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  • Construção da FICO avança com licença ambiental concedida pelo IBAMA

    Construção da FICO avança com licença ambiental concedida pelo IBAMA

    O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) concedeu à Vale S.A. a Licença de Instalação para a continuidade das obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO). A autorização foi publicada no Diário Oficial da União no último dia de janeiro, permitindo o avanço do trecho que liga Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT), em uma extensão de 365 quilômetros.

    A licença tem validade até 29 de setembro de 2026 e representa um passo essencial para o andamento do projeto, considerado uma das principais iniciativas de infraestrutura ferroviária do país. O objetivo da FICO é fortalecer a logística de escoamento da produção agropecuária e mineral da região Centro-Oeste, trazendo ganhos em competitividade e impulsionando o desenvolvimento econômico dos estados envolvidos.

    O gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Vale S.A., Adriano Vilela, ressaltou a importância do licenciamento para a continuidade do empreendimento e reafirmou o compromisso da empresa com as diretrizes ambientais estabelecidas pelos órgãos reguladores.

    Com a emissão da licença, os próximos passos incluem a intensificação das atividades de implantação da ferrovia, que deve contribuir significativamente para a melhoria da infraestrutura de transportes no Brasil. A expectativa é que o projeto reduza os custos logísticos e fomente o desenvolvimento regional, consolidando-se como um eixo estratégico para o setor produtivo.

  • Especialista orienta sobre medicamentos a serem evitados no tratamento da Chikungunya

    Especialista orienta sobre medicamentos a serem evitados no tratamento da Chikungunya

    Com o aumento nos registros de casos de Chikungunya em Mato Grosso, a procura por medicamentos e tratamentos também se tornou uma preocupação para os pacientes que buscam atendimento em hospitais e unidades básicas de saúde. Conforme levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES), desde o início do ano, já foram confirmados 3.765 casos e 4 óbitos no estado.

    A Chikungunya é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, responsável por causar febre alta, dores intensas nas articulações e, em alguns casos, problemas musculares.

    O mosquito também pode transmitir Dengue e Zika.  A automedicação deve ser evitada, conforme alerta o médico ortopedista e cirurgião de coluna vertebral, Fábio Mendonça. Somente em janeiro de 2025, ele atendeu cerca de 20 pacientes que buscaram atendimento devido a agravamento das dores lombares em decorrência da Chikungunya.

    “Trata-se de uma doença muito séria e deve ser tratada com muita cautela. O uso de remédios anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, diclofenaco e ácido acetilsalicílico (AAS), não são recomendados, pois podem aumentar o risco de sangramentos, na forma grave da Chikungunha. Além disso, os corticoides (como a prednisona) são contraindicados durante a infecção aguda”, afirmou o médico.

    A dipirona, por exemplo, é considerada uma opção mais segura, pois não causa irritação no estômago e não interfere nas funções hepáticas ou renais. Segundo ele, uma grande diferença entre os sintomas da Dengue e da Chikungunya são a dor intensa e o edema nas articulações, que pode dificultar movimentos do dia a dia. Se não tratada adequadamente, pode trazer sequelas.

    “Nos primeiros dias após o diagnóstico, é necessário repouso, aplicação de gelo nas articulações e hidratação com água, isotônicos e sucos. Caso os sintomas de dor nas articulações persistam após 20 a 30 dias, é necessário procurar um médico ortopedista para avaliação e tratamento de complicações, como a artralgia crônica- dores frequentes nas articulações”, concluiu o especialista.

     Cuidados

    A alimentação também deve ser equilibrada, com restrição de açúcar, frituras, produtos industrializados, farinha branca e laticínios. É recomendado o consumo de folhas verdes, frutas e verduras.

    Para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, é fundamental adotar cuidados diários, como colocar areia nos vasos de plantas, remover água acumulada de pneus, tampar piscinas e caixas d’água, limpar calhas, manter o saco de lixo amarrado, além do uso de repelentes.

  • Redução de ICMS para materiais de construção impulsiona indústrias e cria empregos em Mato Grosso

    Redução de ICMS para materiais de construção impulsiona indústrias e cria empregos em Mato Grosso

    Nesta segunda-feira (03), o Governo de Mato Grosso assinou o decreto que reduz o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para materiais de construção. O governador Mauro Mendes e o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, celebraram a medida que tem como objetivo aumentar a competitividade do estado e incentivar o setor da construção, um dos mais importantes motores econômicos de Mato Grosso.

    A medida atende ao pedido da Aliança do Setor Produtivo de Mato Grosso, formada pelas federações da Agricultura e Pecuária (Famato), do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio MT) e a das Indústrias (Fiemt). Juntas, as entidades destacaram a relevância da medida para o crescimento sustentável da economia estadual.

    A redução do ICMS abrange itens essenciais para a construção civil, como telhas cerâmicas, tijolos, areia e pedras, além de outros materiais de construção. A alíquota para materiais como areia e brita, por exemplo, foi reduzida de 17% para 3%. Já a base de cálculo para telhas e tijolos cerâmicos foi ajustada para 41,18%, resultando em uma carga tributária de 7%. Essas mudanças vão reduzir significativamente o custo dos produtos e beneficiar tanto consumidores quanto empresas do setor.

    “Esta é uma vitória para a indústria e para a população. A redução do ICMS impacta diretamente na construção civil, um dos setores que mais gera empregos em Mato Grosso. Ela beneficia quem deseja construir ou reformar a sua casa, além de ser crucial para o fortalecimento da economia estadual,” afirmou Silvio Rangel, presidente da Fiemt. “Mato Grosso se torna um exemplo para o Brasil. Com a redução de impostos, podemos produzir mais e vender mais, o que é essencial para o crescimento do nosso estado”, ponderou.

    O novo regime tributário já está em vigor, conforme publicado no Diário Oficial do Estado.

    A medida entra em funcionamento de forma prática já a partir de 2025, com a adesão formalizada a partir de 10 de fevereiro e a tributação ajustada iniciando-se em 1º de março.

    O governador Mauro Mendes ressaltou que, além de ser uma redução de impostos, a iniciativa visa “viabilizar a construção de novas moradias, atraindo mais pessoas para o estado e estimulando o crescimento da economia local.” Ele acrescentou ainda que a redução do ICMS em itens como a areia vai “ajudar a regularizar a formalidade no setor da construção civil,” contribuindo para a redução da informalidade no mercado e a melhoria das condições de trabalho e produção no estado.

    A medida também terá um impacto positivo em outros setores, como os de móveis, elétrica e eletrodomésticos, já que a construção civil movimenta uma vasta cadeia produtiva. “A obra começa com esses materiais básicos, mas depois ela impulsiona diversas outras indústrias, gerando um ciclo de crescimento econômico abrangente,” concluiu José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio MT.

    Com validade até 31 de dezembro de 2025, a redução do ICMS poderá ser prorrogada. A medida também contribui para tornar o custo de vida em Mato Grosso em até 12% mais barato do que a média nacional, fortalecendo o estado como um ambiente de negócios atrativo e competitivo.

    Além das autoridades já mencionadas, o evento contou com a presença do presidente da Famato, Vilmondes Tomain, do vice-presidente da Fiemt, Edgar Borges, da diretora da Fiemt e do Sindicato das Indústrias da Construção da Região Sul de Mato Grosso (Sinduscon Sul MT), Mirna Contini, e do presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmica de Mato Grosso (Sindicer MT), José Lavaqui.

  • Sistema Fiemt promove seu maior evento interno para o desenvolvimento de colaboradores e sindicatos industriais

    Sistema Fiemt promove seu maior evento interno para o desenvolvimento de colaboradores e sindicatos industriais

    O Sistema Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) promoveu, nos dias 28 e 29 de janeiro, o SFiemt Summit 2025, maior evento interno dedicado ao desenvolvimento de seus colaboradores. O encontro, que ocorreu no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá, reuniu mais de 1.800 profissionais do Sesi, Senai, IEL e da própria Fiemt,além de representantes e funcionários dos sindicatos da indústria, para dois dias de intensa programação, focada no alinhamento estratégico, troca de experiências e fortalecimento da cultura organizacional.

    Em sua segunda edição consecutiva, o evento trouxe uma programação dinâmica, com retrospectivas de 2024, talks com os sindicatos e a diretoria, além de apresentações de gestores e líderes que destacaram as principais conquistas do último ano e os desafios e diretrizes para 2025.

    Dando destaque à cultura organizacional, o evento premiou as três melhores paródias criadas pelos próprios colaboradores, abordando os valores do Sistema Fiemt. Além disso, foi realizado o Reconhecimento de Cultura 2024, homenageando 200 profissionais que se destacaram em um dos sete pilares da cultura organizacional: valorização das pessoas, integridade, simplicidade, mentalidade de crescimento, confiança nas relações, união e sucesso do cliente.

    Palestras inspiradoras

    A programação contou ainda com palestras motivacionais e reflexivas. O especialista Rafael Takei abordou o tema “Protagonismo na Cultura: a competência para vencermos juntos”, reforçando a importância da colaboração e do engajamento dos profissionais. Já Genesson Honorato trouxe a palestra “O que você deixou de ser quando cresceu?”, promovendo reflexões sobre criatividade e desenvolvimento pessoal.

    Ecoeficiente, acessível e inclusivo

    O Sistema Fiemt, signatário do Pacto Global da ONU, reafirmou seu compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) durante o evento, contemplando pelo menos oito deles em sua programação. Para minimizar o impacto ambiental, todos os resíduos orgânicos e recicláveis foram devidamente coletados, separados e descartados em uma central de triagem instalada no local.

    Além disso, todo o gás carbono gerado no evento, incluindo as emissões provenientes do deslocamento de palestrantes e participantes, foi compensado por meio da compra de créditos de carbono certificados REDD. No total, foram neutralizadas cerca de oito toneladas de CO₂.

    A inclusão também foi uma prioridade. Para garantir a acessibilidade de funcionários com deficiência (PCDs), todas as palestras e apresentações contaram com tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e audiodescrição.

    O presidente do Sistema Fiemt, Silvio Rangel, destacou a importância do evento como um marco para a integração dos colaboradores e o fortalecimento da cultura organizacional, reforçando o compromisso com o crescimento da indústria mato-grossense e o papel fundamental dos profissionais que compõem o Sistema Fiemt.

    “O SFiemt Summit se consolida como um espaço essencial para alinharmos estratégias, compartilharmos conhecimento e impulsionarmos o desenvolvimento dos nossos colaboradores. Essa iniciativa fortalece nossa equipe e prepara o Sistema para os desafios e oportunidades que moldarão o futuro da indústria”, enfatizou.

  • Margem bruta das esmagadoras de soja em Mato Grosso dispara 64,59% na primeira quinzena de janeiro

    Margem bruta das esmagadoras de soja em Mato Grosso dispara 64,59% na primeira quinzena de janeiro

    Na primeira quinzena de janeiro de 2025, o setor de processamento de soja em Mato Grosso registrou um salto expressivo de 64,59% na margem bruta das esmagadoras, atingindo R$ 716,97 por tonelada. Esse crescimento significativo interrompe uma sequência de quedas consecutivas nas médias mensais observadas desde agosto de 2024, marcando um momento de recuperação para o segmento.

    O avanço foi impulsionado por dois fatores principais: a queda nas cotações da soja em grão e o recuo dos prêmios de exportação. A redução nos preços do grão reflete a expectativa de uma safra recorde no país, que aumentou a oferta e pressionou os valores para baixo. Paralelamente, a diminuição dos prêmios de exportação também contribuiu para a melhoria das margens das esmagadoras, que se beneficiam de custos menores para aquisição da matéria-prima.

    Esse cenário representa um alívio para o setor, que enfrentou meses de retração devido às condições desfavoráveis do mercado. A recuperação observada em janeiro sugere um possível reequilíbrio, ainda que dependente da evolução dos preços da soja e das condições de mercado nos próximos meses.

    Especialistas destacam que, embora o momento seja positivo, a volatilidade do mercado agrícola exige cautela. A expectativa de uma grande safra brasileira em 2025 pode manter os preços da soja em grão sob pressão, enquanto fatores externos, como a demanda internacional e os custos de logística, continuarão a influenciar as margens das esmagadoras.

    O desempenho do setor em Mato Grosso, maior produtor de soja do Brasil, é um termômetro importante para a economia agrícola nacional. A alta nas margens bruta das esmagadoras não apenas beneficia as empresas do segmento, mas também pode gerar impactos positivos em toda a cadeia produtiva, desde os produtores rurais até o mercado de óleos e farelos.

    Agora, a atenção do mercado se volta para os próximos meses, quando a colheita da nova safra ganhará força e os preços da soja em grão poderão sofrer novas variações. Enquanto isso, a recuperação das margens bruta das esmagadoras em janeiro traz um sopro de otimismo para o setor, que espera consolidar essa tendência de alta ao longo de 2025.

  • Audiência no TRT dá início às negociações entre hospital e profissionais de enfermagem de Sinop

    Audiência no TRT dá início às negociações entre hospital e profissionais de enfermagem de Sinop

    Audiência realizada nesta quarta-feira (29) no Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT/MT) marcou o início das negociações entre a Fundação Comunitária de Sinop e o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen). Conduzido pelo vice-presidente do TRT, desembargador Aguimar Peixoto, o encontro buscou solucionar divergências relacionadas a manifestações grevistas e atrasos salariais envolvendo os profissionais de enfermagem do Hospital Santo Antônio.

    A audiência foi designada no dissídio coletivo de greve ajuizado pela Fundação, que alegou irregularidades na paralisação dos trabalhadores.

    O Sinpen negou a existência de uma greve, argumentando que as manifestações são realizadas fora do expediente dos profissionais, motivadas por reiterados atrasos salariais e o descumprimento de direitos trabalhistas, como a falta de recolhimento do FGTS nos últimos 10 anos e o não pagamento das cestas básicas há 42 meses.

    Os representantes do hospital alegaram que os atrasos salariais decorrem de problemas nos repasses financeiros do Governo do Estado, situação que foge ao controle da entidade. A direção informou que tem buscado insistentemente os recursos devidos para manter o funcionamento da unidade de saúde, considerado o maior hospital filantrópico de Mato Grosso.

    Após quase duas horas de negociações, a administração da Fundação afirmou que irá se esforçar para pagar os salários dos funcionários até o quinto dia útil de cada mês. Além disso, afirmou que tomará medidas para, na medida do possível, regularizar os pagamentos das cestas básicas e do FGTS acumulados.

    Em contrapartida, o Sinpen comprometeu-se a divulgar uma nota pública esclarecendo à categoria que os trabalhadores devem cessar qualquer movimento paredista ou tentativas de paralisação por outros meios. Essa nota será afixada no hospital e divulgada nos veículos de comunicação de Sinop.

    Ao final da audiência, que contou com a participação do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Danilo Vasconcelos,  o desembargador Aguimar Peixoto elogiou os esforços das partes e destacou a importância do diálogo. “Acredito que avançamos bem. Esse diálogo inicial já foi muito válido, e espero que possamos caminhar ainda mais no próximo encontro”, afirmou.

    Uma nova audiência foi marcada para o dia 20 de fevereiro, dando continuidade às negociações.

    Pedido de liminar

    O dissídio coletivo foi ajuizado pela Fundação no último dia 24, sob a alegação de que a greve foi deflagrada sem negociação prévia, sem aprovação em assembleia-geral e sem a devida notificação à administração do hospital, descumprindo os requisitos legais para sua realização.

    A fundação também argumentou que os salários atrasados e a segunda parcela do 13º salário já foram quitados, e que a manutenção da paralisação estaria prejudicando a prestação de serviços essenciais à população.

    No despacho inicial, o desembargador Aguimar Peixoto reforçou que a greve é um direito constitucional dos trabalhadores, conforme previsto na Lei 7.783/1989 e que a sua suspensão depende da comprovação de irregularidades no exercício desse direito. Ao analisar a documentação anexada pela fundação, o magistrado considerou que ela não era suficiente para fundamentar o pedido liminar, designando a audiência de conciliação realizada nesta quarta-feira.

  • Justiça mantém nome de dona de fazenda na ‘lista suja’ do trabalho análogo à escravidão

    Justiça mantém nome de dona de fazenda na ‘lista suja’ do trabalho análogo à escravidão

    A Justiça do Trabalho em Mato Grosso manteve, no final de dezembro, a inclusão do nome de uma advogada e proprietária rural de Juína na ‘lista suja’ de empregadores que submetem trabalhadores a condições análogas à escravidão. A decisão também validou os autos de infração lavrados por auditores fiscais e reforçou a gravidade das violações constatadas.

    A fiscalização revelou que o empregado, de 69 anos, vivia em um barraco improvisado na fazenda, sem qualquer estrutura básica de alojamento, acesso a água potável ou banheiro. Admitido em 2013, ele realizava diversas atividades rurais, como limpeza de pastos e aplicação de agrotóxicos. Nos 10 meses antes do resgate, foi transferido para uma área sem infraestrutura, incluindo água potável, e exposto a riscos como ataques de animais selvagens e intempéries climáticas.

    A situação degradante foi confirmada pelos auditores fiscais do trabalho, que encontraram o trabalhador no barraco feito de lona, sem proteção lateral ou sanitária, e a necessidade de consumir água de um córrego barrento, também usada para higiene e preparo de alimentos. Além disso, o trabalhador sofreu uma redução salarial injustificada em 2020, prática vedada pela legislação trabalhista.

    A fiscalização, que resultou em nove autos de infração, contou com a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e agentes da Polícia Civil.

    A fazendeira alegou que as irregularidades constatadas eram administrativas e não configuravam trabalho análogo à escravidão. Afirmou que a inclusão de seu nome na ‘lista suja’, como é conhecido o Cadastro Nacional de Empregadores que submeterem trabalhadores a condições análogas à escravidão, trouxe prejuízos financeiros, como  impossibilidade de contratação de financiamento, cassação de benefícios e antecipação de vencimentos de operações bancárias.

    A Advocacia Geral da União (AGU) rebateu os argumentos da proprietária da fazenda, destacando que as condições identificadas representavam uma afronta a valores constitucionais, como a dignidade da pessoa humana, o valor social do trabalho e a função social da propriedade. A AGU também ressaltou que o conceito contemporâneo de trabalho escravo abrange práticas degradantes e desumanas, independentemente da restrição física do trabalhador, e argumentou que a exclusão da fazendeira da ‘lista suja’ comprometeria os esforços nacionais e internacionais de combate à escravidão moderna.

    Violações graves

    Na sentença dada na Vara do Trabalho de Juína, o juiz Adriano Romero apontou que as provas, incluindo fotos e depoimentos, confirmaram que o trabalhador foi mantido em condições sub-humanas, irregularidades admitidas inclusive pela própria fazendeira. ‘A manutenção do vínculo de emprego por mais de uma década, sem registro em carteira, e as condições degradantes de trabalho revelam um grave desrespeito à dignidade do trabalhador e às normas de segurança e saúde’, escreveu o magistrado.

    A decisão destacou ainda que a conduta da fazendeira foi incompatível com seu conhecimento jurídico, agravando a gravidade da situação: “Não se está a falar de uma pessoa simples do campo, mas de uma advogada, conhecedora do ordenamento jurídico brasileiro”, ressaltou.

    As condições às quais o trabalhador foi submetido configuram uma grave violação, concluiu o juiz. “O empregado vivia em um barraco construído de forma improvisada, sem proteção contra intempéries, sem acesso à água potável ou banheiro, e sujeito a ataques de animais selvagens. Essas condições não apenas violaram normas trabalhistas, mas também representaram um flagrante desrespeito à dignidade da pessoa humana”, escreveu o magistrado.

    O juiz apontou que as justificativas apresentadas pela empregadora eram insuficientes e contraditórias. A alegação de que o trabalhador seria argentino e não possuía documentação legal foi considerada inválida, já que a fazendeira admitiu que o empregado trabalhou por anos sob suas ordens sem qualquer tentativa de regularizar a situação. Da mesma forma, não foi aceita a justificativa da fazendeira de que a redução do salário do trabalhador ocorreu  em razão do arrendamento de parte das terras.

    Com a decisão, a fazendeira permanece na ‘lista suja’, instrumento de combate ao trabalho escravo no Brasil criado em 2003. Segundo o Ministério do Trabalho, a lista atualmente conta com 717 empregadores e empresas, sendo atualizada semestralmente para dar transparência às fiscalizações e combate ao trabalho escravo contemporâneo.

  • Prevenção em alta: Vacina contra gripe é a solução mais eficaz e estratégica para empresas

    Prevenção em alta: Vacina contra gripe é a solução mais eficaz e estratégica para empresas

    A prevenção da saúde dos funcionários está em alta no meio corporativo. As empresas incorporaram a premissa de que um negócio competitivo e produtivo resulta de colaboradores saudáveis. Para isso, investem em ações eficazes, como a vacinação contra a gripe, que se mantém como a arma mais eficiente contra os vírus da influenza, causadores da doença.

    Dados do CDC (Centers for Disease Control and Prevention) reforçam a efetividade da imunização e a importância da prevenção. Segundo a instituição, a vacina reduz em até 60% a busca por atendimento médico, impactando a redução do absenteísmo na indústria. Em outras palavras, contribui para a diminuição das ausências nos postos de trabalho em razão de problemas de saúde.

    Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019 aponta que mais de 20% dos afastamentos no trabalho são decorrentes de problemas respiratórios, como a gripe. Isso reafirma a necessidade de priorizar a saúde e o bem-estar dos colaboradores.

    “Estamos em um período de grande ocorrência dos vírus gripais, época de sazonalidade da doença. Ao adotarem estratégias que combatem a influenza, as empresas mantêm seus trabalhadores saudáveis e seguros e, consequentemente, mais assíduos, fortalecendo o negócio”, diz o médico do trabalho do Serviço Social da Indústria (Sesi MT), Ediney Espíndola.

    Campanha de vacinação

    A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório e apresenta alta transmissibilidade. Pode ser grave e até mesmo fatal em casos mais extremos. Por isso, é essencial proteger o sistema imunológico.

    Para auxiliar as empresas nessa questão, o Sesi MT deu início à Campanha de Vacinação 2025, com doses disponíveis de vacinas Trivalente e Quadrivalente para diversas faixas etárias, em um atendimento que oferece agilidade, segurança e prioridade.

    A vacina Trivalente protege contra três tipos de vírus que causam gripe: H1N1, H3N2 (do subtipo Darwin) e a cepa B. Já a vacina Quadrivalente imuniza contra quatro tipos de vírus, sendo os três da vacina Trivalente e mais um vírus da linhagem B.

    Todas as pessoas a partir dos seis meses de idade devem tomar uma dose anualmente, especialmente idosos, gestantes, crianças pequenas, profissionais da saúde e portadores de enfermidades crônicas, que compõem o grupo mais vulnerável e têm maior risco de desenvolver complicações decorrentes da gripe, como pneumonia, sinusite e otite, entre outras.

    “A vacina oferecida pelo Sesi MT é atualizada para combater as variantes que mais circulam no país. Isso significa que os trabalhadores que receberem as doses do imunizante em 2025 estarão protegidos contra as principais mutações do vírus”, explica o médico.

    Vale ressaltar que a vacina contra a influenza deve ser tomada anualmente. O vírus sofre alterações ao longo dos anos; ou seja, a vacina da gripe que você tomou no ano anterior pode não ser eficaz contra o vírus do ano seguinte.

  • Construção da sede da ANTT pela Nova Rota entra na etapa final em Mato Grosso

    Construção da sede da ANTT pela Nova Rota entra na etapa final em Mato Grosso

    Está na etapa final a construção da sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), localizada na BR-163, em Sinop. Na unidade funcionará a Coordenação Regional de Fiscalização da Infraestrutura Rodoviária de Mato Grosso (COROD/MT), que trabalha para juntos às concessionárias de rodovia de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará, acompanhando o cumprimento dos contratos de concessões em vigência.

    A elaboração do projeto e a construção do prédio fazem parte das obrigações contratuais da Nova Rota do Oeste, responsável por um trecho de 850,9 quilômetros da BR-163/MT, de Itiquira a Sinop. A obra teve início após o Governo de Mato Grosso assumir o controle acionário da empresa e retomar os investimentos. A entrega está prevista para maio de 2025.

    Atualmente, as equipes da Nova Rota atuam na execução do acabamento e conclusão da área externa do prédio. O prédio está situado em uma área de 974 metros quadrados, no km 835 da BR-163, ao lado da base de atendimento da Concessionária em Sinop. A área contará com recepção, sala destinada às reuniões das equipes, sala de trânsito, área de descanso, depósito, espaços destinados à Tecnologia da Informação e Supervisão, banheiros, vestiários, estacionamento, entre outras indicações feitas pela ANTT. Os espaços são adaptados às pessoas com deficiência, visando a acessibilidade.

    A estruturação de uma sede própria em Mato Grosso, em local estratégico, fortalece o trabalho da ANTT e a fiscalização dos serviços ofertados para os usuários da BR-163, desde Mato Grosso do Sul até o Pará.

  • Visita do Embaixador da Ucrânia impulsiona oportunidades de parcerias para indústrias de Mato Grosso

    Visita do Embaixador da Ucrânia impulsiona oportunidades de parcerias para indústrias de Mato Grosso

    Visando estreitar relações comerciais, o presidente do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), Silvio Rangel, recebeu a visita do Embaixador da Ucrânia no Brasil, Andrii Melnyk, nesta quarta-feira (22.01), na sede da Federação, em Cuiabá.

    O presidente ressaltou a importância da economia mato-grossense para o cenário nacional, destacando as potencialidades das indústrias do estado nos setores de alimentação e de biocombustível. “Mato Grosso vive um momento de verticalização da indústria e crescimentos expressivos na produção. Estamos de portas abertas para iniciar parcerias que possam auxiliar esse crescimento econômico, principalmente para a internacionalização dos nossos negócios’, pontuou.

    O Embaixador do país europeu reforçou o interesse nas parcerias com as indústrias mato-grossenses e que intensificar o contato com a Federação. “Temos intenção de fechar acordos e investimento em todos os setores, agrícola e tecnológico de ambas as regiões. A Ucrania tem registrado produção crescente”, disse.

    Cenário atual

    As relações econômicas entre Mato Grosso e a Ucrânia têm sido pouco expressivas nos últimos anos. Não há registro de exportações significativas do estado para o país, apesar de iniciativas pontuais, como a tentativa de exportação de carne suína realizada em 2005 pela Intercoop. No entanto, não há informações sobre a continuidade desse comércio.

    Por outro lado, o país europeu desempenha um papel relevante como fornecedora de fertilizantes para o Brasil, incluindo Mato Grosso. O conflito entre Ucrânia e Rússia, iniciado em 2022, gerou impactos significativos nesse fornecimento, trazendo desafios para o agronegócio mato-grossense. Além disso, a instabilidade elevou os custos de produção e impulsionou os preços de commodities agrícolas, como o milho, no mercadointerno.