Tag: meio ambiente

  • Barroso diz que enchentes no RS são alerta para proteção ambiental

    Barroso diz que enchentes no RS são alerta para proteção ambiental

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse que as enchentes no Rio Grande do Sul são um “trágico alerta” sobre a necessidade de proteção ao meio ambiente. O comentário foi feito em função do Dia Internacional do Meio Ambiente, celebrado nesta quarta-feira (5).

    Na abertura da sessão de julgamentos desta tarde, Barroso defendeu a transição energética para frear os danos ao meio ambiente e disse que há atrasos no enfrentamento às mudanças climáticas.

    “O que ocorreu no Rio Grande do Sul se apresenta como um trágico alerta. Tragicamente, a natureza escolheu o Rio Grande do Sul para enviar a mensagem de que estamos atrasados e com pressa nessa matéria”, afirmou.

    Barroso também acrescentou que a proteção ao meio ambiente ainda enfrenta o “negacionismo” no retardamento de medidas políticas de proteção contra as mudanças climáticas.

    “Nós precisamos enfrentar a mudança climática, que está fazendo com que derretam as calotas polares, com que os oceanos se aqueçam, com que o nível dos oceanos se eleve, colocando em risco as cidades litorâneas e produzindo eventos climáticos extremos de seca na Amazônia, inundação no Rio Grande do Sul e queimadas em diferentes partes do planeta”, completou.

    Na sessão de hoje, o Supremo deve julgar um processo que trata da implantação de medidas de proteção para o Pantanal.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Desmatamento no Cerrado tem redução de 12,9% neste ano

    Desmatamento no Cerrado tem redução de 12,9% neste ano

    O desmatamento no Cerrado teve uma queda de 12,9% entre janeiro e maio deste ano, conforme dados do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter). A informação foi apresentada nesta quarta-feira (5) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante evento pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto.

    Segundo a ministra, ainda é cedo para avaliar se essa será uma tendência de queda no desmatamento para o bioma. Em 2023, as derrubadas aumentaram 43,6%. “Ainda é o começo, ainda não dá para dizer que isso é uma tendência de queda”, explicou a ministra em entrevista para o programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

    Marina disse que o governo federal já está implementando um plano de prevenção e controle de desmatamento para o Cerrado e está dialogando com os governos dos estados que mais desmatam, além de reuniões com alguns setores do agronegócio. “Mostramos que a destruição do Cerrado, junto com mudança do clima, não é um bom negócio para a produção agrícola brasileira.”

    A ministra também destacou a importância estratégica do Cerrado para o equilíbrio hídrico. “Com o desmatamento do Cerrado, já tivemos uma diminuição na vazão dos principais rios, além de uma baixa do lençol freático. Regiões que eram apenas semiáridas estão passando por um processo de desertificação”, alertou.

    Na Amazônia, a queda foi de 40% no desmatamento entre janeiro e maio de 2024 e de 49,8% em 2023. “Já podemos dizer que na Amazônia temos uma queda consistente”, destacou Marina.

    Edição: Juliana Andrade

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  • No Dia Mundial do Meio Ambiente, presidente assina pacto de proteção ao Pantanal e à Amazônia

    No Dia Mundial do Meio Ambiente, presidente assina pacto de proteção ao Pantanal e à Amazônia

    “A questão ambiental não é mais questão de ativista, não é mais questão universitária, não é mais questão, como se dizia antigamente, de bicho grilo. A questão ambiental é um chamamento à responsabilidade dos nossos humanos”.

    A frase do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta terça (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente, foi reforçada pela assinatura de oito decretos que ampliam o trabalho do Governo Federal na agenda ambiental. A solenidade relativa à data foi realizada no Palácio do Planalto, em Brasília.

    Além dos decretos, Lula assinou o Pacto pela Prevenção e Controle de Incêndios com governadores de estados que abrangem o Pantanal e a Amazônia. A medida prevê ações integradas de prevenção, preparação e combate aos incêndios florestais e nas demais formas de vegetação nativa dos dois biomas.

    BALANÇO E COOPERAÇÃO – Antes das assinaturas dos atos, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, apresentou um balanço das principais ações promovidas pela pasta desde janeiro de 2023 . Ela destacou que o esforço de fortalecer a agenda ambiental e promover a transição do país rumo a uma economia verde e sustentável, que gere condições de o Brasil se adaptar e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Uma missão que, ressalta, deve ser abraçada por todos os setores da sociedade, incluindo as esferas estaduais e municipais.

    “Não há como fazer política ambiental sem que a gente tenha um Sistema Nacional de Meio Ambiente fortalecido. Não é a União apenas. É podermos contar com a ação dos estados, dos municípios, para que a gente possa ter capacidade de resposta, tanto na formulação quanto na implementação das políticas ambientais”, afirmou a ministra.

    Dentre os 14 novos decretos e atos assinados neste Dia Mundial do Meio Ambiente pelo governo federal estão:

    – Assinatura do Pacto pela Prevenção e Controle de Incêndios com governadores do Pantanal e da Amazônia, para planejamento e implementação de ações colaborativas e… pic.twitter.com/7A3cWk4bPf

    — Lula (@LulaOficial) June 5, 2024

    Desde janeiro de 2023, o Ministério do Meio Ambiente trabalha de forma transversal com dezenas de outros ministérios, além de outros órgãos, com base em cinco eixos: Bioeconomia; Clima e Emergência Climática; Conservação Ambiental e Unidade de Conservação em Povos e Comunidades Tradicionais; Fortalecimento Institucional; e Pacto Interfederativo.

    “Não se pode cuidar dos ativos ambientais brasileiros de A a Z apenas com a ação de governo. É fundamental o empenho da comunidade científica, da sociedade civil nos seus mais diferentes segmentos, a participação de todos os poderes, do Tribunal de Contas, do Congresso Nacional, de todos os setores que contribuem com essa política”, reforçou Marina Silva.

    TRANSIÇÃO ENERGÉTICA – Ao se dirigir à plateia formada por ministros, parlamentares e governadores, além de especialistas e representantes da sociedade civil, Lula ressaltou a necessidade de o país transformar os ativos que tem na transição energética, por ser um país de matriz limpa, a seu favor. E indicou que o país precisa se preparar para lidar com as consequências das mudanças climátias.

    “O mundo está cheio de desastres ambientais que são quase incontroláveis. Quando a natureza se revolta, é difícil controlar. Precisamos, a partir do Brasil, que é referência mundial na questão do meio ambiente, na questão ecológica, na questão energética, fazer disso uma coisa importante para que a gente atraia investimentos. Investimentos para que a gente ajude a desenvolver esses estados. Porque o povo do Norte tem o direito de ter acesso às coisas materiais que têm os companheiros do Sul e têm os companheiros do Sudeste”, pontuou Lula.

    Lula frisou ainda que o Brasil precisa fortalecer planos para incrementar o turismo ambiental, de modo que os diversos setores da sociedade possam conhecer as riquezas naturais do país. “Nós temos uma coisa que é tida como a mais importante para a manutenção da qualidade do ar que respiramos. Uma coisa que é mais importante para que a gente possa manter o planeta de forma sadia, oferecendo qualidade de vida à humanidade, que são as nossas reservas florestais, os nossos biomas, seja o Pantanal, a Caatinga, o Pampa, o Cerrado, a Mata Atlântica. Temos uma riqueza imensa. Entretanto, não temos uma política de desenvolvimento do turismo para visitá-los”, cobrou o presidente.

    Para o presidente, é fundamental que o Brasil encontre mecanismos eficientes para explorar, de forma responsável e sustentável, essas riquezas, com o objetivo não apenas de preservá-las, mas também de ajudar a desenvolver os estados e melhorar as condições de vida das pessoas que vivem nas regiões de florestas.

    Por: Planalto

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  • PF deflagra operação para investigar venda irregular de créditos de carbono em Mato Grosso

    PF deflagra operação para investigar venda irregular de créditos de carbono em Mato Grosso

    Nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, a Polícia Federal deflagrou a Operação Greenwashing, visando desarticular uma organização criminosa acusada de vender aproximadamente R$ 180 milhões em créditos de carbono provenientes de áreas da União ilegalmente invadidas.

    A operação está cumprindo 5 mandados de prisão preventiva e 76 mandados de busca e apreensão, emitidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária do Amazonas, abrangendo os estados de Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Paraná, Ceará e São Paulo. Além disso, 108 medidas cautelares diversas da prisão estão sendo executadas, incluindo 8 suspensões do exercício de função pública, 4 suspensões de registro profissional no CREA, e 7 bloqueios de emissão de Documentos de Origem Florestal (DOFs), bem como o sequestro de R$ 1,6 bilhão.

    A operação conta com o suporte de várias instituições, como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Receita Federal do Brasil (RFB), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além de acadêmicos e profissionais de registro de imóveis.

    A investigação revelou um esquema de fraudes fundiárias que se estendeu por mais de uma década, originado em Lábrea, Amazonas. O esquema envolvia a duplicação e falsificação de títulos de propriedade, resultando na apropriação ilegal de cerca de 538 mil hectares de terras públicas. Entre 2016 e 2018, a organização criminosa ampliou suas atividades ilícitas reutilizando títulos de propriedade e inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a conivência de servidores públicos e técnicos responsáveis.

    Nos últimos três anos, o grupo criminoso expandiu suas atividades ilegais nas regiões de Apuí e Nova Aripuanã, no Amazonas. Foram identificadas irregularidades como a emissão de certidões falsas por servidores da Secretaria de Terras do Estado do Amazonas (SECT/AM), sobreposição de registros e apropriação indevida de terras públicas.

    As atividades ilegais da organização incluíam exploração florestal e pecuária em áreas protegidas, criação de gado “fantasma” para áreas com restrições ambientais, venda de créditos virtuais de madeira e obtenção de licenças ambientais fraudulentas. A investigação estima que mais de um milhão de metros cúbicos de madeira foram explorados ilegalmente, causando um dano ambiental de aproximadamente R$ 606 milhões. Além disso, a organização criminosa lucrou cerca de R$ 820 milhões com a venda de terras griladas.

    A Operação Greenwashing destaca a complexidade e a extensão das atividades criminosas relacionadas à apropriação ilegal de terras públicas e à fraude em créditos de carbono. A ação da Polícia Federal, em conjunto com várias instituições, visa não apenas desmantelar a organização criminosa, mas também proteger o meio ambiente e garantir a legalidade nas atividades de uso da terra e de comércio de créditos de carbono.

  • Cuiabá entre as capitais brasileiras sem estratégia municipal para mudanças climáticas

    Cuiabá entre as capitais brasileiras sem estratégia municipal para mudanças climáticas

    Das 26 capitais do Brasil, 15 não possuem uma estratégia municipal para mudanças climáticas, incluindo Cuiabá. O levantamento, realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), autarquia ligada ao Governo do Espírito Santo, baseia-se nas informações disponíveis nos sites oficiais das prefeituras.

    Especialistas consideram o plano de mudanças climáticas fundamental para enfrentar e prevenir tragédias ambientais. Esses instrumentos são essenciais para evitar desastres de grandes proporções e minimizar perdas.

    Além de Cuiabá, as capitais que não possuem plano municipal de mudanças climáticas incluem Porto Alegre (RS), Vitória (ES), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Maceió (AL), Aracaju (SE), Natal (RN), São Luís (MA), Belém (PA), Manaus (AM), Macapá (AP), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR) e Palmas (TO). A análise também avaliou Brasília, que possui um plano disponível na internet.

    Capitais como Cuiabá deveriam servir de exemplo, devido à maior arrecadação e estrutura administrativa. Ele defende que os municípios precisam ser apoiados pelos governos federal e estadual para a elaboração de estudos e ações preventivas. Em resposta ao levantamento, a capital de Mato Grosso destacou o recebimento do certificado MCR 2030 (Making Cities Resilient) por ações de resiliência, incluindo o planejamento para resiliência climática e o plantio de árvores, que faz parte do plano diretor da capital.

  • Ministro do STF exige parecer da PGR sobre lei que proíbe pesca de 12 espécies em Mato Grosso

    Ministro do STF exige parecer da PGR sobre lei que proíbe pesca de 12 espécies em Mato Grosso

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresente, no prazo de cinco dias, seu parecer sobre a ação que questiona a constitucionalidade da lei aprovada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Esta legislação proíbe a comercialização, transporte e pesca de 12 espécies de peixes nos rios do estado pelos próximos cinco anos.

    Em sua decisão, Mendonça não acolheu o pedido da PGR para que a Advocacia Geral da União (AGU) e o governo do Estado de Mato Grosso se manifestassem novamente devido às recentes alterações na lei feitas pela Assembleia. O ministro destacou que a AGU já havia se posicionado em fevereiro deste ano, expressando oposição às modificações na legislação, argumentando que a Lei da Pesca invade a competência da União e compromete a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Atividade Pesqueira.

    Mendonça também ressaltou que o governo de Mauro Mendes e os partidos autores da ação, MDB e PSD, já se manifestaram sobre o assunto. Ele decidiu, portanto, não acolher o pedido para novas manifestações e renovou o prazo de cinco dias para a PGR emitir seu parecer.

    A decisão do ministro foi proferida na quarta-feira (29), e o prazo para a PGR se manifestar começará a contar a partir da publicação, que ocorrerá nesta segunda-feira (3).

    A continuidade deste processo é de extrema importância, pois impacta diretamente a gestão e preservação dos recursos pesqueiros no estado de Mato Grosso, além de envolver questões cruciais sobre a competência legislativa entre os poderes estaduais e federais.

  • Mato Grosso planeja fundo internacional para preservação ambiental

    Mato Grosso planeja fundo internacional para preservação ambiental

    O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (União), manifestou apoio à proposta do governador Mauro Mendes (União) para a criação de um fundo internacional destinado a financiar ações ambientais no estado. A ideia é que ONGs internacionais e países interessados na preservação ambiental contribuam financeiramente para esse fundo.

    Botelho enfatizou a importância de ter uma reserva financeira para emergências ambientais e desastres naturais. “Eu concordo, acho que tem, sim, que receber e criar um fundo, inclusive para desastres. O Estado tem que ter uma reserva, acho justo”, afirmou Botelho na segunda-feira (27).

    O principal objetivo do fundo é utilizar os recursos arrecadados para adquirir áreas destinadas à criação de parques estaduais, evitando conflitos judiciais sobre a propriedade dessas áreas de preservação. A proposta visa a consolidar a proteção ambiental no estado e garantir a sustentabilidade dos recursos naturais.

    A proposta será encaminhada à Assembleia Legislativa ainda nesta semana para discussão e votação.

    A proposta ganhou relevância devido à judicialização relacionada à criação do Parque Estadual Cristalino. A iniciativa enfrenta questionamentos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso por parte da Sociedade Comercial e Agropecuária Triângulo LTDA, que contesta a propriedade da área destinada ao parque.

    “Vamos ver como é que vai chamar esse fundo, mas é um fundo para receber doações de ONGs, de países que se dizem interessados em preservar o meio ambiente no Brasil, de grandes empresas, de cidadãos (que queiram) doar dinheiro para que Mato Grosso possa regularizar os parques já criados e criar novos parques se assim também desejar”, explicou o governador Mauro Mendes.

    O governador expressou confiança de que o fundo terá um impacto positivo significativo na preservação ambiental de Mato Grosso. “Vamos prestar um grande serviço para a humanidade e para os mato-grossenses. Então vou criar esse fundo e vou rodar o mundo dizendo: quer preservar? Está aqui o fundo, deposite e ajude a pagar”, concluiu Mendes.

    Com o apoio da Assembleia Legislativa, a proposta do fundo ambiental avança para os trâmites legislativos. Se aprovada, Mato Grosso poderá contar com um instrumento financeiro robusto para garantir a proteção e expansão de suas áreas de preservação, atraindo recursos internacionais e fortalecendo sua política ambiental.

    A iniciativa promete ser um marco na gestão ambiental do estado, reforçando a importância da colaboração global na preservação dos ecossistemas e na luta contra as mudanças climáticas.

  • Sucuri Gigante “Boia” no lago após banquete: Pescadores registram cena impressionante

    Sucuri Gigante “Boia” no lago após banquete: Pescadores registram cena impressionante

    Prepare-se para se deparar com a natureza em sua forma mais majestosa e, ao mesmo tempo, inusitada. Uma cobra sucuri de tamanho colossal, estimada em cinco metros de comprimento, foi flagrada por pescadores no lago Corumbá, em Caldas Novas (GO), após ter se banqueteado fartamente.

    Um banquete digno de um gigante:

    As imagens da cobra sucuri circulam nas redes sociais e foram gravadas no lago Corumbá, em Caldas Novas no estado de Goiás (GO)

    As imagens, que viralizaram nas redes sociais, mostram a sucuri praticamente flutuando na água, com a barriga cheia após uma refeição épica. A cobra, que aparenta estar tranquila e relaxada, desliza pelas águas calmas do lago, proporcionando um espetáculo impressionante para os pescadores que a presenciaram.

    Vídeo:

    Um encontro memorável:

    Augusto e Everton Marques, os pescadores que flagraram a cena, ainda estão sob o impacto do encontro com o gigante reptiliano. “Foi algo incrível que nunca vamos esquecer”, relata Augusto. “Estávamos pescando quando de repente avistamos essa enorme cobra boiando na água. Ficamos impressionados com o tamanho dela e com a tranquilidade com que estava nadando.”

    A cena, além de ser inusitada, serve como um lembrete da importância da preservação ambiental. As sucuris, embora impressionantes em seu tamanho e força, são elementos essenciais do ecossistema e devem ser respeitadas.

    Veja mais:

    Saiba mais sobre a sucuri

    Originária da América do Sul, a cobra sucuri é a maior serpente não venenosa e está dividida entre quatro espécies. No Brasil as mais comuns de serem vistas são as cobras sucuri-amarela e sucuri-verde.

    Esta última sendo considera a maior, onde há registro de mais de sete metros e de até 200 quilos.

    As cobras sucuris são semiaquáticas, ou seja, vive em ambientes terrestres, mas passam boa parte do tempo dentro da água. Pode ficar submersa até 30 minutos sem precisar voltar a superfície para respirar.

    A estratégia utilizada para caçar é a da espreita seguida do bote. As sucuris não são venenosas, pois não possuem dentes inoculadores de veneno, mas sua mordida é forte o bastante para atordoar sua presa que rapidamente é envolvida pela musculatura forte e robusta da serpente.

    Utilizam esta tática em animais que se aproximam dos corpos d’água para beber, surpreendendo sua presa em potencial dando o bote e matando-a por constrição e afogamento. Na dieta das sucuris é possível encontrar diversos vertebrados, como por exemplo: peixes, rãs, lagartos, jacarés, aves e roedores.

    A estratégia utilizada para caçar é a da espreita seguida do bote. As sucuris não são venenosas, pois não possuem dentes inoculadores de veneno
    Sucuri-verde (Eunectes murinus)

    As cobras trocam de pele com o intervalo de dias a meses, variando a temperatura do ambiente, alimentação, saúde e tamanho do animal, isso acontece em média cinco vezes ao ano, em caso de cobras mais novas ocorre com mais frequência.

    O fenômeno ocorre através da liberação da pele inteira e é chamado de ecdise (sendo um dos únicos répteis que não fazem a descamação em partes), esse processo ajuda no crescimento, na remoção de ectoparasitas (como carrapatos), renovação da pele ferida e melhor comunicação química entre indivíduos.

    Se você gostou deste post: Cobra sucuri é flagrada após encher a barriga; ASSISTA – vai gostar também de ler esta notícia: Batalha mortal entre caranguejeira e lacraia, que vence? ASSISTA

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  • Combustível ilegal é apreendido em Pontes e Lacerda: PRF frustra venda em garimpo

    Combustível ilegal é apreendido em Pontes e Lacerda: PRF frustra venda em garimpo

    Na noite dessa segunda-feira (20), uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 300 litros de combustível que estavam sendo transportados ilegalmente no município de Pontes e Lacerda, no estado de Mato Grosso.

    O combustível, que seria revendido em um garimpo ilegal, foi apreendido durante uma blitz rotineira na BR-174.

    Apreensão em flagrante

    Por volta das 22h, os policiais rodoviários realizavam patrulhamento no km 1 da rodovia federal quando avistaram uma caminhonete com diversos tambores na caçamba.

    Ao abordar o veículo, os agentes encontraram seis tambores com capacidade para 50 litros cada um, contendo 100 litros de óleo diesel (S500) e 200 litros de gasolina.

    O condutor da caminhonete, um homem de 41 anos, informou aos policiais que o combustível era de sua propriedade e que o levaria para o garimpo do Cururu, onde seria revendido.

    No entanto, o homem não possuía documentação que comprovasse a origem legal do produto, nem a autorização para transportá-lo.

    Combate ao crime

    Diante da situação, o homem e o combustível apreendido foram encaminhados à Polícia Judiciária em Pontes e Lacerda. O caso foi registrado como crime ambiental, pois o transporte e a venda de combustíveis sem autorização legal configuram crime previsto na Lei de Crimes Ambientais.

    Alerta sobre os riscos

    A PRF reforça que o transporte irregular de combustíveis coloca em risco a segurança de motoristas e pedestres, além de contribuir para a degradação ambiental. O garimpo ilegal, por sua vez, também é uma atividade criminosa que causa danos ao meio ambiente e à saúde pública.

  • Mais de 95% da população diz ter consciência das mudanças climáticas

    Mais de 95% da população diz ter consciência das mudanças climáticas

    A grande maioria da população brasileira (95,4%) afirma ter consciência de que as mudanças climáticas estão acontecendo, enquanto apenas 3,5% dizem não ter consciência. Um por cento não sabe opinar ou não quis responder a respeito na pesquisa de opinião sobre percepção pública da ciência e tecnologia (C&T), divulgada nesta quarta-feira (15) em Brasília pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma associação civil sem fins lucrativos supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

    A consciência quase unânime dos brasileiros nas mudanças climáticas, no entanto, não se traduz em absoluta concordância sobre as razões do fenômeno. Para 78,2% dos entrevistados, as transformações no clima do planeta Terra ocorrem em razão da ação humana – como apontam diferentes estudos científicos. Mas, para 19,6%, essas mudanças são da natureza, sem intervenção do homem.

    A percepção da gravidade das mudanças climáticas é ainda mais relativa. Seis de cada dez entrevistados (60,5%) concordam que o evento representa um “grave perigo para as pessoas no Brasil”. Para 26,9%, os riscos são de porte “médio”. Quase 12% dos entrevistados (11,8%) creem que as mudanças são “um perigo pequeno” (8,2%) ou “não são um perigo” (3,6%).

    Amostra

    A pesquisa foi aplicada na última semana de novembro e primeira semana de dezembro do ano passado, bem antes das tempestades e enchentes que afligem o Rio Grande do Sul. No total, foram entrevistadas 1.931 pessoas com 16 anos ou mais. A composição da amostra tem representação de estratos por gênero, idade, escolaridade, renda e local de moradia em todas as regiões do país.

    Essa é sexta edição da pesquisa de opinião sobre percepção pública de C&T entre os brasileiros. As edições anteriores ocorreram em 1987, 2006, 2010, 2015 e 2019. Entre os levantamentos, os pesquisadores afirmam que não foram observadas mudanças significativas de interesse pelas temáticas abordadas.

    Interesse pela ciência

    Na edição de 2023, o interesse por ciência e tecnologia ficou no mesmo patamar das pesquisas anteriores (60,3% dos entrevistados). O percentual alcançado pela temática indica interesse menor do que em temas associados como medicina e saúde (77,9%), e meio ambiente (76,2%); e em temas diferentes, como religião (70,5%) e economia (67,7%).

    Ciência e tecnologia ficam à frente do interesse por esporte (54,3%); arte e cultura (53,8%); e política (32,6%). Mesmo que minoritário, o interesse por política foi o único sobre o qual se notou crescimento significativo nas duas últimas edições da pesquisa: mais de nove pontos percentuais. Em 2019, apenas 23,2% dos entrevistados se declararam interessados por esse assunto.

    Apesar do interesse declarado sobre C&T, apenas 17,9% disseram conhecer alguma instituição de pesquisa científica e 9,6% lembraram o nome de algum(a) cientista brasileiro importante. Também é minoritária a proporção de brasileiros que visitam espaços ou participam de atividades relacionadas ao conhecimento científico e/ou educação. “Declarar interesse significa a importância que os brasileiros atribuem para o tema (não significa necessariamente ler, participar ou se informar, mesmo que a correlação exista)”, explica o relatório da pesquisa.

    Tendo como referência os 12 meses que antecederam o levantamento, menos de 20% dos entrevistados (19,4%) disseram ter ido a uma biblioteca; 18,9% participaram de feira ou olimpíada da ciência; 13,4% visitaram museu de arte; 11,5% estiveram em museu de C&T; e 6,6% acompanharam a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – que na edição anterior à pesquisa foi realizada em Brasília, com o tema: Bicentenário da Independência: 200 Anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. Até mesmo visita a zoológico foi minoritária entre os entrevistados (32,7%).

    Cidadania científica

    Conforme o relatório da pesquisa, o levantamento indica desigualdade no acesso ao conhecimento. “O interesse em C&T tende a se modificar em função da região de moradia, da idade, da renda e do tipo de participação política dos entrevistados. Isto é, seu valor é maior nas regiões Norte e Sul; cai fortemente com a maior idade; ao crescer a renda, o interesse tende a crescer; e seu valor aumenta de acordo com aqueles que dizem participar de greves, manifestações, abaixo-assinados ou outras formas de manifestação política.”

    Para Yurij Castelfranchi, professor associado do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os dados da pesquisa indicam que há no Brasil “pessoas excluídas da ciência” ou “exilados da cidadania científica.”

    Apesar da apartação social, o acadêmico assinala que a maior parte dos entrevistados “acha a ciência relevante.” A larga maioria dos brasileiros entrevistados sugere aumentar ou manter investimentos em ciência “mesmo em anos de crise”. Em 2023, “apenas 2,6% dos entrevistados acreditam que o investimento em pesquisa científica deva ser diminuído”, contabiliza o relatório da pesquisa.

    Desinformação

    A exclusão social também não afetou a percepção dos perigos da desinformação e da propagação de falsas notícias. Cinco de cada dez entrevistados disseram “se deparar frequentemente com notícias que parecem falsas”, descreve o relatório. A maior parte dos entrevistados (61,8%) assegura nunca compartilhar informações caso não tenha certeza da veracidade. No entanto, 36,5% admitem já ter compartilhado informações falsas.

    Ainda de acordo com o relatório, 45,6% dos entrevistados “suspeitam da veracidade das informações provenientes de pessoas ou instituições das quais discordam”. Para 42,2%, as informações são verdadeiras “quando são provenientes de pessoas ou instituições que admiram.”

    Pelo menos 40% das pessoas entrevistadas afirmaram que “só acreditam em uma informação se ela for corroborada por outras fontes.” Na avaliação de Yurij Castelfranchi, a atitude declarada de checagem é positiva: “Isso é um princípio básico do letramento midiático.”

    Além de colher as opiniões dos brasileiros, a pesquisa do CGEE ainda fez análise de conteúdo das reportagens sobre ciência em dois dos mais importantes jornais brasileiros (Folha de S.Paulo e O Globo) e também avaliou postagens sobre a temática nas redes sociais (Instagram e YouTube).

    Os resultados dessa análise, descritos no relatório A Ciência em Diferentes Arenas, estão disponíveis na página da pesquisa na internet.

    Edição: Juliana Andrade

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