Tag: medicina

  • Rouquidão persistente pode ser sintoma de câncer, diz especialista

    Rouquidão persistente pode ser sintoma de câncer, diz especialista

    Ficar com a voz rouca pode ser apenas uma das consequências de uma infecção na garganta, ou do uso excessivo das cordas vocais, mas este também é o primeiro sintoma de um problema muito mais grave: o câncer de laringe.

    “Esse tipo de câncer é responsável por cerca de 2% dos tumores que afetam a população no Brasil, e, em dois terços dos casos, os tumores estão localizados na região da prega vocal. Esse tipo de câncer pode ser facilmente tratado com cirurgia ou radioterapia, se for descoberto na fase inicial, com chance de índice de cura acima de 90%. Mas há uma estimativa de que 80% dos diagnósticos de câncer de laringe no Brasil são feitos em estágios mais avançados”, revela o membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, Daniel Dávila.

    Alerta

    A associação aproveita o Dia Mundial da Voz, nesta quarta-feira (16), para reforçar o alerta de que casos de rouquidão que se prolonguem por mais de duas semanas devem ser examinados por um especialista, assim como outros sintomas que podem parecer inofensivos como pigarro, aquela sensação de bolo na garganta, dor persistente na garganta por mais de duas semanas, nódulos endurecidos e doloridos no pescoço que algumas vezes podem vir associados a uma dor de ouvido são os principais sinais de alarme de alguma doença mais grave”, observa Dávila.

    O médico salienta que a vigilância deve ser ainda maior para quem faz parte de alguns grupos de maior risco.

    “O principal agente etiológico para o paciente ter lesão pré-maligna na prega vocal é o tabagismo. E se esse tabagismo vier associado com o consumo de álcool existe uma sinergia entre esses fatores que pode aumentar em até 40 vezes as chances de o paciente ter um câncer de laringe”, enfatiza.

    O risco de desenvolver lesões cancerígenas também é maior para trabalhadores que inalam algum pó e componentes químicos. O diagnóstico inicial pode ser feito por um otorrinolaringologista por meio de exame clínico, combinado com videolaringoscopia.

  • Reator nuclear brasileiro irá beneficiar áreas de saúde e agricultura

    Reator nuclear brasileiro irá beneficiar áreas de saúde e agricultura

    O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) iniciou nesta segunda-feira (24) as obras de infraestrutura do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), o maior centro brasileiro de pesquisa para aplicações da tecnologia nuclear, localizado na cidade de Iperó, no interior de São Paulo.

    O equipamento contará com um reator nuclear de pesquisa, que utilizará as radiações geradas para aplicações em medicina, indústria, agricultura e meio ambiente.

    O centro de pesquisa também poderá ser usado para testes do combustível do submarino nuclear brasileiro, que está sendo desenvolvido no Centro Industrial Nuclear de Aramar, da Marinha Brasileira, instalado também em Iperó, próximo ao RMB.

    “[O RMB] vai garantir, por exemplo, a autossuficiência do nosso país na produção de radioisótopos, que são usados na fabricação de fármacos para tratamento do câncer. Vamos, assim, reduzir riscos de desabastecimento, diminuir custos e ter melhores condições para atender a população”, destacou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, na cerimônia de início das obras, em Iperó.

    De acordo com o MCTI, o RMB garantirá a autossuficiência na produção do radioisótopo Molibdênio-99, essencial para a obtenção do Tecnécio-99m, utilizado em diagnósticos médicos. Também possibilitará a nacionalização de outros radioisótopos usados em diagnóstico e terapia.

    Segundo a pasta, o RMB será essencial também para o desenvolvimento de combustíveis nucleares e materiais utilizados nos reatores das centrais nucleares brasileiras e em novas tecnologias, como os pequenos reatores modulares (SMR).

    O RMB deverá ser concluído em cinco anos e tem aporte, até 2026, estimado pelo ministério em R$ 926 milhões.

    Em 2024, já foram contratados mais de R$300 milhões para o centro de pesquisas.

  • Lucas do Rio Verde forma três novos especialistas em Medicina de Família

    Lucas do Rio Verde forma três novos especialistas em Medicina de Família

    A Prefeitura de Lucas do Rio Verde realizou na noite desta sexta-feira (21), a cerimônia de formatura da Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade. Três médicos se formaram.

    O Programa de Residência Médica foi criado em 2016, com o objetivo de formar médicos especialistas pra atuarem no dia a dia das unidades básicas de saúde (UBSs)

    A secretária municipal de Saúde Keli Paludo Fernandes explicou que a proposta do município, é melhorar a qualidade do atendimento médico e a resolutividade das demandas da população.

    “Ao longo dos anos, fomos aperfeiçoando o processo formativo, atraindo recém-formados de várias regiões e o mais importante, vendo esses médicos optarem por permanecer no município e melhorar a qualidade do atendimento nas UBSs.”

    Esta é a sétima turma formada pelo Programa de Residência Médica. Em sete edições, já foram formados 26 especialistas em Medicina de Família e Comunidade.

    O jovem médico Pedro Henrique de Souza Serafin é um dos profissionais formados pelo município. Segundo ele, foram dois anos de muita dedicação e aprendizado.

    “Precisamos cada vez mais de médicos de família, essa especialidade tão necessária a população. Estou feliz com o resultado, em poder contribuir com a sociedade, com a saúde pública, fazendo uma medicina de qualidade”.

    Além do Pedro Henrique de Souza Serafin (Sinop), também se formaram, Barbara Rafaela Alves da Silva (Lucas do Rio Verde) e Victória Castelhano Abel (Cuiabá).

    O prefeito Miguel Vaz destacou que a iniciativa, criada há quase nove anos, na gestão do então prefeito Otaviano Pivetta, só foi possível, graças a infraestrutura ofertada pelo município e ao profissionalismo das equipes.

    “Só temos que parabenizar e agradecer a equipe do Programa de Residência Médica e todos os nossos servidores da saúde, que acolheram e contribuíram no aprendizado dos recém-formados”.

  • Mato Grosso amplia oferta de residência médica, mas demanda por vagas ainda é alta

    Mato Grosso amplia oferta de residência médica, mas demanda por vagas ainda é alta

    A concentração da oferta de formação médica na região Sudeste, que detém 47,4% dos programas de residência médica do país, representa um desafio para o acesso equitativo à saúde em todo o território nacional.

    Nesse contexto, o fortalecimento da residência médica em Mato Grosso surge como uma estratégia crucial para descentralizar essa oferta e garantir a presença de especialistas em todas as regiões do Brasil.

    A hegemonia do Sudeste na formação médica acarreta uma série de problemas, incluindo:

    • Êxodo de profissionais: Jovens médicos formados em outras regiões frequentemente migram para o Sudeste em busca de melhores oportunidades de residência, contribuindo para o esvaziamento de profissionais em seus estados de origem.
    • Dificuldade de interiorização: A carência de programas de residência no interior do país dificulta a fixação de médicos em áreas remotas e com menor infraestrutura, onde a demanda por especialistas é ainda maior.
    • Desigualdade no acesso à saúde: A concentração de especialistas no Sudeste acentua as desigualdades regionais no acesso a serviços de saúde de qualidade, prejudicando a população que vive em outras regiões.

    Mato Grosso como protagonista na descentralização:

    A expansão de vagas de residência médica em Mato Grosso representa um passo importante para reverter esse quadro. Ao investir na formação de especialistas no próprio estado, Mato Grosso busca:

    • Formar profissionais alinhados às necessidades locais: A residência médica em Mato Grosso permite a formação de profissionais com conhecimento das particularidades da região, como as doenças prevalentes e as características da população.
    • Fixar médicos no estado: Ao oferecer oportunidades de especialização em Mato Grosso, o estado aumenta as chances de que os médicos formados permaneçam na região, suprindo a demanda por especialistas.
    • Melhorar o acesso à saúde para a população: A presença de mais especialistas em Mato Grosso contribui para a melhoria do acesso a serviços de saúde de qualidade para a população local, reduzindo a necessidade de deslocamentos para outras regiões.
    • Contribuir para a redução das desigualdades regionais: A expansão da oferta de residência médica em Mato Grosso contribui para a descentralização da formação médica no país, auxiliando na redução das desigualdades regionais no acesso à saúde.

    Além da expansão de vagas:

    Apesar da importância da expansão de vagas, outras medidas são necessárias para o fortalecimento da residência médica em Mato Grosso e a efetiva descentralização da formação médica no Brasil:

    • Investimento em infraestrutura: É fundamental investir na infraestrutura dos hospitais e instituições de ensino que oferecem programas de residência, garantindo a qualidade da formação e a disponibilidade de recursos adequados.
    • Valorização dos preceptores: Os preceptores desempenham um papel crucial na formação dos residentes e precisam ser valorizados e capacitados para exercerem suas funções de forma eficaz.
    • Incentivos para a interiorização: É importante criar programas de incentivo para que os médicos formados em Mato Grosso atuem no interior do estado, garantindo o acesso à saúde em todas as regiões.
    • Integração entre ensino e serviço: A integração entre as instituições de ensino e os serviços de saúde é fundamental para garantir a formação de profissionais alinhados às necessidades do sistema de saúde.

    O futuro da formação médica no Brasil:

    A expansão da residência médica em Mato Grosso, somada a outras iniciativas em diferentes regiões do país, representa um passo importante para a construção de um sistema de saúde mais equitativo e acessível para todos os brasileiros. A descentralização da formação médica é fundamental para garantir a presença de profissionais qualificados em todas as regiões, melhorando o acesso à saúde e reduzindo as desigualdades regionais. Mato Grosso se posiciona como um ator importante nesse processo, investindo na formação de seus próprios especialistas e contribuindo para um futuro com mais saúde para todos.

  • Xilitol faz mal?

    Xilitol faz mal?

    O consumo de xilitol tem ganhado popularidade como uma alternativa ao açúcar, especialmente em produtos rotulados como “zero açúcar”, como doces, bebidas e cremes dentais. Mas afinal, xilitol faz mal?

    Apesar de ser considerado seguro quando consumido com moderação, especialistas alertam para possíveis efeitos colaterais e a necessidade de mais estudos sobre seu impacto a longo prazo.

    O xilitol é um adoçante natural extraído de vegetais como o milho e a bétula, amplamente usado por sua capacidade de adoçar alimentos com um índice glicêmico baixo e poucas calorias.

    Xilitol faz mal? Possíveis riscos e controvérsias

    Xilitol faz mal? Possíveis riscos e controvérsias
    Xilitol faz mal? Possíveis riscos e controvérsias

    Embora o xilitol seja amplamente aceito como seguro, algumas pessoas relatam desconfortos gástricos, inchaço abdominal e até diarreia quando consomem o adoçante em excesso.

    Pesquisas também levantam preocupações sobre o impacto do consumo prolongado na flora intestinal e na saúde cardiovascular.

    Estudos preliminares sugerem que pode haver aumento do risco de infarto ou AVC, mas essas evidências ainda são inconclusivas e necessitam de maior aprofundamento científico.

    Moderação é a chave

    Especialistas recomendam o consumo moderado de xilitol, especialmente em substituições na dieta. Para aqueles que desejam utilizá-lo, a orientação é consultar um nutricionista ou médico, garantindo que o consumo seja seguro e adequado ao estilo de vida de cada pessoa.

    A popularidade do xilitol mostra seu potencial como substituto do açúcar, mas como todo alimento funcional, seu uso exige atenção aos benefícios e possíveis impactos no organismo.

    Entre seus principais benefícios, destacam-se:

    Ajuda no controle de peso

    Com índice glicêmico de apenas 8 e 8 calorias por colher de chá, o xilitol contribui para a regulação dos níveis de glicose no sangue, ajudando a controlar a fome. Isso o torna uma opção interessante para quem busca emagrecimento ou substituições mais saudáveis ao açúcar tradicional.

    Prevenção de cáries

    Estudos apontam que o xilitol inibe o crescimento de bactérias como o Streptococcus mutans, principal responsável por cáries, ajudando a proteger a saúde bucal.

    Auxílio no controle da diabetes

    Por não causar picos de glicemia, o xilitol é indicado para pessoas com diabetes que precisam manter os níveis de açúcar no sangue equilibrados.

    Uso em lavagem nasal

    O xilitol tem propriedades bactericidas e anti-inflamatórias, sendo usado em soluções de lavagem nasal para aliviar congestões e irritações.

  • Estudo alerta para o aumento de cursos de pós-graduação em medicina

    Estudo alerta para o aumento de cursos de pós-graduação em medicina

    A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgaram um recorte da pesquisa Demografia Médica no Brasil 2025 no qual adiantam dados relacionados aos cursos de especialização.

    Segundo os pesquisadores 41,2% dos cursos médicos de especialização no Brasil, na modalidade Pós-Graduação Lato Sensu (PGLS), são inteiramente a distância, outros funcionam na modalidade de ensino a distância (EAD) e 11,1% em regime semipresencial.

    O dado escala em relevância pois, para as entidades, há perda considerável de qualidade na formação dos estudantes, o que motivou a divulgação antecipada do estudo. A íntegra da pesquisa será divulgada em 2025.

    Os pesquisadores analisaram 2.148 cursos de PGLS em medicina ofertados por 373 instituições. Eles perceberam que os cursos oferecidos somente em EAD são mais curtos (média de 9,7 meses) em comparação com cursos presenciais (15,4 meses) e semipresenciais (13,9 meses). A maior parte da oferta de cursos EAD está concentrada em instituições privadas (90%) e no Sudeste (60%), sendo 32,8% somente em São Paulo.

    O levantamento aponta uma hipótese preocupante de que o aumento na oferta está relacionado a uma prática predatória, com cursos que dão a ideia falsa de serem especialidades médicas e podem induzir ao erro a população e mesmo profissionais.

    No Brasil o título de médico especialista só pode ser destinado a quem tenha passado pela formação em Residência Médica (RM), cuja duração varia de dois a cinco anos, credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM/ MEC) ou por meio das sociedades de especialidades, filiadas à Associação Médica Brasileira (AMB), enquanto as PGLSs só exigem registro no Ministério da Educação junto a uma Instituição de Ensino Superior cadastrada. Alguns dos cursos cobram até R$ 30 mil dos estudantes.

    Para o Dr. Mário Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina USP e coordenador da pesquisa, o aumento tem relação direta com a abertura de escolas médicas sem qualquer planejamento.

    “Houve imenso aumento da oferta de graduação sem expansão de vagas de residência médica, que é a modalidade mais apropriada de se formar um médico especialista. É preciso regulamentar e definir o papel desses cursos, separando o joio do trigo e, ao mesmo tempo, ampliar e reforçar a Residência Médica”, explicou.

    Segundo o levantamento, “os cursos de PGLS estudados mantêm proximidade com a nomenclatura das especialidades médicas e áreas de atuação em medicina legalmente reconhecidas, o que pode gerar, junto aos médicos, empregadores e sociedade, imprecisões quanto à sua finalidade e validade. A partir dos dados analisados, não ficam claras a identidade e a função dos cursos de PGLS na formação dos médicos, na aquisição ou atualização de conhecimentos e habilidades”.

    Em resumo, se passam por cursos com maior exigência para dar a falsa impressão de qualidade. Os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) concedem o Registro de Qualificação de Especialista (RQE) ao médico que concluiu RM ou obteve o título via AMB. O médico que tem apenas certificado de curso de PGLS não pode se apresentar como especialista. O estudo estima que 200 mil médicos não possuíam título de especialista no Brasil em 2024.

    Essa defasagem entre formação como especialista e oferta das RMs abre espaço para um uso pouco sério de parte dos cursos Lato Sensu. Segundo o estudo dentre os 2.148 cursos de PGLS em medicina estudados, em 1.943 (90,5%) foi possível identificar a modalidade de ensino. Desses, 927 cursos (47,7%) são presenciais.

    Chama a atenção que 800 cursos (41,2%) são em formato EAD e outros 216 (11,1%), em modalidade semipresencial. Dos 1.653 cursos com especialidade médica e modalidade de ensino informadas, aquelas com mais cursos à distância foram endocrinologia e metabologia (106 cursos), hematologia e hemoterapia (63 cursos), radiologia e diagnóstico por imagem (56 cursos) e medicina do trabalho (56 cursos).

    O caráter de negócio desse tipo de curso também fica claro para os pesquisadores, que indicam que a oferta é concentrada em grupos empresariais de educação, onde são “comercializados por um mesmo conglomerado que tem escolas médicas de graduação, cursos preparatórios de residência médica, plataformas digitais, telemedicina e outros serviços. Em jargões do mercado, são chamados ‘ecossistemas de educação médica’ ou ‘onestop shop para médicos’. Por também guardarem conexões com planos de saúde, hospitais privados e indústria farmacêutica, devem ser analisados no contexto mais amplo da privatização do sistema de saúde brasileiro”, segundo o estudo.

    O problema dessa disparidade é que ela contribui para distanciar os profissionais formados do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Para Scheffer, fica claro que “Os cursos de PGLS são um negócio majoritariamente privado, ofertado por instituições privadas e voltados ao mercado privado, sem conexão com as prioridades e necessidades do SUS. Por isso, também há maior oferta em áreas mais rentáveis como estética e emagrecimento. Já no caso da saúde mental, um grande problema de saúde pública, a maior procura de cursos PGLS pode indicar a necessidade de se investir mais na Residência Médica em Psiquiatria, com aumento de bolsas e vagas”.

    Outro detalhe notável é que parte dos egressos tem buscado a equivalência para o título de especialista, judicializando o tema, com registro de algumas vitórias por parte dos estudantes, em quantidade que os pesquisadores não especificaram.

    Para o presidente da AMB, Dr. Cesar Eduardo Fernandes, a má-formação de médicos vem afetando diretamente a vida dos pacientes, resultando em atendimento de baixa qualidade. “Não se faz especialista em curso de final de semana, muito menos em ensino a distância. Você precisa ter um aprendizado prático sólido, em que se adquira as competências, as habilidades e as atitudes permitidas para que, enfim, possa ser registrado como um especialista”, afirma. Por isso, ele defende a criação de um exame de proficiência, que dê segurança à população.

    Edição: Aécio Amado

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  • Traumagel: Nova tecnologia para tratamento de hemorragias severas nos EUA

    Traumagel: Nova tecnologia para tratamento de hemorragias severas nos EUA

    Um avanço significativo no tratamento de hemorragias graves acaba de ser anunciado. O gel hemostático Traumagel, desenvolvido pela empresa americana Cresilon, recebeu aprovação da Food and Drug Administration (FDA) para uso em casos de sangramento moderado a severo.

    Composto à base de algas e fungos, a substância é aplicada diretamente na ferida, onde age rapidamente para estancar o fluxo sanguíneo. Segundo a empresa, o produto é capaz de controlar hemorragias em poucos segundos.

    Além da eficácia, o gel apresenta vantagens em relação aos métodos tradicionais, como o uso de gaze. “Ao contrário da gaze, que precisa ser inserida cuidadosamente na ferida, aumentando o risco para o paciente e o profissional de saúde, o Traumagel se espalha pela área afetada, alcançando os pontos de sangramento”, explica Joe Landolina, fundador da Cresilon.

    Antes de ser aprovado para humanos, o produto já havia demonstrado eficácia em mais de 10 mil clínicas veterinárias sob o nome de Vetigel. Essa experiência permitiu à Cresilon desenvolver uma estrutura de produção e distribuição em larga escala, preparando-se para o lançamento do Traumagel no mercado humano.

    O potencial do gel vai além do tratamento de ferimentos. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos está investigando o uso do Traumagel para estabilizar lesões cerebrais traumáticas em soldados. Estudos preliminares mostraram resultados promissores, mas ainda são necessários testes em humanos.

    A Cresilon planeja lançar o Traumagel ainda este ano e está investindo na capacitação de equipes médicas para o uso adequado do produto. Apesar de reconhecer que o treinamento é essencial, Landolina afirma que o processo será mais simples do que foi com o Vetigel, devido à maior especificidade do Traumagel.

    Com o Traumagel, a expectativa é revolucionar o atendimento a vítimas de trauma, reduzindo significativamente o risco de morte.

  • Irmãos estudantes de medicina e direito são presos por tráfico de drogas em Mato Grosso

    Irmãos estudantes de medicina e direito são presos por tráfico de drogas em Mato Grosso

    Um caso inusitado chamou a atenção da polícia em Cuiabá- Mato Grosso: três irmãos, sendo um estudante de medicina e outro de direito, foram presos em flagrante por tráfico de drogas durante a Operação Zona Quente, deflagrada nesta quarta-feira (7). A operação, que teve como alvo um esquema de “delivery” de drogas na capital, resultou na prisão de quatro pessoas.

    As prisões ocorreram após a Polícia Civil cumprir mandados de busca e apreensão em um condomínio no Bairro Despraiado, onde os irmãos residiam, e em uma casa no Bairro Recanto dos Pássaros. Durante as buscas, os policiais encontraram balanças de precisão, porções de maconha e aparelhos eletrônicos, que podem ter sido utilizados para a contabilidade do tráfico.

    As investigações apontaram que o grupo criminoso utilizava um aplicativo de mensagens instantâneas para realizar os pedidos e entregas das drogas. Os clientes faziam os pedidos através do aplicativo e os entorpecentes eram entregues em diversos pontos da cidade.

    A Polícia Civil destaca a complexidade do caso, que envolve pessoas com alto grau de escolaridade. “É importante ressaltar que o tráfico de drogas não é uma atividade restrita a um determinado perfil social”, afirmou o delegado responsável pela operação.

    A operação Zona Quente é mais uma ação da Polícia Civil no combate ao tráfico de drogas em Cuiabá. A polícia alerta para os perigos do consumo de drogas e para a importância da denúncia.

  • Cientistas anunciam pele artificial 3D que dá toque humano a robôs

    Cientistas anunciam pele artificial 3D que dá toque humano a robôs

    Pele artificialnão só vai simular sensações de toque ao humano, mas também vai transmitir sensações humanas de volta ao robô.

    Pesquisadores da Universidade Tsinghua, liderados pelo Professor Zhang Yihui, desenvolveram a primeira “pele artificial” ( também chamada de e-skin) tridimensional do mundo. Essa inovação revolucionária abre portas para diversas aplicações, tanto em robôs humanoides quanto em humanos, como um curativo inteligente que monitora dados de saúde em tempo real.[rand_bg_image]

    Imitando o tato humano com precisão:

    Cientistas chineses anunciam pele artificial 3D que dá toque humano a robôs
    Dall-E 3

    A pele eletrônica funciona como um novo tipo de sensor, captando e decodificando três sinais mecânicos essenciais: pressão, fricção e deformação. Essa capacidade de mimetizar as funções sensoriais da pele humana a torna ideal para diversas aplicações.

    Aplicações promissoras da pele artificial em medicina e robótica:

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    Segundo o Professor Zhang, a e-skin pode ser instalada nas pontas dos dedos de robôs médicos, permitindo diagnósticos precoces e precisos, além de auxiliar em procedimentos médicos minimamente invasivos. Em humanos, ela pode ser utilizada como um curativo inteligente, monitorando dados como oxigenação sanguínea e batimentos cardíacos em tempo real, contribuindo para o acompanhamento de pacientes e o diagnóstico precoce de doenças.

    Superando desafios tecnológicos:

    Medical-Artificial-Intelligence-Spring-20
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    A principal conquista da equipe do Professor Zhang reside na capacidade de decodificar simultaneamente os sinais de pressão, fricção e deformação. Isso foi possível graças à estrutura inovadora da e-skin, inspirada na pele humana real, composta por epiderme, derme e tecido subcutâneo.

    Indo além do toque:

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    A pele eletrônica da Universidade Tsinghua se diferencia de versões anteriores por ter o potencial de imitar a sensação completa do tato. Através da combinação de diversos sensores e algoritmos de aprendizado profundo, ela consegue detectar com precisão a maciez, dureza e formato dos objetos, abrindo caminho para aplicações inovadoras em diversas áreas.

    Potencial para diversas áreas:

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    As aplicações da e-skin se estendem além da medicina e da robótica. A tecnologia pode ser utilizada para avaliar o frescor de alimentos, auxiliar no diagnóstico biomédico, aprimorar a robótica humanoide e desenvolver próteses mais sensíveis e funcionais.

    Um marco na engenharia e na medicina:

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    O desenvolvimento da pele eletrônica tridimensional representa um marco significativo na engenharia e na medicina. Essa tecnologia abre portas para um futuro onde robôs e humanos poderão interagir com o mundo de forma mais natural e precisa, além de possibilitar o monitoramento contínuo da saúde e o diagnóstico precoce de doenças.

    Detalhes adicionais sobre o estudo:

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    A pesquisa foi conduzida por Zhang e sua equipe no Laboratório de Mecânica Aplicada, no Departamento de Mecânica da Engenharia e no Laboratório de Tecnologia de Eletrônica Flexível da Universidade Tsinghua.

    A e-skin foi testada com sucesso em diversas aplicações, incluindo avaliação de frescor de frutas, diagnóstico de doenças de pele e controle de robôs humanoides.[rand_bg_image]

    Os resultados do estudo foram publicados na revista científica “Nature Materials”.[rand_bg_image]

    A criação da pele eletrônica tridimensional pela equipe da Universidade Tsinghua representa um marco significativo no desenvolvimento da robótica humanizada. Essa tecnologia inovadora, inspirada na estrutura e função da pele humana, abre portas para uma nova era de robôs que podem interagir com o mundo de forma mais natural e intuitiva.[rand_bg_image]

    Usos gerais e futuro da tecnologia:

    Cientistas anunciam pele artificial 3D que dá toque humano a robôs
    Dall-E 3

    Ao imitar o tato humano, a pele eletrônica permite que os robôs percebam e interpretem estímulos táteis com maior precisão. Isso significa que eles poderão manipular objetos com mais destreza, realizar tarefas mais complexas e interagir com os humanos de maneira mais natural. Essa capacidade sensorial aprimorada terá um impacto significativo em diversas áreas, desde a medicina e o cuidado de idosos até a manufatura e a exploração espacial.

    No campo da medicina, robôs equipados com pele eletrônica poderão realizar exames físicos mais precisos, auxiliar em cirurgias minimamente invasivas e monitorar o estado de saúde dos pacientes em tempo real. Na área de cuidado de idosos, esses robôs poderão auxiliar na locomoção, na higiene pessoal e na interação social, proporcionando maior qualidade de vida para essa população.[rand_bg_image]

    Na manufatura, os robôs poderão realizar tarefas mais complexas e delicadas, como a montagem de componentes eletrônicos e a manipulação de objetos frágeis. Na exploração espacial, robôs com pele eletrônica poderão explorar ambientes hostis com maior segurança e precisão, coletando dados e realizando tarefas de forma autônoma.[rand_bg_image]

    Além da capacidade sensorial aprimorada, a pele eletrônica também abre caminho para o desenvolvimento de robôs mais emocionais e empáticos. Ao perceber e interpretar as emoções humanas, os robôs poderão se comunicar e interagir com os humanos de forma mais natural e significativa. Isso poderá ter um impacto positivo em diversas áreas da vida, como na educação, na terapia e na vida social.[rand_bg_image]

    O futuro da robótica humanizada é promissor e a pele eletrônica tridimensional é apenas um dos muitos avanços tecnológicos que estão moldando essa área. À medida que a tecnologia evolui, podemos esperar ver robôs cada vez mais humanos, capazes de interagir com o mundo de forma natural, intuitiva e significativa. Essa fusão de tecnologia e biologia tem o potencial de revolucionar diversos setores da sociedade e melhorar a qualidade de vida para todos.[rand_bg_image]

  • Planos de saúde ganham mais de 800 mil usuários em um ano

    Planos de saúde ganham mais de 800 mil usuários em um ano

    A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou que nos planos médico-hospitalares houve crescimento de 868.746 beneficiários em relação a março de 2023. Já no comparativo de março deste ano com fevereiro de 2024, houve um aumento de 152.393 usuários.

    No caso dos planos exclusivamente odontológicos, somaram-se 2.207.213 beneficiários em um ano, embora tenha ocorrido uma queda de 68.097 usuários na comparação de março deste ano com o mês anterior.

    Em março de 2024, o setor registrou 51.035.365 de usuários em assistência médica e 32.734.438 em planos exclusivamente odontológicos.

    Em relação aos estados, no comparativo com março de 2023, o setor registrou evolução de beneficiários em planos de assistência médica em 26 unidades federativas, sendo Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo os estados que tiveram o maior ganho em números absolutos. Entre os odontológicos, 26 unidades federativas registraram crescimento no comparativo anual, sendo São Paulo, Minas Gerais e Paraná os estados com maior crescimento em números absolutos.

    Edição: Fernando Fraga

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