Tag: madeira ilegal

  • Marinha apreende embarcação com madeira ilegal no Pará

    Marinha apreende embarcação com madeira ilegal no Pará

    Neste sábado (1º), a Marinha do Brasil, por meio do Navio-Patrulha (NPa) “Pampeiro”, apreendeu uma embarcação que transportava ilegalmente cerca de 3.200 ripas de madeira, na Ilha do Marajó, próximo ao município de Breves, no Pará. A abordagem faz parte das atividades rotineiras de patrulha naval nos rios e estreitos da região Norte do País.

    A carga foi avaliada em cerca de R$ 200.000,00. A embarcação ilegal, que partiu de Portel (PA) com destino a Igarapé-Miri (PA), transportava dois tipos de madeira processada, conhecidas popularmente como Andiroba e Acapu, esta última em extinção. A comercialização de ripas de madeiras de ambas as espécies é proibida no País.

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    Durante a abordagem, o Grupo de Visita e Inspeção (GVI) do NPa “Pampeiro” verificou que material ilegal estava distribuído, estrategicamente, no fundo de porões da embarcação vistoriada. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Breves (SEMMA-PA) foi acionada e os agentes constataram a ausência de documentação fiscal e ambiental necessárias para a liberação da carga. Após a fiscalização, o responsável pelo transporte foi notificado e a madeira irregular foi apreendida e descarregada em Breves (PA).

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    Os militares também observaram infrações ao Regulamento de Segurança do Tráfego Aquaviário (RLESTA). A embarcação foi apreendida por não ter nenhum dos tripulantes com habilitação de condutor durante a abordagem. Além disso, não havia documentos necessários para a autorização da navegação, nem itens básicos de segurança, como extintores de incêndio. A embarcação permanecerá apreendida em Breves (PA) até que as pendências sejam sanadas.

    Navio-Patrulha “Pampeiro”

    O NPa “Pampeiro” foi construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, o segundo navio da MB a receber esse nome. Sua função, de navio-patrulha, o permite realizar atividades de vistoria e inspeção na Região Norte do país. A embarcação, lançada ao mar em 1971, é subordinada ao Comando do 4º Distrito Naval, que possui jurisdição sobre os estados: Amapá, Pará, Maranhão e parte do Amazonas.

  • Forças de Segurança intensificam combate a crimes em Mato Grosso e Piauí

    Forças de Segurança intensificam combate a crimes em Mato Grosso e Piauí

    A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (24/1), a segunda fase da Operação Rota do Sertão. A ação cumpre seis mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão nas cidades de Sinop, Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte, no Mato Grosso, e em Picos, no Piauí. 

    O grupo investigado é acusado de operar um esquema que envolve tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, adulteração de veículos, transporte de madeira ilegal e crimes ambientais. Segundo as investigações, Sinop era utilizada como base estratégica para o envio de drogas ao Nordeste.

    800 kg de cocaína apreendidos e rota do tráfico descoberta 

    Durante a investigação, uma carga de aproximadamente 800 kg de cloridrato de cocaína foi apreendida em Picos/PI. A droga, proveniente da fronteira do Brasil com a Bolívia, era transportada até Sinop, onde era transferida para caminhões carregados com produtos lícitos, como milho, e enviada ao Porto de Pecém, no Ceará.

    O grupo utilizava caminhões clonados para transportar as cargas ilícitas, minimizando os riscos de prejuízos em caso de apreensão. Em uma abordagem na cidade de Sorriso, um caminhão roubado foi encontrado em uma oficina sendo desmontado para reutilização. O veículo foi apreendido, e o proprietário do estabelecimento, preso em flagrante.

    Crimes ambientais e madeira ilegal 

    Além do tráfico de drogas, o grupo também estava envolvido no transporte de madeira ilegal para estados do Sudeste. Uma carga foi apreendida em Goiânia/GO sem a devida documentação, caracterizando crime ambiental.

    Empresas de fachada e frota milionária

    Para ocultar os lucros e bens adquiridos, a organização criminosa criava empresas de fachada registradas em nome de terceiros. As investigações apontaram que essas empresas possuíam uma frota de 22 caminhões, com sedes fictícias localizadas em residências de investigados ou terrenos baldios.

    Primeira fase e atuação integrada

    Na primeira fase da Operação Rota do Sertão, realizada em outubro do ano passado, dois investigados foram presos, e 26 veículos, apreendidos. A FICCO/MT, composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, segue combatendo o crime organizado em Mato Grosso.

  • Operação Rota do Sertão desarticula organização criminosa que transportava droga e madeira ilegal em veículos clonados

    Operação Rota do Sertão desarticula organização criminosa que transportava droga e madeira ilegal em veículos clonados

    A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (31.10), a Operação Rota do Sertão para cumprir oito mandados de prisão e de buscas e sequestro de bens contra um grupo criminoso responsável pelo transporte de droga e madeira ilegal para o Nordeste brasileiro, além da prática de lavagem de dinheiro, adulteração de veículos e crimes ambientais.

    O grupo utilizava o município de Sinop, no Norte de Mato Grosso, como base estratégica para o envio de drogas ao Nordeste, além de cargas de madeira ilegal a estados do Sudeste.

    Durante as investigações, a equipe da FICCO-MT fez a apreensão de uma carga de 800 quilos de cloridrato de cocaína, na cidade de Picos (PI), quando a droga estava sendo transportada, em caminhão, para o porto de Pecém, no Estado do Ceará. A droga foi obtida na fronteira do Brasil com a Bolívia e transportada até um entreposto em Sinop. Depois foi transferida para outra carreta, com cargas lícitas de milho, que seguiu até o Nordeste. A prática era usada para evitar que um caminhão suspeito, recém-chegado da fronteira, fosse interceptado em deslocamento para outras regiões do país.

    As medidas cautelares foram deferidas pela 5ª Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado. São cumpridos dois mandados de prisão temporárias, seis mandados de busca e apreensão e o sequestro de 22 carretas e 4 veículos de passeio pertencentes aos investigados e avaliados aproximadamente em 10 milhões de reais.

    Além de Sinop, as medidas estão sendo cumpridas nas cidades de Sorriso, Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte e Tapurah.

    Carga de madeira apreendida

    Crime ambiental e clonagem

    As investigações também apuraram que o grupo se envolveu no transporte de madeira ilegal para o Sudeste. Em uma das abordagens realizadas em Goiânia (GO), foi apreendida uma carga de madeira transportada sem documentação ambiental regular, configurando crime ambiental.

    O grupo investigado tinha como estratégia realizar o transporte dos produtos ilícitos em caminhões clonados, a fim de minimizar prejuízos em caso de eventual apreensão das cargas.

    Em 28 de junho deste ano foi localizado, em uma oficina de Sorriso, um veículo com restrição de roubo, que estava sendo desmontado. As peças iriam para um outro caminhão pertencente ao grupo investigado. Na ocasião, as equipes da FICCO-MT apreenderam o veículo e prendeu em flagrante o responsável pela oficina.

    Lavagem de capitais

    Para esconder o fluxo de dinheiro e os bens adquiridos, o grupo criminoso criava empresas de fachada registradas em nome de terceiros, conhecidos como “laranjas”.

    A investigação apurou que as empresas têm uma frota de 22 caminhões e as sedes localizadas na residência de suspeitos ou em terrenos baldios.

    A FICCO/MT é uma força integrada composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, e tem por objetivo realizar a atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado de Mato Grosso.

    As investigações da Operação Rota do Sertão contaram com apoio da Delegacia da Polícia Federal de Sinop, das Delegacias da Polícia Civil de Sorriso, Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte e Tapurah; Polícia Militar de Sinop e de Nobres e Polícia Rodoviária Federal de Sorriso.

    Fonte: SECOM MT

  • Combate à madeira ilegal em Mato Grosso: Avanços e desafios persistem

    Combate à madeira ilegal em Mato Grosso: Avanços e desafios persistem

    Mato Grosso, um dos estados com maior cobertura florestal do Brasil, enfrenta um desafio persistente: a exploração madeireira ilegal. Apesar dos avanços nos últimos anos, ainda há um longo caminho a ser percorrido para combater esse crime que devasta o meio ambiente e financia atividades criminosas.

    Um mapeamento realizado pelo Sistema de Monitoramento de Exploração Madeireira (Simex) entre agosto de 2022 e julho de 2023 revelou que 10 municípios concentram mais de 70% da exploração ilegal no estado. Aripuanã, Nova Maringá e Colniza lideram a triste lista, com milhares de hectares de florestas devastados por madeireiros clandestinos.

    As áreas mais afetadas pela exploração ilegal são imóveis rurais cadastrados no CAR, representando 64% do total. Além disso, mais de mil unidades de conservação foram impactadas, incluindo áreas protegidas como o Parque Estadual Tucumã e as Estações Ecológicas do Rio Roosevelt e do Rio Ronuro.

    É importante destacar que, apesar dos desafios, houve uma redução de 40% na área explorada ilegalmente em comparação com o ano anterior. No entanto, essa queda ainda é insuficiente para conter o problema, e o estado explorou 16% menos florestas no período mapeado do que em 2022.

    O Instituto Centro de Vida (ICV), organização que atua na defesa ambiental, alerta para lacunas no sistema de monitoramento e controle da exploração madeireira. Segundo Vinícius Silgueiro, coordenador do núcleo de Inteligência Territorial do ICV, “ainda há muito a ser feito para que o estado possa zerar a ilegalidade da exploração madeireira”.

    Combater a exploração ilegal em áreas remotas, fiscalizar o cumprimento das autorizações de exploração florestal e investir em tecnologias mais eficientes de monitoramento são alguns dos desafios que precisam ser superados. Além disso, é fundamental buscar alternativas à exploração madeireira ilegal, como o desenvolvimento de atividades sustentáveis na região.

    É importante ressaltar que a exploração madeireira ilegal está frequentemente associada ao crime organizado. Grupos criminosos se aproveitam da fragilidade das leis e da falta de fiscalização para explorar as florestas de forma predatória, financiando outras atividades ilícitas como o tráfico de drogas e o garimpo ilegal.

  • Polícia apreende caminhão com madeira ilegal em Mato Grosso

    Polícia apreende caminhão com madeira ilegal em Mato Grosso

    A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema). Deflagrou no sábado (18.05), a terceira fase a Operação Ronuro na cidade de Feliz Natal (536 km ao norte de Cuiabá), com objetivo de combater a organização criminosa instalada na cidade voltada para extração de madeira ilegal da Reserva Estação Ecológica Rio Ronuro.

    A ação resultou na prisão no indiciamento de três pessoas por crime ambiental, além da apreensão de caminhão carregado com toras de madeira. O grupo criminoso é investigado por destruir e danificar florestas nativas, plantadas ou vegetação em área de preservação.

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    Durante os trabalhos da operação, um homem foi preso em flagrante conduzindo um caminhão sem placa, onde eram transportadas nove toras de madeira, sendo três Itaúba e seis champagne. Questionado, o conduzido relatou estar prestando serviço ilegal para uma outra pessoa e que recebia o valor de R$ 400 por viagem.

    A madeira apreendida está avaliada em aproximadamente R$ 10 mil e depois de trabalhada pela madeireira poderia chegar ao valor de até R$ 300 mil. E o prejuízo para organização somou com apreensão do caminhão Wolkswagen 1519 avaliado em R$ 60 mil.

    O motorista confessou ainda que já prestou o serviço outras vezes realizando transporte para diversas madeireiras. O autuado foi indiciado por transporte ilegal de madeira, adulteração veicular e conduzir veículo sem possuir CNH.

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    Investigações

    Durante a investigação foi possível indiciar mais duas pessoas, sendo identificado o líder da organização, responsável por contratar as pessoas que realizavam o corte da madeira e outras para transporte da carga. O mesmo investigado também era responsável pela comercialização, controle da parte financeira de pagamentos e indicação das madeireiras onde seriam feitas as entregas.

    O líder da organização recebe auxílio de sua esposa trabalhando como batedor, utilizando um veículo descaracterizado que vai à frente da carga ilegal para informar a possibilidade de fiscalização.

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  • Forças Armadas atuam no combate a crimes ambientais

    Forças Armadas atuam no combate a crimes ambientais

    No combate a crimes ambientais como desmatamento ilegal e queimadas, as Forças Armadas e agentes ambientais entram na floresta amazônica em meio a vegetação densa para evitar os ilícitos e punir quem os pratica. Uma das ações é a Operação Samaúma, autorizada no dia 28 de junho para atuar no Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia. A operação foi batizada com o nome da maior árvore da Floresta Amazônica, que pode alcançar 70 metros.

    Na operação já foram apreendidos mais de R$ 1,2 milhão vindos de ilícitos cometidos por infratores ambientais. Foram confiscados 700 metros cúbicos de madeira, seis maquinários de serraria, quatro espingardas e munição, dois tratores, uma retroescavadeira e aplicados R$ 173,5 mil em multas. Os dados foram atualizados até o dia 16 de julho.

    Sobre

    A Operação Samaúma ocorre em parceria com agências ambientais, militares das Forças Armadas na prevenção e na repressão a crimes ambientais em terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e em áreas de propriedade ou sob posse da União. Também podem atuar em outras áreas dos estados abrangidos pela operação, desde que haja requerimento do governador.

    “As Forças Armadas estão sendo empregadas para apoiar as agências ambientais, os órgãos de segurança pública, e todas as instituições que têm responsabilidade na preservação ambiental. Essa capacidade das agências foi ampliada e consequentemente agora com a operação pode-se focar em alguns objetivos mais específicos. Este decreto estabelece crimes ambientais com foco maior na parte do desmatamento, com o caráter preventivo”, disse o chefe do Estado Maior da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, Coronel Sousa Filho.

    A força-tarefa prevê trabalho conjunto em área menor, focada onde há registro de maior incidência de ilícitos e mais integrada com as equipes dos órgãos que participam, em especial do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

    As Forças Armadas trabalham em coordenação com o Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido pelo vice-presidente Hamilton Mourão.

    O Tenente-Coronel Barreto, oficial de operações da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, explicou que o foco é o combate ao desmatamento e aos ilícitos. Segundo ele, cada agência tem sua função e cabe às Forças Armadas, principalmente, a segurança e a logística. “É feito todo um trabalho de inteligência com dados do Ibama, do próprio ICMbio para levantar onde está sendo extraída essa madeira e para onde está sendo levada. A partir daí levantam-se os alvos e o papel do Exército é complementar, montando esta estrutura logística para dar o suporte para às operações”.

    GLO

    A operação foi iniciada a partir de decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas, para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), assinado pelo Presidente Jair Bolsonaro e ocorre até o dia 31 de agosto. O decreto especifica que objetivo é realizar ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, em especial o desmatamento ilegal.

    Desde 2019, haviam sido autorizadas duas operações das Forças Armadas na Amazônia, chamadas Verde Brasil 1 e 2. A mais recente delas se encerrou em abril.

    Apreensões em Rondônia

    Na última terça-feira (14), em uma ação da Operação Samaúma, foram apreendidos 700 metros cúbicos de madeira na Floresta Nacional (Flona) de Jamari, a menos de 300 quilômetros de Porto Velho, em Rondônia. O volume corresponde a 60 caminhões carregados com toras de madeira.

    Foram mais de 10 horas de operação para que os militares das Forças Armadas em conjunto com as polícias Civil e Militar e o ICMBio chegassem até às toras que estavam escondidas. O comboio contou com 40 homens, que se deslocaram em dois caminhões do Exército e cinco motos.

    “Falar de operação na Amazônia é tudo superlativo. A Amazônia tem mais de 5 milhões de quilômetros quadrados. Então, o desafio é muito grande, mas temos a convicção que com o trabalho conjunto, essa união de esforços, realmente o agente que comete o ilícito tende a ficar mais coagido. Uma vez que a gente tem uma presença mais constante, com essa operação, o foco realmente é sufocar esses locais e coibir a ação por parte dos infratores”, afirmou o Tenente-Coronel Barreto.