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  • Brasil é o 1º país a implantar cultura oceânica no currículo escolar

    Brasil é o 1º país a implantar cultura oceânica no currículo escolar

    O Brasil é o primeiro país a assumir o compromisso de incluir o tema “cultura oceânica” nos currículos escolares nacionais. A decisão foi oficializada por meio do Protocolo de Intenções, assinado durante a semana, com presença de representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

    A assinatura ocorreu durante o Fórum Internacional Currículo Azul, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília.

    A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou que a pasta tem liderado ações como o Programa Escola Azul, que cria clubes de ciência, forma jovens embaixadores do oceano, promove expansão internacional da Olimpíada do Oceano, e articula rede de universidades comprometidas com a formação de professores.

    Brasília (DF), 25/02/2025 - Ministra Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), durante cerimônia de assinatura de parcerias para fortalecimento da produção e inovação de vacinas e biofármacos Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

    “O lançamento do Currículo Azul não é um ponto de partida, é a consolidação de um processo vivo, coletivo e comprometido com o futuro. É também um gesto de soberania e visão estratégica: um país que compreende a importância do oceano para o clima, a biodiversidade e o desenvolvimento sustentável está mais preparado para enfrentar os desafios do século 21”, disse a ministra.

    O diretor-geral assistente da Unesco, Vidar Helgesen, destacou o protagonismo do Brasil com o lançamento federal do Currículo Azul. Para ele, é motivo de orgulho para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Unesco.

    “A liderança do Brasil reflete a nossa missão: unir governos e a comunidade científica na construção do ‘Oceano que Precisamos para o Futuro que Queremos’. E, como todos sabemos, só é possível alcançar esse futuro por meio da educação”, disse o diretor-geral.

    Outros representantes da Unesco também reforçaram o papel da educação em formar cidadãos conscientes da importância dos oceanos e da preservação deles.

    “O Brasil é hoje uma referência global em educação oceânica. O Currículo Azul mostra que é possível transformar conhecimento científico em políticas públicas concretas, com participação de educadores, estudantes e comunidades. Essa é a essência da Década do Oceano: ação com base na ciência e na colaboração”, disse Francesca Santoro, oficial sênior de programas da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Unesco e coordenadora do Escritório de Coordenação da Década do Oceano da ONU sobre Conexões entre as Pessoas e o Oceano.

    “O Currículo Azul nasce da escuta ativa e plural da sociedade brasileira. Durante as oficinas regionais para a Década do Oceano, realizadas em 2020 nas cinco regiões do país, a inclusão da Cultura Oceânica na educação foi apontada como prioridade por todos os grupos participantes. Esse passo é, portanto, uma resposta direta à voz do povo”, afirmou Ronaldo Christofoletti, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

    “É dar vida a um desejo coletivo de formar cidadãos que compreendam a importância do oceano para o Brasil e para a resiliência climática global. Ao mesmo tempo, representa um retorno à essência de um país que é, por geografia, história e cultura, profundamente ligado ao mar”, completou Christofoletti, que é co-presidente do Grupo de Especialistas em Cultura Oceânica da Unesco.

    Fórum Currículo Azul

    Fernando de Noronha (PE)

    O Fórum Internacional Currículo Azul foi pensado para troca de experiências internacionais em educação e cultura oceânica. Com a defesa da resiliência climática, destacou a importância de relacionar ciência e políticas públicas.

    A mensagem principal é de que todas as áreas do conhecimento podem contribuir para aumentar a conscientização sobre a importância de um oceano saudável e uma sociedade resiliente diante das mudanças climáticas.

    O evento abordou a formação de cidadãos informados e proativos para lidar com os novos desafios globais, que incluem questões como segurança alimentar, economia azul inclusiva e sustentável, diversidade de conhecimento e desenvolvimento sustentável.

  • Ministra diz que novo sistema leva país à vanguarda contra desastres

    Ministra diz que novo sistema leva país à vanguarda contra desastres

    O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) lançou, nesta segunda (17), em São José dos Campos (SP), o Sistema de Previsão de Risco de Deslizamentos de Terra, o chamado GeoRisk. Para a ministra Luciana Santos (da Ciência, Tecnologia e Inovação), a tecnologia criada coloca o país “na vanguarda da antecipação de risco”.

    De acordo com a ministra, a ferramenta é inovadora, tem o potencial de salvar mais vidas e de evitar perdas materiais, que se tornaram frequentes em um momento de extremos climáticos. Luciana Santos explicou que o GeoRisk foi um trabalho prioritário do Cemaden para evitar mais desastres e tragédias.

    Pesquisador do Cemaden, o engenheiro Pedro Camarinha afirma que, desde o início dos testes com o GeoRisk, o sistema foi capaz de detectar 90% dos principais desastres associados a deslizamentos de terra.  Ele explica que o sistema foi aprimorado ao longo de três verões consecutivos, por meio de testes estatísticos e calibração com aprendizado de máquina (machine learning), o que aumentou a precisão do sistema.

    A ministra Luciana Santos avalia que os extremos climáticos exigem respostas como essa dos cientistas. “Há um processo que já nos afeta com fortes chuvas, enchentes, secas, ondas de calor, com impacto em diversos setores e em nossos modos de vida”. Ela alertou que esses eventos vão se agravar e isso cobra ações “coordenadas e urgentes”. A ministra ainda cita que o país tem um desenvolvimento urbano descontrolado, o que agrava a situação. “Mais de 80% da população brasileira nesse país continental vive nos centros urbanos e muitas vezes em áreas de risco, ou em morros ou em alagados”.

    Atualmente, o Cemaden cobre 1.133 municípios do Brasil (dos quais 1.083 já possuem limiares de risco específicos identificados). A previsão é que haja, até o ano de 2026, ampliação para mais 762 municípios, e assim atingir 60% da população do país em que as pessoas estão numa situação maior de risco. O sistema de prevenção de desastres brasileiro será apresentado na COP 30, em Belém, segundo explicou a ministra Luciana Santos. O GeoRisk foi calibrado para oferecer resultados tanto a nível regional quanto municipal.

    Prevenção no orçamento

    O ministro Jader Filho (Cidades), também presente ao evento de anúncio da plataforma, destaca que a prevenção é o caminho principal para reduzir as chances de desastres e que, quando o atual governo assumiu a gestão, não havia recursos o suficiente. Jader Filho cita que “muitas obras de contenção em encostas e de drenagem” tinham sido paralisadas, por exemplo.

    “A prevenção precisa estar no orçamento de todos os entes da nossa federação”, defende. Ele citou a tragédia no Rio Grande do Sul, no ano passado, onde se perderam mais de 180 vidas.

    O pesquisador do Cemaden Pedro Camarinha, que esteve à frente do desenvolvimento da plataforma, explica que o GeoRisk pode indicar, a partir dos dados de diferentes fontes reunidas, que a chance de deslizamentos pode ser maior em uma região do que em outras. “A gente aqui, dentro da sala de situação, sabe interpretar os boletins de previsão do risco de uma forma bastante bem direcionada”.

    Avaliações permanentes

    Camarinha acrescenta que os dados são observados também sob o ponto de vista histórico de chuva antecedentes de até sete dias. “A gente acopla múltiplos modelos de previsão do tempo, baseado nos limiares críticos de precipitação, que aumentam muito as chances de deslizamentos, e aplica uma equação combinando todos esses modelos”, detalha.

    Um trabalho na sequência é avaliar, ao longo do tempo, o quanto esse resultado do GeoRisk está acertando ou errando. “Nós só conseguimos fazer isso porque temos um banco de dados de registro de ocorrências. Se estamos sinalizando que uma região tem um risco alto, nada mais justo do que avaliar no dia seguinte se houve a ocorrência para poder balizar e calibrar o sistema”.

    Assim, os especialistas buscam detectar mais eventos que causam deslizamentos a fim de enviar menos alertas imprecisos ou falsos. A ferramenta, segundo o especialista, é um aperfeiçoamento das atividades. “Uma grande vantagem é que hoje a gente consegue entregar dados de qualidade com três dias de antecedência. Nós vamos acompanhando, ao longo dos dias, se aquele risco se mantém ou não”.

  • Ministra defende transferência de tecnologia no combate à desigualdade

    Ministra defende transferência de tecnologia no combate à desigualdade

    A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, defendeu a transferência de tecnologia em condições favoráveis para os países em desenvolvimento. Diante de uma plateia de ministros de países do G20, em Mumbai, na Índia, ela reforçou o discurso pelo fim das desigualdades e o papel da ciência nesse processo.

    “Minha impressão é que ainda estamos longe de alcançar os nossos compromissos. É nesse sentido que, durante a presidência brasileira do G20, daremos foco à redução das desigualdades e das assimetrias, buscando discutir a questão da inovação aberta para o desenvolvimento justo e sustentável”, disse. O Brasil assumirá a presidência do G20, pela primeira vez, em 1º de dezembro de 2023.

    Segundo Luciana Santos, os países que compõem o G20 devem fazer uma “profunda reflexão se estão na direção e na velocidade corretas para atingir as metas da Agenda 2030 da ONU”. A seus correspondentes de outros países, a ministra também reforçou a importância do aprofundamento do debate sobre descarbonização da economia, transição energética, direito à saúde, desenvolvimento sustentável da Amazônia e combate às desigualdades.

    Reuniões

    Ainda em Mumbai, Luciana Santos teve encontros com representantes de oito países. Além disso, conversou com o vice-diretor do Escritório de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca, Kei Koizumi. No encontro, ocorrido na última terça-feira (4), ela tratou da participação brasileira no programa Artemis, da Nasa, de exploração da Lua.

    Edição: Marcelo Brandão

  • Ciência pode ser usada no combate à fome, diz ministra Luciana Santos

    Ciência pode ser usada no combate à fome, diz ministra Luciana Santos

    A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, disse que a ciência pode ser usada no combate à fome. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, ela disse que é preciso produzir experiências que potencializem a agricultura familiar, “tanto do ponto de vista qualitativo como soluções para intempéries no semi-árido e outras regiões que tenham dificuldade de que a produção alimentar possa estar à altura daquela determinada região”. O assunto foi uma das prioridades destacadas após uma reunião hoje (13) da ministra com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Luciana disse que durante a reunião com Lula também tratou de outras prioridades para a pasta. Entre os assuntos tratados está a reposição orçamentária do ministério. “Depois de quatro anos de negacionismo, a ciência vai ter vez no Brasil. Então ele [Lula] toma a decisão de revogar a Medida Provisória 1136 de [ex-presidente Jair] Bolsonaro que contingensionava os recursos do Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia até 2026”, disse.

    Um outro assunto importante tratado na reunião foi sobre o aumento para nas bolsas dos pesquisadores do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Nós estamos fazendo este estudo junto com Camilo Santana, que é ministro da Educação, com uma perspectiva de fazer um reajuste das bolsas, que estão congeladas há nove anos. Há uma determinação do presidente nesta direção. Vamos anunciar o montante e como se vai dar esse aumento o mais breve possível”, disse a ministra.

    Luciana programas de intersecção com outros ministérios, como a retomada do Prodes, que é um programa de desmatamento da Amazônia e que tem um papel importante no Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpi), e do Projeto Biomas BR, que monitora a situação dos biomas brasileiros.

    Edição: Fábio Massalli

  • Luciana Santos assume o Ministério da Ciência e Tecnologia

    Luciana Santos assume o Ministério da Ciência e Tecnologia

    A nova ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos, assumiu o comando da pasta hoje (2) durante cerimônia de transmissão de cargo em Brasília. A ministra é a primeira mulher a chefiar o ministério.

    No discurso, a ministra disse que vai honrar as mulheres pesquisadores do país. “Essa gestão vai honrar as milhares de mulheres que produzem e pesquisam nesse país, sua luta por respeito, inclusão e valorização. Essa gestão vai honrar a luta antirracista e a luta das pessoas negras por espaço na pós-graduação e no campo de pesquisa”, declarou.

    A nova ministra disse que vai trabalhar para que a ciência e a tecnologia sejam pilares do desenvolvimento nacional. A ministra também assumiu o compromisso de recompor o orçamento da pasta.

    “Trabalharemos ainda pela atualização das bolsas de pesquisa do CNPq e da Capes, essencial para o capital humano. As bolsas de pesquisa não podem ser tratadas como esmola, mas como investimento no futuro do país. Não podemos admitir a evasão de talentos”, afirmou.

    A ministra Luciana Santos também destacou a importância da pesquisa brasileira e citou o Instituto Butantan e a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) como referências globais em desenvolvimento durante a pandemia da covid-19.

    “Essas duas instituições confirmaram a robustez e a qualidade do sistema nacional de ciência e tecnologia, cujo funcionamento depende principalmente do Estado. A maioria das pesquisas científicas desenvolvidas no país é empreendida em universidades. Ao contrário da narrativa, universidade não é lugar de balbúrdia, é lugar do conhecimento e desenvolvimento”, disse.

    A ministra confirmou que deve rever a liquidação da Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), estatal que produz chip eletrônicos.

    Perfil

    Luciana Santos é formada em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). É presidente nacional do PCdoB. Antes de chegar ao cargo, foi deputada federal por dois mandatos (2011-2018), prefeita de Olinda, deputada estadual, além de ter sido a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-governadora do estado, em 2018. Ela também presidiu o Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco e a secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente.

    Edição: Fernando Fraga