Tag: Lula

  • Lula relança v na segunda-feira

    Lula relança v na segunda-feira

    Com a promessa de dar prioridade para brasileiros e com atuação de outros profissionais da área de saúde como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais nas equipes, o Ministério da Saúde vai retomar o antigo programa Mais Médicos. Rebatizado de Mais Saúde para o Brasil, o programa será lançado na próxima segunda-feira (20), no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    “Além de ampliar o número de profissionais na saúde, [o programa] vai trabalhar para melhorar o SUS com investimentos para construção e reformas de Unidades Básicas, ampliando o atendimento no Brasil”, comemorou pelo Twitter o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, neste sábado (18).

    Na mesma publicação, Pimenta lembrou que o programa, criado pela então presidente Dilma Rousseff, “chegou a ser responsável por 100% da atenção primária em 1.039 municípios, contratou mais de 18 mil profissionais e beneficiou 63 milhões de brasileiros. “O desmonte do programa, nos últimos anos, mostra o descaso que sofreu o SUS”, acrescentou. No novo formato, a expectativa é que sejam anunciados incentivos de permanência dos profissionais nos municípios.

    Edição: Juliana Andrade

  • Mistura de biodiesel ao diesel passa a ser de 12% a partir de abril

    Mistura de biodiesel ao diesel passa a ser de 12% a partir de abril

    O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou resolução que estabelece em 12% o teor de mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel fóssil, a partir do mês de abril, e o aumento para 15% de forma progressiva até 2026. Hoje, esse percentual é de 10%. A decisão foi tomada em reunião do CNPE, nesta sexta-feira (17), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Com a medida, a previsão é que haja aumento de 2 centavos no preço do diesel na bomba para o consumidor. “Fizemos estudos técnicos profundos para evitar que tivesse um impacto econômico muito grave no preço do diesel e, portanto, chegamos à conclusão que o número mais coerente [é de 12%], que não impacta praticamente nada, 1 centavo a cada 1% do aumento da composição [de biodiesel]”, explicou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista após a reunião.

    A mistura de biodiesel no diesel, assim como a mistura de etanol na gasolina, foi instituída com o objetivo de reduzir as emissões de poluentes prejudiciais ao meio ambiente e à saúde da população. Em março de 2021, o CNPE autorizou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a elevar o percentual a 13%, mas a medida foi revista pelo governo Jair Bolsonaro na tentativa de frear o aumento de preço dos combustíveis.

    Com a decisão de hoje, a adição de biodiesel subirá para 12% a partir de abril deste ano, 13% em abril de 2024, 14% em abril de 2025 e 15% em abril de 2026. “Sem prejuízo do CNPE, a qualquer momento, poder revisitar esses números”, explicou Alexandre Silveira.

    Segundo o ministro, a decisão visa equilibrar diversos aspectos, como as questões ambiental, produtiva e social. Enquanto a indústria do biodiesel e os ambientalistas esperavam um aumento mais acelerado desse percentual, a medida pesa no bolso do consumidor e é criticada pelo setor de transporte, que aponta falta de qualidade do biocombustível para misturas acima de 10%, o que causaria problemas mecânicos nos veículos, como a formação de borra nos motores.

    Silveira explicou que é pacificado em todo o mundo pela indústria automotiva que a elevação de biodiesel em até 15% não traz prejuízos para operação de motores e equipamentos com esse teor de mistura. “Estamos desenvolvendo estudos para poder darmos mais segurança no aumento do biodiesel, levando em consideração a balança técnica, comercial, mas, fundamentalmente, social, que é o grande espectro do governo do presidente Lula, combater a desigualdade no país”, disse o ministro.

    Selo social

    A medida vai ao encontro das diretrizes da Política Nacional dos Biocombustíveis (RenovaBio). Em vigor desde 2017, a política trata da expansão, de forma sustentável, da produção e uso do biodiesel, visando ao desenvolvimento regional, à inclusão social de pequenos produtores e à redução de emissão de gases causadores do efeito estufa.

    “Quando Lula, no primeiro mandato, criou o biodiesel [Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel], ele tinha um aspecto social, com objetivo de atingir as famílias de plantadores de pinhão-manso, de mamona, nas famílias do semiárido e do Norte e Nordeste, e isso se perdeu no caminho”, afirmou Alexandre Silveira.

    Segundo o ministro, hoje, 86% do biodiesel consumido no país é fruto da soja ou de grande produtores. Por isso, também foi aprovado nesta sexta-feira pelo CNPE o retorno de um selo social, dado à indústria pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, que comprova a origem da matéria-prima utilizada para produção de biodiesel.

    Silveira explicou que será obrigatória a compra de 20% de matéria-prima a partir de regiões do semiárido, que inclui norte de Minas Gerais, e do Norte e Nordeste do país. Segundo ele, isso acontecerá a partir de um cronograma, para garantir que haja oferta de insumos para que a indústria possa adquirir nesse mercado. “Ou seja, com aumento da participação da agricultura familiar no projeto do biodiesel”, disse.

    Política de preços

    O CNPE, presidido pelo ministro de Minas e Energia, é órgão de assessoramento do presidente da República para formulação de políticas e diretrizes de energia. O conselho é composto por 16 ministros de Estado, dois membros da academia e dois membros da sociedade civil.

    Segundo Silveira, na próxima reunião, ainda sem data definida, o grupo deve começar a discutir a política de preços dos combustíveis no Brasil.

    “O governo perseguirá [a redução dos preços] com muita determinação, parcimônia, equilíbrio, porque sabemos que temos que conciliar a natureza da própria Petrobras, que é uma empresa de capital aberto, listada em bolsa, mas sabemos que a Constituição e a Lei das Estatais preveem o papel social da Petrobras e outras petroleiras que estão explorando a costa brasileira. Então, com muito diálogo, tranquilidade, nós realmente buscaremos priorizar papel social dos combustíveis no Brasil”, disse.

  • Brasil fechará pelo menos 20 acordos em viagem de Lula à China

    Brasil fechará pelo menos 20 acordos em viagem de Lula à China

    O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou, na última sexta-feira (17), que pelo menos vinte acordos comerciais serão assinados durante a viagem do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China no final deste mês. Trata-se da primeira visita de Lula a um país asiático desde o início de seu terceiro mandato.

    Segundo o Itamaraty, a viagem de Lula e da comitiva brasileira, formada por ministros e parlamentares, será realizada entre os dias 26 e 31 deste mês. Lula visitará Pequim e Xangai, e se reunirá com o presidente chinês Xi Jinping. A agenda do presidente ainda está sendo fechada pelo Palácio do Planalto.

    De acordo com o secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, embaixador Eduardo Paes Saboia, o número de acordos bilaterais ainda pode aumentar. Entre os acordos, está a utilização de um satélite capaz de monitorar as florestas mesmo com grande presença de nuvens.

    “Muitos acordos estão sendo negociados, temos 20 fechados, mas esse número pode aumentar ao longo dos próximos dias. Nós temos protocolos sanitários, uma série de produtos agrícolas, acordos na área de educação, cultura, finanças, indústria, ciência e tecnologia”, informou.

    O Itamaraty confirmou que a delegação brasileira também vai participar um seminário com a presença de aproximadamente 200 empresários brasileiros de vários setores. Somente do setor do agronegócio, 90 empresários estão confirmados.

    A viagem à China é a terceira internacional de Lula após a posse no cargo. O presidente já foi à Argentina e aos Estados Unidos.

    Edição: Fernando Fraga

  • Tenente defende a pacificação do país

    Tenente defende a pacificação do país

    Em Brasília, na sede do Superior Tribunal Militar (STM), o tenente-brigadeiro Francisco Joseli Parente Camelo tomou posse na tarde desta quinta-feira (16) com um discurso em defesa do Estado Democrático de Direito, da democracia e da pacificação do país.

    A sessão solene contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; da Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, do Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e autoridades.

    “Tenho convicção, senhor presidente [Lula], de que seu maior desafio será pacificar o Brasil e consolidar, de forma definitiva, a democracia em nosso país. Os dirigentes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que nos honram com suas presenças, de forma harmônica e independente, já deram uma clara e enfática demonstração que este é o caminho e que nele seguiremos sem volta, sem retrocesso”, afirmou Camelo, em referência à reação institucional unificada dos poderes após os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

    O Superior Tribunal Militar (STM) é o órgão máximo da Justiça Militar brasileira, sendo responsável por processar e julgar os delitos militares previstos na legislação penal militar. O colegiado é composto por 15 ministros, sendo dez militares das Forças Armadas e cinco civis de reconhecido saber jurídico. Os membros são escolhidos pelo Presidente da República e ratificados pelo Senado Federal.

    Em vários momentos de seu discurso, o novo presidente do STM falou em harmonia entre as instituições e os poderes da República. “Neste meu mandato como presidente de um dos tribunais superiores do Judiciário de nosso país, gostaria de reafirmar o meu desejo de poder contribuir, sob a firme orientação da ministra Rosa Weber, para uma integração cada vez mais sólida de todos os poderes da República”, destacou.

    Ele também deu palavras de elogio ao presidente Lula, mencionando os compromissos desse mandatário no enfrentamento às desigualdades sociais.

  • América do Sul só se desenvolverá de forma conjunta, diz Lula

    América do Sul só se desenvolverá de forma conjunta, diz Lula

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (16) que os países da América do Sul só se desenvolverão de forma conjunta e solidária, uma vez que, segundo ele, “não é possível imaginar um país rico cercado de países pobres por todos os lados”.

    “O Brasil, como irmão maior dos países da América do Sul, tem que ter a responsabilidade de fazer com que os outros países cresçam junto conosco, para que a gente possa viver em um continente de paz e tranquilidade; e para que a gente nunca mais repita o gesto ignorante de uma guerra entre homens e mulheres e entre nações, como a que ocorreu entre Brasil e Paraguai”, disse o presidente no Paraná, durante cerimônia de posse de Enio Verri na presidência brasileira da hidrelétrica Itaipu Binacional.

    Durante o discurso, Lula defendeu o aprimoramento das relações entre os países do continente, em especial no sentido de fortalecer o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

    “O Brasil – por seu tamanho, população e por ser o país mais desenvolvido do ponto de vista industrial, científico e tecnológico – tem de ter a grandeza de ser humilde e a grandeza de compartilhar tudo aquilo que pode acontecer de bom para o povo brasileiro, com os povos dos países vizinhos”, disse.

    O novo presidente da hidrelétrica defendeu, em seu discurso, que para além do valor econômico da energia elétrica, o insumo tem importância também para o desenvolvimento social.

    “Prefiro ressaltar que a dimensão social da energia e a universalização do acesso [à energia] é condição habilitante para uma cidadania plena do século 21. É também indispensável para incorporar o mercado de excluídos e o acesso aos bens básicos. Queremos energia para todos os brasileiros e brasileiras. É um direito básico que o Estado tem obrigação de garantir. Por isso mesmo é considerado um serviço essencial”

    Hidrogênio verde

    Lula acrescentou que o potencial da usina pode favorecer a produção de uma fonte energética limpa que tem despertado cada vez mais o interesse estrangeiro: o hidrogênio verde.

    “Itaipu é uma coisa fantástica: você tem um lago enorme e você tem uns canos brancos que produzem dólares. Sim, ali, na verdade, se produz dinheiro. Quando vejo Itaipu vertendo água, fico imaginando na quantidade de dólares. Quem sabe em um futuro muito próximo a gente produzirá Hidrogênio Verde a partir dessa água de Itaipu, ganhando dinheiro das duas pontas”, disse.

    Lula destacou a importância para a economia do Paraguai de encerrar o pagamento das parcelas de financiamento da construção da usina binacional, e assegurou a boa vontade brasileira para as próximas negociações envolvendo o empreendimento.

    “Tenho certeza de que faremos um tratado que leve muito em conta a realidade dos dois países e que leve muito em conta o respeito que o Brasil tem que ter por seu aliado, o nosso querido Paraguai”, disse.

    Lula lembrou que, durante as negociações para a construção de um linhão ligando a usina à capital paraguaia, Assunção, o governo brasileiro recebeu muitas críticas de seu empresariado por estarem favorecendo a ida de empresas brasileiras ao país vizinho.

    “Esse era o objetivo mesmo, porque um país do tamanho do Brasil, que faz fronteira com todos os países da América do Sul menos Equador e Chile, é um país que tem de combinar o seu crescimento econômico com o crescimento econômico dos seus parceiros”, argumentou.

    Unila

    Ainda na defesa de uma unificação cada vez maior entre os países do continente, Lula disse que retomará o compromisso assumido em seus mandatos anteriores, de fortalecer a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), inaugurada em 2010, em Foz do Iguaçu.

    “Depois que deixei a Presidência, pouca coisa foi feita na Unila. E eu sonhava que essa universidade deveria ter, nos dias de hoje, mais de 20 mil alunos. O meu compromisso com o povo brasileiro é o de reconstruir a Unila”, disse.

    “Como é que um país do tamanho de Cuba, com 10 milhões de habitantes e um território do tamanho de Pernambuco, consegue ter universidade de Medicina para oferecer a estudantes de toda a América do Sul e, gratuitamente, para países africanos? E como é que um país do tamanho e com a grandeza do Brasil não tem essa generosidade de oferecer possibilidade para as crianças e adolescentes de todo o nosso continente?”, complementou.

    Novo diretor-geral

    A nomeação do economista Enio Verri para a direção da hidrelétrica Itaipu Binacional foi publicada no Diário Oficial da União do dia 10. Ele substitui o almirante Anatalicio Risden Junior, que ocupava o cargo desde fevereiro de 2022.

    A nomeação de integrantes da Diretoria Executiva valem pelo período de cinco anos. No entanto, reconduções ou substituições podem ser feitas a qualquer momento pelos governos do Brasil ou do Paraguai.

    Edição: Denise Griesinger

  • Lideranças indígenas e Lula debatem proteção de terras tradicionais

    Lideranças indígenas e Lula debatem proteção de terras tradicionais

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje (13) da 52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Como pauta principal estão discussões sobre a proteção das terras tradicionais, gestão dos recursos naturais e a agenda do movimento indígena para o ano de 2023.

    Além de Lula, o evento, que é realizado no Centro Regional Lago Caracaranã, terá a presença da presidente da Fundação Nacional do Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, e de representantes de órgãos federais, como o Ministério dos Povos Indígenas, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Polícia Federal, além do Ministério Público.

    A reunião de Lula está prevista para ocorrer às 12h (horário de Brasília). Esta será a segunda visita do presidente ao estado desde que assumiu o mandato, no dia 1º de janeiro. Ele esteve em Boa Vista, no dia 21 de janeiro, quando foi verificar a situação humanitária do povo Yanomami e determinou socorro urgente aos indígenas.

    Desde sábado (11), a assembleia reúne cerca de 2 mil líderes indígenas para discutir o tema Proteção Territorial, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Entre as lideranças, estão representantes dos povos Yanomami, Wai Wai, Yekuana, Wapichana, Macuxi, Sapará, Ingaricó, Taurepang e Patamona.

    Durante o evento, os visitantes também poderão visitar uma feira de produtos orgânicos, de artesanato e a exposição de animais criados em terras indígenas. Os debates prosseguem até terça-feira (14).

    Edição: Denise Griesinger

  • “Não podemos ficar chorando o dinheiro que falta”, diz Lula

    “Não podemos ficar chorando o dinheiro que falta”, diz Lula

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje (10), em Brasília, uma reunião ampliada com 13 ministros do governo para discussão de projetos de infraestrutura para o país. Para ele, é papel do governo alavancar os investimentos para impulsionar a geração de empregos e o crescimento econômico do país.

    “Não podemos ficar chorando o dinheiro que falta, temos que utilizar bem o dinheiro que temos. Por isso o [Fernando] Haddad é ministro da Fazenda, porque ele é criativo, se a gente não tiver dinheiro a gente vai atrás dele e ele vai ter que arrumar. Ele e a Simone [Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento] vão arranjar o dinheiro que precisamos para fazer investimentos no país” disse Lula ao abrir a reunião, no Palácio do Planalto.

    “Nós vamos dizer que PIB (Produto Interno Bruto) vai crescer porque vamos fazer crescer, porque vamos gerar emprego com as pequenas coisas, vamos fazer investimento”, ressaltou o presidente.

    Bancos públicos

    Segundo ele, outras reuniões sobre o tema devem incluir também os bancos públicos, como Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para ele, é papel dessas instituições dar crédito a pequenos e médios empreendedores, cooperativas, grandes empresários e para governos estaduais e municipais que têm capacidade de endividamento.

    “Por que não emprestar dinheiro para essa gente? Não pode ser proibido emprestar dinheiro para construir um ativo que vai aumentar o patrimônio desse país, que vai melhorar a qualidade de vida do povo”, argumentou.

    “Não dá pra ficar achando que o gostoso é guardar dinheiro. Dinheiro bom é dinheiro transformado em obras, na melhoria da qualidade de vida do povo, em saúde, educação e, sobretudo, emprego, que é o que dá dignidade ao povo brasileiro”, completou o presidente da República.

    Lula lembrou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), instituído em seu primeiro governo com foco nas realização de obras, e sugeriu a criação de um novo programa ao ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.

    “Tenho certeza que vocês vão me surpreender nessa reunião com o que já tem de propostas para fazermos, vi aqui ‘eixos do novo PAC’. Queria até sugerir ao companheiro Pimenta que é importante colocar a criatividade da comunicação em funcionamento para criarmos um novo nome, o PAC foi muito importante, produziu muita coisa, mas se pudermos criar um novo programa [isso] mostra que a gente está renovando e inovando, que temos criatividade para fazer outras coisas”, explicou.

    Diálogo com estados e municípios

    Para o presidente, o sucesso do PAC aconteceu em razão do diálogo com governadores e prefeitos na identificação de políticas de infraestrutura que eram fáceis de executar.

    “O PAC foi uma coisa extraordinária. […] Acho que foi o momento mais rico de investimento no país porque envolvia os governos federal, estaduais e municipais. Nós aprendemos que era importante que se transferisse dinheiro para a prefeitura que tem projeto”, afirmou.

    No fim deste mês, Lula fará uma viagem para a China e a sua expectativa é, ao retornar, já começar a inauguração de obras. Segundo o presidente, ao tomar posse, o novo governo encontrou 14 mil obras paradas pelo país, muitas faltando pouco para a conclusão.

    Em publicação no twitter, ele anunciou o programa Mãos à Obra, com o objetivo de identificar, em diálogo com prefeituras, as obras prioritárias em cada cidade e região. O lançamento da plataforma acontece na tarde desta sexta-feira, em Brasília.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Lula chora com anúncio de creche com nome de seu neto Arthur

    Lula chora com anúncio de creche com nome de seu neto Arthur

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi as lágrimas quando o prefeito José Carlos do Pátio anunciou que a creche municipal, ao lado do Residencial Celina Bezerra, inaugurado na manhã desta sexta-feira (3), terá o nome de Arthur Lula da Silva, neto do atual chefe da Nação, que morreu em 2019, aos sete anos de idade.

    Lula estava preso na superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, capital do Paraná, quando o pequeno Arthur morreu vítima de uma infecção generalizada provocada pela bactéria Staphylococcus aureus. Arthur era filho de Sandro Luis Lula da Silva e de Marlene Araújo Lula da Silva, neto de Lula e Marisa Letícia, falecida em 2017.

    “Eu fui autorizado pela dona Janja (esposa de Lula). A creche leva o nome do Arthur Lula da Silva. Eu não ia falar isso, não. Eu sei o que é a dor de um avô, que estava lá em Curitiba e teve que ver isso. Presidente Lula, você é forte, você é um cara muito importante para nós”, disse o prefeito, durante a cerimônia entrega das chaves para as 1440 famílias beneficiadas com um apartamento na segunda parte do Residencial Celina Bezerra.

    A creche municipal, que está sendo finalizada e atenderá os moradores do Residencial Celina Bezerra, conta com mais de 1300 metros quadrados de área construída e dispõe, entre outros espaços, de dez salas de aulas  para atender mais de 300 crianças entre um a cinco anos e 11 meses de idade.

  • Lula diz que pretende voltar para inaugurar mais casas populares em Mato Grosso

    Lula diz que pretende voltar para inaugurar mais casas populares em Mato Grosso

    Na manhã desta sexta-feira (3), o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva proferiu palavras durante a inauguração da segunda etapa do Residencial Celina Bezerra, que conta com 1440 apartamentos. Ele declarou esperar voltar a Rondonópolis.

    A nova visita terá como objetivo a entrega da primeira etapa do empreendimento Celina Bezerra, que foi construído por meio do programa Minha Casa Minha Vida, financiado pelo Banco do Brasil. As obras do primeiro conjunto habitacional de 1152 apartamentos, estão paralisadas há anos e serão retomadas.

    Contratado em julho de 2013, o residencial Celina Bezerra estava entre as 186 mil unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida – Faixa 1 não concluídas até janeiro de 2023.

    “Nós vamos sim dar ordem de serviço agora em março para os dois. Se Deus quiser em 2024 a gente vai vir inaugurar…”, disse o presidente, ressaltando que o atual governo relançou o programa Minha Casa Minha Vida e estão sendo contratadas cerca de dois milhões de unidades habitacionais para o atendimento das  pessoas que ganham menos.

    Afirmou ainda, em seu discurso de pouco mais de 15 minutos, que o governo pensa em criar um programa para atender os setores médios da sociedade, “porque as pessoas que ganham R$ 6 mil, R$ 5 mil, R$ 7 mil às vezes também não têm direito a ter uma casa. É preciso que a gente construa uma casa para que as pessoas de classe média baixa, para que os trabalhadores possam comprar”.

    Lula também lembrou que o Residencial Celina Bezerra foi contratado durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff e só demorou a ser concluído em razão do “golpe” que foi dado para apeá-la do poder, sob a justificativa de que era necessário para o país crescer.

    “Esse conjunto já era para ter acabado. Vocês se lembram do golpe que deram na presidenta Dilma para tirá-la do governo, vocês se lembram que inventaram uma coisa chamada ‘Ponte para o Futuro’… E eu vou dizer o que aconteceu: esse conjunto, que era para ter sido inaugurado em 2014, está sendo inaugurado em 2023, exatamente pelo presidente do PT, por quem começou a construir essa obra”, assinalou.

    Clima de ódio

    Ele lamentou ainda o clima de ódio que tomou conta do país. “Esse país deixou de ser o país da alegria, da verdade, do crescimento, de distribuição de renda para ser o país da mentira, do ódio, da provocação”, afirmou,

    “Vocês viram o que aconteceu aqui em uma cidade próxima, em Sinop, quando um cidadão perdeu uma partida (de sinuca) e resolveu matar sete pessoas, sem nenhuma explicação. O país foi tomado pela violência porque a mentira e o ódio predominaram”, observou Lula.

    Fraternidade

    Ele destacou ainda que o seu compromisso ao voltar a ser presidente é de reconstruir a fraternidade entre os brasileiros. “O Brasil deixou de ser fraterno. Tenho o compromisso de reestabelecer a fraternidade neste país”.

    Eleição acabou

    Também destacou que as disputas eleitorais acabaram em novembro passado e que agora é hora de trabalhar pelo país e por todos os estados, independente de partidos e bandeiras. “Eu não quero saber de qual partido é o governador, eu quero saber que ele está eleito e precisamos trabalhar para que a vida melhore”, destacou o presidente.

    Fome

    Ele  citou ainda as cenas da “fila do osso” que ganharam o país, ocorrida, em Cuiabá, em 2021. “Mato Grosso tem os maiores criadores de gado, é um dos maiores produtores de grão do país e aparece uma mulher recebendo um osso para fazer sopa em casa. Não é explicável, no país que é o terceiro maior produtor de alimento do planeta, o maior produtor de proteína animal do mundo, ter 33 milhões de pessoas passando fome”, refletiu Lula.

    Ele ressaltou ainda que o Brasil produz alimento suficiente para alimentar toda a sua população. “Por que as pessoas passam fome? Porque elas não têm dinheiro para comprar os alimentos necessários. Se tivessem, encontravam no supermercado”, disse.

  • Lula reforça sugestão de grupo para negociar fim da guerra na Ucrânia

    Lula reforça sugestão de grupo para negociar fim da guerra na Ucrânia

    Na data em que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia completa um ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se posicionou nas redes sociais. Por meio de sua conta no Twitter, o presidente voltou a defender a negociação para cessar o conflito, que já matou milhares de pessoas, destruiu cidades ucranianas, desalojou milhões de cidadãos do país invadido e tem causado preocupação mundial pelos efeitos sócio-econômicos.

    Desde o início do governo, Lula adotou a posição de condenação à guerra e defende a criação de um grupo, formado por países não envolvidos no confronto, para mediar uma saída pacífica para o conflito.

    Na véspera da guerra completar um ano, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, declarou à agência de notícias russa Tass que o governo russo analisa as propostas brasileiras para pôr fim à guerra. O vice-chanceler russo ainda ressaltou o fato de o Brasil não fornecer armas e munições à Ucrânia, o que teria colocado o Brasil na posição de mediador em potencial da questão.

    Nessa quinta-feira (23), o Brasil votou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) a favor de pedido de retirada russa do solo ucraniano. O Brasil acompanhou outros 140 países pela aprovação desta nova resolução que pede o fim da guerra na Ucrânia. O texto foi rejeitado por outros 32 países e sete se abstiveram. O Brasil foi o único país dos Brics – bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – a votar favoravelmente na resolução pelo fim do conflito.

    Para entender o contexto em que se iniciou a invasão russa e analisar o atual momento da guerra, acesse reportagem especial.