Tag: logística

  • Nos Trilhos de Mato Grosso: Senai MT oferta cursos de capacitação em sistemas ferroviários com formação em encarregado, servente de obras e carpinteiro

    Nos Trilhos de Mato Grosso: Senai MT oferta cursos de capacitação em sistemas ferroviários com formação em encarregado, servente de obras e carpinteiro

    O Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT), inicia cursos de capacitação para trabalhadores que podem atuar nas obras da Ferrovia Estadual Senador Emílio Vuolo, que está sendo construída pela Rumo Logística com recursos 100% privados. Inicialmente, serão abertas 60 vagas, no mês de julho, para três formações: encarregado, servente de obras e carpinteiro.

    O primeiro módulo em construção inclui 16 obras de arte especiais entre pontes, viadutos e passagens ferroviárias e rodoviárias, bem como a implantação de infraestrutura para a colocação de mais de 180 km de trilhos, de Rondonópolis até outros municípios localizados na região da BR-070, além de um terminal de cargas. Neste trecho, especificamente, a previsão de investimento gira em torno de R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões, com 5 mil novos postos de trabalho no pico de intensificação de obras.

    “São várias empresas especializadas em construção civil envolvidas no projeto e que estarão com aproximadamente 500 a 1.000 funcionários cada uma, sendo que a nossa previsão é chegar em torno de 5.000 funcionários diretos trabalhando nesse projeto no pico das obras, já no meio do ano de 2024. A parceira com o Sitema Fiemt é extremamente necessária para que consigamos preencher os postos de trabalho com profissionais capacitados e preferencialmente moradores dos municípios por onde passaremos com a construção”, explica Harley Silva, gerente executivo de Projetos da Rumo Logística.

    Veja o cronograma abaixo

    A iniciativa faz parte do programa ‘Nos Trilhos de Mato Grosso’ que, junto com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL MT), tem como objetivo ofertar recrutar, selecionar e capacitar gratuitamente pessoas para trabalhar nas empreiteiras responsáveis pela ferrovia. No total, a ação vai beneficiar mais de 5 mil trabalhadores envolvidos em toda a obra.

    Nessas três formações serão ofertados o curso de ‘Sistemas Ferroviários’ tratando ainda sobre saúde, segurança e meio ambiente, com carga horaria de 20 horas, que terá início no dia 01 de julho. Também para essas capacitações, os alunos contarão com curso sobre NR18, que destaca condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil.

    Para encarregado há também curso de mestre de obras com foco em terraplanagem e construção, somam 360 horas de treinamento que começara no dia 8 de julho. Já para servente de obras, o curso tem carga horária de 160 com previsão para iniciar em 10 de julho. Para carpinteiro de obras, totalizam 420 horas, programada para o dia 8 de julho.

    Em parceria com o Senai, nessa fase, o programa vai ofertar o total de 280 vagas gratuitas em cursos de qualificação profissional. Serão realizadas 14 turmas presenciais, sendo sete na unidade Senai de Rondonópolis e sete em Jaciara. Ainda serão ofertados cursos para armador de estruturas pesadas, operador de caminhão basculante, pipa e guindauto, operador de escavadeira e construtor de alvenaria.

    Banco de talentos

    Outra frente de trabalho será realizada pelo IEL MT que disponibilizará um banco de talentos exclusivo para ser acessado pela Rumo e pelas empresas que fazem parte das obras. “As capacitações ofertadas pelo Senai serão um diferencial para o currículo daqueles que querem uma oportunidade de emprego. Estaremos cadastrando os interessados no nosso banco de talento e disponibilizando os perfis para as empresas que estão atreladas a construção da ferrovia”, explica a gerente de Negócios do IEL MT, Bruna Faria.

    As inscrições podem ser feitas virtualmente. Mais informações pelo telefone 0800 646 6101.

    A Ferrovia

    Iniciada em novembro de 2022, a Ferrovia Estadual terá mais de 700 quilômetros de trilhos, partindo de Rondonópolis e chegando até Lucas do Rio Verde, assim como um ramal para Cuiabá. As obras vão abranger 16 municípios mato-grossenses, estimulando a geração de empregos diretos e indiretos.

    A geração de empregos será um dos grandes legados da construção. Desde que os trabalhos foram iniciados, a ferrovia já mobilizou profissionais na construção do primeiro viaduto ferroviário de Rondonópolis entregue no primeiro semestre de 2023 e em outros cinco viadutos que estão em construção entre Rondonópolis e Juscimeira. A empresa também está executando a terraplanagem por 35 km do traçado projetado que segue em direção ao Médio-Norte.

    Cronograma de cursos

    calendario rumo cursos

  • Implantação da Ferrogrão volta a ser defendida no Senado

    Implantação da Ferrogrão volta a ser defendida no Senado

    Em pronunciamento no Plenário na quarta-feira (12), o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) defendeu a construção da Ferrogrão, uma linha férrea com mais de 900 km de extensão, do município de Sinop, no Mato Grosso, até o porto de Miritituba, em Itaituba, no Pará. Estudos para a construção da ferrovia foram incluídos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo federal no ano passado.

    O parlamentar argumentou que a obra trará benefícios para a economia, diminuindo o custo para o escoamento da safra, e para o meio ambiente, com a redução da emissão de carbono, gás de efeito estufa. Zequinha mencionou dados da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e do Ministério dos Transportes, que indicam, segundo ele, uma redução anual de 4 milhões de toneladas de CO2 com a implementação da ferrovia.

    Ele também ressaltou que é necessário considerar que o Pará, segundo maior estado do Brasil, enfrenta carência de infraestrutura ferroviária. Ele explicou que a única ferrovia existente é a Estrada de Ferro Carajás, operada pela Vale, que se estende por aproximadamente 892 km até o Maranhão.

    “Em 2023, conforme dados do Sistema de Comércio Exterior, somente de soja, o Pará exportou 3,1 milhões de toneladas. Nossa produção e comercialização avançam, apesar dos obstáculos. Imaginem quando tivermos a Ferrogrão: a gente vai, se Deus quiser, dobrar tudo isso”, ressaltou.

    Zequinha criticou Organizações Não Governamentais (ONGs) que segundo ele são contra o projeto.

    “Por serem financiadas pelo capital internacional, certamente, essas ONGs não puderam falar sobre as vantagens comparativas da Ferrogrão e a redução, em 77%, que ela trará em relação ao modal rodoviário na emissão de CO2, que hoje é produzido pelo transporte rodoviário por meio das carretas que cruzam, o tempo todo, 24 horas por dia, a BR-163”, disse.

  • Classificação de prioridade da Ferrogrão gera críticas em audiência pública

    Classificação de prioridade da Ferrogrão gera críticas em audiência pública

    A recente classificação do projeto Ferrogrão como prioridade dois, ao invés de um, pelo Ministério dos Transportes e pela Infra S.A., gerou descontentamento entre os participantes da audiência pública realizada na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) no final de maio. O evento discutiu os planos setoriais rodoviário e ferroviário que compõem o PIT (Planejamento Integrado de Transportes). A Ferrogrão, que ligará Sinop-MT a Itaituba-PA, é vista como essencial para melhorar a logística no escoamento das produções do agronegócio de Mato Grosso e Pará.

    Daniel Furlan, representante da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), argumentou que, tanto em termos de demanda quanto de integração, a Ferrogrão deveria ser prioridade máxima. “Estou há 47 anos no mercado e vejo com dificuldade não ver a Ferrogrão como uma prioridade”, afirmou o consultor independente Thomas Aquino.

    Massimo Giavina, vice-presidente do Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários), destacou a importância da ferrovia EF-354, que ligaria o Brasil aos portos peruanos. Nilton Prascidelli, representando o Simefre e a Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), lamentou a ausência de transporte de passageiros no plano inicial.

    Durante a audiência, George Santoro, secretário-executivo do Ministério dos Transportes, mencionou uma lista de rodovias que poderão ser estudadas futuramente e anunciou a criação de um grupo de trabalho para desenvolver “Concessões inteligentes”, em parceria com o Banco Mundial. A iniciativa visa remodelar os projetos de concessões de rodovias, com foco em uma análise mais abrangente que inclui diferentes modais de transporte.

    Santoro também explicou que o PNL (Plano Nacional de Logística) herdado do governo anterior exigiu atualização devido a dados defasados. “O Brasil tem 35 mil km de ferrovias na sua história inteira. Um plano de 20 mil km até 2035 [como estava previsto no plano tático da gestão anterior] não era viável”, afirmou.

    Julio Raimundo, diretor de infraestrutura da Fiesp, apontou a importância de considerar trechos abandonados que poderiam atrair fluxo de carga e ressaltou que o custo deve ser uma variável crítica no planejamento de longo prazo.

    Gabriela Avelino, subsecretária de Fomento e Planejamento do Ministério dos Transportes, explicou que as prioridades são calculadas com base em uma série de indicadores que podem ser revisados. “Mudamos o foco da análise para priorizar benefícios, independentemente da metodologia ou forma de execução”, disse. Santoro complementou que esta abordagem visa evitar que autorizações ferroviárias, por exemplo, ocupem a primeira posição sem uma análise realista de viabilidade.

    Cristiano Della Giustina, diretor de Planejamento da Infra S.A., enfatizou que todas as simulações do plano consideraram diferentes modais de transporte e que a carteira de projetos permanece aberta para inclusão de novas propostas após estudos adicionais.

  • Ferrovia Estadual: Equipe da Sinfra-MT visita obras de expansão da malha ferroviária em Rondonópolis

    Ferrovia Estadual: Equipe da Sinfra-MT visita obras de expansão da malha ferroviária em Rondonópolis

    Três grandes pontos de expansão da ferrovia estadual Senador Vicente Emílio Vuolo foram visitados pelo Secretário de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso, Marcelo de Oliveira e pelo Secretário Adjunto de Estado de Logística e Concessões, Caio Albuquerque. Na sede administrativa, os gestores tiveram acesso a números significativos das obras, que atualmente reúnem cerca de 30 contratos com empresas da área de construção, o uso de mais de mil equipamentos de grande porte (máquinas da linha amarela) e empregam quase três mil trabalhadores, com previsão de passar de quatro mil pessoas contratadas ao atingir o pico de mão de obra, no mês de julho.

    “Foram apresentados aos secretários os andamentos das obras da Ferrovia Estadual, reforçando que as empresas já estão contratadas e mobilizadas para a construção desse projeto grandioso. Na ocasião, também apresentamos o modelo de gestão da RUMO, quanto aos cuidados com a segurança dos trabalhadores e a responsabilidade em relação ao cumprimento das condicionantes ambientais,” explicou Harley Silva, Gerente Executivo de Implantação de Obras Ferroviárias da Rumo, responsável por trechos iniciais do projeto.

    Em companhia dos gerentes executivos Harley Silva e Henrique Domingues, além de equipes do setor operacional da Rumo, os secretários estiveram no marco zero da ferrovia, local em que foram instalados três quilômetros de trilhos, ainda no mês de fevereiro e por onde já é possível acompanhar a passagem de locomotivas e vagões. Marcelo de Oliveira ressaltou a emoção ao ver a concretização das obras e presenciar a chegada de uma composição com 120 vagões pelos trilhos construídos recentemente.

    “É uma satisfação muito grande ver que as obras estão acontecendo. A euforia do pessoal da Rumo aqui no trabalho, na dedicação de todos os funcionários. Cada encarregado de serviço tem uma satisfação muito grande de estar produzindo e conseguindo entregar o que está no contrato dele com a empresa e as terceirizadas também. Eu fiquei emocionado como cuiabano e mato-grossense que sou. Nascido há 68 anos atrás aqui, quando Mato Grosso não tinha nada! Então, é uma emoção muito grande você ver uma locomotiva puxando 120 vagões, trazendo e levando produtos. Trazendo produtos de São Paulo e levando produtos de Mato Grosso para o porto de Santos,” pontuou Marcelo de Oliveira, Secretário de Estado de Infraestrutura e Logística.

    Além de todo trabalho realizado pelas equipes da Rumo, Oliveira destacou a importância logística dos trilhos para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso e por saber que essa realidade levará melhorias para todo estado, inclusive para Cuiabá.

    “Para Mato Grosso é uma demonstração que este Estado pode continuar crescendo e que vai ter como escoar a produção dele. O nosso ramal para Cuiabá está sempre colocado. É sempre falado! E a gente torce cada vez mais, para que este Estado continue produzindo e que a gente acredita que o desenvolvimento não virá, o desenvolvimento já está aqui!”, concluiu Marcelo de Oliveira.

    A construção de uma ponte com 460 metros sobre o Rio Vermelho e a ponte ferroviária sobre a BR-364, também impressionaram a equipe de gestores da Sinfra-MT, pelos grandes volumes envolvidos nas estruturas de cada obra. Harley Silva, da Rumo, explicou que muitas obras executadas no momento são para facilitar o andamento do projeto e causar poucas interferências na rotina da cidade e da população.

    “Visitamos uma boa parte do trecho e verificamos que grandes empresas nacionais e regionais estão atuando nas obras que se encontram em estágios distintos. Enquanto estamos concluindo viadutos e pontes ferroviárias, que auxiliarão o translado preliminar com caminhões de um lado para outro das rodovias e sobre rios, causando menos impacto à população, também temos várias empresas atuando na terraplanagem.”, explicou o gerente da Rumo, Harley Silva.

    A equipe de implantação de obras da Rumo, demonstrou ainda uma apresentação com importantes etapas em que os trilhos irão cruzar trechos de rodovias estaduais. Nos primeiros quilômetros em execução, a ferrovia terá passagem por baixo e por cima de três vias, que são de responsabilidade do governo estadual, sendo: uma passagem inferior pela MT-270 e outras duas sobre as rodovias MT- 469 e MT-373. Todas são obras que já estão em andamento.

    “A parceria com a secretaria de Infraestrutura é extremamente importante, porque em vários pontos a ferrovia intercepta rodovias estaduais. Essa operação demanda um planejamento conjunto para a busca da melhor solução técnica, que atenda todas as partes considerando vários aspectos envolvidos, inclusive, os ambientais e sociais. A colaboração da Sinfra-MT, no conhecimento e no cuidado que tem demonstrado na aprovação desses projetos, nos traz muita segurança para que alcancemos a melhor solução para a população, com garantia da continuidade da ferrovia, uma obra de extrema importância para o estado de Mato Grosso.”, finalizou Henrique Domingues, Gerente Executivo de Implantação de Obras Ferroviárias da Rumo.

    Ferrovia Estadual

    O projeto integral da Ferrovia Estadual terá mais de 700 quilômetros de trilhos, partindo de Rondonópolis e chegando até Lucas do Rio Verde, além de um ramal para Cuiabá. É uma ferrovia que estará próxima de 6 das 10 maiores cidades de Mato Grosso. Um projeto transformacional, com investimento 100% privado, ou seja, sem onerar os cofres públicos.

  • Suínos/Cepea: Problemas logísticos reduzem fortemente ritmo de negócios no RS

    Suínos/Cepea: Problemas logísticos reduzem fortemente ritmo de negócios no RS

    Levantamento feito pelo Cepea mostra que as enchentes no Rio Grande do Sul vêm dificultando os transportes de suíno vivo para abate, de carnes aos mercados atacadistas e também de insumos utilizados pela atividade.

    Como resultado da queda de pontes e destruição de estradas que interligam importantes regiões produtoras, o ritmo de negócios dentro e fora do estado está bastante lento.

    É importante ressaltar que alguns municípios não abrangidos pela pesquisa do Cepea foram atingidos com maior intensidade, com relatos de perda de animais e estragos mais graves.

    Em 2023, o Rio Grande do Sul foi o terceiro estado com o maior abate de suínos, equivalente a 19,87%, em termos percentuais, sendo 9,2 milhões de cabeças abatidas naquele período. Além disso, o estado gaúcho representou 23,1% do total exportado de carne suína no ano passado.

  • Seminário em Santarém discute viabilidade socioambiental da Ferrogrão

    Seminário em Santarém discute viabilidade socioambiental da Ferrogrão

    A viabilidade da Ferrogrão será discutida em Santarém, nesta terça e quarta-feira. O Seminário Técnico sobre Viabilidade dos Aspectos Socioambientais da Ferrovia EF-170 é realizado pela Subsecretaria de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes.

    Durante dois dias, o evento reunirá representantes da sociedade civil, comunidades indígenas, acadêmicos e organizações não governamentais para discutir temas cruciais, incluindo o histórico e os impactos socioambientais do Corredor Logístico Norte, além de abordar detalhes sobre o projeto da Ferrogrão.

    Um dos pontos em destaque será o direito à consulta livre, prévia, informada e de boa-fé, bem como a governança territorial e demarcação, questões fundamentais para garantir a participação efetiva das comunidades afetadas.

    Este seminário representa uma oportunidade crucial para debater e avaliar os aspectos socioambientais do projeto da Ferrogrão, visando garantir que seu desenvolvimento seja sustentável com as comunidades locais e o meio ambiente.

    A Ferrogrão interligará Santarém a Sinop e é vista como fundamental para a melhora da logística no escoamento de grãos produzidos em Mato Grosso.

  • Ferrovia Estadual: empresa faz investimentos para transformar a logística regional

    Ferrovia Estadual: empresa faz investimentos para transformar a logística regional

    O escritório administrativo da empresa Rumo Logística foi oficialmente inaugurado em Primavera do Leste-MT, marcando um importante marco para o desenvolvimento regional. A cerimônia, realizada na sexta-feira (03.05), contou com a presença do prefeito municipal, Leonardo Bortolin, e diversas autoridades locais. A presença da companhia na cidade, há cerca de dois meses, está relacionada ao avanço das obras da Ferrovia Estadual Senador Vicente Vuolo, que terá mais de 700 quilômetros de expansão, ligando Rondonópolis até Lucas do Rio Verde e passando por Cuiabá, com recursos 100% privados.

    Durante a cerimônia, o gerente executivo de implantação, Henrique Domingues, apresentou aos presentes os números impressionantes relacionados à obra. Estima-se que serão utilizadas 89 mil toneladas de trilhos, o equivalente a nove Torres Eiffel, e uma movimentação de terraplanagem de 183 milhões de metros cúbicos. Além disso, mais de 1.000.000 de metros cúbicos de concreto serão utilizados, o que seria suficiente para construir 13 pontes estaiadas Octávio de Oliveira, um dos cartões postais de São Paulo.

    O impacto econômico em Primavera do Leste já é sentido e deverá ser ampliado durante a execução dos trabalhos. Atualmente, 250 trabalhadores estão contratados no município, com expectativa de aumento para até 600, e esse número pode chegar a 5 mil no trecho entre Rondonópolis e Primavera. Doze empresas prestadoras de serviços já estão contratadas, e esse número pode mais que dobrar durante o pico das obras.

    A Rumo também está contribuindo para a movimentação econômica local através da aquisição de produtos em lojas de materiais de construção, EPIs, peças mecânicas, mobiliário e alimentos, entre outros. O gerente de Relações Governamentais da companhia, Vinicius Roder, destacou o desejo de realizar todas as contratações no município, enfatizando a robusta infraestrutura da cidade para comportar as demandas da obra.

    A inauguração do escritório administrativo da Rumo em Primavera do Leste marca o início de uma nova fase para a cidade e todo o Estado de Mato Grosso. Comemorando seus 38 anos de emancipação neste mês de maio, o prefeito Leonardo Bortolin expressou sua confiança na competência da companhia em gestão e investimentos, destacando que a chegada da ferrovia representará uma transformação na logística e economia do município.

    O diretor do Sindicato Rural, José Nardes, enfatizou a importância dos avanços logísticos para o desenvolvimento da agricultura mato-grossense, parabenizando a Rumo pelo trabalho realizado e ressaltando o apoio dos produtores rurais ao projeto. Com a previsão de mais de 200 quilômetros de obras nesta primeira fase, a construção da infraestrutura ferroviária representa um investimento entre R$ 4,0 bilhões e R$ 4,5 bilhões, trazendo um novo horizonte de desenvolvimento para a região.

  • CNA avalia condições da BR 163 em expedição pela região

    CNA avalia condições da BR 163 em expedição pela região

    A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) recentemente participou de uma expedição pela BR 163, trecho que conecta Sinop (MT) a Santarém (PA), promovida pela Aprosoja Mato Grosso e pelo Movimento Pró-Logística. Esta rodovia é vital para o comércio e exportação da produção agrícola brasileira, sendo um corredor logístico de grande importância.

    A equipe, composta por produtores rurais, representantes da Aprosoja Brasil, do movimento Pró-Logística e da concessionária Via Brasil, percorreu cerca de 2.661 quilômetros da rodovia, realizando uma avaliação das condições da pavimentação, geometria, sinalização e das Estações de Transbordo de Cargas (ETC).

    Elisangela Pereira Lopes, assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da CNA, destacou que, a cada expedição, é evidente o rápido desenvolvimento das áreas de plantio atendidas pela BR-163 em comparação com a infraestrutura disponível para o escoamento da safra.

    Ela ressaltou a necessidade de integração entre os modos de transporte para reduzir os custos logísticos, citando o potencial dos rios Tapajós e Amazonas como opção viável para o transporte de grãos até o sistema portuário do Arco Norte.

    Durante a expedição, foram observados trechos com problemas na pavimentação, como asfalto solto, buracos e relevo inadequado, aumentando o risco de acidentes, especialmente durante a noite. Além disso, foi destacada a falta de asfaltamento em parte do trecho entre Miritituba (PA) e Santarém (PA), o que é considerado inadequado para uma rodovia pedagiada, com um alto fluxo diário de veículos e movimentação de cargas.

    Elisangela também ressaltou a importância da manutenção permanente dos rios para garantir a movimentação de cargas, especialmente após eventos naturais que possam comprometer a navegabilidade. Ela enfatizou a necessidade de um plano de manutenção dos rios, incluindo dragagem, derrocamento, balizamento e sinalização.

    Para que o corredor logístico se torne um modelo eficiente para o país, Elisangela defendeu a implantação da Ferrogrão, uma ferrovia que trará benefícios sociais e ambientais, além de reduzir os impactos negativos do intenso uso do modal rodoviário. A Ferrogrão pode contribuir significativamente para a redução de acidentes, emissões de gases poluentes e desgaste do pavimento da BR-163.

  • Visita técnica da ANTT atesta avanços nas obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO)

    Visita técnica da ANTT atesta avanços nas obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO)

    A Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) é uma das grandes promessas para o transporte de cargas no Brasil, ligando as produtivas regiões do Centro-Oeste à Ferrovia Norte Sul e, consequentemente, aos portos estratégicos de Santos e São Luís, o que vai promover integração nacional e desenvolver ainda mais a economia do país. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável por regular e fiscalizar os trabalhos e a concessão, periodicamente realiza visitas técnicas de acompanhamento. O avanço físico das obras está, até o momento, em 13,28% e a previsão é de chegar aos 33,28% até dezembro.

    O trecho em foco, conhecido como FICO 1, estende-se por 383 quilômetros, conectando Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT). Durante a última inspeção, que ocorreu no último fim de semana (19 a 21/4), a Diretoria e os fiscais da ANTT constataram um significativo avanço nas atividades conduzidas pela Concessionária Vale S.A., responsável pela execução das obras. De outubro de 2023 até agora, a conclusão da terraplenagem saiu de 9,87% para 13,28%, projetando-se para atingir 33,28% até dezembro de 2024. Além disso, a gestão fundiária liberou aproximadamente 238,5 quilômetros em dezembro de 2023, com uma tendência de alcançar 364 quilômetros até o fim deste ano.

    As obras da alça de ligação da FICO com a Ferrovia Norte-Sul, que já está em operação no Tramo Central, na altura de Mara Rosa/GO, estão bem adiantadas e em breve permitirão a instalação de trilhos, o que promoverá o carregamento de materiais para o avanço das obras com maior eficiência logística. Também estão em andamento as obras de infraestrutura no pacote 3, entre os km 80 a 104, próximo a Santa Terezinha de Goiás.

    No âmbito da engenharia, os pacotes de projetos avançam de acordo com o cronograma estabelecido. Os pacotes de 1 a 7 já obtiveram certificações para início de obras ainda ano passado, enquanto os pacotes de 7 a 11 estão previstos para terem suas obras iniciadas até dezembro de 2024. As autorizações da ANTT para os diferentes pacotes demonstram um compromisso conjunto com o progresso do empreendimento.

    Compromissos e metas para 2024

    Apesar dos avanços, ainda existem metas a serem alcançadas em 2024. A obtenção da certificação dos projetos executivos, a autorização da ANTT para execução de obras em diferentes pacotes, a conclusão das desapropriações e o avanço das obras em cada pacote são algumas das prioridades previstas.

    As implementações incluem o desenvolvimento técnico para otimização do projeto, início das atividades arqueológicas, obtenção das licenças e autorizações ambientais e realização de todos os processos de contratação relativos aos serviços de infraestrutura de cada pacote.

    O projeto da FICO surgiu como contrapartida da renovação antecipada do contrato de concessão da Ferrovia Vitória a Minas, destacando-se como um investimento estratégico para a economia brasileira. Para o diretor da ANTT, Rafael Vitale, a FICO representa uma revolução logística que promoverá outra revolução no desenvolvimento regional e nacional. O prazo para conclusão das obras da ferrovia é de cinco anos.

    “Verificamos que a obra está a todo vapor. Gosto muito de trabalhar com revolução e sei que estamos diante de uma neste momento. É uma grandiosidade da engenharia, uma logística gigantesca para nosso país e mais uma melhoria que vai beneficiar a todos os usuários”, concluiu Vitale.

  • Desafios logísticos: Estradeiro mostra gargalos e perspectivas para escoamento de grãos de MT

    Desafios logísticos: Estradeiro mostra gargalos e perspectivas para escoamento de grãos de MT

    Cerca de 20 produtores associados da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) percorreram cerca de 3 mil quilômetros para verificar as condições de trafegabilidade da BR-163, responsável por transportar mais de 17 milhões de toneladas de soja de MT para as Estações de Transbordo de Miritituba e Porto de Santarém, no Pará.

    O trajeto foi percorrido durante o Estradeiro, projeto realizado pela Comissão de Logística da Aprosoja-MT, entre os dias 15 e 19 de abril, saindo de Sinop, no Norte de Mato Grosso. Para o coordenador-técnico da comissão, Orlando Vila, o custo do frete é consequência direta das condições da rodovia federal e, por consequência, prejudica a renda dos produtores.

    “O custo do frete é um gargalo para o setor e é importante que o produtor conheça a sua composição para entender e tomar a melhor decisão da porteira pra fora, no momento de comercializar sua produção”, aponta Vila, que ressalta o volume significativo transportado por essa via, que corresponde a cerca de 37% da soja produzida em MT.

    A assessora-técnica de Logística e Infraestrutura da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Elisângela Lopes, que também percorreu o Estradeiro, ressalta que foram cerca de 600 km percorridos por dia. Ela pontua que o crescimento da produção, atendida pela BR-163, foi muito superior aos investimentos para melhorar o escoamento da safra.

    Elisângela ressalta também a evolução proporcionada pela lei 12.185 de 2013, que permitiu a instalação de Terminais de Uso Privado (TUPs) e as Estações de Transbordo de Cargas (ETCs), responsáveis pelo transbordo do modo rodoviário para o hidroviário e a ampliação da movimentação de grãos nos sistemas portuários de Belém/Barcarena/Guajará.

    “Esse corredor tem predominância do modo rodoviário e incorre em custos logísticos superiores aos que se alcançaria se houvesse maior interação entre os modos de transportes. O trecho utilizado nos rios Tapajós e Amazonas permite que o custo de transporte reduza nesse corredor e torne-se uma opção viável para o envio de grãos o sistema portuário do Arco Norte”, destaca.

    Segundo Elisângela, a soja produzida no município com maior produção de soja de MT, Sorriso, que produz cerca de 2,2 milhões de toneladas da oleaginosa, exportada pela BR-163, passando pelas Estações de Transbordo de Miritituba e, depois, pelo Porto de Santarém, teve um custo logístico de US$ 16 a menos por tonelada que pelo Porto de Santos (SP), em março deste ano.

    Já a produtora rural e delegada do núcleo de Nova Xavantina, Jesika Müller da Silva, disse que saiu do seu município, que fica no eixo da BR-158, para ter mais conhecimento sobre as rotas de escoamento da produção de soja e milho de MT.   O aprendizado, explica a produtora, será incorporado nas estratégias para reduzir o custo logístico da produção.

    “O Estradeiro me abriu um leque de possibilidades que anteriormente eu não possuía, saber que o produtor não precisa estar restrito as empresas que possuem sede em nossa região é muito válida. Assim, o produtor pode, até mesmo, conseguir um melhor preço pelo seu produto e diminuir o custo com transporte e armazenamento de grãos em armazéns gerais”, afirma.

    Para o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, é preciso mais melhorias na logística de grãos, como a construção da Ferrogrão, que deve interligar por trilhos as regiões de Sinop e Miritituba (PA). Isso porque custo ferroviário custa 70% do modal rodoviário. Já o transporte aquaviário custa cerca de 40% em relação ao rodoviário.

    “Isso é importante porque reduz o nosso custo logístico e aumenta a nossa competitividade. Enquanto um caminhão carrega, em média, 40 toneladas, um comboio de barcaças pode transportar até 70 mil toneladas. Isso faz com que o produto de Mato Grosso seja mais competitivo, melhorando a rentabilidade do produtor”, enfatiza Edeon.

    Além dos produtores e do consultor de Logística da Aprosoja-MT, também participaram do Estradeiro da BR-163, o representante da Concessionária Via Brasil, Ricardo Durço, e a assessora-técnica de Logística e Infraestrutura da Confederação Nacional da Agricultura, Elisângela Lopes, além dos representantes das empresas visitadas em Miritituba e Santarém.