a vulnerabilidade do setor apícola às mudanças climáticas. No entanto, as medidas propostas também apontam para uma oportunidade de transformação e fortalecimento da apicultura no Rio Grande do Sul. Com o apoio necessário, o setor pode se tornar mais resiliente e sustentável, preparado para enfrentar os desafios que o futuro reserva climático”, enfatiza Blochtein.

    “A colaboração com outras entidades foi fundamental para a realização do relatório, com destaque para o levantamento de dados realizado pela Federação Apícola e de Meliponicultura do Rio Grande do Sul (FARGS) e o apoio de técnicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) )”, disse Menezes.

  • Operação do Mapa aponta diminuição da prática de adulteração de méis por açúcares

    Operação do Mapa aponta diminuição da prática de adulteração de méis por açúcares

    Em continuidade ao trabalho de combate a prática de fraude no mel brasileiro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) encontrou adulteração por açúcares C-4, como xaropes de milho ou de cana-de-açúcar, em 7,46% das 67 amostras analisadas. Resultado demonstra diminuição do índice de não conformidades quando comparados com a operação do ano anterior, quando o resultado foi de 13,13%, das 99 amostras analisadas.

     

    “Estamos no caminho certo de combate à fraude do mel e, por isso, a necessidade de continuarmos com as ações de coletas de amostras para monitoramento”, relata a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana.

    O Operação do Mel 2023 ocorreu nos comércios varejistas em produtos elaborados em estabelecimentos sob Serviço de Inspeção Federal (SIF) e em estabelecimentos com equivalência no Sisbi-POA.

    Para a amostragem, foram coletadas 67 amostras em 42 dos 194 estabelecimentos elaboradores de mel com registro no SIF que produziram entre 2022 e 2023. Isso representa 21,65% do total de estabelecimentos do Brasil. Entre esses 42 estabelecimentos, quatro obtiveram amostras com resultados não conformes.

    Nesta operação específica, não foi coletada nenhuma amostra de mel produzido por estabelecimento importado.

    A adição de açúcares ao mel configura fraude econômica ao consumidor. Para cada amostra não conforme, o Serviço de Inspeção Federal adotou as ações fiscais e medidas cautelares previstas na legislação junto aos estabelecimentos produtores e seus produtos.

    As amostras foram coletadas pelas equipes dos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA) e analisadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA).

    Informações à Imprensa
    Patrícia Távora
    — news —

  • Receita de Panqueca Americana de hoje, 9 de julho

    Receita de Panqueca Americana de hoje, 9 de julho

    Se você está procurando uma opção deliciosa e fácil para o seu café da manhã ou brunch, a receita de panqueca americana é uma escolha perfeita. Essas panquecas fofas e douradas são uma tradição nos Estados Unidos e conquistaram o paladar de pessoas ao redor do mundo. Com ingredientes simples e um modo de preparo descomplicado, você poderá saborear essa delícia em sua própria casa. Prepare-se para um café da manhã irresistível!

    Ingredientes da receita de panqueca americana:

    • 1 xícara de farinha de trigo
    • 2 colheres de sopa de açúcar
    • 2 colheres de chá de fermento em pó
    • 1/2 colher de chá de sal
    • 3/4 de xícara de leite
    • 1 ovo
    • 2 colheres de sopa de manteiga derretida
    • Óleo vegetal para untar a frigideira

    Modo de preparo:

    1. Em uma tigela grande, misture a farinha, o açúcar, o fermento em pó e o sal. Reserve.
    2. Em outra tigela, bata o leite, o ovo e a manteiga derretida até obter uma mistura homogênea.
    3. Despeje a mistura líquida na tigela com os ingredientes secos e mexa delicadamente até formar uma massa. Não se preocupe se a massa ficar um pouco grumosa, isso é normal.
    4. Aqueça uma frigideira antiaderente em fogo médio e unte-a levemente com óleo vegetal.
    5. Com o auxílio de uma concha, despeje porções de massa na frigideira, formando pequenas panquecas. Deixe espaço entre elas, pois a massa irá se espalhar um pouco.
    6. Cozinhe as panquecas por cerca de 2 minutos, ou até que a superfície comece a formar bolhas. Em seguida, vire-as com cuidado e cozinhe por mais 1 a 2 minutos, até ficarem douradas.
    7. Retire as panquecas da frigideira e coloque-as em um prato. Se desejar, mantenha-as aquecidas em um forno pré-aquecido a 100°C enquanto prepara as demais panquecas.
    8. Repita o processo com o restante da massa até utilizá-la por completo.
    9. Sirva as panquecas americanas ainda quentes com acompanhamentos de sua preferência, como mel, maple syrup, frutas frescas, geleia ou até mesmo chantilly.

    Agora é só se deliciar com essas deliciosas panquecas americanas no café da manhã ou brunch! Bom apetite!

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  • Documentário quer retratar importância das abelhas na conservação da biodiversidade

    Documentário quer retratar importância das abelhas na conservação da biodiversidade

    Será produzido ao longo dos próximos dias o documentário ‘Mel da Floresta-Xingu’. A produção é uma proposição do ativista cultural, Jorge Sepulveda, que reside em Lucas do Rio Verde. O projeto foi aprovado pela Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso e conta com diversos apoiadores. O documentário terá direção de Leonardo Santana.

    ‘Mel da Floresta-Xingu’ tem como objetivo mostrar a importância das abelhas para a conservação da biodiversidade. A produção viajará até o Xingu para mostrar como os povos indígenas utilizam o mel produzido na localidade.

    “Nós estamos trabalhando um tema que envolve a preservação do meio ambiente, a preservação de uma espécie ameaçada de extinção, que são as abelhas, e a geração de renda para os indígenas. Isso garante mais autonomia para que esses povos possam estar seguros, os seus espaços naturais, que no caso é a Floresta, é o Xingu”, pontuou Sepulveda.

    Cultura indígena

    O diretor do documentário observou que a produção abordaram aspectos interessantes. Leonardo Santana cita a questão da cultura indígena, temática superimportante no país. Outro aspecto é a abordagem da economia criativa, assunto que não é muito comum, mas que vem ganhando espaço na sociedade. “É uma tendência muito importante, é uma saída, talvez para esse, digamos, capitalismo humanizado, que as pessoas falam”, disse.

    O processo de produção de mel na etnia que será visitada ainda está no início. Santana avalia que o princípio da apicultura é ecológico e acaba tendo uma ligação com as questões indígenas. “Tem essa ligação com a terra, com meio ambiente”, comentou o diretor.

    Segundo Leonardo Santana, a ideia do material é divulgar e potencializar essas etnias, resgatando o orgulho de cada uma delas e mostrar que existe alternativas econômicas para os indígenas. “A produção de mel é uma alternativa que é viável economicamente e que se mantém nessa filosofia indígena, de meio de proteção ambiental, de integração com o meio ambiente”, salientou.

    Logística

    Como a coleta de material audiovisual é cuidada em detalhes, a preparação de viagem seguiu um roteiro rigoroso. Júlia Costa integra a equipe de produção e explicou a preocupação em estar preparada para as adversidades. “Um documentário como esse que é feito numa área isolada, demanda muito mais atenção, muito mais cuidado. A gente tem que se preparar bem porque lá a gente não tem tanto acesso à farmácia, a mercado. Então a gente tem que preparar tudo antes previamente, muito bem organizado. Quando chegar com toda a estrutura necessária lá para a gente conseguir executar o projeto lá na aldeia”, explica.

    O roteiro saindo de Lucas do Rio Verde até chegar no Xingu conta com horas de viagem em rodovias e rios. Somente nas águas são cerca de 8 horas de barco até chegar na aldeia. “E depois disso nós vamos fazer as imagens, gravar, ainda tem um processo de edição para que o resultado saia o mais breve possível. Mas nós temos certeza que esse trabalho vai não somente agradar, mas vai contribuir com essas pautas que nós sabemos, são importantíssimas para a sociedade”, acredita Jorge Sepulveda.

    Além do ganho socioambiental, Sepulveda vê ainda o fortalecimento do audiovisual do município. “Realizar um documentário significa que Lucas do Rio Verde tem uma produção cultural que está alcançando novos níveis de qualidade. E isso para nós luverdenses é um orgulho”, concluiu.