Tag: meio ambiente

  • Câmara pode dispensar licença ambiental de plantações de eucalipto

    Câmara pode dispensar licença ambiental de plantações de eucalipto

    Em meio à catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul (RS), a Câmara dos Deputados aprovou por 325 votos contra 128, nessa terça-feira (7), a urgência de projeto de lei que exclui a silvicultura da lista de atividades consideradas potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais, o que altera a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981).

    Entre outras definições, a silvicultura compreende o cultivo de florestas plantadas para fins comerciais, como a produção de eucaliptos, pinus e mognos. Já o pedido de urgência aprovado permite que o tema seja pautado no plenário a qualquer momento, sem ter que passar pelas comissões da Casa.

    O projeto gera divergência entre grupos do agronegócio e ambientalistas porque ele permite dispensar o licenciamento ambiental prévio para atividades da silvicultura. De acordo com o artigo 10º da Lei 6.938, que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente, tal licenciamento é exigido de nogócios “utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores”.

    Ao excluir a silvicultura da lista de atividades potencialmente poluidoras, o PL permite dispensar o licenciamento ambiental de produções em larga escala de culturas como o eucalipto e o pinus, usados na fabricação de papel, celulose e madeira.

    O consultor jurídico do Instituto Socioambiental (ISA), Mauricio Guetta, argumenta que a silvicultura pode trazer impactos negativos ao meio ambiente, principalmente as plantações de grande porte, devido ao desequilíbrio hídrico e a perda da biodiversidade que podem causar.

    “A proposta exclui a atividade de silvicultura do licenciamento ambiental. Com isso, mesmo empreendimentos de grande porte, com impactos até significativos ao meio ambiente, podem ficar sem controle algum e, pior, sem a adoção de medidas preventivas e de mitigação”, destacou o especialista.

    Em nota à Agência Brasil, o Ministério do Meio Ambiente informou que a mudança enfraquece o sistema de gestão do meio ambiente e aumenta os riscos ambientais. A pasta acrescentou que o Ibama já se manifestou contra o PL 1.366.

    “De acordo com o parecer [do Ibama], as justificativas de burocracia excessiva e desincentivo à atividade não seriam solucionadas com a proposta, que apenas esvaziaria recursos para os órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente realizarem controle e fiscalização de atividades”, afirma a pasta..

    Por outro lado, o autor do projeto, o ex-senador Álvaro Dias (Podemos-PR), justificou que a silvicultura é uma atividade benéfica ao meio ambiente. “Não se justificaria incluí-la no rol de atividades potencialmente poluidoras, o que significa submetê-la a um processo licenciamento ambiental burocrático e dispendioso que prejudica o desenvolvimento da atividade”, destacou.

    O projeto tem o apoio da Indústria Brasileira de Árvores (IBA) que, em nota, afirma que “o setor brasileiro de árvores cultivadas soma esforços para construir um país pautado por valores de uma economia de baixo carbono e cada vez mais sustentável”.

    RS e meio ambiente

    A medida foi criticada no plenário da Câmara dos Deputados por parlamentares que associaram a aprovação do texto à catástrofe ambiental do Rio Grande do Sul (RS). O deputado Bacelar (PL-BA) argumentou que a medida é uma afronta ao que acontece no estado gaúcho.

    “Enquanto o Rio Grande do Sul sofre por causa de uma situação climática, nós estamos aqui votando a urgência de um retrocesso ambiental, votando a urgência que fragiliza o marco legal do meio ambiente”, destacou o parlamentar, que argumenta que as plantações de eucalipto e de pinos em larga escala promovem “desertos verdes”, onde “nada cresce, nada se cria”.

    O deputado ruralista Evair Vieira de Mello (PP-ES), por outro lado, elogiou a medida, negando prejuízos ambientais. “A silvicultura surge não só como atividade econômica importante, mas também como recuperadora de solo. Portanto, ela é um ativo nas questões ambientais, e, naturalmente, ela cumpre o papel de ocupar espaços em um território que estaria abandonado, isolado por outras atividades”, sustentou.

    Além do governo, orientaram votos contrários ao texto o bloco do PT, PCdoB e PV, a frente PSOL/Rede e o PSB. As demais legendas ou blocos partidários orientaram que os parlamentares votasse favoravelmente à matéria, incluindo as lideranças da oposição.

    Edição: Aline Leal

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  • Sucuri gigante se refresca em rio cristalino: um gigante gentil em seu lar

    Sucuri gigante se refresca em rio cristalino: um gigante gentil em seu lar

    Uma sucuri de dimensões impressionantes, que facilmente poderia ser confundida com um tronco de árvore caído, foi filmada se refrescando nas águas cristalinas de um rio.

    As imagens, que rapidamente se tornaram virais nas redes sociais, servem como um lembrete crucial da importância da preservação do meio ambiente para a sobrevivência dos animais selvagens.

    Sucuri gigante enfrenta chuva e atravessa estrada alagada em Mato Grosso: Vídeo Impressionante!

    Sucuri gigante se destaca em rio cristalino: um encontro impressionante com a natureza

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    Gigante gentil: sucuri se refresca em rio e encanta internautas

    No vídeo, a cobra, que se estima ter mais de 5 metros de comprimento, aparece deslizando suavemente pelas águas calmas do rio, aproveitando o frescor para se refrescar do calor escaldante.

    Fotógrafo registra momentos únicos com sucuri gigante no Pantanal

    Em alguns momentos, ela ergue a cabeça para fora da água, observando o entorno com seus olhos alertas.

    Comportamento majestoso e importância ecológica

    Caçadora paciente: As sucuris são conhecidas por sua natureza paciente e predatória. Elas podem ficar imóveis por horas, esperando a presa ideal se aproximar.

    Ao detectar a vítima, a cobra realiza um ataque rápido e preciso, envolvendo-a em seus anéis musculosos e a sufocando até a morte.

    Nadadeira experiente: Apesar de seu tamanho considerável, as sucuris são excelentes nadadoras. Elas utilizam seu corpo longo e musculoso para se locomoverem com agilidade na água, onde caçam e se refugiam de predadores.

    As cachoeiras são uma fonte de alimento para as sucuris. Elas atraem uma variedade de animais, como peixes, aves e mamíferos, que são presas das sucuris.

    Indicador ambiental: A presença de sucuris em um ecossistema é um indicativo importante da saúde ambiental. Essas cobras desempenham um papel crucial no controle de populações de outros animais, como capivaras, jacarés e até mesmo pequenos mamíferos.

    Ameaças à sobrevivência:

    Perda de habitat: A principal ameaça à sobrevivência das sucuris é a perda de habitat. O desmatamento, a construção de barragens e a poluição dos rios estão destruindo os ambientes naturais onde essas cobras vivem e se reproduzem.

    Caça ilegal: Em algumas regiões, as sucuris são caçadas por sua carne e couro, o que contribui para o declínio das populações.

    Falta de conscientização: A falta de conhecimento sobre o papel ecológico das sucuris e os riscos que elas enfrentam muitas vezes leva a conflitos com humanos, com consequências trágicas para ambas as partes.

    Preservação é a chave

    As imagens da sucuri se refrescando no rio servem como um lembrete inspirador da beleza e importância da vida selvagem. É fundamental que tomemos medidas para proteger os habitats naturais das sucuris e de outros animais selvagens, combatendo a caça ilegal e promovendo a conscientização sobre a importância da preservação ambiental.

  • Fábrica clandestina de bebidas é fechada em Várzea Grande

    Fábrica clandestina de bebidas é fechada em Várzea Grande

    Uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas foi desativada em Várzea Grande na manhã desta terça-feira (30), em uma ação conjunta da Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), Polícia Militar, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

    A operação foi deflagrada após denúncias de que em uma residência no bairro Jardim Mangabeira funcionava um local de produção de bebidas ilegais. No local, as equipes policiais comprovaram as informações e encontraram diversas bebidas fabricadas artesanalmente em péssimas condições de higiene, sem autorização legal para produção ou comercialização.

    Apreensões e Crimes

    Diversas garrafas vazias; Rótulos; Tonéis de plástico; Frascos de bebidas como jurubeba, catuaba, caipirinha fest, cachaça ouro e power coquetel alcoólico; Produtos de limpeza; Petiscos.

    Os responsáveis pela fábrica clandestina podem responder pelos crimes de

    Produzir, embalar e armazenar produtos nocivos à saúde (Artigo 56 da Lei de Crimes Ambientais); Poluição (Artigo 60 da Lei de Crimes Ambientais); Crimes contra as relações de consumo.

    Combate à Produção Clandestina

    A delegada titular da Dema, Liliane Murata, e o comandante da Polícia Militar do 4º Batalhão, tenente-coronel Jean Lima, destacaram a importância da ação conjunta para garantir a saúde da população e proteger o meio ambiente.

    “É fundamental que as pessoas estejam conscientes de que esse tipo de conduta causa danos ao meio ambiente e à saúde pública. Por isso, em casos de descumprimento da lei, é importante denunciar para que os responsáveis sejam responsabilizados”, afirmou a delegada.

    Denúncias

    A Polícia Civil orienta a população a denunciar casos de produção clandestina de bebidas através da Dema pelos telefones (65) 3613-6800 e (65) 99336-2000. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.

  • Pampa é o bioma brasileiro menos protegido por unidades de conservação

    Pampa é o bioma brasileiro menos protegido por unidades de conservação

    Além de ser o menor bioma brasileiro o Pampa, presente apenas em parte do Rio Grande do Sul, também é o bioma menos protegido pelas unidades de conservação presentes em todo o país. O dado foi apresentado no seminário técnico-científico promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima para debater a elaboração de um plano de prevenção e controle do desmatamento do bioma.

    O secretário-executivo do ministério, João Paulo Capobianco, disse que atualmente a região tem apenas 49 unidades de conservação, que alcançam somente 3,03% de sua extensão de cerca de 17,6 milhões de hectares.

    Durante o encontro, Capobianco lembrou que o Brasil é signatário das metas de Aichi, estabelecidas na 10ª Conferência das Partes das Nações Unidas (COP10), em 2010, no Japão, que previa a proteção de 17% da área continental e 10% do território marinho por meio da criação de zonas de proteção integral.

    O prazo para o cumprimento das metas era 2020, mas não foi cumprido em relação ao bioma Pampa. O compromisso internacional foi renovado pelo governo brasileiro durante a 15ª Conferência das Partes das Nações Unidas (COP15), em Montreal, no Canadá, quando o Marco Global para a Biodiversidade de Kunming-Montreal ampliou as metas para 30% de proteção integral tanto dos biomas terrestres quanto da zona marítima, até 2030.

    Capobianco lembrou que faltando pouco para o cumprimento do novo prazo, apenas 122 mil hectares do Pampa correspondem às áreas de proteção integral e 416 mil hectares estão em áreas de conservação, mas são de uso sustentável.

    “Temos que todos buscar vencer esses desafios. O governo federal possui seis unidades de conservação no bioma Pampa, se forem criadas, aumentaremos em 2,5% a proteção do bioma, com a inclusão de mais 486 mil hectares, chegaríamos, portanto, a 5,5%, muito longe ainda dos 30%”, alertou.

    Para o secretário-executivo do ministério, além de alcançar as metas, o país precisa enfrentar o desafio da degradação e definir quais são as ações tanto no campo técnico-científico quanto nas políticas públicas, que podem promover a conservação e a restauração de áreas de altíssima importância biológica.

    “O Pampa, assim como Pantanal, têm uma vocação para uma pecuária ecologicamente sustentável. Isso deve ser fortalecido, mas, evidentemente, temos que evitar a expansão e a substituição dos campos naturais por plantios agrícolas, que podem de fato comprometer o conjunto do bioma”, disse.

    O seminário é o primeiro passo para a elaboração do plano de enfrentamento da supressão da vegetação nativa. Após os debates, uma proposta deverá ser submetida à consulta pública para que os planos de cada um dos biomas sejam lançados pelo governo federal.

    Segundo Capobianco, essas políticas públicas passarão ainda por avaliações anuais para revisão e ajustes que as tornem cada vez mais eficientes. “O Pampa será parte de um esforço nacional de proteção do conjunto da espetacular, inigualável e incomparável sociobiodiversidade brasileira”, disse.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Onça-pintada juvenil em apuros: Animal se encontra preso em galhos de árvore no rio

    Onça-pintada juvenil em apuros: Animal se encontra preso em galhos de árvore no rio

    Uma cena inusitada e preocupante se desenrolou recentemente em um rio brasileiro. Uma onça-pintada juvenil foi flagrada em apuros, presa em galhos de uma árvore e incapaz de se libertar. Veja mais em Mundo Animal.

    O registro, feito por pessoas que passavam de barco pelo local, gerou grande comoção nas redes sociais e evidenciou os perigos que a fauna silvestre enfrenta em seu habitat natural.

    Onça-pintada e filhotes desfrutam de momento sereno no coração do Pantanal

    Onça-pintada luta pela vida após ficar presa em galhos de árvore no rio

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    Uma publicação compartilhada por Rafa matutão (@rafamatutao)

    Situação inusitada coloca em risco a vida do felino

    A onça-pintada (Panthera onca), também conhecida como jaguar, é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo, perdendo apenas para o tigre e o leão. Sua pelagem apresenta rosetas pretas com manchas amareladas, o que a torna facilmente reconhecível.

    A espécie é considerada um símbolo da fauna brasileira e desempenha um papel crucial na preservação do equilíbrio ambiental.

    A onça-pintada é considerada a rainha do Pantanal Mato-grossense, sendo o maior felino da América do Sul.
    Onça – Fotos do Canva

    De acordo com as informações disponíveis, a onça-pintada juvenil estava enroscada nos galhos de uma árvore no rio. O animal se encontrava visivelmente debilitado e assustado, lutando para se libertar dos galhos que o prendiam.

  • Brasil não trata meio ambiente com seriedade, diz promotor

    Brasil não trata meio ambiente com seriedade, diz promotor

    A Associação de Membros do Ministério Público do Meio Ambiente (Abrampa) promove, entre os dias 24 e 26 de abril, em Belém, no Pará, a 22ª edição do Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente. O tema é “Amazônia e Mudanças Climáticas: uma atuação socioambiental estratégica e integrada”. Mais de 30 especialistas vão discutir os desafios e as soluções para lidar com os impactos das mudanças climáticas.

    A Agência Brasil entrevistou o presidente da Abrampa, Alexandre Gaio. Ele falou sobre os principais problemas relacionados à preservação do meio ambiente, em especial, os que envolvem a atuação dos Ministérios Públicos estaduais e federal. O promotor destacou a falta de seriedade com que o país ainda lida com questões ambientais, o crescimento do crime organizado, a falta de proteção com ativistas e comunidades tradicionais, assim como os riscos de que os desmatamentos em curso nos principais biomas do Brasil se tornem irreversíveis.

    Agência Brasil: O Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente vai reunir dezenas de especialistas para debates e palestras. Sendo um setor que demanda ações urgentes, como esse encontro pode resultar em medidas práticas e efetivas de proteção do meio ambiente no Brasil?
    Alexandre Gaio: Os congressos da Abrampa tradicionalmente buscam palestrantes de várias instituições, que têm uma atuação prática nas temáticas discutidas. Não se trata apenas de trazer diagnósticos, mas também proposições do que precisa ser feito para o enfrentamento dos problemas levantados. Nossos convidados são escolhidos pela atuação destacada para que possam servir de exemplo e referência, e os conhecimentos serem replicados nas mais variadas regiões do Brasil.

    Também temos participado, seja a partir dos procuradores ou das instituições de forma ativa de Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP). A Abrampa foi nas duas últimas e vai estar presente na próxima. É um processo contínuo de debate e discussão, de convencimento em relação a prioridades e de enfrentamento às mudanças climáticas. Temos defendido nossos pontos de vista. É um espaço para discutir questões jurídicas e qual deve ser a política de Estado para enfrentar os problemas climáticos.

    Agência Brasil: Hoje é possível dizer que o país enfrenta uma série de desafios ambientais. Um, que parece ter cada vez mais ramificações nacionais, é a criminalidade ambiental organizada. Como lidar com essas redes ilícitas complexas?
    Alexandre Gaio: Esse tema precisa de muita atenção não só dos Ministérios Públicos, mas das demais instituições públicas do Poder Judiciário e da própria sociedade. A gente sabe que há crimes ambientais em todo o Brasil. E eles são constantes, ocorrem rotineiramente, merecem uma atenção destacada dos órgãos do sistema judiciário. Envolvem grupos especializados, associados com outros ilícitos. Atuam no desmatamento, na dinâmica ilegal do comércio da madeira, entre outras coisas. Há organizações que tratam do desmatamento ligado à grilagem de terras públicas. Outras que são especializadas no tráfico de animais silvestres. Essas situações merecem atuação também especializada dos órgãos de fiscalização, dos Ministérios públicos e do Poder Judiciário. Caso contrário, não teremos uma resposta proporcional a esse tipo de crime, que envolve complexidades, necessita de aprofundamento de investigações e técnicas diferenciadas. Primeiro, precisamos de disposição dos Ministérios Públicos, dos órgãos de Segurança Pública e dos órgãos de fiscalização, especialmente de fiscalização ambiental. E todos esses órgãos devem dispor de recursos humanos, de planejamento, de capacitação e de uma atuação articulada e integrada entre eles. Há uma série de elementos necessários para que esse enfrentamento ocorra de modo efetivo. Dentre esses elementos a gente pode citar a implementação de grupos de atuação especializada na defesa de Meio Ambiente. A gente tem buscado estimular, junto com o Conselho Nacional do Ministério Público, os Ministérios Públicos estaduais a formarem esses grupos. Que tenham equipes técnicas com uso de tecnologia, com integração com os órgãos de segurança pública e com órgãos de fiscalização ambiental. Isso tudo vai permitir uma atuação minimamente à altura das organizações que trabalham na criminalidade ambiental.

    Agência Brasil: O país é conhecido negativamente pelo número alto de perseguições e assassinatos de ativistas. No que estamos falhando e como melhorar a proteção de lideranças e de instituições que atuam em defesa do meio ambiente?
    Alexandre Gaio: Primeiro, precisamos de recepção e tratamento mais adequados para esses casos de agressões, ameaças e violências contra ativistas, lideranças de organizações ambientais, de povos indígenas e populações tradicionais. Um protocolo ou uma prioridade de atuação em relação a esses casos, porque são atores importantes, que muitas vezes são desestimulados a continuar a luta por causa dessas violências. E quando não há respostas efetivas rápidas a crimes praticados contra os ativistas fica uma sensação de impunidade e de que não haverá resposta estatal à altura. Em segundo lugar, existe a questão do discurso, de como se maneja o discurso ambientalista pela mídia, poder público, sociedade civil. Há ainda um menosprezo em relação aos argumentos ambientais. A pauta ambiental não é tratada com a seriedade que deveria ser tratada, a ponto de se conscientizar e se convencer a sociedade brasileira de que crimes ambientais são fatos de gravidade. Que eles afetam toda a comunidade, a qualidade de vida geral e a própria possibilidade de as gerações futuras usufruírem de um meio minimamente equilibrado.

    Agência Brasil: Em relação às questões sociais, ainda estamos muito aquém do que deveríamos na proteção de comunidades tradicionais. Que inclusive são reconhecidas como protetoras do meio ambiente. O que pode ser feito nesse sentido?
    Alexandre Gaio: As populações tradicionais são fundamentais para o combate ao desmatamento, à grilagem e às queimadas. São fundamentais para a defesa da biodiversidade. E têm sido vítimas de pressão de grileiros e de proprietários de terras, que querem expandir suas fronteiras agrícolas. E muitas vezes há violações de direitos dessas populações. É preciso ouvir a voz delas e entender suas dinâmicas. O Estado deve proteger e auxiliar os que trazem essas demandas. Atuar fortemente na resposta a essas violações de direitos, garantir a consulta prévia e livre às informações de qualquer atividade, obra ou empreendimento que possa afetar diretos ou modos de vida tradicionais desses povos. Há uma série de medidas, iniciativas e atuações indispensáveis para a defesa dessas comunidades e desses povos. Também vale destacar as discussões que faremos sobre o tema das desigualdades socioambientais. A questão do racismo ambiental, como as decisões de governança, decisões de políticas públicas, são diferentes quando é para atender, por exemplo, grandes empreendimentos e quando é para atender populações socialmente vulneráveis. E como essas populações são atingidas com muito mais frequência do que aquelas mais favorecidas do ponto de vista econômico.

    Agência Brasil: Recentemente, o chefe do clima da Organização das Nações Unidas disse, enfaticamente, que a humanidade tem dois anos para tentar salvar o planeta. Uma frase forte, que alerta para a gravidade da proteção ao meio ambiente. Como estamos contribuindo no Brasil para salvar o planeta? Estamos avançando bem ou construindo um futuro sombrio?
    Alexandre Gaio: Os desafios são atuais e constantes. O Brasil tem demonstrado esforços, desde o ano passado até abril desse ano, para a redução do desmatamento da Amazônia. É necessário reconhecer esse esforço, especialmente dos órgãos de fiscalização, dos integrantes do Ministério do Meio Ambiente no governo federal. E também a participação de alguns estados e municípios. É um avanço importante, mas há muito a ser feito. A situação é muito delicada, muito preocupante. Primeiro, porque o índice de grilagem de terras públicas na Amazônia ainda é muito alto. Houve redução do desmatamento, mas ele continua acontecendo. Em outros biomas, o desmatamento continua com índices bem elevados, exemplo do cerrado. E a gente continua com muitas dificuldades de estabelecer atuações integradas, planejadas, articuladas e constantes nesse combate ao desmatamento. Ele é a principal causa de emissão de gases do efeito estufa, considerando a alteração no uso do solo. Essa deve ser uma prioridade absoluta: que todas as instituições atuem no combate ao desmatamento ilegal. Há uma série de iniciativas que ainda precisam ser concatenadas com a fiscalização do desmatamento. Por exemplo, a interrupção dos financiamentos feitos por instituições financeiras. A capacidade de rastrear os produtos, algo que não funciona de modo adequado. A cadeia econômica do gado, da madeira.

    Além da questão do desmatamento, estamos a passos muito lentos em relação à questão climática. Quando se fala em geração de energia, por exemplo, a transição energética é muito lenta. A matriz de impactos climáticos não é observada nos grandes licenciamentos ambientais. A Abrampa tem um trabalho sobre isso, produziu uma matriz de impactos climáticos e disponibilizou para todos os estados e todos os Ministérios Públicos para fazer o convencimento dos órgãos ambientais. Para que os MPs estaduais convençam os órgãos ambientais de que é necessário se observar condicionantes e pressupostos relacionados às mudanças climáticas nos grandes licenciamentos.

    Os desafios são muito grandes. E não tem nada para ser comemorado. Pelo contrário. Há grandes porções territoriais da Amazônia que já não conseguem resgatar mais as suas funções ecológicas. Ou seja, entraram em um processo de irreversibilidade, que já afeta o regime hídrico não só da Amazônia, mas de outras regiões brasileiras. O cerrado, então, que abrange e dá origem a maior parte das bacias hidrográficas brasileiras, tem índices de desmatamento galopantes, que precisam de uma resposta imediata. Isso, sob pena também de irreversibilidade. O cenário não é positivo e a gente precisa ter uma atuação mais efetiva do poder público e da sociedade para freá-lo. Precisamos cumprir as metas que nos obrigamos a cumprir internacionalmente pelo Acordo de Paris. Estamos muito longe de conseguir isso.

    Edição: Kleber Sampaio

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  • Mato Grosso e Mato Grosso do Sul se unem para enfrentar desmatamento no Pantanal

    Mato Grosso e Mato Grosso do Sul se unem para enfrentar desmatamento no Pantanal

    A construção de um plano integrado de prevenção e controle de desmatamento e queimadas, com o alinhamento às leis estaduais, às ações de monitoramento compartilhadas e ao fomento da produção sustentável no Pantanal foram compromissos assumidos, nesta quinta-feira (18), pelos governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As ações fazem parte de um acordo de cooperação técnica firmado entre os dois estados que integram o bioma, em Campo Grande.

    A união dos governos aconteceu durante o seminário técnico-científico, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, para debater soluções para o desmatamento e as queimadas no Pantanal. A iniciativa busca reunir esforços a exemplo do Programa União com Municípios pela Redução de Desmatamento e Incêndios Florestais, lançado pelo governo federal no início do mês.

    A intenção por parte dos governadores de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e de Mato Grosso, Mauro Mendes, recebeu o apoio da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que destacou a importância das ações afirmativas em várias frentes para enfrentar um problema que é interno do bioma, mas também externo por ações em outros biomas e até por ações globais, como a mudança climática.

    “Estamos agindo para ter respostas endógenas dentro do Pantanal, exógenas no entorno do Pantanal, e para termos respostas globais em relação à proteção do equilíbrio do planeta”, disse a ministra.

    Ao lembrar que o Mato Grosso já foi um dos estados que mais contribuía para o desmatamento, e que operações integradas reduziram em cerca de 90% esse tipo de crime no estado, Marina destacou a importância da união entre os entes federados para evitar que ações contra os ecossistemas apenas mudem de lugar.

    Marina também destacou iniciativas do governo brasileiro para outros biomas que impactam o Pantanal, como a reativação do Fundo Amazônia e a possível criação de um Fundo Biomas, além de destacar que medidas para reduzir os efeitos das mudanças climáticas também favorecem a região.

    “Quando o presidente Lula disse em seu discurso na COP 28 que nós precisamos sair da dependência do uso de combustível fóssil, e lá na COP28 estabelecemos que temos que fazer a transição para o fim do uso de combustível fóssil, é dizendo que depois de 31 anos nós resolvemos botar o dedo na ferida porque nós podemos fazer 100% o dever de casa em relação ao Pantanal”, afirmou.

    O termo de cooperação técnica firmado entre os estados que integram o bioma do Pantanal tem vigência de cinco anos. Os estados constituirão um grupo de trabalho interestadual que será responsável por debater e criar modelos de políticas públicas que possam ser implementadas.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Sucuri gigante se esconde embaixo de trator e surpreende tratorista e internautas

    Sucuri gigante se esconde embaixo de trator e surpreende tratorista e internautas

    Um encontro inusitado entre um tratorista e uma sucuri gigante está fazendo sucesso nas redes sociais! Prepare-se para se divertir com essa história que é pura adrenalina e encantamento. Confira tudo em Mundo Animal, aqui no CenarioMT.

    No vídeo, o tratorista se depara com uma enorme cobra escondida embaixo de seu trator em uma propriedade rural. A reação de surpresa dele é de tirar o fôlego! Não resistindo à curiosidade, ele filmou o momento e decidiu compartilhar nas redes sociais, e as imagens rapidamente conquistaram a internet.

    Essa incrível sucuri, a gigante gentil das águas, mostra que até os encontros mais inesperados podem ser fascinantes. A serpente, majestosa e imponente, gerou uma verdadeira comoção online, fazendo todos se perguntarem: o que mais a natureza tem reservado para nós? Venha conferir essa história emocionante e se encantar com a beleza selvagem!

    O encontro impressionante com uma sucuri enorme: gigante gentil das águas

    Sucuri gigante se esconde embaixo de trator e gera comoção nas redes sociais

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    Uma publicação compartilhada por COMITIVA FERRA MULA (/) (@comitivaferramula)

    Cobra sucuri: conheça a gigante inofensiva que surpreendeu tratorista e internautas

    A sucuri (Eunectes murinus) é uma das maiores cobras do mundo, podendo chegar a até 6 metros de comprimento. É encontrada em diversas regiões da América do Sul, incluindo o Brasil, onde habita áreas úmidas como florestas alagadas, rios e pântanos.

    Sucuri enorme encontrada descansando em mato grosso

    A sucuri é uma predadora de topo na cadeia alimentar, alimentando-se de capivaras, jacarés, caititus e outros animais de grande porte.

    Sucuri captura presa em brejo e surpreende grupo durante a noite: Um espetáculo da natureza

    Joaninha, a sucuri que virou celebridade em Mato Grosso do Sul: A beleza e a importância da fauna brasileira

    Importância da sucuri para o meio ambiente

    A sucuri desempenha um papel importante no equilíbrio ambiental, controlando as populações de suas presas e ajudando a manter a saúde dos ecossistemas. Além disso, a espécie também serve como indicador da qualidade ambiental, pois sua presença indica a existência de ambientes saudáveis e bem conservados.

  • BNDES criará fundo de R$ 60 milhões para preservação de corais

    BNDES criará fundo de R$ 60 milhões para preservação de corais

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciou nesta quarta-feira (10) uma chamada permanente para projetos de preservação de corais, no valor mínimo de R$ 60 milhões.

    Na prática, a iniciativa significa que o banco disponibilizará R$ 30 milhões para projetos de monitoramento, preservação e reparação de corais e R$ 30 milhões para captação pelos projetos por meio de fundações ligadas a empresas privadas, organismos internacionais e governos estaduais.

    Os recursos do BNDES não serão reembolsáveis, ou seja, não se trata de empréstimo. Ao lançar a chamada, o presidente do banco, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância do ecossistema para o meio ambiente e para a economia, incluindo o turismo.

    “Os corais são um condomínio da vida marinha muito decisivo. Uma em cada quatro formas de vida nos oceanos, em algum momento, passa pelos corais, e eles estão fortemente sendo agredidos e ameaçados. Precisamos reagir a isso”, disse.

    O BNDES apresentou dados que mensuram os reflexos econômicos da preservação de corais. Segundo o estudo Oceano sem Mistérios, ligado à Fundação Grupo Boticário, para cada quilômetro quadrado de recife preservado, são economizados cerca de R$ 940 milhões em investimento para proteção da costa e R$ 62 milhões são gerados com turismo. No Brasil, isso representa R$ 7 bilhões com turismo de corais.

    Branqueamento

    Os corais são animais invertebrados marinhos capazes de se alimentar sozinhos. Mas grande parte de dieta é obtida por meio de simbiose – uma relação mutuamente benéfica – com algas. Agrupadas, as espécies de corais formam os recifes.

    Pesquisadores têm chamado atenção para o fenômeno global do branqueamento branqueamento de corais, em parte causado pela elevação da temperatura no oceano, o que prejudica a saúde do ecossistema.

    A secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ana Prates, ressaltou que o mundo está passando pelo quarto maior evento de branqueamento já registrado.

    “Nossas águas estão muito aquecidas, e os corais estão morrendo. Antes tarde do que nunca, é muito necessário desenvolver ações de proteção. Ainda há tempo”. Ana destacou que o Brasil tem os únicos recifes de corais do Atlântico Sul.

    “Isso nos confere uma responsabilidade muito grande de olhar para esses ambientes e cuidar deles, porque eles cuidam de nós”, afirmou.

    Segundo a secretária, os recifes de corais representam para os oceanos o que as florestas tropicais representam para os continentes. “São a área mais biodiversa dos oceanos e, ao mesmo tempo, têm funcionado para a gente como o canarinho na mina, aquele que é o primeiro a morrer quando acontece alguma coisa.”

    O “canário da mina” é uma referência a uma prática do passado, em que o pássaro tinha a função de agir no monitoramento da presença de gases tóxicos em minas de carvão.

    Projetos

    A chamada do BNDES ficará aberta até 30 de junho. Nesse período, o banco receberá propostas que promovam melhoramento da qualidade da água das bacias; combate à pesca predatória pela geração de renda alternativa; ordenamento do turismo comunitário ligados a corais e combate a espécies exóticas que degradam os corais, além de mapeamento, monitoramento, manutenção e recomposição de corais.

    As propostas devem estar incluídas em uma extensão de 3 mil quilômetros de costa, do Espírito Santo ao Maranhão. É a região que mais concentra os corais no país. Os projetos devem ser dirigidos para corais rasos (aqueles mais visíveis, que atraem turistas às praiais) entre Bahia e Ceará, e para os dois grandes bancos de corais do país, no Parque Estadual Marinho Manuel Luís, no Maranhão, e em Abrolhos, na Bahia e no Espírito Santo.

    O valor mínimo por projeto é R$ 5 milhões, sendo metade aportada pelo BNDES e metade por outros proponentes. Os executores dos projetos devem, necessariamente, ser entidades privadas sem fins lucrativos, que podem atuar em rede ou individualmente. É preciso que tenham experiência na implantação e operação de projetos similares.

    Rio de Janeiro (RJ), 10/04/2024 – A diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello durante lançamento da chamada pública BNDES Corais, na sede do banco, no centro da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência BrasilRio de Janeiro (RJ), 10/04/2024 – A diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello durante lançamento da chamada pública BNDES Corais, na sede do banco, no centro da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência BrasilTereza Campello, diretora do BNDES, em entrevista durante lançamento da chamada pública BNDES Corais – Tomaz Silva/Agência Brasil

    Para a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, o fato de o banco aportar no máximo 50% dos valores demandados pelos projetos não será obstáculo para os proponentes alcançarem os recursos necessários. “Não identificamos isso como problema. Ao contrário, nas chamadas que o BNDES apresenta com temática tão nobre, em geral, temos tido uma adesão muito grande de parceiros.”

    Tereza acrescentou que os interessados em executar os projetos devem procurar também fazer essa captação. “Com isso, a gente consegue aumentar os recursos [de parceiros].” De acordo com ela, há casos em que o número de parceiros passou de 50%.

    A solicitação de recursos é feita pelo site do banco. O BNDES fará oficinas online com orientações sobre como elaborar os pedidos. O primeiro encontro será no dia 24 deste mês. Haverá outros encontros em maio e junho, ainda sem data definida.

    O objetivo do banco é fazer com que as propostas sejam enviadas “redondas”, de forma a agilizar a liberação de recursos. A ideia é direcionar os recursos ainda neste ano. “Nós temos pressa, de fato. A cada dia, podemos estar perdendo uma espécie [de coral] e nem ficar sabendo”, considera Tereza Campello, que não descarta nova chamada em 2025.

    Margem Equatorial

    O Parque Estadual Marinho de Manuel Luís, um dos bancos de corais a serem preservados, fica no litoral maranhense. A região faz parte da chamada Margem Equatorial, uma nova fronteira de exploração de petróleo, tida como o “novo pré-sal”, por causa da expectativa de descoberta de grandes reservatórios de óleo.

    A Petrobras já faz perfurações iniciais na parte mais ao leste da área marítima, na costa do Ceará e do Rio Grande do Norte. Na terça-feira (9), a petroleira anunciou uma segunda descoberta. Possíveis impactos ambientais em áreas de preservação como o Parcel Manuel Luís são levados em consideração para decidir se a Petrobras terá autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para explorar toda a margem.

    Tereza Campello descartou qualquer relação do programa do BNDES com estudos de impacto ambiental relacionados à exploração de petróleo. “Não tem nada a ver.”

    “Estamos fazendo um projeto descolado de qualquer outra ação. O ambiente que foi escolhido não tem nada a ver com a Margem Equatorial em si. Tem a ver com a orientação que foi dada pelo MMA em parceria com a nossa equipe técnica de onde são os corais mais relevantes do Brasil”, enfatizou.

    Manguezais

    A iniciativa lançada nesta quarta-feira faz parte do programa BNDES Azul. A cor é uma referência ao oceano. Outra ponta do programa, lançada em 2023, foi direcionada à preservação de manguezais. Foi uma chamada pública de R$ 50 milhões, que envolve oito áreas de mangues ao longo da costa brasileira.

    Edição: Nádia Franco

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  • Mutirão Ambiental em Nova Ubiratã: CAR Digital descomplica regularização para produtores rurais

    Mutirão Ambiental em Nova Ubiratã: CAR Digital descomplica regularização para produtores rurais

    A cidade de Nova Ubiratã sediou na última segunda-feira (08/04) a abertura do Mutirão Ambiental, evento que reuniu produtores rurais e técnicos para discutir a regularização ambiental no município. A grande novidade do evento foi a apresentação do CAR Digital, sistema inovador que facilita o processo de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

    A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, ministrou uma palestra sobre o CAR Digital, detalhando o funcionamento do sistema e seus benefícios para os produtores. Através do sistema SIMCAR, o CAR Digital permite a análise automatizada dos cadastros, utilizando tecnologia de satélite para verificar a situação ambiental da propriedade.

    Agilidade e eficiência para os produtores

    Após a análise, o proprietário recebe um e-mail e uma mensagem de WhatsApp informando se o seu cadastro está apto ou inapto. Se apto, ele tem 90 dias para revisar e confirmar os dados, gerando automaticamente os documentos necessários. Já os cadastros inaptos receberão orientações para correção e análise manual.

    “O CAR Digital é um marco na gestão ambiental do nosso estado, facilitando a aplicação do Código Florestal e otimizando o monitoramento e planejamento ambiental”, destacou a secretária Mauren Lazzaretti. “Essa ferramenta traz agilidade e eficiência para os produtores, que podem regularizar suas propriedades de forma mais rápida e segura”.

    Nova Ubiratã: cidade-piloto do CAR Digital

    Nova Ubiratã foi escolhida como cidade-piloto para o projeto CAR Digital, o que demonstra a importância da tecnologia na regularização ambiental do município. O prefeito Edegar José Bernardi comemorou a iniciativa e ressaltou o compromisso da administração municipal com a gestão ambiental.

    “A tecnologia é o caminho para agilizar a regularização ambiental e estamos trabalhando em conjunto com os produtores para que todas as propriedades sejam regularizadas”, afirmou o prefeito. “O CAR Digital é um grande avanço para o município e para o estado de Mato Grosso”.

    Resultados do Mutirão Ambiental em Nova Ubiratã

    O Mutirão Ambiental em Nova Ubiratã analisou 1579 CARs, dos quais 478 foram aprovados na análise digital e aguardam confirmação dos proprietários. Outros 394 foram reprovados e 668 negados por estarem em áreas de assentamento. 64 propriedades foram identificadas em mais de um município.

    O Mutirão Ambiental é uma iniciativa importante para regularizar as propriedades rurais e promover a sustentabilidade ambiental no município. O CAR Digital é uma ferramenta essencial para esse processo, oferecendo agilidade, eficiência e transparência para os produtores rurais.