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  • Defensoria obtém na Justiça guarda unilateral de filha para vítima de violência doméstica

    Defensoria obtém na Justiça guarda unilateral de filha para vítima de violência doméstica

    Após recurso interposto pela Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT), E. dos R. do N., 23 anos, vítima de violência doméstica em Sinop (475 km de Cuiabá), conseguiu na Justiça a guarda unilateral da filha de 2 anos.

    A decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), de 28 de abril, levou em consideração a recente Lei nº 14.713/2023, que estabeleceu medidas mais rigorosas para proteger crianças e adolescentes em ambientes de risco.

    “Desta feita, defiro a liminar para fixar a guarda unilateral da menor em favor da genitora, até o julgamento meritório deste recurso”, diz trecho da decisão da desembargadora Marilsen Andrade Addario.

    Nos casos de separação, a guarda compartilhada é a regra geral no Brasil, de acordo com o Código Civil e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

    Porém, como reforçou a lei de 2023, quando há violência doméstica, a guarda unilateral pode ser solicitada como forma de proteger a mãe e a criança da convivência com o agressor.

    No caso de Sinop, o agravo de instrumento foi ajuizado pelo defensor público Júlio Vicente Andrade Diniz, no dia 25 de abril, buscando reverter a decisão de primeira instância, que fixou o compartilhamento da guarda entre os pais.

    “A guarda compartilhada é a regra e, habitualmente, é a modalidade que atende ao melhor interesse da criança, conforme assegura o Estatuto da Criança e do Adolescente. Contudo, quando há evidência de existência de situação de violência doméstica, essa regra da guarda compartilhada deve ser excepcionada, para que seja fixada a guarda unilateral, porque a situação de violência doméstica também afeta os filhos”, pontuou o defensor.

    Conforme os autos, houve fixação de medidas protetivas de urgência a favor da mãe por conta de agressões físicas e psicológicas cometidas pelo ex-companheiro, inclusive durante a gestação, com chutes na barriga.

    “Deve-se frisar que a restrição do convívio paterno através da fixação da guarda unilateral é uma medida extrema, que deve ser adotada em casos excepcionalíssimos, para que não exista abuso e uso indevido da lei como instrumento de vingança”, explicou Diniz.

    A vítima teve uma união estável com C.J. de L., 24 anos, por cerca de dois anos, entre 2021 e 2023. Ela é estudante e voltou a morar com os pais após a separação.

    Em dezembro de 2023, o juiz plantonista da comarca de Sinop estabeleceu as seguintes medidas protetivas: proibição do agressor de se aproximar da vítima, no limite de 100 metros, proibição do agressor de manter contato com a vítima, por qualquer meio de comunicação, proibição de frequentar a residência da vítima, e afastamento da vítima, sem prejuízo dos direitos relativos aos bens, guarda dos filhos e alimentos.

    Por conta da situação de violência, ela faz acompanhamento permanente junto ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Sinop, que encaminhou a vítima à Defensoria Pública.

    Logo que tomou conhecimento do caso, o defensor público Glauber da Silva ingressou com o pedido de reconhecimento de dissolução de união estável com regulamentação de guarda, visita e alimentos, em dezembro do ano passado.

    Apesar disso, em decisão liminar, inicialmente foi fixada a guarda compartilhada da menor, com regras de convivência entre os pais.

    Entretanto, no recurso, o defensor público Júlio Vicente Andrade Diniz alegou que a decisão não se sustentava, em virtude do risco de violência doméstica, buscando resguardar a integridade da mãe e da filha.

    Com isso, no dia 28 de abril, a desembargadora acatou o recurso da DPEMT, destacando que a documentação enviada comprovou a situação de violência doméstica vivenciada pela mãe, conforme as medidas protetivas concedidas pela Justiça, somado ao fato de que ela faz acompanhamento psicossocial permanente devido à violência praticada pelo ex-companheiro.

  • TJ acolhe pedido da OAB-MT e suspende Portaria que dita regras de vestimentas para ingresso aos fóruns

    TJ acolhe pedido da OAB-MT e suspende Portaria que dita regras de vestimentas para ingresso aos fóruns

    Acolhendo pedido da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), o Tribunal de Justiça (TJ-MT) suspendeu a Portaria nº 05/2025, de 24 de abril, que visava estabelecer normas de vestimentas para servidores, estagiários, visitantes e público em geral, como requisito de ingresso aos fóruns de todas as comarcas do Estado. A decisão do presidente do TJ-MT, José Zuquim Nogueira, foi dada nesta terça-feira (6).

    Gisela Cardoso, presidente da OAB-MT, recebeu com satisfação a decisão e destacou a “sensibilidade do Presidente do TJ, que, ao ouvir os argumentos lançados pela Ordem, suspendeu a portaria”.

    A OAB-MT defendeu que é inconstitucional estabelecer regras restritivas quanto às vestimentas consideradas “inadequadas”, pois isso viola princípios fundamentais consagrados tais como a dignidade da pessoa humana e o direito de acesso à Justiça.

    Na referida petição, a OAB-MT destaca que, de acordo com o Estatuto da Advocacia, somente o Conselho Seccional tem competência para definir critérios das vestimentas do advogado e da advogada, no exercício da profissão.

    Além disso, ainda que a advocacia não esteja expressamente mencionada entre os destinatários da referida Resolução, neste caso a OAB-MT agiu como voz da sociedade, cobrando do Judiciário o zelo pela inclusividade  e razoabilidade no tratamento ao público em geral.

  • Justiça rejeita pedido de prisão domiciliar a réu por homicídio qualificado

    Justiça rejeita pedido de prisão domiciliar a réu por homicídio qualificado

    A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou, por unanimidade, o pedido de habeas corpus que visava à concessão de prisão domiciliar a um acusado de homicídio qualificado. A decisão foi proferida em sessão realizada no dia 18 de março de 2025, sob a relatoria do desembargador Paulo Sergio Carreira de Souza.

    O pedido foi apresentado sob a alegação de que o acusado, preso preventivamente, seria portador de insuficiência renal crônica em estágio terminal, esquizofrenia paranoide e transtorno de ansiedade generalizado. A defesa sustentou que a unidade prisional não dispunha de estrutura adequada para garantir o tratamento necessário.

    Contudo, o Tribunal entendeu que não ficou comprovada a necessidade da prisão domiciliar. “Constatou-se que a unidade prisional dispõe de estrutura para oferecer o tratamento adequado ao paciente, incluindo escoltas regulares para hemodiálise e protocolo de atendimento emergencial”, destacou o relator no voto.

    Ainda segundo a decisão, os documentos oficiais informaram que o homem recebe acompanhamento médico contínuo e que há atendimento para as demandas emergenciais de saúde.

    O TJMT reforçou que a concessão da prisão domiciliar, conforme o artigo 318, II, do Código de Processo Penal, exige prova inequívoca da impossibilidade de atendimento médico da unidade prisional, o que não foi demonstrado no caso.

    “Em síntese, com a saúde do paciente estabilizada, a unidade prisional conta com estrutura técnica e equipe para o acompanhamento clínico necessário, não havendo margem para alegar qualquer ilegalidade na medida adotada”, concluiu o desembargador relator.

    Na fundamentação, o colegiado também lembrou que o réu responde a outras ações penais por crimes graves, o que justifica a manutenção da prisão preventiva como forma de garantia da ordem pública. “A autonomia da decisão sobre a prisão preventiva não é afastada por medida concedida no âmbito da execução penal”, consignou o Tribunal, citando precedentes do STJ e da própria corte estadual. Com isso, a ordem foi denegada e a prisão preventiva mantida.

  • 21º Encontro Nacional de Violeiros encerra com emoção e público recorde em Poxoréu

    21º Encontro Nacional de Violeiros encerra com emoção e público recorde em Poxoréu

    Em dois dias de festa, o 21º Encontro Nacional de Violeiros de Poxoréu reafirmou a força da música de raiz e emocionou milhares de pessoas que lotaram a Concha Acústica e o Palco Central. O evento, realizado nos dias 2 e 3 de maio, reforçou seu papel como o mais importante encontro da viola caipira em Mato Grosso e no país. Cerca de 35 mil pessoas prestigiaram os artistas que se apresentaram nos dois dias do encontro no Parque de Exposições da cidade.

    No sábado (3), o evento foi marcado pela emoção e pela diversidade de apresentações. Na Concha Acústica, as orquestras de viola do Sesc Mato Grosso, do Sesc Minas Gerais e Viola Divina, além das duplas consagradas, como Mulato & Cassiano e Mococa & Paraíso, trouxeram momentos de pura nostalgia e encantamento, fazendo o público cantar junto. Também teve estreia no evento, com a dupla Alex e Yvan.

    No Palco Central, os shows de Pâmella Viola e Karoline e da dupla Munhoz e Mariano animaram o público até a madrugada. A entrada solidária, com a doação de 1kg de alimento não perecível para o programa Sesc Mesa Brasil, reforçou o caráter social do evento, promovendo a solidariedade junto à celebração cultural.

    O presidente do Sistema Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, falou sobre o legado do Sesc em apoiar a cultura regional e agradeceu por poder fazer parte da realização do evento. “É uma honra estarmos aqui pelo quarto ano. É obrigação nossa, a partir do Sesc, divulgar a cultura, a viola de Poxoréu para todo o estado de Mato Grosso e para o Brasil. Nós, Fecomércio, Sesc e Senac, agradecemos essa oportunidade de poder abrilhantar ainda mais o Encontro Nacional de Violeiros de Poxoréu”, completou.

    Para o diretor-regional do Sesc-MT, Allan Serotini, é muito importante ver a ‘casa’ cheia, pois gera o sentimento de que todo trabalho realizado valeu a pena. “Agradeço a toda a população de Poxoréu, principalmente para aquelas que fizeram as doações de alimentos na entrada do evento, pois, esses alimentos irão voltar para a própria cidade, para as pessoas em situação de vulnerabilidade. E como forma de retribuição, o Sesc entrega esse festival maravilhoso, o maior encontro de viola de todo o Brasil. Isso é um resgate da cultura, da tradição e da música do nosso povo. Viva a viola e viva Poxoréu”, ressaltou.

    Durante o evento foram sorteadas duas violas caipiras, sendo uma por dia, para os visitantes que doaram 1kg de alimento não perecível na entrada do encontro.

    Do público fiel aos estreantes na plateia

    Morador de Barra do Garças, José Rodrigues Marinho, 78 anos, aposentado, sempre gostou de música raiz e tinha muita vontade de ir ao Encontro Nacional de Violeiros para assistir aos artistas da Concha Acústica. Este ano, convidado pelo sobrinho, ele e a esposa Idalina Messias, tiveram a oportunidade de prestigiar o evento. “É a primeira vez que estou vindo e estou gostando muito. Vim para ver em especial a Juliana Andrade e o Cleiton Torres. Ano passado eu já queria vir, mas não deu certo, mas esse ano a gente se preparou e veio”, contou.

    Dona Idalina Messias achou o evento muito bem organizado, ficou feliz pelo Sesc estar à frente da organização do encontro e elogiou a arrecadação de alimentos. “Também faço parte de uma instituição, de uma associação de pacientes oncológicos em Barretos, como voluntária e sempre a gente faz eventos para arrecadar alimentos, para promover a cultura também. Eu trabalho com artesanato na minha cidade, então acho muito bonito isso, muito bom. Essas festas são muito boas”, completou.

    O empresário Lucas Renato de Souza, conhecido como Lucão, é a liderança da comitiva “Morada du Capiau”, de Franca (SP), que há 10 anos participa do Encontro Nacional de Violeiros, acampando no entorno do evento.

    “Nós temos uma casa de show em Franca, ligada a esse movimento de viola, que acabou se tornando referência também. Daí nossa paixão, nosso gosto pela tradição, nos trouxe até aqui. Alguns violeiros amigos que se apresentavam lá conosco, começaram a falar da festa e surgiu a curiosidade de vir. E daí não paramos mais de vir, porque aqui é o maior encontro. Todo mundo que é ligado a esse movimento está aqui em Poxoréu, e a gente sente a importância de estar aqui todos os anos”, contou.

    Para Lucão, a entrada do Sesc-MT na realização do evento veio para fortalecer ainda mais a tradição caipira, trazendo os músicos tradicionais e os mais novos, mantendo a viola “cada um com seu jeitinho peculiar de tocar, num lugar só. Então, isso aqui é bonito demais”, concluiu.

    O evento é realizado pela Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio-MT), por meio do Sesc-MT, em parceria com Prefeitura de Poxoréu, através da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, com apoio do Sindicato Rural de Poxoréu e Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secel-MT (Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer).

  • Incêndio de grandes proporções destrói conveniência e cozinha de restaurante em posto de combustível no centro de Vera

    Incêndio de grandes proporções destrói conveniência e cozinha de restaurante em posto de combustível no centro de Vera

    Um incêndio de grandes proporções atingiu, na madrugada de ontem, segunda-feira (05), as instalações de uma conveniência e a cozinha de um restaurante localizado em um posto de combustível no centro de Vera (MT). As chamas começaram por volta das 00h40 e, segundo informações apuradas, o fogo teria sido causado por um curto-circuito iniciado na área da conveniência, que rapidamente se alastrou para os demais setores.

    Os prejuízos são considerados incalculáveis. A estrutura da conveniência e da cozinha foi completamente destruída pelas chamas, restando apenas carvão, cinzas e escombros no local. Com a intensidade do fogo, até mesmo as paredes do estabelecimento sofreram danos estruturais e precisarão ser demolidas antes de qualquer processo de reconstrução.

    A propagação do incêndio foi contida com o apoio do caminhão-pipa da Prefeitura de Vera, o que impediu que o fogo atingisse o pátio do posto de combustíveis e evitou danos ainda maiores.

    Não há registro de feridos. A perícia deve ser acionada para confirmar as causas do incêndio e avaliar os danos estruturais ao imóvel.

  • AACCMT é uma das instituições beneficiadas pelo McDia Feliz 2025

    AACCMT é uma das instituições beneficiadas pelo McDia Feliz 2025

    O McDia Feliz 2025, a maior campanha de mobilização nacional em prol de crianças e adolescentes com câncer do Brasil, já tem data marcada: será no sábado, 23 de agosto. Neste ano, a ação beneficiará 75 projetos de 48 instituições nas cinco regiões brasileiras, todas com atuação na área da oncologia pediátrica. Entre as apoiadas está a Associação de Amigos da Criança com Câncer (AACCMT), localizada em Cuiabá, que será diretamente impactada pelos recursos arrecadados com a venda dos sanduíches Big Mac durante a campanha.

    Com o McDia Feliz deste ano, a AACCMT, que desde abril de 1999 atua para aumentar as chances de cura de crianças e adolescentes em Mato Grosso será beneficiada com a venda dos tíquetes antecipados do Big Mac que podem ser adquiridos no mcdiafeliz.org.br/instituicoes/beneficiadas/112269c2-fa1e-11ed-83ab-122d734ae8cf/colecao ou no dia 23 de agosto, diretamente no balcão dos restaurantes do McDonald’s de Cuiabá. Neste ano, o tíquete antecipado será comercializado no valor de R$ 20.

    Para 2025, a organização, que faz parte da rede parceira do Instituto Ronald McDonald, aprovou a realização dos projetos: “Diagnosticar para Curar” e o “Pequenos Heróis Bem Nutridos”.

    O Diagnosticar para Curar tem como objetivo auxiliar na identificação dos principais sinais e sintomas iniciais do câncer em crianças e adolescentes. Já o projeto Pequenos Heróis Bem Nutridos visa fortalecer e incentivar o consumo e o preparo de alimentos saudáveis, promovendo a segurança alimentar dos assistidos.

    O Estado desempenha um papel significativo, recebendo o programa e contribuindo para a conscientização sobre a doença.

    “É com muita alegria que a AACCMT participa, mais uma vez, do McDia Feliz, uma campanha tão importante para a saúde de crianças e adolescentes em nosso estado. Desde abril de 1999, a nossa missão tem sido aumentar as chances de cura do câncer infantojuvenil em Mato Grosso, e este ano, com a venda antecipada dos tíquetes do Big Mac, temos mais uma oportunidade de mobilizar a sociedade em prol dessa causa”, reforçou Perolina Cezar, coordenadora da campanha da AACCMT.

    Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer ainda é a doença que mais mata crianças e adolescentes entre 1 e 19 anos no Brasil, com um novo caso diagnosticado a cada hora. Diante desse cenário, a CEO do Instituto Ronald McDonald, Bianca Provedel, reforça a importância do engajamento coletivo na campanha:

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    “O McDia Feliz é mais do que uma campanha — é um movimento de solidariedade que mobiliza o país em torno de uma causa urgente e transformadora. É uma chance de falarmos com nossas famílias sobre empatia, de nos unirmos por um propósito e de levarmos esperança para quem enfrenta uma das jornadas mais difíceis da vida. Cada tíquete vendido, cada Big Mac doado, representa mais acesso ao tratamento, mais dignidade e mais chances de cura para milhares de crianças e adolescentes”, destaca Bianca.

    O McDia Feliz, que chega neste ano em sua 37ª edição, faz parte da estratégia de atuação ESG da Arcos Dorados, Receita do Futuro.

    Sobre o McDia Feliz

    O McDia Feliz é o principal evento beneficente do McDonald’s e, atualmente, é uma das maiores mobilizações em prol de crianças e adolescentes no Brasil. A campanha é realizada no país desde 1988, gerando recursos para as instituições apoiadas pelo Instituto Ronald McDonald, que atuam para proporcionar mais saúde e qualidade de vida a crianças e adolescentes com câncer. Em 2018, o projeto ampliou seu impacto para beneficiar outra causa de grande importância para o país, a Educação. Desde sua primeira edição, mais de R$425 milhões já foram arrecadados pelo McDia Feliz.

    Sobre a AACCMT

    A AACCMT oferece hospedagem gratuita para crianças com câncer e um acompanhante. Os atendidos vêm principalmente do interior de Mato Grosso, de outros estados, de áreas indígenas e de outros países, que precisam de tratamento em centros especializados de oncologia pediátrica em Cuiabá. De acordo com o levantamento mais recente da diretoria, ao longo de 25 anos, a AACCMT atendeu 839 crianças e realizou mais de 22 mil atendimentos.

    Sobre o Instituto Ronald McDonald

    Organização sem fins lucrativos, o Instituto Ronald McDonald há mais de 26 anos atua para promover a saúde e bem-estar de crianças e adolescentes, aumentando as chances de cura do câncer infantojuvenil. Para atingir esse objetivo, o Instituto trabalha promovendo programas ligados à capacitação de profissionais e estudantes de saúde ao diagnóstico precoce, estruturação de hospitais especializados, a hospedagem para famílias que residem longe dos hospitais, e projetos que visem a disseminação de conhecimento sobre a causa. A ONG faz parte do sistema beneficente global Ronald McDonald House Charities (RMHC), presente em mais de 60 países, coordenando os programas globais: Casa Ronald McDonald, voltado para a hospedagem, transporte e alimentação dos pacientes; e o Programa Espaço da Família Ronald McDonald, que torna menos desgastante o dia a dia das famílias durante o tratamento.

    No Brasil, há ainda outros dois programas locais: Atenção Integral e Diagnóstico Precoce, com ações específicas de combate ao câncer infantojuvenil. O Instituto conta com o apoio de diversas empresas e pessoas físicas para desenvolver e manter seus programas. Saiba mais sobre os programas e as instituições beneficiadas em institutoronald.org.br.

  • Em Mato Grosso, armazenagem não acompanha evolução da safra e pode gerar risco para safras futuras

    Em Mato Grosso, armazenagem não acompanha evolução da safra e pode gerar risco para safras futuras

    De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o estado de Mato Grosso tem produção estimada em 97,38 milhões de toneladas de soja e milho na safra 24/25, volume que o mantém como o maior produtor agrícola do país, responsável por 30,75% da produção nacional. No entanto, essa força produtiva esbarra em um gargalo estrutural que compromete o desenvolvimento do setor nos próximos anos, a armazenagem. Com capacidade estática, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de armazenar 52,29 milhões de toneladas, o Imea aponta um déficit de 45,10 milhões de toneladas.

    Nos últimos 10 anos, dados da Conab indicam que a produção estadual aumentou em 51,6 milhões de toneladas, enquanto a capacidade de armazenagem saiu de 37,82 milhões de toneladas em 2015 (safra 13/14), para 52,29 milhões em 2025 (safra 23/24), um crescimento que não acompanha a evolução do volume de grãos produzidos. Considerando a expectativa de aumento de produção, o IMEA aponta que será necessário ampliar em 177,13% a capacidade de armazenagem até 2034, caso contrário, o déficit de armazenagem poderá ser 71,87% maior que o projetado para 2025, chegando a 77,51 milhões de toneladas.

    Para o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Luiz Pedro Bier, este problema afeta não apenas a logística, mas também a segurança econômica e estratégica do Estado. Ele lembra que a concentração do escoamento nos primeiros meses do ano gera sobrecarga nas rodovias e nos portos, com aumento do custo do frete e perda de competitividade.

    “A grande maioria dos armazéns estão nas mãos de tradings e a gente precisa que esse armazém esteja na mão do produtor. Nós precisamos de linhas de financiamentos menos burocratizadas e com juros mais acessíveis. A questão da armazenagem de grãos é uma questão econômica muito importante, mas também é uma questão de soberania nacional ter o controle do próprio grão”, afirma.

    Desde 2021, a campanha Armazém para Todos tem orientado produtores de todo o estado, como Rosana Balbieri Leal, de Primavera do Leste, que estava enfrentando dificuldades para ampliar o armazém que tinha em sua fazenda. Ela conta que através do simulador disponibilizado pela entidade, conseguiu calcular a viabilidade, considerando o volume de produção, a distância da propriedade, média de frete e até descontos por umidade.

    “Começamos a mexer na plataforma e vimos que o armazém se pagava em dois ou três anos, devido à quantidade de frete e ao que perdia de desconto com umidade. Aumentamos o armazém para mais 160 mil sacas, totalizando 185 mil sacas. Depois de dois anos ele ficou pequeno, daí fizemos mais um silo de 100 mil sacas. Então, hoje, tem capacidade para quase 285 mil sacas de grãos, que é o suficiente para você fazer um giro legal e sair do momento crítico de preço de frete ou de questões de umidade. Você consegue colher, jogar no seu pulmão e voltar. E essa conta, hoje, em 2025, se fecha, pois ele está praticamente pago”, relata Rosana.

    A agricultora ressalta que ter uma estrutura de armazenagem é um grande diferencial. “Quando você tem um armazém, você é dono do seu produto e consegue fazer um planejamento melhor dessa comercialização. A que hora vou vender e a hora que eu não vou vender, essas decisões começam a ser suas, você sai do mercado de soja disponível e entra no mercado de soja que está tendo balcão”, acrescenta.

    O delegado do núcleo de Campos de Júlio, Ivo Frohlich Junior, também construiu estrutura própria e já conseguiu armazenar os grãos da safra 24/25 para garantir melhores contratos de comercialização. “A gente depositava a nossa soja na trading e no ano passado, a soja chegou em R$ 160 reais a saca na nossa região, sendo que nas tradings estavam pagando em torno de R$ 100 até R$ 110 reais, ou seja, tinha papel e não tinha grão, já hoje o que nós temos é a valorização do grão”, conta.

    Segundo o produtor, o armazém foi feito para atender a primeira safra e, portanto, continuará utilizando silo bolsa para armazenagem da segunda safra. “A soja a gente sabe que o custo desse armazenamento é um pouco elevado. Então, com isso, a gente fez a estrutura somente para a soja”, enfatiza.

    Diante da dificuldade de financiar armazéns próprios, muitos produtores avaliam a construção de armazém através de cooperativa ou em condomínio com outros produtores. “Temos muitos pequenos produtores que são os principais prejudicados e eu acredito que nós temos que unir esses pequenos produtores para eles montarem uma unidade. Nós já temos em nossa região um caso parecido, de cinco a seis produtores que se uniram e compraram uma unidade de beneficiamento, no caso, de armazenagem. Eles se uniram, produtores com 200, 300 hectares, e essa unidade já está rodando pelo segundo ano consecutivo”, afirma Junior.

    Por meio da Comissão de Política Agrícola, a Aprosoja Mato Grosso continuará em busca de políticas públicas e de campanhas orientativas que incentivem a construção de silos em propriedades de pequeno e médio porte, para ampliar a capacidade de armazenamento no estado. Armazéns próprios ou em condomínio, representam uma estratégia importante para os agricultores, pois permite a comercialização da produção em momentos oportunos. Além disso, oferecem maior segurança diante de adversidades climáticas durante a colheita, fortalecem a segurança alimentar e contribuem para a soberania nacional.

  • Produtores devem declarar estoque de rebanho até 10 de junho, alerta INDEA

    Produtores devem declarar estoque de rebanho até 10 de junho, alerta INDEA

    Teve início no dia 1º de maio a campanha de comunicação de estoque de rebanhos em Mato Grosso. O prazo segue até 10 de junho, e todos os pecuaristas do estado estão obrigados a informar os dados atualizados de seus animais ao INDEA (Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso). A medida, segundo o médico veterinário Clodomiro Reverdito, responsável pela unidade local em Lucas do Rio Verde, é fundamental para garantir o controle sanitário e a rastreabilidade do rebanho, especialmente após o fim da vacinação contra a febre aftosa.

    “Essa é a primeira campanha de 2025. Temos duas ao longo do ano: uma em maio e outra em novembro. O produtor precisa comparecer ao INDEA munido das quantidades atualizadas de animais em cada categoria e faixa etária, além de informar sobre outras espécies como suínos e aves”, explicou Clodomiro. A comunicação também pode ser feita de forma online, por meio do Módulo do Produtor, ferramenta que permite registrar nascimentos, mortes, evolução etária e demais informações exigidas.

    O não cumprimento dos prazos acarreta restrições e penalidades. A partir de 8 de maio, propriedades que não tiverem feito a declaração serão bloqueadas para emissão de GTA (Guia de Trânsito Animal), ficando autorizadas apenas a emissão para abate. “Assim que o produtor regulariza, o sistema libera novamente para venda ou movimentação dos animais”, detalha.

    Segundo o veterinário, a comunicação correta e no prazo é essencial para que o INDEA tenha um mapa preciso do rebanho bovino mato-grossense, que atualmente é estimado em cerca de 33 milhões de cabeças. “Se houver qualquer suspeita sanitária, precisamos saber onde estão os animais e qual o volume envolvido para mitigar riscos com rapidez. Isso se tornou ainda mais importante com o status de área livre de aftosa sem vacinação”, completou.

    Além das restrições no sistema, o produtor que não declarar seu estoque dentro do prazo está sujeito a multa de 27 UPFs, o que hoje representa cerca de R$ 6.700. E mesmo com a penalidade, a obrigação de declarar continua. “É um ato simples. O produtor tem a informação, só precisa comunicar. É inadmissível não fazê-lo com um prazo tão extenso de 40 dias. Quem não cumpre, além de ser punido, ainda precisa regularizar do mesmo jeito”, finalizou Clodomiro.

    Na última campanha realizada pelo Indea, em novembro de 2024, houve o envolvimento de 109.900 estabelecimentos rurais, sendo 109.651 estabelecimentos com bovinos, 315 com aves comerciais e 105 contendo suínos tecnificados. A última campanha também apontou a existência de 32,8 milhões de bovinos, 37,2 milhões de galinhas comerciais e 1,7 milhão de suínos tecnificados.

  • Dona Margarida Gelmina, mãe do vice-governador Otaviano Pivetta, morre aos 94 anos

    Dona Margarida Gelmina, mãe do vice-governador Otaviano Pivetta, morre aos 94 anos

    Faleceu neste domingo (04), aos 94 anos, Margarida Gelmina Faccin Pivetta, mãe do vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, e do ex-prefeito de Nova Mutum, Adriano Pivetta. Nascida em 1930, no interior do Rio Grande do Sul, dona Margarida foi professora alfabetizadora e atuou ativamente no desenvolvimento do município de Caiçara (RS), onde viveu com o marido, Tilídio José Pivetta, e criou os dez filhos do casal.

    O velório e sepultamento de dona Margarida será realizado na Central de Luto Markoski, em Caiçara, com início às 20 horas desta quinta-feira.

    A morte de dona Margarida gerou comoção em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul. O governador Mauro Mendes e a primeira-dama Virginia Mendes manifestaram pesar pela perda, destacando o papel da matriarca na formação dos filhos e na valorização da família. “Sabemos o quanto perder nossa mãe é um momento muito difícil e estamos em oração para que Deus possa dar conforto aos corações de todos os familiares, amigos e, em especial, do nosso amigo Otaviano. Dona Margarida foi uma mulher muito especial, que sempre valorizou a família e buscou fazer o bem a todos que a cercavam. Nossos mais profundos sentimentos a todos”, afirmaram em nota.

    Em uma mensagem emocionada nas redes sociais, Otaviano Pivetta se despediu da mãe destacando sua trajetória como mulher amorosa, cheia de valores e dedicação. “Professora dedicada, mãe incansável, criou 10 filhos com coragem e carinho na pequena Caiçara, no Rio Grande do Sul. Sua partida dói profundamente, mas o amor que ela nos deu permanece vivo em cada lembrança. Te amarei pra sempre, mãe.”

    A Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde também se solidarizou com a família, emitindo nota de pesar. “A Câmara Municipal manifesta profundo pesar pelo falecimento de Margarida Gelmina Faccin Pivetta. Neste momento de dor, expressamos nossas mais sinceras condolências e solidariedade aos familiares e amigos, desejando força e conforto para superar essa perda.”

    A Prefeitura de Lucas do Rio Verde também emitiu nota de pesar. “É com profundo pesar que a Prefeitura de Lucas do Rio Verde recebe a notícia do falecimento da senhora Margarida Gelmina Faccin Pivetta, mãe do ex-prefeito do município e atual vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, ocorrido neste domingo (4).  Prefeitura de Lucas do Rio Verde expressa sua solidariedade à família enlutada, em especial ao vice-governador Otaviano Pivetta, neste momento de dor e tristeza”.

    Além da atuação como educadora e mãe, dona Margarida deixa um legado de valores que se refletem na trajetória pública dos filhos e no carinho que conquistou em sua comunidade de origem.

  • Mulher é encontrada morta com sinais de tortura em cachoeira de Aripuanã

    Mulher é encontrada morta com sinais de tortura em cachoeira de Aripuanã

    Uma mulher, ainda não identificada, foi encontrada morta na tarde de quinta-feira (1º), em uma cachoeira no município de Aripuanã (1.002 km a noroeste de Cuiabá). O corpo estava em estado avançado de decomposição e apresentava sinais evidentes de tortura.

    De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Civil foi acionada por volta das 13h, após moradores da região relatarem a presença de um corpo boiando na água. Ao chegarem ao local, os agentes confirmaram a veracidade dos fatos.

    A vítima, de pele morena e cabelos longos, estava degolada, com cortes profundos no pescoço. As mãos e os pés estavam amarrados a dois sacos contendo pedras, o que pode indicar uma tentativa de ocultação do cadáver.

    Diante da condição do corpo, não foi possível realizar a identificação imediata da mulher. O cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exames de necropsia e reconhecimento.

    A Polícia Civil investiga o caso como homicídio qualificado. Ainda não há informações sobre suspeitos ou a motivação do crime. A perícia trabalha com a hipótese de feminicídio, dada a brutalidade do assassinato.