Tag: #meioambiente

  • Operação contra desmatamento ilegal apreende maquinário e aplica multa de R$ 215 mil em Alta Floresta 

    Operação contra desmatamento ilegal apreende maquinário e aplica multa de R$ 215 mil em Alta Floresta 

    Nos dias 4 e 5 de dezembro, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), com apoio da Delegacia de Polícia Judiciária Civil de Alta Floresta, realizou uma operação contra o desmatamento ilegal no município. A ação resultou na apreensão de um trator de esteira e 2,5 metros cúbicos de madeira serrada, além da aplicação de multas que somam R$ 215 mil. Dois infratores foram presos em flagrante.

    A maior penalidade, de R$ 194 mil, foi aplicada pela destruição de 38,87 hectares de vegetação nativa. Outros R$ 20,5 mil foram cobrados pela devastação de 2 hectares de área de preservação permanente (APP) e R$ 750 pelo depósito ilegal da madeira.

    O trator apreendido foi confiado em depósito ao município, enquanto a madeira foi doada para uso comunitário em Alta Floresta.

    Monitoramento em tempo real

    A ação foi possível graças à plataforma de monitoramento por satélite Planet, contratada pelo Programa REM, que emite alertas semanais de desmatamento. Essa tecnologia permite fiscalização rápida, embargo imediato das áreas afetadas e a responsabilização dos infratores.

    Os maquinários flagrados em uso no desmatamento são removidos como forma de descapitalizar os responsáveis, reforçando a penalização.

    Operação Amazônia

    A operação faz parte da *Operação Amazônia*, iniciativa conjunta de órgãos estaduais e federais coordenada pela Sema-MT. As equipes realizam vigilância contínua e preventiva para coibir crimes ambientais em Mato Grosso.

    Denúncias

    A população pode denunciar crimes ambientais pelos canais da Sema-MT:

    Telefone/WhatsApp: (65) 3613-7398 ou (65) 98153-0255

    E-mail: ouvidoria@sema.mt.gov.br

    Aplicativos: MT Cidadão e Fale Cidadão da CGE

    Presencialmente: nas regionais da Sema

    A colaboração da sociedade é essencial para preservar o meio ambiente e combater a destruição ilegal de ecossistemas.

  • Premiação finaliza 4° Festeco com muita alegria e emoção

    Premiação finaliza 4° Festeco com muita alegria e emoção

    O projeto da 4ª edição do Festeco 2024 foi um sucesso. Nos dias 26 e 27 de novembro, entre as apresentações e a premiação, alunos de 17 escolas da rede municipal, estadual e particular de Lucas do Rio Verde mostraram empenho e esforço nas artes cênicas para, em peças teatrais, trabalhar o tema Lixo Zero para conscientização da preservação ambiental.

    De iniciativa organizada e promovida pelo Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), pela Secretaria Municipal de Cultura, e pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, e coordenado pela Produtora Focus Filmes, com apoio da Sicredi, o Festival de Teatro Ecológico chegou na sua quarta edição sendo o único do estado de Mato Grosso.

    “Em nome do Saae, agradeço todo empenho e dedicação de todos os envolvidos. Quem ganha é a nossa cidade, que além de descobrir novos talentos, trabalhamos cada vez mais a preservação do meio ambiente e como nós tratamos o nosso lixo”, reforçou o diretor do Saae, Mauricio Fossatti.

    “Esse ano, em especial, batemos o recorde de 17 escolas participantes, sendo 16 grupos. Lembro que no primeiro Feteco houve oito grupos participando. Vemos um avanço muito grande dentro do festival, na qualidade artística, na qualidade de cenário, na qualidade técnica. Então pra gente que nasceu do teatro e faz teatro a gente é muito importante isso. Sentimos que o nosso movimento está sendo representado e muito bem representado. E também de alguma maneira informando atores e atrizes para quem sabe também no futuro já está substituindo a gente”, declarou o diretor da Produtora Focus Filmes, Luiz Valotta.

    O evento já mobilizou mais de 600 estudantes e alcançou mais de 3 mil espectadores através de mais de 50 apresentações teatrais em suas edições anteriores.

    O tema Lixo Zero foi escolhido para estimular a comunidade escolar e a população a repensarem suas atitudes em relação ao consumo, descarte de resíduos e preservação ambiental. O projeto visou não só a redução da produção de lixo, mas também a conscientização sobre a reciclagem, a reutilização de materiais e a importância de atitudes cotidianas que favoreçam um futuro mais sustentável.

    O festival foi dividido em duas categorias: Infantojuvenil (7 a 10 anos) e Juvenil (11 a 15 anos). Nesta edição, na categoria Infantojuvenil, as vencedoras foram:  Escola Municipal Fredolino Vieira Barros (1°), Escola Estadual Ângelo Nadin (2°) e Escola Estadual Militar Tiradentes (3°). Na Infantojuvenil, Escola Municipal Caminho para o Futuro (1°), Escola Municipal Marcelino Espíndola Dutra (2°) e Escola Municipal Fredolino Vieira Barros (3°).

    “O sentimento é aquele que transborda pelo coração, pelo peito, saber que depois de tanto empenho, de tanta luta, de tanto trabalho árduo, envolvimento dos nossos alunos, nós conquistamos, com muito mérito, o primeiro lugar. É muita felicidade. Os alunos se sentiram muito envolvidos, protagonistas do processo, sabendo que nós somos seres dependentes do meio ambiente, estamos inseridos nele, e para que a nossa vida continue, nós devemos ter ações conscientes de preservação, responsabilidade ambiental e social também.

    Se Deus quiser e ele nos possibilitar, estaremos aqui ano que vem, alegres, confiantes e observando todos os alunos, porque todos os alunos da rede municipal estão de parabéns pela entrega, pelo envolvimento e pela dedicação”, comemora a professora da Escola Municipal Fredolino Vieira Barros, Karina Lima.

    A avaliação para a premiação contou com uma equipe de três jurados: Luciano Lupo (publicitário), Mauricio Ricardo (ator e professor de Literatura) e Tallita Araujo (professora de teatro e pedagoga).

    Foram premiados os três melhores espetáculos em cada categoria. A premiação para o 1º lugar: R$ 3.000; 2º lugar: 1.500,00; e 3º lugar: R$ 500,00. Também foram premiados com troféu melhor ator, melhor atriz, melhor ator coadjuvante, melhor atriz coadjuvante, melhor texto, melhor sonoplastia, melhor cenário, melhor figurino, melhor maquiagem, melhor torcida, melhor direção e atriz/ator revelação.

  • Lucas do Rio Verde: Programação do 4º Festeco inicia com apresentações

    Lucas do Rio Verde: Programação do 4º Festeco inicia com apresentações

    A abertura oficial do 4º Festival Escolar de Teatro Ecológico (Festeco) aconteceu nessa terça-feira (26), na Câmara Municipal, com peças teatrais.

    O evento conta com a participação de 17 escolas de Lucas do Rio Verde, sendo municipais, estaduais e particulares.

    O Festeco é uma iniciativa do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) do Município, em parceria com as Secretarias de Cultura e Turismo e  Agricultura e Meio Ambiente, com coordenação da Produtora Focus Filmes.

    Miguel da Silva Patat, 11 anos, aluno do 6º ano da Escola Municipal Fredolino Vieira Barros, da agrovila de Groslândia, encenou na peça chamada “Lixo Zero” – mesmo nome do tema trabalhado na edição deste ano do Festeco.

    “Uma experiência única, que a gente pode conhecer as pessoas. Você pode tirar a sua vergonha pra conversar. E fora que é conscientizar sobre a importância de separar o lixo de forma correta para a preservação do meio ambiente”, revelou.

    As escolas seguem participando do Festeco para prestigiar as apresentações dos colegas. Nesta quarta-feira (27), haverá mais peças teatrais, que estão sendo avaliadas por uma equipe de jurados. O Festival encerra na noite do dia 27, às 19h, com uma premiação para os alunos, na Câmara Municipal.

  • Miguel Vaz defende sustentabilidade aliada ao desenvolvimento em 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente

    Miguel Vaz defende sustentabilidade aliada ao desenvolvimento em 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente

    Durante a 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente, promovida pelo Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Cidesa) do Alto Teles Pires, o prefeito de Lucas do Rio Verde e presidente do Cidesa, Miguel Vaz destacou a importância do evento para o fortalecimento das práticas sustentáveis aliadas ao desenvolvimento regional. O evento, que contou com a participação de 15 municípios da região Centro-Norte do estado,  aconteceu na quinta-feira (7), no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), em Sorriso.

     “Esta é uma grande oportunidade, com a participação expressiva de profissionais liberais, pessoas ligadas às secretarias de meio ambiente, prefeitos, secretários, vereadores, a SEMA, enfim, para discutir propostas em torno de 5 eixos, como mitigação de riscos, redução de CO2, justiça ambiental, que serão levadas à conferência estadual e depois à nacional, representando nossa região”, afirmou.

    Miguel Vaz também frisou a importãncia em aliar o desenvolvimento econômico à sustentabilidade. “Precisamos enfrentar os desafios tanto no meio rural quanto nos núcleos urbanos para que a economia continue girando de maneira sustentável. Temos uma economia com base na agricultura, na produção de alimentos e energia, energia sustentável a partir, principalmente, dos biocombustíveis, etanol de milho e biodiesel. E, o objetivo é garantir que nossa geração de riqueza seja feita com responsabilidade, para que possamos continuar a crescer e se desenvolver, mas de forma sustentável, pensando nas próximas gerações”, explicou o prefeito.

    O prefeito de Nova Mutum e vice-presidente do Cidesa, Leandro Felix ressaltou o impacto da conferência para os municípios do consórcio: “Esta conferência permite mostrar que nossa região, além de produtora, tem uma grande responsabilidade com a preservação. Queremos levar sugestões aplicáveis no dia a dia, visando melhorar a qualidade de vida da nossa população”.

    104627899720241108153751
    Foto: Ascom Prefeitura/Anderson Lippi

    Ao final do evento, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde, Felipe Palis, reforçou o compromisso com o crescimento sustentável do município.

    “Nossa região, que é emergente e cresce muito, precisa equilibrar desenvolvimento e sustentabilidade. Em Lucas, temos projetos de educação ambiental em parceria com a Secretaria de Educação e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto, e recentemente firmamos o Pacto de Inovação, que elenca sete macros desafios e diversos projetos com pautas ambientais. A ideia é inovar e crescer, sempre com uma pegada sustentável”, concluiu.

    A conferência contou com a presença de diversas autoridades, servidores públicos, iniciativa privada e sociedade. Os servidores da Prefeitura de Lucas do Rio Verde também contribuíram com suas experiências em iniciativas de sustentabilidade e meio ambiente, reforçando o compromisso do município com a pauta.

    Propostas aprovadas dos 5 eixos que serão levadas à etapa estadual

    Mitigação

    Fomentar incentivos fiscais, subsídios e linhas de crédito às empresas e proprietários para fontes renováveis;

    Apoiar projetos para criação de áreas verdes em locais que favoreçam o microclima nas áreas urbanas.

    Adaptação e Preparação

    Promover a conscientização ambiental na comunidade com foco na capacitação contínua por meio de programas de formação voltadas para brigadistas, primeiros socorros e assistentes sociais;

    Criar uma plataforma de mapeamento ambiental que reúna pontos de risco e passivos na região do Cidesa.

    Justiça Climática

    Implantar, consolidar e fortalecer programas de incentivo educacional e técnico em sistemas agroflorestais para populações tradicionais assegurando a proteção das florestas e garantindo segurança alimentar;

    Incentivar parcerias público privadas (PPPs) para criar estruturas de combate à incêndios com incentivos fiscais.

    Transformação Ecológica

    Executar as políticas públicas para preservação dos recursos hídricos;

    Fomentar o acesso à políticas públicas para implantação de sistemas florestais.

    Governança e educação ambiental

    Criar apoio de pesquisa socioambiental nas comunidades de povos originários e tradicionais;

    Implantar um plano de ação climática municipal alinhado aos ODS e fortalecer o gerenciamento de resíduos sólidos.

  • Período de chuvas intensifica necessidade de manutenção de lotes e terrenos baldios em Lucas do Rio Verde

    Período de chuvas intensifica necessidade de manutenção de lotes e terrenos baldios em Lucas do Rio Verde

    Com o aumento do volume de chuvas em Lucas do Rio Verde nas últimas semanas, a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente reforçou a importância da manutenção de lotes e terrenos baldios, destacando o impacto do descuido tanto na saúde pública quanto na segurança da cidade. Felipe Palis, secretário da pasta, frisou que o crescimento acelerado da vegetação durante este período exige maior atenção dos proprietários de lotes e imobiliárias.

    “O período de chuvas aqui na nossa região pode durar até seis meses, e é comum que a vegetação reaja de maneira mais rápida, crescendo em ritmo acelerado. Por isso, é fundamental que os proprietários mantenham uma vigília constante sobre seus lotes”, explicou Palis. Ele ainda lembrou que o município possui cerca de 9.300 lotes em construção, o que torna a tarefa de manter a cidade organizada um desafio coletivo.

    A falta de cuidado com terrenos pode acarretar uma série de problemas, que vão desde questões de saúde, como a proliferação de animais peçonhentos e do caramujo africano, até a elevação de custos com a limpeza. “Quando a prefeitura precisa intervir e realizar a limpeza de um lote, o valor cobrado pode chegar a R$ 1.500, dependendo da metragem do terreno. Nosso objetivo não é multar, mas sim incentivar a manutenção constante”, alertou o secretário.

    Além dos riscos à saúde pública, terrenos malcuidados também afetam a segurança da população. “Lotes com vegetação alta podem se tornar locais propícios para esconderijo de criminosos, aumentando a sensação de insegurança nos bairros”, acrescentou Palis, fazendo um apelo para que os cidadãos ajudem a manter a cidade segura e limpa.

    A fiscalização será intensificada durante o período de chuvas, mas o secretário ressalta que a responsabilidade principal é dos proprietários. “A vegetação pode atingir rapidamente 40 ou 50 centímetros. Quando isso acontecer, não espere pela notificação da prefeitura. Realize a limpeza e evite multas e outros desdobramentos”, finalizou.

    A população pode entrar em contato com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente para denúncias e solicitações de fiscalização, garantindo assim que as áreas urbanas de Lucas do Rio Verde permaneçam seguras e bem cuidadas durante este período chuvoso.

  • Focos de queimadas atingem número recorde em áreas de matas em 2024

    Focos de queimadas atingem número recorde em áreas de matas em 2024

    Mapeamento feito pela Embrapa das áreas impactadas pelas queimadas durante o período de seca no Brasil em 2024 revela que os principais focos ocorreram em áreas de formação florestal, principalmente na Amazônia e no Pantanal matogrossense. “O levantamento das áreas de matas impactadas pelo fogo mostra que os estados de Mato Grosso, Pará e Amazonas foram os mais atingidos. O município de São Félix do Xingu, no Pará, com 3.846 queimadas em áreas de mata, foi o que registrou o maior número de focos no País. Os municípios paraenses de Altamira e Novo Progresso, e o amazonense Apuí também registraram mais de 2 mil focos de queimadas em 2024”, expõe o pesquisador da área de Agrometeorologia da Embrapa Milho e Sorgo (MG) Daniel Pereira Guimarães.

    Durante a estiagem de 2023, foram registrados cerca de 90 mil focos de calor no País. Em 2024, esse número foi superior a 200 mil entre os meses de maio até o fim de setembro, com forte intensificação da incidência de queimadas em agosto, segundo o pesquisador. “Identificados pelo sensor Modis, embarcado nos satélites Aqua e Terra, seis municípios brasileiros tiveram mais de 5 mil focos de calor, dentro e fora de áreas de matas”, informa Guimarães. São eles: São Félix do Xingu (PA), com 7.657 focos de queimadas; Altamira (PA), com 6.687 focos no mesmo período; Apuí (AM), com 5.906 focos; Corumbá (MS), totalizando 5.860 registros; Novo Progresso (PA), com 5.498 queimadas; e Lábrea (AM), chegando a 5.205 focos. As imagens do sensor Modis, de Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer, são analisadas pelo Programa Earth Science Data Systems (ESDS) da agência espacial norte-americana (Nasa) e distribuídas em diferentes formatos em seu site. “Os pontos com cores quentes vistos nas imagens são as queimadas”, explica o cientista da Embrapa.

    Na visão de Guimarães, o cenário de forte estiagem visto em 2024, em que as queimadas atingiram com maior intensidade as áreas com formação florestal no Brasil, apresenta peculiaridades e desafios para a recuperação desses biomas. “A vegetação florestal não está adaptada aos impactos das queimadas e tende a perecer, enquanto as áreas de campo, como as de Cerrado e pastagens, se recuperam mais facilmente com a chegada do período chuvoso. Outra questão diz respeito ao grande volume de matéria seca existente nas áreas de mata cuja queima provocou os altos índices de poluição atmosférica no País”, pondera. “Essas mudanças são também percebidas nas alterações dos índices de vegetação obtidos das imagens de satélite. Os resultados foram os altos índices de queimadas e a escassez de água nos rios da região”, completa.

    Impacto na agricultura

    As áreas agrícolas também foram muito afetadas, e os canaviais os mais impactados, com a ocorrência de mais de quatro mil focos de queimadas em 2024 – em 2023, foram registrados 650 focos, segundo o pesquisador. “Veremos perdas tanto pela ação do fogo quanto pela queda de produtividade causada pelo estresse hídrico”, apresenta. Segundo Guimarães, a forte estiagem terá impactos na próxima safra. “As áreas de cultivo de soja se encontravam em época de pousio e as perdas estão relacionadas com a queima da matéria orgânica e da cobertura do solo. Já as lavouras de café tiveram baixa incidência de queimadas, mas terão forte impacto devido à deficiência de água na zona radicular. Condição similar ocorre nas áreas de fruticultura”, relata Guimarães.

    Eventos extremos

    A chegada do período chuvoso em grande parte do País na segunda semana de outubro marcou o fim da estiagem que causou a maior incidência de queimadas no Brasil, com enormes prejuízos econômicos e danos ambientais incalculáveis. De acordo com Guimarães, a intensidade das estiagens está sendo avaliada com base na extensão do período sem chuvas e na atuação do fenômeno El Niño Oscilação Sul (Enso). “Isso conduz a erros de interpretações e atrasos na tomada de ações para mitigar os danos causados pela seca, como verificado nessa última estação de estiagem. As chuvas ocorridas nas regiões Sudeste e Nordeste ficaram próximas das normais climatológicas; na Região Sul foram maiores que as médias históricas; já na Região Norte ficaram abaixo da média. Essas variações sazonais e a condição de neutralidade da temperatura do Pacífico desde o início de maio não serviram de alerta para a tragédia que se avizinhava”, explica Guimarães.

    Segundo o pesquisador, a forte estiagem foi ocasionada pela perda de água dos solos em razão das altas temperaturas, dos baixíssimos índices de umidade relativa do ar e da ação dos ventos, causando uma estação de inverno atípica, com secagem precoce das gramíneas e uma perda excessiva de folhagem nas áreas florestais. “Esses impactos já eram claramente observáveis em agosto de 2024, quando vários estados já apresentavam excessiva escassez hídrica nos solos. Essas mudanças são também percebidas nas alterações dos índices de vegetação obtidos das imagens de satélite. A forte estiagem na região amazônica foi prevista com antecedência pelos modelos de previsão de clima. Os resultados foram os altos índices de queimadas e a escassez de água nos rios da região”, apresenta.

    Medidas de prevenção

    241022 balancoQueimadas Guilherme Viana pesquisador Daniel Guimaraes
    Foto: Guilherme Viana

    Daniel Guimarães comenta que os eventos climáticos extremos estão cada vez mais frequentes, com catástrofes causadas pelas chuvas como as ocorridas na Região Sul do País, e as estiagens, que atingiram áreas enormes. “Porém, nossas bases de informações, principalmente as obtidas a partir de sensores orbitais, são suficientes para o monitoramento em tempo real e para orientar as tomadas de decisões mais assertivas”, diz.

    O pesquisador reforça que as condições de umidade dos solos e os níveis de estresse da vegetação permitem que ações sejam tomadas, como campanhas educativas, proibição do uso de queimadas e ações de fiscalização, com pelo menos dois meses antes do período crítico. “A mitigação desse problema nacional depende do monitoramento e da previsão das condições climáticas, da análise da geolocalização dos focos de incêndios em tempo real em integração com as bases de relevo, uso do solo e Cadastro Ambiental Rural (CAR), além da fiscalização das áreas de risco com o apoio de sensores remotos”, conclui.

  • CIDESA mobiliza Conferência Intermunicipal contra a Emergência Climática

    CIDESA mobiliza Conferência Intermunicipal contra a Emergência Climática

    A 1ª CIMA será realizada no dia 07 de novembro de 2024, das 7h às 17h, no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), localizado na Avenida dos Universitários, nº 799, bairro Santa Clara, CEP: 78890-000, Sorriso – MT. A Conferência é uma das etapas mais importantes da 5ª Conferência
    Nacional do Meio Ambiente (CNMA) e tem como objetivo incentivar a ampla participação da população na construção de propostas para enfrentar os desafios climáticos, além de eleger delegados que representarão o município na etapa estadual.

    “Estamos realizando a 1ª Conferência Intermunicipal sobre o Meio Ambiente através do Cidesa para que os municípios que fazem parte do consórcio tenham maior participação e nos ajudem a alcançar os objetivos para a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente. Mobilizar a sociedade e incentivar a participação para que possamos discutir questões que vão nos ajudar a criar e implantar projetos sustentáveis que farão o mundo ser um lugar ainda melhor para nossas gerações.” Afirma o presidente do Cidesa, sr. Miguel Vaz Ribeiro.

    A mobilização para a conferência intermunicipal também é reforçada pelo governo federal e por organizações de representação dos municípios que integram a Comissão Organizadora da 5ª CNMA, como a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), a Confederação Nacional de Municípios (CNM) e a Frente
    Nacional dos Prefeitos (FNP).

    “A participação dos municípios na conferência do meio ambiente é de extrema importância por diversas razões. Primeiramente, os municípios estão mais próximos da população e, portanto, têm uma compreensão mais aprofundada das realidades locais e das necessidades específicas de suas comunidades. Essa proximidade permite que as ações e políticas ambientais sejam implementadas de forma mais eficaz”, explica Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

    Sobre a Conferência

    Durante a conferência intermunicipal, os participantes poderão apresentar propostas contra os efeitos causadores da emergência climática para os cinco eixos definidos pela 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente: mitigação; adaptação e preparação para desastres; justiça climática; transformação ecológica; e governança e educação ambiental.

    Qualquer brasileiro ou brasileira maior de 16 anos pode participar da conferência e votar nos/nas delegados/as. Poderão ser levantadas, por município, até dez propostas, sendo duas para cada um dos eixos tem áticos.
    As propostas priorizadas serão encaminhadas para a Comissão Organizadora Estadual e serão incluídas no Caderno de Propostas que será debatido nas Conferências Estaduais.

    Benefícios para os municípios

    Participar da conferência intermunicipal do meio ambiente traz inúmeros benefícios para as cidades brasileiras. Entre eles, destaca-se o acesso a conhecimento e inovação.

    As conferências oferecem uma plataforma única para que gestores e técnicos municipais se capacitem e adquiram novas habilidades e conhecimentos sobre gestão ambiental.

    A participação também fortalece a governança ambiental local. Ao envolver diferentes setores da sociedade, como governo, sociedade civil e setor privado, as conferências promovem a construção de políticas públicas mais abrangentes e alinhadas com as necessidades e expectativas da população.

    Além disso, os municípios que participam da conferência têm a oportunidade de influenciar políticas estaduais e nacionais de meio ambiente. Isso significa que as ideias e soluções desenvolvidas por cada município terão o potencial de impactar políticas em uma escala maior.

    Saiba como participar e organizar uma conferência municipal de meio ambiente no site oficial da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente: www.gov.br/cnma

  • Licenciamento ambiental em Lucas do Rio Verde agora pode ser solicitado de forma digital

    Licenciamento ambiental em Lucas do Rio Verde agora pode ser solicitado de forma digital

    A partir desta terça-feira (15) os contribuintes de Lucas do Rio Verde que precisarem solicitar o licenciamento ambiental poderão fazer todo o processo de maneira digital. O sistema de protocolo e envio de documentos, antes realizado de forma física, agora será totalmente online.

    A Prefeitura de Lucas do Rio Verde lançou a nova plataforma para agilizar o atendimento ao empreendedor ou técnico responsável. Segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Felipe Palis, a digitalização do serviço, além de economizar papel e tempo, contribuirá com a preservação ambiental e eficiência no atendimento.

    “O empreendedor não precisará mais enviar processos físicos, o que gera economia e evita deslocamentos até a Secretaria. Além disso, o acompanhamento do processo pode ser feito de forma prática e ágil, pelo computador ou celular”, ressaltou Palis.

    O novo sistema está acessível através da Central de Atendimento do Sistema 1Doc e permite que os usuários acompanhem o andamento de seus processos, verifiquem requisitos e prazos, e acessem documentos de maneira direta.

    Essa iniciativa faz parte do Projeto DigitAll, amparado pelo Decreto Nº 6.994 de setembro de 2024, e está ligado ao InPacto Lucas, projeto que visa tornar o município referência em Economia Verde nos próximos 10 anos. A Prefeitura também está adaptando outros serviços para o formato digital, como o de alvarás de construção, vinculado à Secretaria de Infraestrutura e Obras.

    Para mais informações ou dúvidas, a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente está à disposição para prestar esclarecimentos sobre o processo.

    Acesse o serviço digital de licenciamento ambiental através do link: Lucas do Rio Verde – Carta de Serviços.

  • Mato Grosso sofre com onda de calor recorde e quebra marcas históricas

    Mato Grosso sofre com onda de calor recorde e quebra marcas históricas

    O calor intenso que assola o Centro-Oeste do Brasil atingiu níveis históricos em Mato Grosso, com Cuiabá registrando a segunda maior temperatura já registrada em 113 anos de medições.

    No último domingo (6), a capital mato-grossense alcançou 44,1°C, superando o recorde anterior de 43,2°C, registrado em 26 de setembro.

    A onda de calor não se restringe a Cuiabá. Diversas cidades de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais registraram temperaturas acima de 40°C, com destaque para Corumbá (MS) que bateu seu recorde histórico de calor e Aquidauana (MS) que registrou a segunda maior temperatura da história.

    Impactos da onda de calor em Mato Grosso

    16 12

    As altas temperaturas trazem diversos impactos para a população e o meio ambiente, como:

    • Problemas de saúde: Aumento de casos de desidratação, insolação e outras doenças relacionadas ao calor.
    • Aumento no consumo de energia: A demanda por energia elétrica aumenta significativamente com o uso de ar-condicionado e ventiladores.
    • Risco de incêndios: O calor e a baixa umidade aumentam o risco de incêndios florestais.
    • Impactos na agricultura: A falta de chuva e as altas temperaturas podem prejudicar as lavouras.

    Recomendações para se proteger do calor:

    • Beba bastante água: Mantenha-se hidratado ao longo do dia.
    • Use roupas leves e claras: Opte por roupas de algodão e cores claras.
    • Evite exposição ao sol: Nos horários de maior intensidade, procure ficar em ambientes frescos e ventilados.
    • Use protetor solar: Proteja a pele dos raios solares.
    • Verifique a previsão do tempo: Fique atento às informações sobre as condições climáticas.

    A previsão é de que a chuva característica da primavera comece a aparecer nos próximos dias, aliviando o calor intenso que assola Mato Grosso.

    No entanto, é importante que a população continue tomando cuidados para evitar os efeitos do calor excessivo, como beber bastante água, usar roupas leves e evitar exposição ao sol nos horários de maior intensidade.

  • Produtores rurais são prejudicados pelos incêndios em Mato Grosso

    Produtores rurais são prejudicados pelos incêndios em Mato Grosso

    A secretária estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, disse nesta quarta-feira (25), que os produtores rurais também são vítimas dos incêndios em várias regiões do estado. Segundo a chefe da pasta ambiental, as propriedades rurais são afetadas pelas chamas que vêm de outras localidades causando um impacto financeiro e ambiental ao setor produtivo.

    “Quando nós olhamos o cenário dos incêndios florestais, a maioria das pessoas não são responsáveis, são vítimas de incêndios que se originaram em uma outra propriedade, em uma outra localização. Nós temos inúmeros proprietários rurais que são vítimas”, destaca Mauren.

    Durante a 9ª reunião ordinária do Conselho Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso, Lazzaretti também elogiou o esforço e a colaboração dos produtores rurais na luta contra os incêndios.

    “O setor produtivo de um modo geral está todo mobilizado a apoiar as ações do poder público com equipamentos, com pessoas, com carros pipa. Então há uma união e mobilização de combate em torno do combate e do controle”, explica Mauren.

    A Sema classifica que 2024 representa o pior cenário climático dos últimos dez anos em Mato Grosso. Embora os índices de focos de calor sejam alarmantes, o órgão ressaltou que o estado se destaca por ser um dos poucos no Brasil capaz de implementar as três frentes de atuação contra incêndios: prevenção, combate e responsabilização.

    “Não é só no estado de Mato Grosso, nós estamos falando no Brasil como um todo, de outros países como Portugal e Canadá, regiões do mundo que não tem histórico do fogo, mas que estão sofrendo muito no ano de 2024, então nós temos uma crise global relacionada aos eventos climáticos”.

    A Famato reitera o trabalho realizado junto aos sindicatos rurais de monitoramento para a prevenção do fogo, além das ações educativas, destacando a criação de aceiros e a capacitação de equipes para o controle de focos iniciais de incêndio. Essas iniciativas visam fortalecer a conscientização e a colaboração dos agricultores na proteção do meio ambiente e na mitigação dos impactos das chamas.