Tag: Maternidade

  • Mães vacinadas contra covid protegem bebês com aleitamento exclusivo

    Mães vacinadas contra covid protegem bebês com aleitamento exclusivo

    Um novo estudo realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) analisou os benefícios da amamentação exclusiva no fortalecimento da imunidade dos bebês contra a Covid-19. A pesquisa, que envolveu mulheres vacinadas contra o vírus SARS-CoV-2, comprovou que o leite humano contém níveis significativos de anticorpos neutralizantes.

    Mães vacinadas contra a Covid-19 que amamentam exclusivamente seus bebês transferem níveis mais elevados de anticorpos neutralizantes para o leite humano, ajudando a proteger seus filhos contra infecções pelo Sars-CoV-2.

    O aleitamento materno exclusivo se dá quando os bebês são alimentados apenas com o leite materno, sem a necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos líquidos ou sólidos.

    “Os resultados representam um importante avanço no entendimento da imunidade passiva transferida por meio da amamentação e reforçam a recomendação dessa prática de forma exclusiva nos primeiros seis meses de vida”, afirma a pediatra e líder da pesquisa, Maria Elisabeth Moreira.

    Resultados

    O estudo analisou a amostra de mulheres vacinadas com duas ou mais doses de diferentes tecnologias de vacinas contra a Covid-19. O trabalho revelou que mães que amamentam exclusivamente apresentaram 22,6% de anticorpos neutralizantes no leite, contra 16,1% das que não amamentam exclusivamente. A descoberta é significativa, pois, no Brasil, a vacinação de bebês menores de seis meses ainda não está disponível, o que torna a amamentação uma ferramenta essencial para a proteção das crianças.

    “Os anticorpos neutralizantes presentes no leite humano são uma defesa natural e eficaz contra o vírus, e a amamentação exclusiva potencializa essa proteção. Com a contínua evolução da pandemia, é essencial que as mães sigam as orientações de amamentação para garantir a segurança dos bebês”, avalia Elisabeth Moreira.

    Os pesquisadores destacam que a tecnologia das vacinas (mRNA, Vírus Inativado ou Vetor Viral Não Replicante) não influenciou na quantidade de anticorpos neutralizantes presentes no leite humano, indicando que, independentemente do tipo de vacina recebida, a amamentação ainda é uma prática essencial para proteger os bebês contra a Covid-19.

    Participaram também do estudo, os pesquisadores do IFF/Fiocruz, Yasmin Amaral, Antonio Egídio Nardi, Daniele Marano e Ana Carolina da Costa.

    A expansão do aleitamento materno exclusivo é um objetivo importante para a saúde pública. A meta do Ministério da Saúde é de que, até 2030, 70% dos bebês de até 6 meses de idade recebam esse tipo de nutrição.

  • Mato Grosso investe na qualificação de enfermeiros obstétricos para humanizar o parto

    Mato Grosso investe na qualificação de enfermeiros obstétricos para humanizar o parto

    A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) está promovendo um curso de especialização em enfermagem obstétrica com o objetivo de qualificar 30 profissionais e melhorar a assistência à saúde materno-infantil no estado. A iniciativa, que já está em andamento, busca reduzir os índices de cesáreas e oferecer um atendimento mais humanizado às gestantes e recém-nascidos, em linha com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Com o intuito de humanizar o parto e reduzir os índices de cesáreas em Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) está investindo na qualificação de profissionais da área. Através da Escola de Saúde Pública, 30 enfermeiros estão participando de um curso de especialização em enfermagem obstétrica, com carga horária teórica e prática intensa.

    A superintendente da Escola de Saúde Pública, Silvia Tomaz, destaca a importância da capacitação: “É fundamental preparar profissionais para atender às necessidades das mulheres durante a gestação e do recém-nascido. Nosso objetivo é diminuir a mortalidade materna e oferecer um atendimento mais acolhedor e respeitoso às gestantes.”

    O curso aborda temas como assistência pré-natal, parto normal, cuidados com o recém-nascido e atenção humanizada ao parto. Além das aulas teóricas, os alunos estão realizando estágios em maternidades e unidades básicas de saúde, onde colocam em prática os conhecimentos adquiridos.

  • Justiça de Mato Grosso autoriza registro de dupla maternidade em caso de inseminação caseira

    Justiça de Mato Grosso autoriza registro de dupla maternidade em caso de inseminação caseira

    A Justiça de Mato Grosso deu um passo  inabitual ao reconhecer o direito de um casal de mulheres de registrar a dupla maternidade de uma criança concebida em casa. A decisão, proferida pelo juiz Ricardo Frazon Menegucci da Vara Única de Nova Canaã do Norte, garante que a criança a ser gerada seja registrada em nome das duas mães.

    O caso, que tramitou em segredo de justiça, revela a busca das mulheres por construir uma família através da doação de sêmen por um terceiro, sem vínculos afetivos ou financeiros. A doação foi realizada de forma voluntária e com o consentimento de todas as partes envolvidas.

    O juiz, ao analisar o caso, considerou a ausência de legislação específica para casos de inseminação caseira e a necessidade de garantir os direitos da criança. Ele ressaltou que a ausência de uma clínica especializada não deve prejudicar a criança e que o interesse superior da criança deve ser sempre priorizado.

    “Há de se ressaltar que a inseminação ‘caseira’ ocorreu, ao passo que a criança não deve ser prejudicada por falta de disciplina legal das genitoras”, destacou o magistrado em sua decisão.

  • Heroína Improvável: Leitoa enfrenta cobra sucuri para salvar filhote

    Heroína Improvável: Leitoa enfrenta cobra sucuri para salvar filhote

    Um vídeo comovente capturado em Mundo Animal revela a bravura maternal em sua forma mais visceral. Uma leitoa, lutando contra o instinto natural de autopreservação, trava uma batalha desesperada contra uma sucuri gigante para salvar a vida de seu filhote.

    Nas garras da predadora impiedosa, o leitãozinho chora em agonia enquanto a sucuri o constrange com força mortal. A leitoa, tomada por um instinto maternal feroz, se lança ao ataque, mordendo e arranhando a cobra em uma tentativa desesperada de libertar seu filhote.

    Leitoa enfrenta sucuri em luta desesperada para salvar filhote

    Incrível, porco do mato e cachorro feroz flagrados fazendo algo inusitado ; confira

    Leitoa desesperada luta contra cobra para resgatar leitãozinho

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    Uma publicação compartilhada por Christian Silva Holanda (@mania_depesca)

    A leitoa usa o focinho e as patas para empurrar a sucuri, tentando fazê-la soltar o filhote. A cobra, por sua vez, se enrola ainda mais forte, apertando o leitãozinho. A luta dura vários minutos, e a leitoa não desiste, mesmo com o risco de se machucar.

    As cachoeiras são uma fonte de alimento para as sucuris. Elas atraem uma variedade de animais, como peixes, aves e mamíferos, que são presas das sucuris.

    A história da leitoa que lutou contra a sucuri para salvar seu filhote é um exemplo de heroísmo e amor maternal. A leitoa nos ensina sobre a força que o instinto maternal pode despertar, e sobre a importância de nunca desistirmos de proteger aqueles que amamos.

    Luta Desigual:

    A desigualdade de tamanho e força é evidente. A sucuri, imponente e letal, parece implacável em sua perseguição. A leitoa, por outro lado, luta com toda a garra e determinação que uma mãe pode reunir para salvar seu filhote.

    Emoção e Reflexão:

    O vídeo, carregado de emoção e drama, nos convida a refletir sobre o poder do amor maternal e os sacrifícios que as mães são capazes de fazer para proteger seus filhos. A bravura da leitoa, mesmo diante de um predador tão formidável, é um lembrete inspirador da força do instinto maternal e da capacidade de amar incondicionalmente.

    Lições Importantes:

    Além da emoção, o vídeo também nos ensina valiosas lições sobre a natureza e o ciclo da vida. A predação, embora brutal, é um elemento essencial para o equilíbrio do ecossistema. A luta da leitoa, por mais trágica que possa parecer, é parte de um processo natural que garante a sobrevivência da espécie.

    Um Chamado à Conservação:

    Ao mesmo tempo, o vídeo serve como um chamado à conservação. A perda de habitat e a caça ilegal ameaçam diversas espécies animais, incluindo sucuris e leitoas. É fundamental que tomemos medidas para proteger a fauna e flora, garantindo a preservação da rica biodiversidade do nosso planeta.

  • Lei instituída no município sobre o Maio Furta-Cor resulta em ações para a promoção da saúde mental materna

    Lei instituída no município sobre o Maio Furta-Cor resulta em ações para a promoção da saúde mental materna

    Maio é o mês que se comemora o dia das mães e um momento oportuno para discutir causas maternas como a campanha do Maio Furta-Cor. Em Lucas do Rio Verde a Lei Nº 3.560 foi instituída, entrou em vigor no dia 16 de agosto de 2023 e é dedicado às ações de conscientização, incentivo ao cuidado e promoção da saúde mental materna.

    Para reforçar esse assunto tão importante, a psicóloga Iara Santos usou a Tribuna da Câmara de Vereadores na última segunda-feira (06), durante a Sessão Ordinária e frisou que atualmente no Brasil, a cada cinco mães, uma tem depressão e outros transtornos após a maternidade.

    Iara reforçou que a sociedade precisa saber que as mães estão sobrecarregadas, adoecidas e precisam de acolhimento, pois muitas vezes nem elas entendem o porquê ficam deprimidas após a maternidade. O objetivo é trazer luz a essas mulheres que estão adoecidas dentro das suas casas e precisam de socorro.

    No município os trabalhos acontecem durante todo o ano com os grupos de gestantes nas Unidades Básicas de Saúde sendo voltados para o cuidado da saúde materna, com foco no esclarecimento de dúvidas, orientações sobre as modificações fisiológicas da gravidez, do parto e dos cuidados com o recém-nascido, além de auxiliar na promoção da compreensão da gestante e sua família.

    O Furta-cor é uma cor cuja tonalidade se altera de acordo com a luz que recebe não tendo uma cor absoluta e no espectro da maternidade não é diferente, nele cabem todas as cores.

    O Projeto de Lei que virou a Lei Nº 3.560 em Lucas do Rio Verde foi proposto ano passado pela vereadora e presidente da Casa de Leis, Sandra Barzotto.

  • Maternidade e importância do autocuidado

    Maternidade e importância do autocuidado

    Após o nascimento do filho, é natural que a atenção e a preocupação da família se voltem para o bebê, mas isso não deveria significar negligência com a saúde materna. Estudos demonstram que uma criança saudável precisa de uma mãe saudável. Além disso, alguns hábitos se tornam exemplo para os filhos desde cedo.

    Quais seriam, então, os cuidados com a saúde da mãe? Um dos pilares é justamente uma alimentação balanceada nas várias fases de vida dessa mulher, principalmente no período de puerpério e lactação, com os nutrientes necessários, porém, sem risco de sobrepeso ou obesidade.

    Nesse contexto, é importante haver um planejamento e um acompanhamento nutricional, que pode começar na gestação, para dar suporte para todas as mudanças que a mulher enfrenta antes e após o nascimento do filho. A principal delas, sem dúvida, é na mentalidade que muda agora que ela está cuidando de outro ser humano e, muitas vezes, deixa de se ver como prioridade.

    O grande desafio é que as mães entendam que precisam manter uma rotina de autocuidado que inclui alimentação equilibrada (que já falamos), sono de qualidade, que sem dúvida é difícil logo após o nascimento do bebê, prática regular de exercício físico, tempo de descanso, lazer e hobbies. Tudo isso vai exigir uma rede de apoio, que é outro ponto importante.

    Na rotina do consultório, acabo me deparando com situações críticas, de mulheres perderam a identidade após o nascimento do filho, algo que reflete até na forma como se alimentam. É comum ouvi-las dizer que almoçaram ou jantaram o que tinha, o que deu, que pode ser muitas vezes os restos da refeição das crianças. “Se meu filho não comeu tudo, eu como”, “quando ele terminou o prato, eu comi”.

    Infelizmente, o contexto atual favorece um quadro de adoecimento físico e mental das mães que enfrentam: privação de sono, sedentarismo, alimentação inadequada, ausência de atividade de lazer, pouco descanso e ainda excesso de telas (celular, por exemplo). Tudo isso costuma gerar aumento do hormônio cortisol ou “hormônio do estresse”, que regula o humor, a motivação e o medo.

    Um dos efeitos do excesso do cortisol é justamente o aumento do peso, sobretudo no rosto, abdômen e atrás do pescoço, devido a um aumento e redistribuição da gordura corporal. Outra desvantagem para as mulheres, que já são afetadas pelo ciclo menstrual e outros hormônios femininos mensalmente, é o quadro de retenção de líquidos e inchaço, contribuindo para o aumento do peso.

    Reverter o adoecimento ou mesmo prevenir demonstra a importância da organização da família para a chegada da criança, pontuando os itens que são fundamentais para a saúde da mãe e do bebê. Claro que não podemos deixar de levar em conta um contexto social diverso brasileiro, onde há milhares de mães solo ou outras situações adversas envolvendo a maternidade.

    Se a sua situação permitir, mulher, planeje-se para a experiência da maternidade de modo a envolver seu parceiro, a família de ambos, os amigos, vizinhos, colegas de trabalho e ainda conte com ajuda profissional sim, seja para ajudar com as demandas do bebê, seja para os seus cuidados básicos e da casa!

    Nenhuma mulher deveria passar por tamanha transformação se sentindo sozinha. Não deveríamos ter que “dar conta de tudo”. Na Espanha, desde 2021, a licença maternidade e paternidade são equiparadas (de 4 meses). Até chegarmos a um contexto social como este, talvez seja necessário um despertar de consciência individual. Portanto, mãe, priorize-se. Mantenha sua rotina de autocuidado!

    Vanessa Kasy, nutricionista com formação na UFMT e pós-graduação em Comportamento Alimentar.

  • Esquilo luta contra serpente para salvar filhote; maternidade selvagem

    Esquilo luta contra serpente para salvar filhote; maternidade selvagem

    O instinto maternal é algo poderoso, capaz de impulsionar as criaturas mais frágeis a atos de bravura inimagináveis.

    Um exemplo inspirador dessa força da natureza foi registrado pelo biólogo Henrique Abrahão em um vídeo publicado em suas redes sociais.

    Esquilo desafia serpente e vídeo viraliza; assista

    As imagens mostram o momento angustiante em que uma mãe esquilo enfrenta uma serpente em uma batalha desesperada para salvar seu filhote.

    Instinto materno em ação: esquilo luta contra predador para defender seu filhote

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    Uma publicação compartilhada por Henrique Abrahão Charles (@biologohenrique)

    Momento de tensão na floresta: esquilo e serpente em batalha pela vida de um filhote

    No vídeo, podemos ver a pequena esquilo se lançando contra a serpente várias vezes, mesmo com o risco de ser ferida ou morta.

    Sucuri gigante assombra ponte: vídeo viraliza e revela segredos da maior serpente brasileira

    Seus latidos agudos e movimentos rápidos aparentam ser uma tentativa de distrair a predadora, enquanto ela busca uma oportunidade para resgatar seu filhote.

    A serpente, por sua vez, permanece imóvel, observando a esquilo com seus olhos frios e calculando o momento certo para atacar.

    A tensão aumenta a cada segundo, e o desfecho da história parece incerto. No entanto, a bravura e a determinação da mãe esquilo finalmente são recompensadas.

    Esquilo luta contra serpente para salvar filhote; maternidade selvagem

    Em um movimento rápido e preciso, ela consegue resgatar seu filhote e levá-lo para longe do perigo. A serpente, frustrada, abandona a perseguição e se retira do local.

  • Casamento de meninas de até 17 anos de idade diminui 65% em uma década

    Casamento de meninas de até 17 anos de idade diminui 65% em uma década

    O país registrou 17 mil casamentos de meninas com até 17 anos em 2022, ou seja, 1,8% do total dos matrimônios brasileiros naquele ano. Isso representa uma queda de 65,1% em relação a 2011, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Rondônia foi o estado com maior proporção de casamento de adolescentes do sexo feminino em relação ao total (6,1%), em 2022.

    Entre os meninos dessa faixa etária, houve menos casamentos no Brasil do que entre as meninas, em 2022: 1.915, o que representa 0,2% do total.

    “É um fenômeno que impacta muito mais a vida de meninas do que de meninos”, destaca a pesquisadora Bárbara Cobo. “Mas a gente também só está tratando do casamento formal, aquele que é registrado no Registro Civil. Tem uma subnotificação, aí [que não é captada por essa pesquisa]”.

    A pesquisa revela também que o nascimento de bebês filhos de mães com idade entre 10 e 19 anos reduziu 30,8% de 2018 para 2022, passando de 456,1 mil para 315,6 mil no período. “A gente chama a atenção para a importância disso, porque são mulheres que ainda estão estudando, terminando seu ciclo educacional, começando a pensar no mercado de trabalho”, diz a pesquisadora.

    Segundo o IBGE, o uso de contraceptivos por mulheres casadas ou em união estável, com 18 a 49 anos, reduziu-se 82,6%, em 2013, para 79,3% em 2019.

    Gestação tardia

    A pesquisa do IBGE também mostra um aumento na maternidade de mulheres com 40 a 49 anos. O número de nascidos vivos a partir de mães nessa faixa etária cresceu 16,8% no período, passando de 90,9 mil para 106,1 mil no período.

    A gravidez da filha Fernanda não estava nos planos, mas a surpresa foi bem recebida pela jornalista Luciana Valle, apresentadora do programa É Tudo Brasil, da Rádio Nacional do Rio (87,1 FM), hoje com 57 anos. Na época, Luciana já era mãe de Caetano e tinha 44 anos. Ela e o marido estavam passando por dificuldades no casamento e perto da separação, o que acabou ocorrendo há sete anos.

    “Foi totalmente inesperado, mas não tive medo algum. Primeiro porque eu não bebo, não fumo, não uso drogas. Na época era até menos sedentária. O corpo e a cabeça estavam preparados para essa maternidade, por isso ela vingou. A Fernanda é uma criança linda. Teve uma dificuldade inicial na amamentação, mas a gente tirou de letra. Se desenvolveu super bem e vai fazer 13 anos agora no dia 14 de março”, contou à Agência Brasil.

    Para a apresentadora, a situação poderia ser diferente caso fosse a primeira gestação. “O primogênito aos 44 é mais complicado e não era o meu caso. Já tinha o primeiro filho em uma gestação super tranquila também. Eu tinha 34 anos”, completou.

    Segundo Luciana, a idade nunca foi problema até entrar na menopausa. “Não tenho nenhuma questão com idade. Estou começando a ter agora, para falar a verdade, mais por causa da menopausa, do que da maternidade tardia. Eu entrei na menopausa depois. Tem mulheres que entram na menopausa aos 44 e aos 44 eu estava tendo uma filha”.

    Mãe ou avó?

    “Lidei com isso [maternidade tardia] tranquilamente. Óbvio que a gente passa por situações do tipo: você é a mãe ou a vovó? Na escola também eu sou a mãe mais velha. Da turma das meninas que regulam de idade com a Fernanda eu sou mãe mais velha e no prédio também. Isso foi problema? Não, porque a amizade entre as meninas fortalece também o vínculo entre as mães. Nunca me senti colocada de lado”.

    Mesmo com 10 anos de distância, a apresentadora não sentiu diferenças entre uma gravidez e outra. “A única coisa que eu senti na da Fernanda foi azia no começo, mais nada. Fiz com o mesmo obstetra. Moro no Rio e os dois [filhos] nasceram em Niterói [região metropolitana do Rio]”.

    Luciana disse que o nascimento da filha é uma grande realização. Embora considere que se fosse hoje seria uma gravidez tardia seria problemática, a jornalista trata a questão da idade de forma leve. “Brinquei com as pessoas. Quando tinha 54 anos eu falava que estava na hora de engravidar de novo, porque de dez em dez anos, 34, 44, então com 54 está na hora, mas eu já estava na menopausa”, comentou, elogiando a filha. “Ela é uma companheira”.

    Mortes

    A mortalidade materna voltou a cair em 2022, depois de subir além da meta das Nações Unidas (70 mortes por 100 mil nascidos vivos) em 2020 e 2021, devido à pandemia de covid-19, segundo a pesquisa.

    Em 2022, foram registradas 57,7 mortes por 100 mil nascimentos, quase a mesma taxa de 2019 (57,9). Em 2020 e 2021, as taxas haviam ficado em 74,7 e 117,4.

    O percentual de mulheres que tiveram acompanhamento pré-natal em partos ocorridos até dois anos antes da pesquisa subiu de 80,7% em 2013 para 84,2% em 2019. O crescimento ocorreu apenas entre as mulheres pretas e pardas (de 75,3% para 83%). Entre as brancas, caiu de 88,9% para 86,8%.

    Violência

    A pesquisa destacou ainda dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, que mostravam que, em 2019, das mulheres com 18 anos ou mais que sofreram violência psicológica, física ou sexual, 6% consideraram o parceiro ou ex-parceiro como o principal agressor.

    As mulheres pretas e pardas sofreram mais esse tipo de violência (6,3%) do que as brancas (5,7%). E o grupo etário mais vitimado é o de mulheres de 18 a 29 anos (9,2%).

    Edição: Sabrina Craide

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  • Projeto em 19 maternidades do SUS reduz mortalidade materna em 37%

    Projeto em 19 maternidades do SUS reduz mortalidade materna em 37%

    Projeto desenvolvido em 19 hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) reduziu a Mortalidade Materna em mais de 30%. Foram desenvolvidas ações de melhoria nos procedimentos médicos com foco nos três principais motivos para a morte de gestantes, que são: hipertensão, hemorragia e infecção. O projeto é coordenado pelo Hospital Albert Einstein em parceria com o Institute for Healthcare Improvement (IHI) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna é celebrado neste sábado (28).

    A ação resultou na queda de 37% na taxa de mortalidade materna geral. Quando observados apenas os três fatores que causam mais mortes, o índice é ainda maior: 58%. Nos casos de sepse, que é a infecção generalizada, foi registrada queda de 73%. Considerando apenas os casos de hemorragia, houve redução de 86%.

    A iniciativa utiliza uma metodologia chamada ciência da melhoria.

    “A gente faz uma análise de como funciona hoje o atendimento de uma gestante que está sob um risco, com base nesta análise de fluxo, a gente consegue atuar sobre os pontos em que há um risco maior. Testamos as mudanças junto com eles [a equipe]”, explica Romulo Negrini, coordenador médico da obstetrícia do Einstein. São feitos, então, testes em pequenas escalas e, a partir da análise dos resultados, são estabelecidos novos processos.

    Dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde, mostram que a cada 100 mil nascimentos registrados, 107 mulheres morrem por causas relacionadas à gestação e ao parto. “Hoje, a gente chama esse projeto de ‘Todas as mães importam’, porque nós não queremos perder nenhuma mãe. A gente reconhece que 92% das mortes maternas são evitáveis”, aponta Negrini.

    A fase piloto do Projeto de Redução de Mortalidade Materna foi feita no Hospital Agamenon Magalhães, em Recife. Depois, a iniciativa foi ampliada para 19 hospitais públicos, distribuídos em sete estados: além de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pará e Rondônia. Da fase atual, iniciada em agosto de 2021 na Bahia, participam cinco maternidades de Salvador, uma de Feira de Santana e nove unidades de atenção primária também em Salvador.

    Pontos de atenção

    Negrini destaca que o projeto na Bahia abrange não apenas hospitais, mas toda a rede de saúde. “Hospital, unidade básica, onde é feito o atendimento pré-natal e o Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], que é aquele sistema de atendimento móvel que faz o transporte das pacientes de uma unidade de baixo risco para uma unidade de risco maior”, enumera. Ele aponta o pré-natal como uma etapa fundamental para a identificação de cuidados necessários.

    O médico acrescenta que os primeiros passos incluem saber se a paciente está sob risco. “Trabalhamos com eles [equipes] quais os critérios para o reconhecimento desse risco e aí a atuação em cima desse reconhecimento”, aponta. Um segundo entrave para um atendimento adequado envolve dificuldades de transporte da paciente. “Estou numa unidade que eu tenho poucos recursos e eu preciso transferir para a unidade de mais recursos, mas existem coisas que eu posso fazer antes. Não preciso necessariamente esperar a transferência”, exemplifica.

    Outro aspecto que o coordenador chama atenção é o recorte de raça para as mortes maternas. “Independentemente da classe social, se a gente considerar pessoas da mesma classe social, as mulheres pretas e pardas morrem mais do que as mulheres brancas. A gente trabalha muito nesse quesito para que isso seja considerado um fator de atenção para que a gente possa dar equidade no atendimento. É um dos quesitos importantes do nosso projeto”, explicou.

    Desafios

    A covid-19 representou um complicador a mais em um cenário já preocupante de mortalidade materna. “Pensando no Brasil, a gente vem em uma descendente, mas uma descendente muito lenta. Existe um pacto, da saúde do milênio, para que a gente chegue a 30 mortes para cada 100 mil nascidos em 2030. Entretanto, na era covid, pensando no Brasil como um todo, a gente chegou a mais de 100 mortes para cada 100 mil nascidos vivos”, lamentou o médico. Ele lembra que antes a taxa era de 70 mortes para cada 100 mil nascidos. “Se a gente considerar países europeus, eles têm menos de 10. A gente tem muito o que caminhar”, comparou.

    Ele lembra, como outro aspecto que pode ter favorecido as mortes de gestantes na pandemia, a menor frequência na busca por serviços de saúde. “Aquelas mulheres que tinham medo de sair de casa, medo de ir ao hospital, então uma hipertensa, que poderia ter um controle, passa a se descontrolar, porque não teve o acompanhamento pré-natal adequado; uma diabética não teve o acompanhamento adequado. Isso tudo acaba contribuindo”, acrescentou.

    Edição: Claudia Felczak