Tag: MCTI

  • Mato Grosso perde terreno na corrida pela inovação, aponta estudo

    Mato Grosso perde terreno na corrida pela inovação, aponta estudo

    Apesar de ser um dos maiores polos agrícolas do Brasil, Mato Grosso ainda engatinha quando o assunto é inovação. Um estudo divulgado ontem pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) revela que o estado apresenta uma participação tímida na Lei do Bem, programa que oferece incentivos fiscais para empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

    Dos R$ 472 milhões investidos em projetos de P&D em Mato Grosso em 2022, por meio da Lei do Bem, a maior parte – cerca de R$ 403 milhões – foi destinada ao setor agroindustrial.

    No entanto, o número de empresas mato-grossenses aderindo ao programa é bem abaixo da média nacional. Enquanto quase 3,5 mil empresas de todo o país participam da lei, em Mato Grosso esse número se restringe a apenas 43, que apresentaram 72 projetos.

    Burocracia e falta de conhecimento são os vilões na adesão de Mato Grosso

    CENARIO 1
    Foto: Reprodução

    Segundo Marconi Albuquerque, coordenador de Apoio à Inovação do MCTI, a baixa adesão de empresas mato-grossenses à Lei do Bem pode ser explicada por diversos fatores, como a complexidade da legislação, a falta de conhecimento sobre os benefícios do programa, especialmente entre as pequenas empresas, e a dificuldade de adaptação à cultura de inovação.

    “A Lei do Bem é um instrumento poderoso para impulsionar a competitividade das empresas e o desenvolvimento tecnológico do país. No entanto, ainda há muito a ser feito para que as empresas, principalmente as de menor porte, compreendam e aproveitem os benefícios desse programa”, afirmou Albuquerque.

    Potencial inexplorado

    O coordenador destaca que Mato Grosso possui um enorme potencial para a inovação, especialmente no setor agroindustrial. “O estado tem tudo para se tornar um referência em inovação no agronegócio, mas para isso é preciso investir em pesquisa e desenvolvimento”, disse.

    Invista em inovação e veja sua empresa decolar!

    A Lei do Bem oferece uma série de benefícios fiscais que podem impulsionar o crescimento do seu negócio. Ao investir em pesquisa e desenvolvimento, sua empresa pode:

    • Economizar com impostos: Deduza até 34% do IRPJ e CSLL dos seus gastos com P&D.
    • Modernizar sua operação: Adquira máquinas e equipamentos com 50% de desconto no IPI.
    • Acelerar a depreciação e amortização: Recupere seu investimento mais rapidamente.
    • Expandir seus negócios para o exterior: Reduza os custos com registro de marcas, patentes e cultivares.
  • IBGE analisa dados sobre a biodiversidade brasileira

    IBGE analisa dados sobre a biodiversidade brasileira

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza – a partir desta quinta-feira (23) – uma avaliação de dados sobre a biodiversidade no Brasil em 2022. Inédito, o estudo mapeou registros de ocorrência da fauna e da flora oriundos de diferentes fontes e inseridos no Sistema de Informação da Biodiversidade Brasileira (SiBBr).

    Foram analisados mais de 22,5 milhões de registros de ocorrência da fauna e da flora, provenientes de diversas fontes. Os grupos taxonômicos observados foram anfíbios, artrópodes, aves, fungos, mamíferos, moluscos, peixes ósseos, plantas vasculares e répteis. O Brasil está entre os 17 países que abrigam mais de 70% das espécies conhecidas no planeta, mas, segundo o IBGE, ainda há muito a descobrir e catalogar.

    Por se tratar de uma investigação experimental, aperfeiçoamentos serão feitos a partir da recepção dos usuários. Leitores interessados na temática podem escrever ao IBGE suas percepções, críticas e sugestões que podem ser realizadas através do canal de atendimento oficial do instituto.

    Ecossistemas brasileiros

    O SiBBr – plataforma do governo federal gerenciada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – foi criada em 2014 com a função de armazenar e disponibilizar informações sobre a biodiversidade e os ecossistemas brasileiros.

    A ferramenta fornece subsídios aos órgãos públicos para a conservação e sustentabilidade. Instituições nacionais de ensino e pesquisa, públicas ou privadas, projetos e programas de pesquisas e redes temáticas são os principais provedores de dados para o SiBBr.

    O sistema faz parte da Global Biodiversity Information Facility, iniciativa multilateral com aproximadamente 60 países.

    “Há uma demanda muito grande, dentro e fora do Brasil, por informações sobre a biodiversidade nacional. O objetivo do estudo foi avaliar o conjunto de informações disponíveis no SiBBr, identificando lacunas e limitações dos dados. O IBGE tem a missão de retratar o Brasil e a biodiversidade é uma peça fundamental desse retrato. Além de contribuir com SiBBr através de coleções biológicas mantidas pelo IBGE, também temos procurado avançar na produção de estatísticas”, explicou, em nota, Leonardo Bergamini, analista de biodiversidade do IBGE.

    Os publicadores dos dados foram divididos em quatro categorias: Ciência Cidadã (registros publicados por uma comunidade de usuários), Coleções Biológicas (repositórios de organismos ou amostras organizadas para fins científicos), Projetos ou Programas de Pesquisa (resultados de pesquisas científicas) e Outros (não se enquadram em nenhuma das categorias supracitadas).

    Aves e plantas

    Nos grupos analisados, à exceção de aves, o número de registros com informações completas não chega a 30% do total de dados disponíveis. Aves e plantas, grupos mais facilmente detectados e coletados, apresentaram maior número e melhor distribuição dos registros, enquanto artrópodes, moluscos e fungos tiveram uma amostragem menos representativa.

    Clara Fonseca, analista de Negócios do SiBBr, reforça a relevância de parcerias como a do IBGE com o sistema na difusão do conhecimento sobre biodiversidade no país.

    “Precisamos que mais pessoas conheçam o SiBBr, de modo que os dados possam ser utilizados pela sociedade em políticas públicas de preservação do meio ambiente. Quanto mais visibilidade o sistema tiver, maior será o número de pesquisadores estimulados a divulgar suas descobertas”, explicou.

    “Existem muitos trabalhos que fazem avaliação de bancos de dados, mas a maioria deles analisa grupos específicos. Um dos diferenciais desta pesquisa é o fato de estarmos trabalhando com o país inteiro, abrangendo nove grupos taxonômicos, informações espaciais e temporais. Nossa intenção é identificar os problemas, entender o que temos e o que pode ser melhorado”, argumentou Mariza Pinheiro, analista de Biodiversidade do IBGE.

    Edição: Kleber Sampaio
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  • Governo realiza concurso público com 814 vagas

    Governo realiza concurso público com 814 vagas

    Até o dia 25 de setembro, 17 unidades de pesquisa e a administração central do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) deverão lançar os editais para a realização do concurso público que vai oferecer 814 vagas para pesquisadores, tecnologistas e analistas em Ciência & Tecnologia. A medida foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (4).

    O documento altera as portarias que estabelecem diretrizes, normas e procedimentos para a realização dos concursos públicos para criar 253 cargos de pesquisador, da carreira de Pesquisa em Ciência e Tecnologia, 265 cargos de tecnologista, da Carreira de Desenvolvimento Tecnológico e 158 cargos de analista em Ciência e Tecnologia, da Carreira de Gestão Planejamento e Infraestrutura em Ciência e Tecnologia, além de 100 vagas para o cargo de analista em Ciência e Tecnologia da carreira de Gestão, Planejamento e Infraestrutura em Ciência e Tecnologia

    Unidades de pesquisa

    Os 714 cargos das unidades de pesquisa serão distribuídos entre o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), o Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal (INPP), o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), o Instituto Nacional do Semiárido (INSA), o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e o Observatório Nacional (ON).

    Administração Central

    Na administração central do MCTI, em Brasília, 100 vagas ofertadas serão para nível superior e deverão ter edital publicado até o dia 25 de setembro deste ano.

    - Concurso público do MCTI. Vagas disponibilizadas por unidade de pesquisa. Arte: MCTI

     

    Edição: Valéria Aguiar

  • INT: 100 anos de pesquisas pelo desenvolvimento tecnológico do Brasil

    INT: 100 anos de pesquisas pelo desenvolvimento tecnológico do Brasil

    O Instituto Nacional de Tecnologia (INT) completa, hoje (28), 100 anos de pesquisas com uma existência pautada no pioneirismo e nas contribuições estratégicas para o desenvolvimento tecnológico do Brasil. Logo após ser fundado em 1921, como a Estação Experimental de Combustíveis e Minérios, iniciou pesquisas de novos processos industriais para aproveitamento das matérias-primas nacionais e fez o desenvolvimento da primeira liga ferro-manganês do país.

    A história da instituição, atualmente vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), conta ainda com testes do primeiro carro movido a álcool dando suporte tecnológico ao Proálcool e desenvolvimento de biocombustíveis. As análises químicas, que resultaram na comprovação da existência do petróleo brasileiro, é mais uma das contribuições para o desenvolvimento tecnológico do país, como também a consolidação de áreas como metrologia, inteligência competitiva e impressão 3D.

    Na busca pela inovação, junto às grandes áreas de engenharias, de materiais e da química, nas quais já atua, o INT incluiu novas competências e técnicas, entre elas a manufatura aditiva como a impressão 3D, as tecnologias digitais e inteligência artificial.

    “As soluções se renovam, como as recentes descobertas de propriedades antioxidantes e antimicrobianas da semente do açaí, o uso de diversas biomassas e resíduos para substituição de produtos químicos derivados de petróleo, estudos para produção de implantes ortopédicos customizados por manufatura aditiva, desenvolvimento de aços especiais e dutos para o Pré-Sal, tecnologias para pessoas com deficiências”, informou o INT comemorando as pesquisas.

    Entre os serviços tecnológicos realizados pelo Instituto está a sua atuação de órgão pericial independente na caracterização de produtos e processos produtivos para empresas e também na avaliação da conformidade de produtos de certificação compulsória como implantes mamários, capacetes para motociclistas.

    Como a única unidade de pesquisa do MCTI que atua como Unidade Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), o INT apoia empresas no desenvolvimento de produtos e processos inovadores de Tecnologia Química Industrial.

    Ainda com o propósito de atender às demandas tecnológicas do país, o INT deu origem a outras instituições do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e também o Centro de Tecnologias do Nordeste (Cetene).

    Para a diretora do INT, engenheira metalúrgica e pesquisadora do instituto há 40 anos, Iêda Caminha, o órgão tem tradição no campo da pesquisa. “É com esse espírito da tradição histórica da sua pesquisa e serviços tecnológicos, mas com olhar sempre para o futuro, que o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) se torna hoje um jovem centenário”, observou.

  • Parceria entre ministério e Unesco premiará projetos de biodiversidade

    Parceria entre ministério e Unesco premiará projetos de biodiversidade

    O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações anunciou nesta semana o lançamento de uma competição para estimular o uso sustentável da biodiversidade no Brasil. Chamada de Prêmio MCTI/Finep de Biodiversidade, a iniciativa conta com a parceria da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Rede de Ensino e Pesquisa (RNP).

    Segundo comunicado da pasta, a premiação terá duas categorias: produção acadêmica e  desenvolvimento tecnológico e inovação. A primeira será destinada a estudantes e pesquisadores de todos os níveis que produzam pesquisas científicas envolvendo a exploração econômica sustentável da biodiversidade. A segunda é voltada para a sociedade civil em geral e premiará cidadãos da sociedade civil em geral, mesmo fora do ambiente universitário e de pesquisa, que apresentem ações práticas e projetos com foco no mesmo tema, a exploração econômica sustentável.

    A premiação é a mesma para ambas as categorias. O primeiro lugar em cada uma receberá R$ 15 mil; o segundo lugar receberá R$ 7 mil e o terceiro lugar será premiado com R$ 3 mil.

    “Para nós é uma grande satisfação participar desta premiação. A Unesco tem tradicionalmente apoiado diversas iniciativas que reconheçam boas práticas ligadas à ciência, tecnologia, biodiversidade no país”, disse o coordenador de Ciências Humanas e Sociais e Ciências Naturais da Unesco, Fábio Leon, durante o evento de lançamento do prêmio.

    As inscrições para ambas as categorias do Prêmio MCTI/Finep de Biodiversidade já estão abertas, e receberão cadastros de interessados até 4 de março de 2022. O resultado final do concurso será publicado em 19 de abril de 2022. As inscrições podem ser feitas aqui.

    Biodiversidade

    Classificado como mega-diverso, o Brasil é o habitat natural de cerca de 46 mil espécies de plantas, mais de mil variedades de anfíbios e cerca de 750 mamíferos – números que representam algo em torno de 10 a 20% da biodiversidade mundial. Todas as espécies brasileiras, tanto da fauna quanto da flora, são catalogadas no Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBR) – plataforma digital gerida pelo MCTI que organiza e armazena espécies brasileiras e que serve de base para pesquisadores e entidades.

  • Semana Nacional de Ciência e Tecnologia leva ao público curiosidades e inovações

    Semana Nacional de Ciência e Tecnologia leva ao público curiosidades e inovações

    A ciência na prática. É o que o público encontra na 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada em Brasília pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Quem visita os estandes pode conhecer como funciona um satélite, ficar por dentro de curiosidades sobre astronomia, geofísica do planeta Terra e sobre a ciência aplicada no dia a dia.

    Neste ano, o tema da semana é “A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta” com a ideia de mostrar como a Ciência e Tecnologia estão presentes nas mais diferentes áreas da nossa rotina. As atividades acontecem até o dia 10 de dezembro no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.

    A reprodução do Amazonia-1, primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil está exposta no estande do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade de pesquisa do MCTI. O satélite foi lançado ao espaço neste ano.

    “É um satélite 100% brasileiro de sensoreamento remoto, é como se ele fotografasse o planeta. Nossa intenção com ele é monitorar todo o território brasileiro e, havendo necessidade, também compartilhar imagens com outros países. O outro que também está aqui no estande é o feito em parceria com a China, o CBERS 04A, o último que lançamos”, explicou Eduardo Loyolla, chefe da Comunicação Social do INPE.

    “Esses satélites estão imageando todo o território nacional para verificarmos qual o estado dos nossos biomas e trabalhar não só política de fiscalização, de desenvolvimento, mas também permitindo que a sociedade utilize essas imagens para fazer suas atividades. Os agricultores podem olhar para verificar como está a safra, podemos usar para determinar obras grandes, rodovias”, detalhou Loyolla.

    Curiosidade sobre a Terra

    Como funciona a temperatura no interior do planeta Terra é o que o visitante descobre com o Observatório Nacional, unidade de pesquisa vinculada ao MCTI, que também marca presença no evento.

    “Estamos aqui com uma explicação sobre o campo geotérmico da Terra, ou seja, como a temperatura funciona no interior do planeta Terra. Trouxemos o equipamento que mostra como essa temperatura é aferida. Seria um leitor de temperatura infravermelho, ele é usado para aferir a temperatura de fonte geotérmica, da lava de um vulcão”, disse o geólogo do Observatório Nacional, Lucca Franco.

    Outra curiosidade que está por lá é o Grande Livro da Astronomia que explica a origem do universo, das galáxias, das estrelas e dos planetas. “Também é muito interessante para quem tem pouca experiência na área e quer conhecer um pouco”, observou o geólogo.

    Conhecendo a Amazônia

    Caixa entomológica com insetos da Amazônia e tecnologias voltadas para segurança alimentar na região são algumas das atrações do estande do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), unidade de pesquisa subordinada ao MCTI.

    Lá também é possível ter informações sobre o trabalho da instituição que é referência mundial nos estudos de biologia tropical, focadas nos impactos das mudanças climáticas globais na Floresta Amazônica e formação de nuvens. Os estudos são feitos a partir do Observatório da Torre Alta da Amazônia que tem 325 metros de altura. Uma maquete da torre está no estande do INPA.

    A ciência no dia a dia

    O Canal Ciência, serviço de divulgação científica do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), unidade de pesquisa vinculada ao MCTI, também marca presença na 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

    Para mostrar à sociedade que a ciência faz parte do dia a dia, a equipe do canal disponibiliza materiais lúdicos e educativos como jogos e kits e divulga a cartilha O Pensamento da Avaliação do Ciclo de Vida, que mostra a relação entre a fabricação de produtos e os serviços a eles associados e os seus impactos sobre a natureza, a chamada Avaliação do Ciclo de Vida de Produtos.

    Inovações tecnológicas

    O Ministério das Comunicações tem um estande na 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que traz programas e experiências tecnológicas no campo da comunicação. A atração tem como um dos destaques demonstrações do uso da internet 5G. O visitante pode conferir ainda programas e iniciativas da pasta que ampliam a conectividade a digitalização no Brasil.

    Um exemplo de inovação apresentado no estande é o DTV Play, que possibilita maior interação, como a personalização de anúncios ao telespectador. Outra é o áudio imersivo que praticamente transporta o telespectador ao evento que está sendo transmitido por meio de tecnologias de áudio de última geração. No espaço do Ministério das Comunicações há ainda uma exposição de peças antigas de TV e do museu da Rádio Nacional que proporcionam ao visitante uma viagem no tempo.

    Reciclagem de eletrônicos

    Um ônibus da organização não-governamental Programando o Futuro está estacionado no pavilhão onde ocorre a 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia recebendo visitantes que querem informações sobre descarte ambientalmente correto de aparelhos eletrônicos e recondicionamento de computadores.

    Quem passa por lá descobre que aparelhos eletrônicos, como celulares, computadores e baterias, se jogados no lixo comum, podem contaminar o solo e água com elementos tóxicos. E quando são reaproveitados, se transformam em oportunidades e novos equipamentos.

    A organização Programando o Futuro, participa do programa Centro de Recondicionamento de Computadores (CRCs), do Ministério das Comunicações, que atua com instituições em diferentes estados.

    Interação com o continente gelado

    Um bate papo inusitado ocorreu no Pavilhão do Parque na terça-feira (07/12). O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, conversou com a pinguim Georgia, direto da Antártica. O avatar faz parte do Projeto Fala Antártica do MCTI, criado pelo programa InterAntar, em parceria com a Universidade Federal do ABC.

    Georgia, que é a protagonista da série de vídeos 101 perguntas sobre regiões polares, fala de temas como meio ambiente, mudanças climáticas e preservação para crianças e jovens. O projeto é parte dos produtos propostos e coordenados pelo MCTI para a celebração dos 40 anos no Brasil na Antártica, comemorados em janeiro de 2022.

  • MCTI inaugura parque que demonstra tecnologias em internet das coisas

    MCTI inaugura parque que demonstra tecnologias em internet das coisas

    O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Centro Universitário Facens inauguraram hoje (30), em Sorocaba, no interior paulista, o Centro de Referência IoT e Tecnologias 4.0, espaço destinado a demonstrações práticas de tecnologias que fazem uso da chamada internet das coisas (IoT), advento que, graças à quinta geração da internet (5G) possibilitará o uso coordenado e inteligente de aparelhos para controlar diversas atividades.

    Ao conectar objetos do cotidiano – como eletrodomésticos, smartphones, roupas e automóveis – à internet (e entre si), essa tecnologia permitirá até mesmo a realização de procedimentos médicos delicados a distância, além de sistemas de direção automática de carros e as mais diversas tecnologias de automação e inteligência artificial, inclusive para a agricultura, a indústria e as cidades.

    O centro de referência inaugurado nesta sexta-feira tornará possível a demonstração de soluções em IoT em áreas consideradas prioritárias segundo o Plano Nacional de Internet das Coisas, que abrange ações em frentes como o Cidades 4.0, Saúde 4.0, Agro 4.0, Indústria 4.0, Turismo 4.0 e Educação 4.0.

    “A ideia é que o centro ofereça programas para a promoção do ensino, formação, popularização e divulgação da ciência e tecnologia no país, promovendo o ensino inovador, empreendedorismo e desenvolvimento das demandas locais, com o engajamento da indústria, academia e governo”, informa o ministério.

    Em nota, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, diz que é papel da pasta direcionar o uso da internet das coisas e preparar a população para lidar com as tecnologias do futuro.

    Enquanto o avanço das tecnologias vai tornando muitas tarefas mais eficientes e precisas, é preciso lembrar que é necessário criar empregos alinhados a esse progresso para as pessoas, afirma Pontes. “Nós não podemos parar a tecnologia para manter os postos de trabalho, mas podemos preparar e requalificar os profissionais, assim como formar as novas gerações já adaptadas para esse novo cenário.”

    Segundo o MCTI, o centro de referência de Sorocaba estará integrado ao Smart Campus Facens – laboratório voltado para a solução de “problemas reais, conectando a comunidade acadêmica, mercado, empresas e sociedade, por meio de projetos que tornem as cidades mais humanas, inteligentes e sustentáveis”.

    Edição: Nádia Franco

  • Brasil e Alemanha estabelecem cooperação na área digital

    Brasil e Alemanha estabelecem cooperação na área digital

    Brasil e Alemanha estabelecerão uma cooperação bilateral na área digital. Um plano de trabalho para 2021 e 2022 foi adotado pelos dois países durante o 1º Diálogo Digital Brasil-Alemanha, promovido de forma virtual nesta terça-feira (16), com a participação de representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e do Ministério Federal de Assuntos Econômicos e Energia da Alemanha (BMWi).

    O plano de trabalho incluirá, inicialmente, três áreas de cooperação: governança da internet e políticas de dados; tecnologias emergentes; e oportunidades e modelos de negócios digitais. O plano será revisado anualmente pelos dois países e receberá ajustes, caso necessário, no âmbito do Diálogo Digital Brasil-Alemanha.

    “É um ponto de partida para que a gente possa abrir uma janela permanente de diálogo com os alemães na área digital. A Alemanha é um dos líderes neste setor no continente europeu e o Brasil, na América Latina”, ressaltou o Secretário de Empreendedorismo e Inovação substituto, do MCTI, José Gontijo, um dos mediadores do encontro virtual. Segundo ele, a parceria poderá propiciar uma contribuição entre os dois países em diversas áreas como indústria 4.0, proteção de dados pessoais, aplicação de internet 5G e inteligência artificial.

    O 1º Diálogo Digital Brasil-Alemanha contou com a participação de vários representantes dos dois governos e de especialistas, que abordaram duas áreas de cooperação possíveis entre os países. Neste primeiro encontro virtual, os tópicos abordados foram fluxo livre, política e proteção de dados, além de tecnologias emergentes e modelos de negócios digitais. A abertura do evento contou também com a participação do Embaixador do Brasil na Alemanha, Roberto Jaguaribe, e do Embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thomas.

    Com informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

  • Brasil e Japão assinam acordo de cooperação em tecnologias para grafeno e nióbio

    Brasil e Japão assinam acordo de cooperação em tecnologias para grafeno e nióbio

    Brasil e Japão assinaram, nesta sexta-feira (8), o Memorando de Cooperação entre os governos no Campo de Tecnologias Relacionadas à Produção e ao Uso de Nióbio e Grafeno. O objetivo do documento bilateral é aprofundar o entendimento mútuo para explorar a cooperação na cadeia de valor de produtos que usam nióbio ou grafeno e propiciar uma cooperação mais estruturada no futuro, incluindo potenciais projetos conjuntos.

    A iniciativa é resultado de tratativas iniciadas pelo Presidente Jair Bolsonaro, que em 2019 manifestou interesse na cooperação ao então primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, durante o Fórum Econômico de Davos; e de reunião entre o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes e o embaixador do Japão no Brasil, Akira Yamada em 2019. Assinaram o memorando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o ministro de Negócios Estrangeiros do Japão, Toshimitsu Motegi.

    “O acordo é fundamental porque o Japão é um país que tem alta tecnologia e nos une a ele na procura de explorar as capacidades do nióbio e do grafeno”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Leonidas Medeiros. “Esses materiais são produtos do futuro, que vão alcançar toda a cadeia produtiva dos países, na parte industrial e no uso da tecnologia.”

    Durante o encontro, promovido no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), foram firmados também acordos de cooperação entre os dois países nas áreas de biodiversidade, desenvolvimento de sensores e plataforma de agricultura de precisão em apoio à agricultura sustentável brasileira e uso de tecnologias avançadas de radar de abertura sintética e uso de inteligência artificial para o combate ao desmatamento ilegal.

    Minerais estratégicos e cooperação

    Em outubro de 2016, Brasil e Japão assinaram Memorando de Cooperação para a Promoção de Investimentos e Cooperação Econômica no Setor de Infraestrutura. Desde então, os governos de ambos os países vêm manifestando interesse mútuo em ampliar o investimento japonês no Brasil, incluindo os minerais raros ou estratégicos, como o grafeno e o nióbio.

    Em julho de 2020, foi aberta chamada pública para apoiar empreendimentos tecnológicos à base de grafeno, destinando aproximadamente R$ 1,5 milhão para apoiar propostas de pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e inovação que visem a gerar empreendimentos e soluções de base tecnológica, tendo como principal objeto o grafeno.

    Já o nióbio é considerado um mineral estratégico para o país. O Brasil é o maior produtor mundial desse material, responsável por aproximadamente 86% da produção, e tem o Japão como um dos principais importadores da liga ferronióbio (9,6% do exportado pelo Brasil).

     

  • Maior projeto da ciência brasileira para pesquisa começa a funcionar oficialmente

    Maior projeto da ciência brasileira para pesquisa começa a funcionar oficialmente

    Batizada com o nome Manacá, foi lançada oficialmente, nesta quarta-feira (21), em Campinas (SP), a primeira linha de Luz Sirius, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que vai ajudar no desenvolvimento de pesquisas. O Presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia de lançamento e, antes, visitou as instalações onde o projeto será desenvolvido.

    “Aqui, realmente podemos buscar a independência da nossa nação”, disse o Presidente Bolsonaro. O Sirius é um acelerador de última geração que promete ajudar no desenvolvimento de pesquisas em várias áreas, desde a física básica até a ciência médica. É considerado uma das fontes de luz síncrotron mais avançadas do mundo, um enorme microscópio.

    Funciona como um acelerador de elétrons que produz um tipo específico de luz tão intensa que nos permite enxergar materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, ligas metálicas e outros, para entender como eles funcionam. O Sirius pode ser usado em pesquisa de diversas áreas, com impacto no desenvolvimento de medicamentos, alimentos, fertilizantes, novas fontes de energia e muitas outras possibilidades.

    A Manacá, que é a primeira estação de pesquisa em uso no Sirius, já estava sendo usada em caráter emergencial no esforço de apoiar pesquisas relacionadas à Covid-19. Agora, inaugurada oficialmente, vai apoiar também o avanço dos estudos de outras doenças, como Alzheimer, câncer e esquizofrenia.

    “O Brasil está progredindo, e muito, em inovações. Uma estrutura como essa é capaz de ajudar o Brasil a ser ponta em muitas áreas. Ciência, tecnologia e inovações, isso está no futuro”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, ao participar do lançamento da Primeira Linha de Luz Sirius.

    Segundo o ministro, o Sirius vai colocar o Brasil numa posição de destaque no mundo. “Esse centro consegue colocar o Brasil na ponta em termos de aceleradores de partículas como essa daqui. E, junto com outros laboratórios aqui de biorrenováveis, de nanotecnologia e biociências, esse centro aqui ele realmente é capaz de levantar o Brasil em biotecnologia e transformar, sim, essa região numa região que seja pólo de biotecnologia no país”, disse Marcos Pontes.

    As linhas de luz do Sirius funcionam de forma independente entre si, e permitem que diversos grupos de pesquisadores trabalhem simultaneamente. Outras cinco linhas de luz, – Carnaúba, Cateretê, Ema, Ipê, Mogno -, seguem em fase avançada de montagem e deverão ter o projeto concluído até o final deste ano. A primeira fase do projeto prevê a instalação de um total de 14 estações de pesquisa até o final de 2021.