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  • Onça-pintada é filmada capturando presa em Mato Grosso

    Onça-pintada é filmada capturando presa em Mato Grosso

    A vida selvagem nos presenteia com momentos únicos, e um trabalhador rural de Porto dos Gaúchos, região do 47, no estado de Mato Grosso, teve a sorte de testemunhar um deles. Em um vídeo impressionante, uma onça-pintada (Panthera onca) foi flagrada capturando um porco-do-mato em plena estrada de terra, cercada por lavouras e vegetação nativa.

    O registro, que rapidamente se espalhou pelas redes sociais, destaca um comportamento natural desse grande felino, um dos principais predadores do Cerrado e da Amazônia.

    Para a onça, o porco-do-mato representa uma fonte de alimento essencial, e sua caça demonstra a habilidade e força desse animal fascinante.

    Momento selvagem: trabalhador flagra onça-pintada em plena caçada

    Onças e a Expansão Humana 

    Moradores da região relatam que o avistamento de onças tem se tornado cada vez mais frequente, um reflexo da interação entre os grandes felinos e as áreas agrícolas. O desmatamento e a expansão agropecuária alteram o habitat natural desses animais, forçando-os a caçar em locais mais próximos às propriedades rurais.

    Apesar dessa proximidade, especialistas enfatizam que a presença da onça-pintada é um sinal de que a biodiversidade local ainda se mantém relativamente equilibrada. Esses felinos cumprem um papel essencial no ecossistema, controlando populações de presas e ajudando a manter a saúde dos ambientes onde vivem.

    Conservação e Convivência 

    A onça-pintada está classificada como vulnerável à extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A perda de habitat, a caça ilegal e os conflitos com pecuaristas estão entre as principais ameaças à sua sobrevivência.

    Diante desse cenário, a conscientização sobre a preservação da espécie é fundamental. Especialistas orientam que, ao avistar uma onça-pintada, a melhor atitude é manter distância e evitar qualquer interferência em seu comportamento natural. Caso encontros frequentes sejam registrados, é importante acionar órgãos ambientais, como o Ibama ou a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), para o monitoramento adequado da fauna local.

    Fotógrafo captura momento impressionante de onça-pintada descansando sobre uma árvore, ainda com vestígios de sua última caça
    Foto: reprodução (@Lucas Morgado)

    O Vídeo Viralizou!

    O flagrante da onça carregando sua presa gerou grande repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões. Enquanto muitos ficaram maravilhados com a beleza e imponência do animal, outros ressaltaram a importância de proteger seu habitat natural.

    Independentemente da reação, uma coisa é certa: esses registros reforçam a grandiosidade da vida selvagem e a necessidade de respeitarmos cada espécie em seu espaço.

  • O fascinante passeio de uma sucuri gigante pelo córrego

    O fascinante passeio de uma sucuri gigante pelo córrego

    Poucas cenas na natureza são tão impactantes quanto a visão de uma sucuri deslizando com majestade por um córrego. Recentemente, uma dessas gigantes foi flagrada “passeando” pelas águas, ocupando praticamente todo o leito do riacho.

    Seu tamanho imponente e sua presença marcante deixam qualquer observador maravilhado — e também nos lembram do papel essencial que esses répteis desempenham na manutenção do equilíbrio ambiental.

    A gigante do córrego: o impressionante avistamento de uma sucuri em seu habitat natural

    Sucuri, a guardiã dos ecossistemas aquáticos 

    As sucuris (do gênero Eunectes) são algumas das maiores serpentes do mundo, podendo ultrapassar os 6 metros de comprimento. Diferente do que muitos pensam, essas cobras não são agressivas com humanos e preferem manter-se discretas em seu habitat natural.

    No entanto, ao desempenharem seu papel como predadoras no topo da cadeia alimentar, elas ajudam a regular populações de diversas espécies, como capivaras, jacarés e outros animais aquáticos, evitando desequilíbrios ecológicos.

    Além disso, as sucuris são bioindicadores naturais — ou seja, sua presença é um sinal de que o ecossistema está saudável. Locais onde essas serpentes vivem em abundância costumam ser ricos em biodiversidade e oferecem boas condições ambientais.

    Green anaconda, Eunectes murinus, sucuri snake. Huge - Fotos do Canva
    Green anaconda, Eunectes murinus, sucuri snake. Huge – Fotos do Canva

    Preservação: Um Compromisso com a Natureza

    Infelizmente, muitas sucuris são vítimas de caça ilegal ou sofrem com a destruição de seus habitats devido ao desmatamento e à poluição dos rios e córregos. Proteger essas gigantes das águas significa também garantir a conservação dos ambientes aquáticos e de toda a fauna que depende deles para sobreviver.

    Ao se deparar com uma sucuri em seu habitat natural, o melhor a se fazer é admirá-la à distância e respeitar seu espaço. Afinal, esses répteis magníficos fazem parte da incrível teia da vida selvagem e nos lembram da grandiosidade da natureza.

  • Mulher indígena registra sucuri em águas cristalinas

    Mulher indígena registra sucuri em águas cristalinas

    No coração de uma área indígena, onde a natureza segue seu próprio ritmo e os rios correm livres, uma mulher indígena protagonizou um encontro fascinante com uma das maiores serpentes do mundo: a sucuri-verde (Eunectes murinus).

    Com um olhar sereno e uma câmera em mãos, ela registrou cada detalhe do deslizamento gracioso da sucuri pelas águas cristalinas, revelando uma cena rara e repleta de significado.

    No vídeo, a serpente parece completamente à vontade em seu habitat natural, movendo-se suavemente sob a superfície do rio. A mulher, com profundo respeito pela fauna local, narra a importância de proteger esses animais, muitas vezes mal compreendidos e injustamente temidos. Ela destaca o papel fundamental das sucuris no equilíbrio ecológico, controlando populações de outras espécies e ajudando a manter a saúde dos ecossistemas aquáticos.

    A beleza da sucuri: mulher indígena registra momento incrível em águas cristalinas

    A cena, além de belíssima, reforça uma lição valiosa: a convivência respeitosa entre humanos e a vida selvagem é não apenas possível, mas essencial para a preservação da biodiversidade.

    Para as comunidades indígenas, a sucuri não é apenas um animal, mas parte de um ciclo maior, carregado de significados culturais e espirituais.

    Com registros como esse, a percepção sobre as serpentes pode mudar, substituindo o medo pelo respeito e a desinformação pelo conhecimento.

    Afinal, ao protegermos animais como a sucuri, protegemos também a riqueza dos rios, das florestas e de toda a vida que delas depende.

  • Vídeo viral gera debate sobre o papel da cobra jararaca no ecossistema 

    Vídeo viral gera debate sobre o papel da cobra jararaca no ecossistema 

    Um vídeo que está circulando nas redes sociais está dividindo opiniões e gerando um intenso debate entre internautas e especialistas em vida selvagem.

    Nele, um homem exibe com orgulho ao menos 36 cobras jararacas abatidas por ele. Para alguns, a ação é justificada pelo risco que esses répteis podem representar para seres humanos. Já para outros, o extermínio desenfreado dessas serpentes é um grave desequilíbrio ambiental, prejudicando tanto o ecossistema quanto a saúde humana.

    O biólogo Henrique Abrahão, especialista em herpetologia, comentou o caso em uma publicação no Instagram, destacando a importância das jararacas na natureza.

    Além de serem predadoras naturais de ratos e outros pequenos roedores, ajudando no controle de pragas, essas serpentes possuem um papel essencial na medicina. Sua peçonha foi fundamental para o desenvolvimento do captopril, um medicamento amplamente utilizado no tratamento de doenças cardíacas e hipertensão.

    Mais que veneno: como as jararacas ajudam na natureza e na medicina

    A Importância das Jararacas no Ecossistema 

    As jararacas (do gênero *Bothrops) são algumas das serpentes mais comuns da América do Sul. Adaptáveis e furtivas, elas preferem ambientes de mata e áreas úmidas, mas podem ser encontradas até mesmo em regiões próximas a centros urbanos.

    Seu veneno, altamente estudado por cientistas, contém substâncias que foram a base para a criação de medicamentos revolucionários na medicina moderna.

    Além disso, as jararacas exercem um papel vital no equilíbrio da cadeia alimentar, controlando populações de **ratos e outras pequenas presas. O desaparecimento desses répteis pode resultar no aumento descontrolado de roedores, levando a danos agrícolas e à propagação de doenças.

    Mulher morre após ser picada por cobra jararaca em Mato Grosso
    Mulher morre após ser picada por cobra jararaca em Mato Grosso

    Embora o medo das serpentes seja compreensível, a melhor solução para evitar acidentes não é a eliminação em massa, mas sim a conscientização e o manejo responsável da fauna.

    Afinal, cada espécie tem seu lugar no meio ambiente, e entender seu papel é fundamental para a convivência harmoniosa entre humanos e a vida selvagem.

  • Filhote de onça-pintada é encontrado morto em Poconé (MT)  

    Filhote de onça-pintada é encontrado morto em Poconé (MT)  

    A natureza do Pantanal sofreu mais uma perda irreparável. Um filhote de onça-pintada foi encontrado morto às margens da estrada para Porto Cercado, em Poconé (MT), nessa quinta-feira (27). A cena foi registrada por um morador da região, que capturou imagens do pequeno felino, vítima provável de um atropelamento.

    A estrada, que dá acesso ao Sesc Pantanal, corta uma das regiões mais ricas em biodiversidade do país e é frequentemente utilizada por animais silvestres. Infelizmente, casos como esse evidenciam os desafios da coexistência entre a fauna e o tráfego humano.

    Apesar da relevância do caso, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar informaram que não receberam chamados para a remoção do animal. O episódio reacende o debate sobre a necessidade de medidas para evitar acidentes com a fauna, como sinalizações e redutores de velocidade em trechos críticos.

    A preservação da onça-pintada, símbolo do Pantanal, depende de um esforço coletivo. O alerta fica para motoristas que trafegam na região: respeitar os limites de velocidade e redobrar a atenção pode salvar vidas – tanto humanas quanto animais.

  • Desafios da logística reversa em Mato Grosso são debatidos durante 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente

    Desafios da logística reversa em Mato Grosso são debatidos durante 4ª Conferência Estadual do Meio Ambiente

    Fomentar a educação ambiental é um dos caminhos para driblar os desafios que a logística reversa impõe. Esse processo que envolve a gestão do retorno de produtos ou embalagens do consumidor final de volta ao fabricante ou a um destino adequado para reaproveitamento, reciclagem ou descarte, foi tema apresentado na 4° Conferência Estadual do Meio Ambiente.

    Durante o painel que discutiu as iniciativas para proteção do clima no estado, mediador e diretor da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Adilson Valera, ressaltou a necessidade do trabalho em conjunto entre empresas, governos e organizações não governamentais como parte fundamental para o sucesso da logística reversa.

    “Há uma exigência de mercado crescente. Os negócios precisam estar mais atrelados as premissas do ESG. Porém, os desafios continuam grandes, principalmente no que se refere a custos e falta de incentivos, cujos programas precisam estar atrelados as ações de preservação ao meio ambiente, através da economia circular, reciclagem”, pontuou.

    No painel, participaram representantes de importantes instituições como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Instituto Produzir Conservar e Incluir (PCI), Programa REM MT (REDD Early Movers – REM) , Corpo de Bombeiros Militar, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Foram apresentadas práticas e inovações como alternativas para um desenvolvimento mais sustentável.

    A Conferência

    A 4ª Conferência Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso, foi realizada em Cuiabá nos dias 18 e 19 de fevereiro. Com o tema “Emergência Climática: O desafio da transformação ecológica”, o evento debateu soluções com foco em mitigação, adaptação, justiça climática, transformação ecológica, governança e educação ambiental.

  • Onça-pintada filhote é resgatada em estado crítico e luta pela vida; Pequena Guerreira

    Onça-pintada filhote é resgatada em estado crítico e luta pela vida; Pequena Guerreira

    Uma cena de cortar o coração e, ao mesmo tempo, de esperança. Em Roraima, uma filhote de onça-pintada de apenas quatro meses foi resgatada em estado crítico, debilitada, desidratada e com sinais de pneumonia.

    O caso foi registrado pelo biólogo Henrique Abrahão, que compartilhou detalhes do resgate em um vídeo emocionante publicado em sua página no Instagram.

    O futuro da selva: onça-pintada filhote é resgatada e recebe cuidados para voltar à natureza

    Um Resgate Necessário

    Segundo as autoridades, o filhote foi encontrado por um homem na mata, que, sem saber o que fazer, acabou levando o animal para casa. Felizmente, órgãos ambientais foram acionados e, com o apoio do IBAMA, a oncinha foi encaminhada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), onde recebe tratamento especializado.

    A boa notícia é que, assim que se recuperar, a filhote será devolvida ao seu habitat natural, onde poderá crescer livre e segura.

    Cantor Leonardo se encanta com onça-pintada no Pantanal

    O Alerta dos Especialistas

    O biólogo Henrique Abrahão aproveitou a repercussão do caso para reforçar um alerta importante: nunca se deve levar um animal silvestre para casa. Muitos filhotes podem parecer abandonados, mas na maioria das vezes suas mães estão próximas e voltam para buscá-los. Além disso, a criação ilegal de animais selvagens prejudica os esforços de conservação e coloca em risco tanto a vida dos bichos quanto a das pessoas.

    Onça-Pintada: O Símbolo da Fauna Brasileira

    A onça-pintada (Panthera onca) é o maior felino das Américas e um dos mais icônicos do mundo. Com sua pelagem inconfundível e olhar imponente, a onça é um predador topo de cadeia, desempenhando um papel fundamental no equilíbrio ecológico.

    1. Força e Inteligência: A onça-pintada é um dos felinos mais fortes do planeta, possuindo uma mordida poderosa capaz de atravessar ossos e até cascos de jacarés!
    2. Habitat: Esse grande felino habita diversos biomas, como a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado, sempre próximo a rios e áreas de mata densa.
    3. Comportamento: Diferente de outros felinos, a onça é exímia nadadora, o que a torna uma caçadora versátil. Seu cardápio inclui capivaras, jacarés e até grandes mamíferos.
    4. Ameaças: Infelizmente, a onça-pintada está ameaçada pela destruição de seu habitat e pela caça ilegal. Projetos de conservação têm sido fundamentais para proteger essa espécie e garantir sua sobrevivência.

    Esse caso reforça a importância da conscientização e do respeito à vida selvagem. A expectativa é que a pequena oncinha possa crescer saudável e voltar a reinar na natureza, onde pertence!

  • Sucuri é filmada em seu habitat natural e impressiona com sua agilidade e grandeza

    Sucuri é filmada em seu habitat natural e impressiona com sua agilidade e grandeza

    No coração da natureza brasileira, um vídeo fascinante capturou um momento raro e impressionante: uma sucuri de tamanho colossal deslizando pela mata em direção ao rio.

    A cena, gravada por um observador atento, destaca não apenas a beleza e a agilidade desse réptil icônico, mas também a importância da cautela ao explorar ambientes naturais.

    Vídeo raro mostra a majestade da sucuri em movimento

    Guardião dos rios: encontro fascinante com a sucuri reforça a beleza da vida selvagem

    A sucuri, considerada um verdadeiro símbolo da fauna sul-americana, é um dos maiores predadores aquáticos do Brasil. No vídeo, sua musculatura poderosa e sua movimentação fluida chamam a atenção, mostrando como essa serpente, apesar do tamanho impressionante, consegue se deslocar com extrema destreza.

    Conhecida por sua camuflagem eficaz e sua paciência ao caçar, a sucuri costuma passar longos períodos submersa, aguardando o momento ideal para atacar. Sua dieta inclui peixes, aves, capivaras e até jacarés, o que reforça seu papel fundamental no equilíbrio do ecossistema.

    A sucuri-amarela é uma predadora oportunista, alimentando-se de uma variedade de animais, incluindo peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

    Respeito à Fauna Selvagem

    O registro serve como um lembrete da importância de respeitar os habitats naturais e manter uma distância segura ao encontrar animais selvagens. Especialmente em regiões ribeirinhas, a atenção deve ser redobrada para evitar encontros inesperados que possam colocar tanto humanos quanto animais em risco.

    A sucuri, embora temida por muitos, não representa uma ameaça direta ao ser humano, desde que não seja provocada. Seu verdadeiro papel é o de reguladora natural das cadeias alimentares dos rios e florestas, garantindo o equilíbrio dos ecossistemas onde habita.

  • Mudanças climáticas: Mato Grosso contribui para mitigar aquecimento global por meio do manejo florestal

    Mudanças climáticas: Mato Grosso contribui para mitigar aquecimento global por meio do manejo florestal

    Atenções de todo planeta estarão centradas na 30ª Conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Mudanças Climáticas (COP30), quando também será celebrado o 10º aniversário do Acordo de Paris. A COP 30 será realizada em novembro de 2025 em Belém, capital do Pará (PA). O Pará é um dos principais produtores e exportadores de madeira do Brasil. Junto com Mato Grosso, responde por 62,6% da quantidade total de madeira em tora extraída das florestas nativas, representando 79,1% do valor da produção madeireira no país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Maior produtor nacional de madeira nativa em tora, com 5 milhões de metros cúbicos (m3) em 2023, o Pará aumentou em 5% sua extração. Mato Grosso está em 2º lugar, com participação de 18,4% na produção madeireira no território brasileiro, com 3.951 milhões (m3) de tora e lenha, provenientes dos mais de 5 milhões de hectares de áreas de manejo florestal.

    Entre os 20 maiores produtores municipais de madeira nativa no Brasil destacam-se Colniza, em 4º lugar no ranking nacional com 425 mil (m3), seguido de Aripuanã (6º lugar com 310 mil m3), Juara (13º lugar com 150 mil m3) e Juína (14º lugar e 145 mil m3), conforme levantamento do IBGE. Em 66 municípios mato-grossenses a produção madeireira é a principal atividade econômica, empregando 13.878 pessoas com carteira assinada em novembro de 2024, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Quantitativo que representa 10% do estoque de 133.273 empregos da indústria de transformação de Mato Grosso. De janeiro a novembro, a geração de empregos no setor de base florestal no estado aumentou, com a abertura de 475 novos postos de trabalho formais.

    O presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, afirma que alinhar a produção madeireira com boas práticas ambientais é um compromisso do setor de base florestal de Mato Grosso. “Ao implementar a gestão das matas nativas em áreas de reservas particulares por meio dos planos de manejo, o setor de base florestal contribui para o sequestro de carbono e mitigação das mudanças climáticas. A técnica do manejo sustentável, ao garantir a floresta em pé, não apenas contribui para a preservação ambiental e da biodiversidade, mas também atende à demanda por produtos que respeitam as normas de sustentabilidade, legalidade e qualidade”, diz Blasius. Esses diferenciais intrínsecos aos produtos florestais mato-grossenses tem sido demonstrados em eventos setoriais, dentro e fora do Brasil.

    Em Mato Grosso, a produção do setor de base florestal está adequado aos processos detalhados de monitoramento e controle em toda cadeia produtiva, que envolve a rastreabilidade desde a origem até a comercialização final da madeira nativa, realizado por meio do Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora 2.0), atendendo aos mais altos padrões ambientais. Isso proporciona maior transparência e facilita a fiscalização pelos órgãos reguladores, promovendo uma gestão eficiente dos recursos florestais. A cadeia de custódia complementa a rastreabilidade ao assegurar a origem dos produtos florestais comercializados, pois identifica as etapas de um produto de ponta a ponta, desde a produção até a distribuição ao consumidor final. Esse controle oferece segurança aos mercados nacional e internacional, assegurando que a madeira colhida no estado cumpre as normas ambientais e contribui para a conservação da floresta em pé.

    Meta global

    Firmado em 2015 durante a COP 21, o Acordo de Paris é a principal convenção climática da ONU e prevê a redução das emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, visando limitar o aquecimento global. Neste horizonte de dez anos, o Brasil se comprometeu a reduzir as emissões de gases poluentes em 37%, bem como aumentar a participação de bioenergia na matriz energética para aproximadamente 18% em 2030. Neste sentido, Mato Grosso pode fortalecer sua contribuição ao equilíbrio climático, expandindo a abrangência do manejo florestal, diante do potencial de alcançar até 6 milhões (ha) de florestas manejadas.

    Dentro e fora do Brasil

    As indústrias madeireiras de Mato Grosso exportaram 201.902 toneladas de produtos florestais para 69 países em 2024. O comércio com os mercados consumidores internacionais propiciaram saldo financeiro de US$ 85,3 milhões ao setor de base florestal do estado, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). No cenário global, os acordos intergovernamentais favoreceram o acesso da madeira principalmente aos blocos econômicos G7 (US$ 29,3 milhões), União Europeia (US$ 25,7 milhões), Ásia (US$ 22,2 milhões) e Brics (US$ 20,4 milhões), aponta o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

    Entre os compradores estrangeiros de madeira nativa de Mato Grosso destaca-se a França, um dos mercados mais exigentes ambientalmente no comércio internacional e que aumentou a demanda. Em 2024, os franceses investiram US$ 13,7 milhões na aquisição de 7.192 toneladas de produtos florestais despachados pelas indústrias mato-grossenses. Os números demonstram intensificação do comércio de madeira entre os fornecedores locais e os consumidores franceses ao longo dos últimos dez anos e também em relação a 2023. Comparado com 2014, quando foram embarcadas 5 mil toneladas de madeira por US$ 7,9 milhões, as empresas de base florestal elevaram em 72% o faturamento resultante da relação comercial com o país europeu. Na comparação com 2023, o volume de negócios entre o setor madeireiro de Mato Grosso com a França cresceu 3,5%, considerando embarques de 6.660 toneladas por US$ 13,2 milhões, informa o Mapa.

    Outro país que elevou em 7,9% os investimentos na compra de madeira originária de Mato Grosso é a Índia. Em 2024, foram destinadas aos compradores indianos 24.947 toneladas do produto por US$ 13,9 milhões, ante 31 mil toneladas repassadas por US$ 12,9 milhões em 2014. Pelo volume de negócios, destacam-se, ainda, as vendas acumuladas em 2024 para os Estados Unidos (US$ 12,9 milhões), Bélgica (US$ 6,5 milhões) e China (US$ 5,2 milhões).

    Os resultados das exportações são atribuídos, principalmente, aos embarques de madeira em bruto (US$ 49,5 milhões), serrada (US$ 19 milhões) e perfilada (US$ 16,2 milhões).

    Fomento ao comércio de produtos florestais

    Para 2025, estão previstas feiras de negócios nacionais do setor de base florestal. Em maio, será realizada em Florianópolis, Santa Catarina (SC), mais uma edição do encontro Madeira Sustentável: O Futuro do Mercado, evento realizado pelo Cipem e o Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal (FNBF). O simpósio que se consolida como um dos mais importantes do setor, reunirá especialistas, arquitetos e líderes para discutir inovações, sustentabilidade e as tendências do mercado florestal. Entre os dias 08 e 11 de abril, será a vez da capital paulista sediar a Feicon, considerada a maior feira do setor de construção civil e arquitetura da América Latina.

    Ao longo de 2024, empresários do setor de base florestal associados e representados pelo Cipem participaram de feiras de negócios internacionais na França, China e Índia. No Brasil, marcaram presença em feiras setoriais nacionais como a ForMóbile, em São Paulo, a Espírito Madeira – Design de Origem, no Espírito Santo, além da promoção do evento “Madeira Sustentável: O Futuro do Mercado”, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro

    Eventos como esses permitem demonstrar as boas práticas e eficiência dos processos de rastreabilidade da madeira nativa mato-grossense, possibilitam o intercâmbio de conhecimentos sobre gestão florestal e de informações para que profissionais de diversas áreas, como arquitetura, estejam inteirados sobre a legalidade e a qualidade dos produtos florestais locais, ações que fortalecem o setor florestal mato-grossense.

  • Produção de biodiesel cresce em 20 anos e chega a 77 bilhões de litros

    Produção de biodiesel cresce em 20 anos e chega a 77 bilhões de litros

    Nesta segunda-feira (13), completaram 20 anos do marco legal do biodiesel no Brasil. A Lei 11.097/2005, sancionada no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, introduziu oficialmente o combustível renovável à matriz energética do país, como uma alternativa ao uso do diesel de origem fóssil – mais poluente e proveniente das reservas limitadas de petróleo.

    A norma modificou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis com a atribuição de regular a produção e comercialização de biocombustíveis no país, pondo em prática o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB).

    A lei foi a primeira a constituir o marco legal do biodiesel e fixou uma mistura obrigatória de 5% do combustível renovável no óleo diesel comercializado no país, criando a mistura chamada de diesel B. Um período transitório de até oito anos previa uma mistura com apenas 2% de biodiesel, inicialmente voluntária e que passaria à obrigatoriedade em três anos.

    Em 2009, a mistura obrigatória de 5% foi estabelecida por uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética e, desde então, houve uma evolução gradual que levou ao biodiesel B14, com acréscimo de 14% de biodiesel no diesel B, a partir de março de 2024.

    Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o principal avanço no período de vinte anos foi a expansão da produção e do uso do biocombustível, com consequente impulsionamento do desenvolvimento sustentável nos aspectos ambiental, social e econômico. “Nessas duas décadas, produzimos 77 bilhões de litros de biodiesel, economizando 38 bilhões de dólares em importação de diesel”, diz.

    Além disso, a trajetória evitou a emissão de 240 milhões de toneladas de gás carbônico, gerando empregos e oportunidades aos agricultores familiares, tornando biodiesel “um grande aliado na transição energética justa e inclusiva do país”, destacou Silveira.

    Em 2023, a produção nacional de biodiesel foi de mais de 7,5 bilhões de litros, o que representou uma expansão de 19%. em relação ao ano anterior, segundo o Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2024, divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

    No mesmo ano, a demanda de óleo diesel rodoviário cresceu 1,7 bilhão de litros. Desse total, 1 bilhão de litros foi suprido pela produção de biodiesel usado na mistura obrigatória de 12%, na época, apontou o Atlas da Eficiência Energética 2024, produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

    Embora esse crescimento ainda não seja capaz de acompanhar o aumento acelerado da demanda por energia para transporte, o avanço do biodiesel ganha força quando se soma aos resultados de outras políticas como a do etanol, a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), criada em 2017, e a recém-aprovada Lei do Combustível do Futuro (14.993/24). Nesse cenário, a produção de biocombustíveis no país contou ainda, em 2023, com a produção de 35,4 bilhões de litros de etanol e 74,9 milhões de m³ de biometano, informa a agência.

    A nova lei também criou instrumentos de estímulo à produção e uso de novos biocombustíveis, como o Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e o diesel verde, produzido a partir de resíduos orgânicos.

    Diversificação

    A diversificação de fontes energéticas de baixo carbono também revela uma estratégia para enfrentar o desafio da dependência da soja como matéria-prima para a produção de biodiesel. De acordo com a EPE, o óleo de soja representou 69,15% da matéria-prima utilizada na produção de biodiesel em 2023.

    “Essa dependência coloca a sociedade em uma posição vulnerável a flutuações nos preços. Por isso, nosso objetivo é fortalecer as estratégias de diversificação das fontes de matéria-prima para bioenergia, ampliando o uso de alternativas de baixo carbono, como óleos de cozinha usados e gorduras animais”, destaca Alexandre Silveira.

    Em dezembro de 2024, o Conselho Nacional de Politica Energética aprovou uma resolução para estimular o uso de óleos e gorduras residuais na produção de biodiesel e outros combustíveis. Até junho deste ano o MME deverá publicar portaria conjunta com o Ministério do Meio Ambiente para estabelecer um percentual mínimo de uso desse material na produção de biocombustíveis.

    Segundo o ministro de Minas e Energia o reflexo das políticas públicas demonstra o compromisso do governo brasileiro com a expansão dos biocombustíveis na matriz energética brasileira e “por conta desses avanços, em 2024 alcançamos a marca histórica de 9 bilhões de litros produzidos. Um número que demonstra a importância do biodiesel para o Brasil”, diz.

    Desenvolvimento

    Para o ministro, esses resultados também representam desenvolvimento econômico, geração de emprego e transformação social, fomentados pela política criada com o Selo Biocombustível Social, que em 2024 passou por uma revisão das normas criadas em 2004.

    Com as mudanças, além dos benefícios fiscais e comerciais concedidos aos produtores de biodiesel que usam matéria-prima da agricultura familiar, foram criadas linhas de fomento a projetos de pesquisa, de estruturação de cadeias produtivas e de fortalecimento das organizações da agricultura familiar.

    “As políticas públicas adotadas no Brasil para a mobilidade sustentável no transporte contribuem para o desenvolvimento de soluções tecnológicas alinhadas ao reconhecimento de que os biocombustíveis desempenham um papel estratégico crucial em um dos maiores desafios do século XXI que é a transição energética. Esse desafio não envolve apenas a redução das emissões de gases de efeito estufa, mas também a promoção de uma economia mais resiliente e sustentável”, conclui.