Tag: Madeira

  • Cipem percorre a região do Médio Norte em encontro com empresários

    Cipem percorre a região do Médio Norte em encontro com empresários

    Nova Maringá foi palco de mais uma edição da Reunião Itinerante do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem). O encontro reuniu presidentes e representantes dos sindicatos empresariais da base florestal do estado, além de empresários e contadores da região.

    O destaque da reunião, realizada no Cardume Gastrobar na sexta-feira (25), foi a apresentação sobre a Reforma Tributária brasileira, conduzida pelo advogado tributarista e consultor da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), José Lombardi.

    Durante a reunião, o presidente do Cipem, Ednei Blasius, destacou as ações da entidade para desburocratizar o setor e fortalecer o comércio de produtos florestais, especialmente nas questões federais. Ele também reforçou a importância da união do setor para viabilizar essas iniciativas.

    “A união do setor de base florestal fará toda a diferença para conquistarmos nossos objetivos de desenvolver essa atividade, que é fundamental para Mato Grosso. Somos responsáveis pela geração de emprego, renda e pela contribuição direta à manutenção da biodiversidade e da floresta em pé. Por isso, precisamos ser ouvidos e respeitados”, afirmou Blasius.

    Cipem na estrada

    Durante dois dias, o presidente percorreu indústrias associadas à base do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindinorte), ouvindo as demandas locais e levando informações para fortalecer o desenvolvimento da atividade florestal na região.

    Assembleia Ordinária

    Na tarde de sexta-feira (25), a diretoria do Cipem realizou a Assembleia Geral Ordinária na sede da Associação Comercial e Empresarial de Nova Maringá (ACEINMA). Entre os temas debatidos, estavam estratégias para ampliar a presença do setor em eventos nacionais e internacionais.

    Um dos principais assuntos foi a organização da participação do setor florestal mato-grossense na próxima edição do Carrefour International du Bois, que acontecerá de 2 a 4 de junho de 2026, em Nantes, França. Considerado o maior salão profissional da indústria madeireira na Europa, o evento reúne fabricantes, comerciantes e profissionais de toda a cadeia produtiva da madeira.

    Outro destaque da assembleia foi a preparação para a 4ª edição do evento Madeira Sustentável: O Futuro do Mercado, que ocorrerá no dia 8 de maio de 2025, no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis (SC), organizado pelo Cipem em parceria com o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF).

    Também foram discutidas ações para desburocratizar o setor e fortalecer o comércio de produtos acabados. O Cipem trabalha atualmente para alterar a legislação ambiental vigente, propondo mudanças na Resolução nº 411/2009 do Conama, que exige controle de estoque e emissão de Documento de Origem Florestal (DOF) para qualquer produto derivado da madeira nativa. A proposta visa facilitar a comercialização de “produtos acabados” como portas, batentes, forros e pisos, incentivando o mercado de produtos industrializados de madeira nativa.

  • Setor florestal aposta em inovação, tecnologia e sustentabilidade para ampliar negócios

    Setor florestal aposta em inovação, tecnologia e sustentabilidade para ampliar negócios

    A madeira nativa de Mato Grosso é um dos destaques da Feicon 2025, a maior feira da construção civil da América Latina, realizada em São Paulo (SP), entre os dias 08 e 11 de abril. Nesse período, empresários da base florestal do Estado dão início à agenda de negócios do setor para este ano, apostando na qualidade do produto, na inovação e no compromisso com o desenvolvimento sustentável. A participação do empresariado mato-grossense faz parte da estratégia de posicionamento dos produtos locais nos principais eventos nacionais e internacionais, fortalecendo a imagem do Estado como referência em manejo florestal sustentável e fornecimento de itens de alta qualidade para a construção civil. A feira também conta com a presença de autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participa da abertura do 100º Encontro Internacional da Indústria da Construção (Enic), evento realizado dentro da Feicon.

    A programação inclui mais de 50 palestras e painéis na Feiconference, abordando temas como práticas sustentáveis, transformação digital, liderança estratégica e novos modelos de negócios. No espaço do São Paulo Expo, em São Paulo, a Feicon 2025 reúne mais de mil marcas expositoras com expectativa de receber cerca de 100 mil visitantes de 70 países ao longo dos quatro dias de evento.

    Para o presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, viabilizar a participação dos empresários do setor em feiras internacionais fortalece a estratégia de posicionar a madeira nativa mato-grossense como um produto diferenciado, sustentável e alinhado às novas demandas do mercado global. “Como presidente do Cipem, sempre defendo e incentivo a presença dos empresários em eventos e feiras, pois são espaços estratégicos para mostrar que a madeira nativa de Mato Grosso, proveniente de manejo florestal sustentável, reúne qualidade, tecnologia, design e inovação. Nosso propósito é ampliar a percepção do consumidor e do mercado da construção civil, evidenciando que construir com madeira é também uma forma de preservar a floresta, gerar empregos e impulsionar o desenvolvimento das regiões produtoras”, destaca Blasius.

    Além de apresentar as potencialidades do setor, o estande mato-grossense na Feicon também se tornou um ambiente para networking, prospecção de negócios e atualização sobre as principais tendências e inovações da construção civil. Para o empresário Felipe Antoniolli, que atua há mais de 15 anos no setor florestal em Mato Grosso, a participação na feira é uma oportunidade de reposicionar a imagem da madeira nativa perante o mercado. “A madeira de manejo sustentável de Mato Grosso tem um diferencial que precisa ser comunicado de forma mais assertiva. Estamos falando de um produto renovável, com origem controlada, que movimenta a economia local e contribui diretamente para a manutenção da floresta em pé. Aqui na Feicon, estamos mostrando que é possível construir com beleza, tecnologia e responsabilidade ambiental”, afirmou.

    Com uma programação diversificada de palestras, workshops e outras atividades, a Feicon 2025 se consolida como um espaço essencial para profissionais da construção civil e da arquitetura se atualizarem sobre as principais tendências, inovações e tecnologias do mercado.

    No primeiro dia da feira, o estande também contou com a presença do presidente e do vice-presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Frank Almeida e Rafael Mason. Estiveram presentes, ainda, o presidente do Sindicato dos Madeireiros de Sorriso (Simas), Flávio Salino Moreira, e executivos de sindicatos empresariais que representam o setor florestal.

  • Mato Grosso apresenta potencial da madeira nativa na maior feira setorial da América Latina

    Mato Grosso apresenta potencial da madeira nativa na maior feira setorial da América Latina

    O segmento florestal de Mato Grosso marcará presença na 29ª edição da Feicon, maior feira da construção civil da América Latina, que ocorrerá de 8 a 11 de abril, no Centro de Exposições São Paulo Expo, em São Paulo (SP). Durante os 4 dias do evento, os empresários associados ao Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado a de Mato Grosso (Cipem) e aos Sindicatos Empresariais da Base Florestal, terão a oportunidade de divulgar a madeira nativa mato-grossense.

    Um dos destaques da participação será o estande construído inteiramente em madeira nativa pela empresa de arquitetura Casa Certa (Brasília/DF). Com uma área de 78,75 m², o espaço apresentará diversas espécies arbóreas comerciais, incluindo cumaru, roxinho, tauari, garapeira, muiracatiara, morcegueira, jequitibá rosa e massaranduba. Essas espécies abrangem variedades de madeira de baixa, média e alta densidade, além de diversidade de colorimetria, evidenciando a riqueza e versatilidade das madeiras de Mato Grosso.

    O presidente do Cipem, Ednei Blasius, destacou que a Feicon proporcionará um ambiente estratégico para os empresários mato-grossenses realizarem networking, atualizarem-se sobre inovações tecnológicas e fortalecerem parcerias no mercado nacional e internacional.

    “Durante a Feicon, teremos um espaço muito bem elaborado para demonstrar o potencial e a beleza da madeira produzida em Mato Grosso para o mercado nacional e internacional”, observa Blasius. “Os produtos florestaisdeMato Grosso atendem aos rigorosos critériosderastreabilidade, qualidade e diversidadedeespécies, com volumedeprodução suficiente para atender a demandadeconsumidores”, destaca, Blasius.

    A Feicon 2025 promete ser a maior edição da história do evento, com estimativa de mais de 100 mil visitantes, incluindo compradores de 70 países, e uma programação intensa. Além da exposição de produtos e serviços, a feira contará com experiências voltadas para inovação e conhecimento, incluindo a Feiconference, a primeira Conferência Internacional de Construção e Arquitetura, que reunirá especialistas para debater o futuro do setor.

    A participação do Cipem na Feicon reforça o compromisso da indústria florestal de Mato Grosso com a inovação e a sustentabilidade, oferecendo produtos de alta qualidade e contribuindo ativamente para a descarbonização da construção civil no Brasil e no mundo.

    Venha conhecer um estande acolhedor e de grande destaque na sustentabilidade da arquitetura moderna. Cipem – a madeira é nosso negócio, manter a floresta viva é a nossa missão.

  • Setor florestal de Mato Grosso defende ajustes em normas para destravar planos de manejo

    Setor florestal de Mato Grosso defende ajustes em normas para destravar planos de manejo

    Padrões de licenciamentos para exploração de espécies florestais comerciais motivaram reunião com o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e, em paralelo reunião com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema).

    Representantes do setor florestal reportaram, durante o encontro, as dificuldades enfrentadas pelos produtores devido às regras de transição da Instrução Normativa (IN) 28, que estabelece procedimentos para atividades de Manejo Florestal Sustentável das espécies ipê, cumaru e cedro rosa, listadas na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites), que representam uma parcela significativa da produção de madeira mato-grossense. A norma foi publicada em dezembro de 2024.

    Presidente do Cipem, Ednei Blasius, considera que a paralisação das análises e liberações de planos de manejo no estado ocorre em razão desse regramento da IN 28, que impõem exigências de difícil execução, como a coleta de materiais para herbários. Situação agravada pelos impactos de outras regulamentações, como a Instrução Normativa 19 (IN-19), que requer a análise e validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para aprovação dos planos de manejo florestal.

    Blasius ressalta que, em Mato Grosso, o licenciamento ocorre de forma distinta de outros estados, com a emissão de uma licença florestal sem a necessidade de validação prévia do CAR. A exigência potencializa os riscos de paralisação do setor devido à morosidade na análise do cadastro, comprometendo a manutenção da floresta em pé e a atividade produtiva. Com a IN-19, uma grande quantidade de processos de manejo florestal no estado poderá ser inviabilizada, assim como a extração de outras espécies arbóreas comerciais destinadas à exportação a exemplo do tauari, cedro amazonense, garapeira, jatobá e muiracatiara, colocando em risco a sustentabilidade econômica do setor.

    Para atender à IN 28 do Ibama são necessárias algumas retificações dos inventários florestais, como respeito ao diâmetro mínimo de corte para cada gênero e tipo de vegetação, correção da intensidade máxima de exploração – registrando no inventário como “corte” apenas a quantidade permitida, classificação dos indivíduos remanescentes como “porta semente” garantindo a manutenção mínima exigida de árvores com DAP (Diâmetro à Altura do Peito) superior ao diâmetro mínimo de corte. Também requer a aplicação dos critérios mais restritivos em áreas de contato entre diferentes tipos de vegetação – especialmente quando houver floresta ombrófila densa, alinhamento na análise dos processos para minimizar impactos sobre a comercialização da madeira e melhor aproveitamento dos inventários já realizados.

    Os representantes do Ibama, Allan Valezi Jordani, coordenado geral de Gestão e Monitoramento do Uso da Flora e a diretora de Uso Sustentável de Biodiversidade e Florestas, Lívia Martins, acolheram as reivindicações apresentadas pelo Cipem e pelo FNBF. Dentro de aproximadamente 15 dias está prevista publicação de uma revisão da IN-28 para permitir que os estados possam dar continuidade à análise e liberação dos planos de manejo que envolvem as espécies em questão. Enquanto a publicação de nova redação da norma está em análise jurídica pelo Ibama, o Cipem pede à Sema que as análises dos processos que contenham as espécies ipê, cumaru e cedro rosa não sejam prejudicadas. A Sema manifestou que apresentará ao Ibama medidas mitigadoras e compensatórias. A reunião ocorreu por meio de videoconferência, na semana passada. O Cipem e o FNBF reforçaram o compromisso em continuar contribuindo com sugestões para aprimorar a legislação ambiental, visando segurança jurídica para o setor.

  • Piracema da madeira em vigor em Mato Grosso até 1º de abril

    Piracema da madeira em vigor em Mato Grosso até 1º de abril

    A partir do dia 1º de fevereiro, e até o dia 1º de abril, está proibida a exploração do manejo florestal sustentável em Mato Grosso, em uma ação que ficou conhecida como “Piracema da Madeira”. A medida, que se repete todos os anos, busca proteger o solo dos impactos da retirada da madeira durante a estação chuvosa.

    Cerca de 6% do território do estado será atingido pela restrição, o que corresponde a 52 mil quilômetros quadrados de áreas com Planos de Manejo Florestal Sustentável autorizados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

    O Manejo Florestal Sustentável é um conjunto de práticas que visam garantir a proteção das florestas durante sua exploração comercial. O objetivo é assegurar a conservação e o uso racional dos recursos naturais por meio de técnicas de Exploração de Impacto Reduzido.

    Práticas envolvidas em Mato Grosso

    O manejo sustentável possibilita a extração de recursos naturais sem prejudicar a floresta. Algumas das práticas envolvidas incluem:

    • Práticas minimamente invasivas
    • Planejamento detalhado
    • Tecnologia apropriada
    • Mão de obra capacitada
    • Proteção de habitats sensíveis

    Exceções

    Em alguns municípios do noroeste do estado, localizados na região amazônica, onde o período de chuvas é mais intenso, a proibição se estende até o mês de maio. São eles:

    • Aripuanã
    • Castanheira
    • Colniza
    • Cotriguaçu
    • Juína
    • Juruena
    • Rondolândia

    Legislação

    A proibição está prevista em resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e é regulamentada pela Câmara Técnica Florestal de Mato Grosso, por meio da resolução nº 10/2017.

    Transporte de madeira

    Durante o período da Piracema da Madeira, somente é possível emitir a guia florestal e transportar madeira que tenha sido estocada e cadastrada no Sistema Sisflora antes do início da proibição, ou após o dia 1º de abril.

    Segundo a superintendente de Gestão Florestal da Sema, Tatiana Paula Marques de Arruda, respeitar essa fase de “reserva da madeira” é fundamental para manter o equilíbrio entre o desenvolvimento ambiental, econômico e social. “O período proibitivo se refere à época chuvosa, em que não há viabilidade para exploração. Quanto às consequências para o meio ambiente, preserva as características do solo e contribui na germinação de sementes”, garantiu.

  • Rastreabilidade na produção sustentável de madeira nativa em Mato Grosso é abordada em evento nacional

    Rastreabilidade na produção sustentável de madeira nativa em Mato Grosso é abordada em evento nacional

    Destaque nacional na produção sustentável de madeira nativa, o setor de base florestal de Mato Grosso aumentou em 40% a comercialização de seus produtos com o mercado mineiro em 2024. Importante consumidor dos produtos madeireiros mato-grossenses, Minas Gerais sedia na quarta-feira, 06, a 3ª edição do evento “Madeira Sustentável: o futuro do mercado”, que será realizado em Belo Horizonte (MG). Organizado pelo Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), e pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem-MT), o encontro pretende fortalecer o ambiente de negócios.

    Somente neste ano aproximadamente 100 espécies de madeira nativa de Mato Grosso foram comercializadas com empresas mineiras, movimentando R$ 69,6 milhões com embarques de 71.944 metros cúbicos (m3) até outubro. Comparado com o mesmo período do ano passado, houve incremento de 35% no volume negociado e de 40% na receita comercial, segundo dados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) reunidos pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem). No mesmo período de 2023 as vendas somaram R$ 49,8 milhões com embarques de 53.298 metros cúbicos (m³) de produtos florestais.

    Durante o encontro que terá como palco o Ouro Minas Hotel, em Belo Horizonte, o presidente do Fórum Nacional da Base Florestal (FNBF), Frank Almeida Rogieri, irá apresentar informações qualificadas e promover um debate aberto e transparente sobre o setor de base florestal. “Queremos abordar o mercado com uma visão de futuro, discutindo tendências e oportunidades a partir da troca de ideias para fortalecer a atividade e impulsionar o desenvolvimento sustentável”, diz.

    O presidente do Cipem, Ednei Blasius, enfatiza que o evento Madeira Sustentável representa uma oportunidade valiosa para o setor demonstrar a legalidade e a sustentabilidade da madeira nativa local para um público que integra um player de mercado composto por varejistas, engenheiros, arquitetos, profissionais de design de interior e design de móveis, fabricantes de carrocerias e demais interessados em conhecer os trabalhos desenvolvidos pelos produtores.

    “O Cipem tem sido uma peça-chave no fortalecimento do setor de base florestal em Mato Grosso, focando em diversas frentes para garantir o reconhecimento dessa atividade produtiva vital para o equilíbrio entre o desenvolvimento socioeconômico regional e conservação ambiental. Com foco na proteção do meio ambiente, valorizando a floresta em pé, o Cipem trabalha para demonstrar o papel das empresas do setor na manutenção das florestas, enfatizando que o uso sustentável da madeira nativa é uma estratégia de longo prazo para proteger o bioma amazônico”, destaca Blasius.

    Neste sentido, o setor de base florestal está adequado aos processos detalhados de monitoramento e controle em toda cadeia produtiva, que envolve a rastreabilidade desde a origem até a comercialização final da madeira, realizado por meio do Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora 2.0), que permite acompanhar e rastrear cada tora com precisão, atendendo aos mais altos padrões ambientais.

    Isso inclui a identificação das espécies nativas e a documentação do processo de colheita, transporte, processamento e comercialização. A rastreabilidade proporciona maior transparência e facilita a fiscalização por órgãos reguladores e promove uma gestão mais eficiente dos recursos florestais.

    A cadeia de custódia complementa a rastreabilidade ao assegurar que todos os produtos florestais comercializados sejam rastreados mediante uma sequência de processos e certificações. Esse controle oferece segurança aos mercados nacional e internacional, assegurando que a madeira colhida em Mato Grosso cumpre as normas ambientais e contribui para a preservação da floresta em pé.

  • Maior feira setorial de madeira e móveis da América Latina reúne dezenas de empresários mato-grossenses

    Maior feira setorial de madeira e móveis da América Latina reúne dezenas de empresários mato-grossenses

    Cinquenta mil visitantes participam durante 4 dias da 10ª ForMóbile. Deste total, 8% ou 4 mil são empresários da indústria madeireira nacional, incluindo comitiva empresarial de Mato Grosso. O grupo de industriais mato-grossenses estiveram na abertura do evento nesta terça-feira, 02, prospectando e realizando novos negócios. Até a próxima sexta-feira, 5, os empresários associados ao Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem) divulgam diversos produtos florestais no Centro de Exposições São Paulo Expo, em São Paulo (SP), endereço da 10ª edição da ForMóbile 2024.

    A feira acomoda o Espaço Madeira, ambiente exclusivo onde são demonstrados equipamentos, artigos e serviços específicos relacionados à atividade de base florestal. O recinto é idealizado em parceria com a Revista Referência Industrial e com apoio da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), desde 2018.

    “Nós, do Cipem, não poderíamos deixar de estar presentes, expondo os produtos mato-grossenses, com informações e participação de empresários para networking e negócios. Nosso estande está repleto de novidades, com uma série de produtos florestais de Mato Grosso. O Cipem mais uma vez inovou, trabalhando em prol do setor de base florestal, que é tão importante para Mato Grosso, contribuindo com a geração de emprego, renda e conservação das florestas. Estamos mostrando aqui que Mato Grosso tem sustentabilidade e legalidade”, afirma o presidente do Cipem, Ednei Blasius.

    Ao todo, 550 expositores da cadeia produtiva de madeira e móveis expõem seus produtos na plataforma de negócios, que reúne em um único local atrações e novidades, além de banco de dados com 100 mil contatos de profissionais da área e diversos canais para promoção dos produtos e marcas. A 10ª Formóbile fomenta o desenvolvimento comercial, econômico, tecnológico e profissional, contemplando desde a indústria – com equipamentos e produtos finais – a marceneiros, fornecedores e revendedores do segmento.

    “Trabalho há 40 anos com fabricação de batentes, decks, assoalhos, entre outros produtos de madeira nativa. Pela 1ª vez estou participando de uma feira de negócios. Sou grata ao Cipem, que me proporcionou essa experiência muito positiva. Fiz contatos, apresentei meus produtos, gostaram e tenho boas expectativas comerciais durante a feira”, diz Mariléia da Veiga, proprietária da Porta da Frente.

    Tendências de mercado, cenário econômico, manufatura avançada e novas tecnologias também estão incluídas na programação com a ForMóbile Trends e Indústria do Futuro. A feira dispõe de atração interativa por meio do Espaço Maker, voltado para quem quer aprender técnicas especializadas e conferir o trabalho dos principais profissionais do setor, onde são realizadas apresentações ao vivo com alguns dos principais YouTubers e Influencers do setor moveleiro e da marcenaria em geral durante todos os dias do evento.

    “A feira é muito importante por reunir vários representantes, arquitetos que nos visitam e clientes que não conheciam a madeira nativa, mas ficam encantados com nossos produtos, querem conhecer mais e comprar”, comenta Guilherme Werlang, proprietário da empresa Direta Decks. Para ele, a iniciativa do Cipem em marcar presença na 10ª ForMóbile oportuniza e estimula a realização de negócios pelos empresários mato-grossenses.

    “Muitas vezes não temos contato direto com o cliente final, mas isso muda com a participação nas feiras e eventos”, reforça. “É uma oportunidade única, proporcionada pelo Cipem, de divulgarmos nossos produtos e marcas”, completa o proprietário da Krieger Madeiras, Johnny Krieger.

  • Evento inédito de negócios com importadores internacionais de madeira é realizado na Amazônia mato-grossense

    Evento inédito de negócios com importadores internacionais de madeira é realizado na Amazônia mato-grossense

    Dez compradores internacionais de 7 países e 30 empresas brasileiras participam de rodadas de negócios envolvendo madeira nativa produzida em 5,2 milhões de hectares de manejo florestal sustentável em Mato Grosso. As tratativas comerciais ocorrem na Amazônia mato-grossense, no município de Alta Floresta, a 803 quilômetros ao norte de Cuiabá. As negociações com compradores da África do Sul, Alemanha, Bélgica, França, México, Polônia e Uruguai estão sendo realizadas nesta semana, de 17 a 20 de junho, no âmbito da programação da 5ª edição do Dia na Floresta.

    A rodada de negócios é uma ação promovida pelo Exporta Mais Brasil: manejo florestal sustentável, programa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em parceria com o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), o Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) e Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).

    Foram mobilizados pela ApexBrasil importadores que irão tomar as decisões de compra baseadas nas condições de preços, prazos de entrega e ofertas de produtos, conforme lista fornecida pelos exportadores, explica o gerente de Agronegócio da ApexBrasil, André Laudemir Muller. “É a primeira vez que realizamos uma atividade como essa, de trazer compradores de madeira (de outros países) para Alta Floresta. Nosso objetivo é gerar negócios, exportar e manter a floresta em pé por meio do manejo florestal sustentável. O Cipem é um grande parceiro nosso nessa atividade inédita nesta região”, destacou.

    Além dos encontros de negócios são realizadas visitas técnicas às áreas de manejo florestal e às indústrias da região. “Os dez compradores internacionais conheceram efetivamente como se faz o manejo florestal sustentável. Estiveram em talhões onde foram realizadas colheitas das árvores e em outros onde (a colheita) ainda não ocorreu. Viram como é o processo de rastreabilidade da madeira e industrialização, visitando fábricas modernas de laminados e pisos, com altíssimo valor agregado e que vendem para os Estados Unidos”, explicou o gerente de Agronegócio da Apex Brasil.

    “Vimos todo o processo e testemunhamos como tudo é registrado. Estamos impressionados com a meticulosidade e vimos que as práticas corretas estão sendo seguidas. Temos segurança de que é uma operação sustentável”, afirmou o importador sul-africano Brad Anderson. “Esta é a primeira vez que visito o Brasil e fiquei muito surpreso com a recepção. O primeiro dia foi incrível, começamos desde o início até a colheita. Estou ansioso pelos próximos dias”, expôs o importador belga Franky Heirman.

    Sessenta e um países são compradores de produtos florestais de Mato Grosso. Neste ano, o comércio internacional de madeira nativa mato-grossense movimentou US$ 47,3 milhões, acumulados de janeiro a maio, quando foram embarcadas 82,5 mil toneladas de madeira beneficiada, em bruto e serrada. Comparado com igual período do ano passado, o volume de embarques cresceu 10,8%, apesar do saldo comercial ser menor (-9,5) devido ao recuo nas cotações no mercado internacional. Em 2023, de janeiro a maio, foram embarcadas 74,4 mil (t) de produtos madeireiros por US$ 52,2 milhões, informa a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

    Entre os principais destinos da produção florestal mato-grossense em 2024 estão a Índia (US$ 18,5 milhões), França (US$ 6,5 milhões), Estados Unidos (US$ 6,1 milhões), China (US$ 3,9 milhões) e Bélgica (US$ 3,2 milhões). Os portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP) concentraram 53,9% e 43,6% dos embarques de madeira, respectivamente.

    Para suprir a demanda do mercado interno e internacional são comercializadas 46 espécies de madeiras nativas que constituem a diversidade de produtos florestais de Mato Grosso. A colorimetria da madeira tropical mato-grossense identifica grande variabilidade de tons, desde os mais claros aos mais escuros. Ao todo, são cerca de 25 tonalidades, variando entre matizes de branco, bege, amarelo, marrom, vermelho, rosa e verde-oliva. Outros atributos das espécies arbóreas comerciais são variados valores de massa, desde os leves aos pesados. São comercializadas madeira das espécies Andira sp.; Dinizia sp.; Vatairea sp.; Pithecellobium sp.; Hymenolobium sp. (angelim), Hymenolobium sp.; (angelim-pedra), Vochysia sp. Qualea sp. (cambara), Cedrelinga catenaeformis D. Ducke. (cedrão), Erisma uncinatum Warm (cedrinho) Parkia sp. (faveiro), Apuleia sp. (garapeira), Tabebuia sp. (ipê), Mesilaurus itauba (Meissn). (itaúba), Hymenaea courbaril L. (jatobá), entre outras.

    A produção anual de 7 milhões de metros cúbicos (m3) de madeira tropical é obtida de uma área de 5,2 milhões (ha) de manejo florestal sustentável, conforme inventário florestal, com potencial para abranger 6 milhões (ha). “Queremos avançar mais, no mercado interno e internacional. O setor de base florestal é importante para economia estadual, sendo o principal gerador de receita em vários municípios. Emprega 12 mil pessoas, além de ter um sistema de rastreamento da produção florestal (Sisflora 2.0) que é o mais eficiente do mundo, garantindo a procedência e legalidade dos produtos mato-grossenses”, destaca o presidente do Cipem, Ednei Blasius. Em Mato Grosso, o Cipem congrega 8 sindicatos e 658 indústrias, localizadas em 66 dos 142 municípios do Estado.

  • Motorista morre em acidente com tora de madeira em São José do Rio Claro

    Motorista morre em acidente com tora de madeira em São José do Rio Claro

    Um trágico acidente tirou a vida de um motorista na manhã do último sábado (20) em São José do Rio Claro, Mato Grosso. A vítima, identificada como Joilson Campos Santos, faleceu na hora após ser esmagada por uma tora de madeira no pátio de uma madeireira.

    Joilson, que prestava serviço terceirizado para a empresa, havia manobrando seu caminhão para iniciar o descarregamento da madeira quando o acidente aconteceu. Segundo informações preliminares, os cabos de aço que prendiam a carga se soltaram, fazendo com que uma das toras de madeira rolasse e caísse sobre o motorista.

    Joilson não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. A Polícia Civil investiga as causas do acidente e apura se houve falha na segurança durante a operação de descarregamento.

    Acidente reforça a necessidade de medidas de segurança

    O trágico acidente reforça a importância da implementação de medidas rigorosas de segurança em empresas que trabalham com o transporte e manuseio de cargas pesadas. A negligência com os protocolos de segurança pode resultar em tragédias como a que vitimou Joilson Campos Santos.

  • Operação Erisma: Polícia Civil desmantela quadrilha envolvida em extração ilegal de madeira em Nova Maringá

    Operação Erisma: Polícia Civil desmantela quadrilha envolvida em extração ilegal de madeira em Nova Maringá

    Na tarde do último sábado (10.), a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) desencadeou a Operação Erisma, culminando na prisão em flagrante de três indivíduos apontados como membros de uma organização criminosa dedicada à extração ilegal de madeira em Nova Maringá (MT).

    A ação, que teve como epicentro uma área de reserva ambiental, resultou na apreensão de dois veículos, uma motosserra e 18 toras de madeira cambará, causando um prejuízo estimado de R$ 98 mil ao grupo delituoso.

    A investigação teve início após a recepção de informações que indicavam atividades ilícitas na extração de madeira em uma área de preservação permanente localizada na MT 160, a aproximadamente 17 quilômetros da zona urbana de Nova Maringá.

    Ao chegarem ao local, os policiais da Dema identificaram marcas de pneus de caminhões adentrando a mata, além de avistarem caminhões preparados para o transporte de madeira trafegando vazios.

    As diligências no interior da mata revelaram uma estrada vicinal dentro da área de preservação permanente, com áreas abertas por desmate característico de madeireiros clandestinos, além de trilhas de cortes de árvores nobres para comercialização.

    Durante a operação, os agentes avistaram um caminhão carregado com 18 toras de madeira cambará, permanecendo em campana até o retorno do responsável pelo veículo. Simultaneamente, ouviram o barulho de um trator em funcionamento, culminando na prisão em flagrante do condutor, que confessou envolvimento no desmatamento.

    O suspeito admitiu estar atuando na extração ilegal de madeira há cerca de três meses, destinando o material para comercialização em madeireiras locais de Nova Maringá.

    Polícia Civil desmantela quadrilha envolvida em extração ilegal de madeira em Nova Maringá
    Polícia Civil-MT

    A qualidade da madeira, segundo suas declarações, determinava os preços praticados. Na sequência da operação, os outros dois suspeitos, que se apresentaram como freteiros contratados para o transporte da madeira, foram localizados e detidos.

    Todos os itens utilizados na prática criminosa, incluindo o caminhão, o trator, a motosserra e as toras de madeira, foram apreendidos, enquanto os três suspeitos foram encaminhados à delegacia.

    Após interrogatório, foram autuados em flagrante por extração ilegal de madeira, em conformidade com as disposições legais pertinentes.

    A Operação Erisma, que nomeia a ação policial, faz referência ao primeiro nome científico da madeira cambará, o material extraído pelos infratores, ressaltando o comprometimento das autoridades em coibir atividades que atentam contra o meio ambiente e a legislação vigente.