Segundo informações do boletim de ocorrência, a equipe da PM foi acionada por populares que presenciaram o animal em situação precária.
Ao chegarem ao local, os militares constataram que o cachorro estava amarrado ao engate do carro, sem água ou comida, e apresentava sinais evidentes de desgaste físico e desidratação.
Condutor é detido e animal recebe cuidados
Diante da situação, o condutor do veículo foi detido e encaminhado à Delegacia de Polícia de Nobres para prestar esclarecimentos.
O animal, por sua vez, recebeu os primeiros cuidados veterinários ainda no quartel da PM e, posteriormente, foi encaminhado para o abrigo da APAN – Associação de Protetores de Animais de Nobres, onde receberá acompanhamento médico e um lar temporário.
Repercussão do caso
O caso gerou comoção nas redes sociais e reforça a importância da denúncia em casos de maus-tratos contra animais.
Já está em vigor a Lei Municipal 3.618/2023, que torna obrigatória a divulgação das penas relativas ao crime de maus-tratos aos animais em Lucas do Rio Verde. A proposta é do vereador Wlad Mesquita (Republicanos) e foi aprovada em primeira e única votação pelos demais parlamentares, em novembro do ano passado. Após ser sancionada pelo Poder Executivo, em dezembro, a norma passou a valer este mês.
Além de detalhar quais são as penas, a lei ainda estabelece que as publicações deverão apontar como fazer denúncias de maus-tratos. Os letreiros deverão ser instalados por estabelecimentos de saúde veterinária, petshops e outros que prestam serviços de cuidado e higiene de animais, empresas de criação, reprodução, adestramento e hospedagem de cães e gatos, abrigos ou canis mantidos ou não pelo Poder Público, e pela Unidade Permanente de Castração do município.
Conforme a legislação, os letreiros deverão informar os números para denúncia e deverão ser instalados em locais de fácil visualização, com dimensão suficiente para serem lidos à distância. O texto das publicações deverá detalhar que a pena para maus-tratos contra animais silvestres ou domésticos varia de três meses a um ano de cadeia, além de multa. Já quando as vítimas são cães ou gatos, a pena sobe para dois anos a cinco anos de cadeia, multa e proibição de guarda.
Ao propor a lei, o vereador citou dados da Organização Mundial da Saúde, a qual estima mais de 30 milhões abandonados no Brasil. Segundo ele, a proposta visa promover o bem-estar e a proteção dos animais, bem como conscientizar a população sobre a gravidade dos maus-tratos.
“A obrigatoriedade da divulgação das penas para o crime de maus-tratos aos animais representa um passo significativo na promoção de uma sociedade mais consciente, justa e comprometida com o respeito à vida e ao bem-estar de todos os seres vivos”, concluiu o parlamentar.
Será realizado no sábado, 3 de junho, um bazar promovido pela ONG Anjo de 4 Patas. O objetivo é angariar recursos que será destinados ao atendimento de animais de rua que são resgatados em Lucas do Rio Verde. O bazar acontecerá na Praça da Liberdade, junto ao Mercado do Produtor no bairro Jardim Primavera.
A presidente da ONG, Roseli Augusto, reforça o pedido dos integrantes do grupo para que a comunidade participe. Além de adquirir produtos no dia do bazar, é possível contribuir com doações para deixar o evento ainda mais atrativo.
“Quem quiser ajudar doando roupa, calçados. Eu estava até brincando com as meninas que vamos vender até panela. A gente já vendeu ferro de passar roupa. O que tiver pra vender, a gente aceita, o que a pessoa quiser doar, a gente aceita. É uma rendinha que está entrando pra Anjos de 4 Patas. Quem quiser a doar será muito bem-vindo”, disse.
Experiência
A atuação de Rose Augusto com a causa animal não é recente. Há muitos anos ela se preocupa com a situação de animais de rua, tanto que mantém em sua casa vários animais que estavam doentes, nas ruas.
O caso de um deles é bastante chocante. O animal estava pronto pra ser sacrificado, já que tem as patas traseiras paralisadas e vivia se arrastando pelas ruas. Compadecida, ela deu um lar e um nome ao ex-animal de rua: Rafael Augusto.
Foto: Acervo pessoal
“Já tem dois anos que ele está comigo, todo mundo conhece ele como Rafinha”, comentou a protetora de animais. “O que a gente sente é uma emoção, é uma felicidade. Você se sente completo, missão cumprida quando você consegue salvar aquele animal, mas quando você perde, é uma dor imensa, mas faz parte da vida”, relatou.
A presidente da ONG analisa que a situação poderia ser diferente caso as pessoas tivessem atitudes diferentes. “Eu acho que se cada um fizesse a sua parte, não teria tantos animais abandonados, não teria tantos animais sofrendo maus-tratos”, ressaltou.
A ONG
A criação da ONG Anjo de 4 Patas aconteceu há cerca de 15 anos. E foi fruto de uma ideia comum de algumas pessoas movidas pelo mesmo sentimento: o amor pelos animais. E foi a partir do resgate de um cachorro que foi atacado por um porco numa fazenda. Uma mobilização foi feita, recursos foram arrecadados, mas infelizmente o cachorro não resistiu.
Mas a iniciativa deu início à ONG. O grupo foi criado na internet e as pessoas começaram a ingressar, ajudando com um repasse mensal para as despesas com ração e consultas e exames veterinários gerados nos atendimentos.
“E através do grupo, tudo o que a gente ia postando ali, os próprios integrantes iam pegando, ia repassando nos status deles em outros grupos. O Anjo de 4 Patas é que eu sempre falo, eles não falam, mas a gente fala por eles”, assinalou.
Caminhada difícil
Apesar da adesão da comunidade, as coisas não são fáceis. O custo, principalmente no que é relacionado a consultas, exames e medicamentos, é bastante alto. Na maioria das vezes, a conta do mês não fecha, mas os protetores de animais não desanimam.
“Não adianta você fazer a reunião em prefeitura, não adianta você ir na Alpatas, que está super lotada. Então nós protetores voluntários temos que fazer nossa parte”, declarou a presidente. “Uma andorinha sozinha não faz verão e se a gente não tiver ajuda da população, a gente não dá conta”.
A protetora reforça que as pessoas acabam provocando esse abandono de animais. Ele ocorre, por exemplo, na mudança de família de um imóvel, com a alegação de que o futuro imóvel não tem espaço ou o ambiente não aceita animais. “Mas ninguém deixa um filho para trás, ninguém deixa um carro para trás, ninguém deixa nada para trás de seus bens, aquilo que lhe dá valor. Para eles simplesmente o animal é um objeto descartado”, desabafou.
Rede sociais
A Anjo de 4 Patas mantém páginas nas redes sociais. Para conhecer, colaborar e até mesmo fazer parte do grupo, basta acessar a página no Facebook ou Instagram e fazer contato com os administradores. Os animais resgatados e tratados pela ONG podem ser adotados.
Um homem foi detido neste sábado em Rondonópolis por maus tratos a animais. O suspeito, que não teve o nome divulgado, matou dois cachorros a golpes de facão.
O crime foi presenciado por populares, inclusive crianças que moram nas imediações.
Os policiais foram acionados e, quando chegaram ao local, encontraram um cachorro morto e o outro ainda agonizando.
Após o crime, o homem se trancou em casa. Ele temia ser linchado pelos populares após matar os animais.
Depois de abordar o suspeito, os policiais foram informados pela esposa dele que antes de matar os cães ele a agrediu.
O suspeito foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Rondonópolis.
O homem detido por maus tratos contra animais nesta quinta-feira (01) negou o crime. Ele prestou depoimento em que disse que não efetuou o disparo contra a cachorra que invadiu sua propriedade, apesar das evidências e pessoas que testemunharam o crime.
A delegada Ana Carolinee Terra disse esta manhã que a cachorra foi alvejada na propriedade do suspeito, na região de chácaras conhecida como Recanto dos Macucos, em Lucas do Rio Verde.
O crime ocorreu na manhã desta quinta-feira (01). Assim que acionada, a Polícia Civil iniciou diligências para fazer a abordagem ao suspeito. Porém, ele empreendeu fuga, ficando fora da propriedade. Contudo, ao retornar para a chácara, o homem foi detido e encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil.
“Nós efetuamos a prisão dele em flagrante. Ele foi autuado pelo crime de maus tratos, na forma qualificada, e pelo crime de posse de arma de fogo também”, explicou a delegada.
Foram apreendidas duas armas de fogo, uma espingarda calibre 22, usada no crime, e outra arma de pressão. “Pelo que a gente soube, ele já teria usado a arma de pressão contra outros animais da região também”, revelou.
O tutor do animal alvejado pelo suspeito foi até a Delegacia e prestou depoimento, além de outros vizinhos que testemunharam o crime. “Teve uma pessoa que presenciou o fato e confirmou quem era o suspeito e como aconteceu tudo”, declarou a autoridade policial.
A delegada Ana Carolinne é a responsável pelo inquérito que apura crime de maus tratos. (Foto: CenárioMT)
Apesar de todas as informações coletadas pela Polícia Civil, o suspeito negou o crime. “Em que pese ter sido a arma, ele nega, ter testemunhas, ele nega”.
Dezembro Verde
A delegada observou que o crime foi praticado no primeiro dia de dezembro, mês em que é desenvolvida a campanha Dezembro Verde em combate aos maus tratos animais. A ampla divulgação de informações sobre leis que tipificam o crime impede que suspeitos por maus tratos animais aleguem ignorância.
“Ainda mais que é recente essa alteração que incluiu essa forma qualificada relativa aos maus tratos contra cães e gatos também”, comentou a delegada Ana Carolinne, destacando a importância de campanhas de conscientização para combater essa prática.
“São campanhas que buscam proteger animais de maus tratos, situações de abandono, até porque o dia 10 de dezembro é o Dia Internacional da Causa Animal. Então, todo mundo tem conhecimento hoje em dia, tá muito em voga o assunto, não temo como ele alegar (ignorância) , até pela forma como aconteceu, muito cruel”, finalizou.
Terminou em adoção o episódio da cachorrinha agredida em um posto de combustíveis de Lucas do Rio Verde. Imagens de câmeras de vigilância do estabelecimento comercial mostram Pandora sendo perseguida e golpeada por um motociclista.
A agressão aconteceu na segunda-feira. Segundo informações, a cachorra teria avançado contra o motociclista que não gostou e passou a perseguir o animal no pátio do estabelecimento comercial. Ela tentou fugir e acabou agredida pelo motociclista e até mesmo por um funcionário do posto.
Pandora recebeu atendimento médico, pois sofreu ferimentos na boca, tendo perdido alguns dentes. Ontem, voluntárias de uma ONG de proteção animal informaram que ela recebeu alta. A cachorrinha também foi adotada. Na página da SOS Animais, nas redes sociais, internautas desejaram que Pandora receba todo o amor da nova tutora.
Em relação a apuração policial do caso, informações são de que os funcionários do posto prestaram depoimento, e responderão de acordo com seus atos.
O suspeito das agressões foi identificado, bem como sua residência e local de trabalho. Porém, até o fechamento desta reportagem não foi confirmado se ele havia se apresentado, pois se encontrava em paradeiro desconhecido.
Um homem foi preso nesta terça-feira (04) em Lucas do Rio Verde após arremessar um cachorro no lago Ernani Machado, ponto turístico do município. A ação foi flagrada pelo sistema de videomonitoramento que é operado pela Guarda Civil Municipal.
O sistema monitora a presença de pessoas nas diversas áreas do município. Ao notar dois homens adentrando o Lago Ernani Machado, o agente seguiu-os com a câmera até o meio do lado. Um deles puxava um cachorro com uma corrente. Ao chegar no meio da ponte de madeira usada para cruzar de uma margem a outra, o homem pegou o cachorro e o lançou nas águas.
Com dificuldade por causa da corrente, o cachorro nadou até a margem, onde foi recolhido por agentes da Guarda Civil Municipal que foram ao local. Os agentes também efetuaram a prisão do suspeito, que foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil e deve responder por maus tratos a animais.
“Nós montamos uma operação, com base nas imagens que o operador do sistema nos enviou, e fomos ao local, localizando o suspeito. Ele estava no meio do mato, mas conseguimos localizá-lo”, explicou o comandante da GCM, tenente J Lima.
Segundo apurado pelos agentes, há outras situações de maus tratos a animais envolvendo o suspeito.
Depois de resgatado, o animal foi encaminhado para adoção.
A Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde aprovou ontem (05) por unanimidade, projeto que obriga o agressor de animais domésticos a assumir os custos com o tratamento veterinário.
De acordo com Wlad Mesquita, autor do projeto, o objetivo é proteger e defender os animais de práticas de maus-tratos. Ele cita que a Lei nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais) comina a responsabilização criminal que quem comete tais condutas.
“Todavia, o crime de maus-tratos deixa sequelas geralmente muito graves nos animais, que precisam ser tratadas e curadas. Dessa forma, é importante também que o sujeito ativo de tal conduta ilícita seja responsável por reparar os danos causados ao animal”, justifica.
O texto da lei destaca que o agressor ficará obrigado, inclusive, a ressarcir o Poder Público de os custos relativos aos serviços públicos de saúde veterinária, prestados para o tratamento do animal.
Mesquita observa que assumir os custos do tratamento médico veterinário não substitui as sanções cominadas pela Lei nº 2290, de 02 de julho de 2014. Ela pune agressor de maus-tratos e crueldade contra animais com multa no valor de 210 UFL`s (duzentos e dez Unidades Fiscais de Lucas do Rio Verde).
Está em análise nas comissões internas da Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde, projeto que estabelece punição a pessoas acusadas de maus tratos de animais. Pela proposta, o agressor assume os custos das despesas decorrentes do tratamento veterinário.
O autor do projeto, vereador Wlad Mesquita, destaca que o objetivo da matéria é proteger e defender os animais de práticas de maus-tratos. Ele lembra que o crime de maus-tratos deixa sequelas geralmente muito graves nos animais, que precisam ser tratadas e curadas. Wlad cita que, dessa forma, é importante também que o sujeito ativo de tal conduta ilícita seja responsável por reparar os danos causados ao animal.
“Existem pessoas extremamente engajadas nas causas animais. Tem a Alpatas, a SOS, Quatro Patas, existem várias pessoas que estão engajadas em atender esses animais que sofrem maus tratos diariamente e isso é um custo muito alto. Precisamos fazer que quem praticou esse crime seja devidamente responsabilizado financeiramente pelo tratamento desses pets”, assinalou.
A reportagem de CenárioMT manteve contato com voluntários da Alpatas. A entidade não atua mais no recolhimento de animais de rua. Atualmente estão abrigados 152 cães e 80 gatos. O custo com medicação e veterinário, transporte para clínica e o funcionário cuidador chega R$ 7 mil mensais. Os gastos computam vacinas, vermífugo, remédios controlados, cirurgias, fisioterapia, consulta simples e especializada, além de exames. Existem vários animais idosos que, segundo voluntários, o que acaba elevando as despesas e cuidados veterinários.