Tag: logística

  • Aprosoja MT discute avanços na logística e política agrícola em comissões

    Aprosoja MT discute avanços na logística e política agrícola em comissões

    Nesta quarta-feira (04.12), foi dada sequência às reuniões das comissões de Logística, Relacionamento Institucional e Política Agrícola, acompanhadas pela diretoria, produtores e delegados da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT).

    A primeira reunião, aconteceu pela manhã com a Comissão de Logística. Na ocasião, o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra), Marcelo de Oliveira e Silva, apresentou detalhes sobre as rodovias que estão em obras no estado, além da previsão de pavimentação asfálticas. Marcelo de Oliveira ainda prestou contas dos investimentos realizados pelo governo estadual em obras de infraestrutura.

    “É muito importante a gente ter vindo aqui hoje e prestar contas de todo o serviço que nós, do governo do Estado de Mato Grosso, da administração Mauro Mendes, temos feito na área de infraestrutura”, disse o secretário.

    O coordenador de Logística e produtor em Canarana, Mateus Gondoni, explicou que Mato Grosso enfrenta grandes desafios logísticos porque a agricultura avançou antes da infraestrutura. Mas, que apesar disso, o governo do Estado tem atendido demandas e mapeado áreas produtoras para melhorar os transportes.

    “O contato direto do produtor com o secretário de Infraestrutura e a Aprosoja MT é essencial, sendo o braço direito do produtor e representando suas demandas no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Sinfra. A entidade pauta as necessidades dos produtores, promovendo avanços importantes para o setor”, afirmou o coordenador de logística da entidade.

    Membro da comissão e delegada do Vale do Arinos, Carina Ossani Kasprzak, acredita que os projetos que estão em andamento, como exemplo da MT-220, ainda não concluída, interfere nos trabalhos dela em Juara. Além disso, pontuou sobre os problemas enfrentados pelos produtores da região, por isso participar dessa reunião é essencial.

    “A gente tem que buscar soluções para os problemas. Fiscalizar, ver o que acontece, identificar ele, entender por que não está sendo realizada a obra, buscar soluções e resultados. Com isso, entender e cobrar o setor responsável. Estamos em uma região mais distante da capital e sentimos o impacto disso diretamente, por isso reuniões como essas são importantes para esclarecimentos de várias dúvidas “, disse ela.

    A produtora ainda destacou que neste ano foi muito importante as visitas de núcleos realizadas pela Aprosoja MT em algumas cidades do estado. “Porque se a gente não conseguir chegar no produtor rural, ele às vezes tem uma dificuldade de chegar até a sede da Aprosoja MT. Nas reuniões, tenho pedido a participação, porque eu acho que é importante para o avanço de todos os trabalhos que a entidade desenvolve no geral”, afirmou Carina Ossani.

    Já na reunião sobre Relacionamento Institucional, realizada a tarde, foram debatidos e apresentados temas como o fortalecimento da conexão com os produtores no campo e a identificação de demandas regionais e emergenciais.

    Dando sequência, foi realizada a reunião da Comissão de Política Agrícola, tratando sobre os avanços conquistados, com foco na moratória da soja. Após 18 anos de luta, a lei foi sancionada, eliminando os incentivos fiscais para empresas do setor.

    Conforme o diretor administrativo e coordenador da Comissão de Política Agrícola da entidade MT, Diego Bertuol cada vez mais o produtor reconhece a importância da política no seu negócio, como na produção de soja e milho.

    “A primeira coisa nós vemos de resultado positivo foi a moratória de soja. E esse será o principal foco que a comissão irá fiscalizar no próximo ano”, explicou o diretor administrativo.

    Ele ainda ressaltou que comissão busca dar voz ao setor agropecuário, dialogando com os governos estadual e federal sobre questões como crédito e condições de financiamento.

    O membro da comissão e produtor em Ipiranga do Norte, Guiverson Ferreira Bueno, avaliou que essa comissão é uma das mais importantes para ele, por envolver assuntos políticos. Ainda pontuou que a moratória da soja é um assunto onde a Aprosoja MT pode colocar na mesa tudo que está sendo discutido e os próximos passos.

    Guiverson Ferreira também acrescentou que as reuniões geram discussões que são levadas para o Congresso Nacional, onde a Aprosoja MT está por dentro debatendo e trazendo esses assuntos para os produtores.

    “Queremos ter essa segurança e que realmente o produtor possa produzir em paz no campo e simplesmente fazer seu papel. Colocar o grão no chão e depois colher, sabendo que vai ter uma colheita segura, independente do clima, independente dos preços, mas que juridicamente estaremos ali com segurança para poder fazer a produção no campo”, finalizou o produtor em Ipiranga do Norte.

  • Pivetta e Miguel Vaz destacam ferrovia e BR-163 como pilares para o desenvolvimento de MT

    Pivetta e Miguel Vaz destacam ferrovia e BR-163 como pilares para o desenvolvimento de MT

    Miguel Vaz, prefeito de Lucas do Rio Verde, e Otaviano Pivetta, vice-governador de Mato Grosso, destacaram, no “II Fórum Ferrovias e a Integração dos Modais”, a duplicação da BR-163 e a expansão das ferrovias como chave para o desenvolvimento do estado. O evento, realizado em Nova Mutum nesta quinta-feira (28), reuniu autoridades, investidores e líderes do agronegócio para debater soluções logísticas para a região.

    “A nossa região é a maior produtora de grãos e fibras do mundo e ainda tem um potencial enorme de crescimento sem desmatamento. O grande gargalo sempre foi a logística. A ferrovia, assim como a duplicação da BR-163, trará competitividade, permitindo que nossa produção chegue aos grandes centros e portos de forma mais econômica. Esse tema é determinante para o futuro do nosso estado e do Brasil”, afirmou Miguel Vaz, prefeito de Lucas do Rio Verde e presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental Alto Teles Pires – Cidesa.

    Miguel também destacou o papel estratégico das ferrovias Rumo, FICO e Ferrogrão no desenvolvimento regional.

    “Precisamos olhar para a integração de todos os modais, pois eles representam mais investimentos, geração de oportunidades e crescimento sustentável para Mato Grosso. O avanço ferroviário nos aproxima de uma logística moderna e eficiente, essencial para impulsionar nossa economia.”

    O vice-governador Otaviano Pivetta reforçou o compromisso do governo estadual com a infraestrutura logística e apresentou metas ousadas para os próximos anos.

    “A duplicação dos 450 km restantes da BR-163 será concluída até 2027, enquanto a ferrovia Rumo deve chegar a Lucas do Rio Verde até 2030. Conseguimos antecipar o prazo de duplicação em quatro anos, e nossa rodovia será uma autoestrada moderna, oferecendo mais segurança e eficiência no transporte de cargas e na mobilidade das pessoas.”

    Pivetta também enfatizou o impacto das ferrovias na redução de custos logísticos e no desenvolvimento econômico.

    “A ferrovia ajudará a reduzir o volume de caminhões na BR-163, melhorando o tráfego e diminuindo custos. Esse é o caminho para consolidar Mato Grosso como um dos maiores polos econômicos do Brasil.”

    O evento contou com palestras de Jorge Luiz Macedo, que apresentou o Plano Nacional de Logística pela Infra S.A., Frederico Bussinger, que abordou a integração das malhas ferroviárias, Bernardo Figueiredo, que falou sobre a importância dos hubs de cargas regionais, e a Rumo Logística, que destacou a expansão de sua malha ferroviária no estado.

    O II Fórum Ferrovias e a Integração dos Modais foi realizado pela Prefeitura de Nova Mutum e Governo do Estado, com o apoio da Ampa, Famato, Aprosoja, AMM, Câmara Municipal de Nova Mutum e Sindicato Rural de Nova Mutum.

  • Duplicação da BR-163 e Expansão das Ferrovias São Destaques no II Fórum de Logística em Nova Mutum 

    Duplicação da BR-163 e Expansão das Ferrovias São Destaques no II Fórum de Logística em Nova Mutum 

    A duplicação da BR-163 e a expansão das ferrovias foram apontadas como soluções estratégicas para o desenvolvimento de Mato Grosso durante o II Fórum Ferrovias e a Integração dos Modais, realizado nesta quinta-feira (28), em Nova Mutum. O evento reuniu autoridades, investidores e lideranças do agronegócio para discutir melhorias logísticas na região.

    Miguel Vaz, prefeito de Lucas do Rio Verde e presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental Alto Teles Pires (Cidesa), destacou a importância da infraestrutura para a competitividade do estado.

    “A nossa região é a maior produtora de grãos e fibras do mundo e ainda tem um potencial enorme de crescimento sem desmatamento. O grande gargalo sempre foi a logística. A ferrovia, assim como a duplicação da BR-163, trará competitividade, permitindo que nossa produção chegue aos grandes centros e portos de forma mais econômica. Esse tema é determinante para o futuro do nosso estado e do Brasil”, afirmou.

    O prefeito também mencionou o papel estratégico das ferrovias Rumo, FICO e Ferrogrão.

    “Precisamos olhar para a integração de todos os modais, pois eles representam mais investimentos, geração de oportunidades e crescimento sustentável para Mato Grosso. O avanço ferroviário nos aproxima de uma logística moderna e eficiente, essencial para impulsionar nossa economia.”

    O vice-governador Otaviano Pivetta reforçou o compromisso do governo estadual com a infraestrutura logística, apresentando metas arrojadas para os próximos anos.

    “A duplicação dos 450 km restantes da BR-163 será concluída até 2027, enquanto a ferrovia Rumo deve chegar a Lucas do Rio Verde até 2030. Conseguimos antecipar o prazo de duplicação em quatro anos, e nossa rodovia será uma autoestrada moderna, oferecendo mais segurança e eficiência no transporte de cargas e na mobilidade das pessoas.”

    Além disso, Pivetta enfatizou o impacto das ferrovias na redução de custos e no desenvolvimento econômico.

    “A ferrovia ajudará a reduzir o volume de caminhões na BR-163, melhorando o tráfego e diminuindo custos. Esse é o caminho para consolidar Mato Grosso como um dos maiores polos econômicos do Brasil.”

    O evento contou com palestras de especialistas como Jorge Luiz Macedo, da Infra S.A., que apresentou o Plano Nacional de Logística, e Frederico Bussinger, que destacou a integração das malhas ferroviárias. Bernardo Figueiredo abordou a importância dos hubs de cargas regionais, enquanto representantes da Rumo Logística destacaram a expansão da malha ferroviária no estado.

    Organizado pela Prefeitura de Nova Mutum e Governo do Estado, o fórum contou com o apoio de entidades como Ampa, Famato, Aprosoja, AMM, Câmara Municipal de Nova Mutum e Sindicato Rural de Nova Mutum.

  • Rumo confirma compromisso com investimentos e chegada de ferrovia a Lucas do Rio Verde

    Rumo confirma compromisso com investimentos e chegada de ferrovia a Lucas do Rio Verde

    A Rumo Logística, maior operadora ferroviária do país, vai manter o ritmo de investimentos no setor ferroviário, afirmou o CEO Pedro Palma nesta segunda-feira, 4, durante o AgroForum promovido pelo BTG Pactual. Após investir R$ 30 bilhões em infraestrutura desde 2015, a continuidade dos aportes dependerá da expansão da produção agrícola e das condições econômicas do país, segundo Palma. Durante sua participação, ele assegurou a chegada da Ferrovia Estadual a Lucas do Rio Verde dentro do cronograma anunciado no lançamento do projeto.

    Entre os principais projetos em destaque está a construção da Ferrovia Estadual de Mato Grosso, que contará com 700 quilômetros de extensão, ligando o polo agrícola de Lucas do Rio Verde ao Porto de Santos. Passando por 16 municípios entre Rondonópolis e Lucas do Rio Verde, com um ramal para Cuiabá, o projeto deve iniciar a operação da primeira fase, com 160 quilômetros, em 2026. Esta etapa vai atender as cidades de Primavera do Leste, Dom Aquino e Campo Verde, demandando uma força de trabalho de 4.500 pessoas.

    A nova ferrovia faz parte do plano da Rumo de fortalecer o escoamento ferroviário de produtos agrícolas, reduzindo a sobrecarga do transporte rodoviário, que ainda responde pela maior parte da logística de grãos. Palma ressaltou que a empresa dobrou a capacidade de transporte no Mato Grosso na última década, passando de 12 milhões para 25 milhões de toneladas anuais sem expansão da malha existente, apenas com modernização e recuperação de ativos.

    Além disso, a Rumo tem planos para ampliar a logística de exportação no Porto de Santos em parceria com a empresa americana CHS. A iniciativa visa aumentar a capacidade portuária para acompanhar o crescimento das exportações de grãos e evitar gargalos logísticos. “Temos de garantir que Santos tenha a estrutura necessária para o fluxo de produção do agronegócio”, frisou o CEO.

    Outro projeto prioritário para a empresa é a operação da Malha Central, trecho da Ferrovia Norte-Sul que conecta Palmas (TO) a Estrela do Oeste (SP), com um movimento atual entre 7 e 8 milhões de toneladas por ano. Palma destacou que a Rumo já trabalha a todo vapor no primeiro trecho, onde cerca de 5 mil funcionários estarão empregados até junho e julho de 2026, com investimento de R$ 4 bilhões.

    Com um investimento total que pode alcançar R$ 15 bilhões, o projeto busca aproximar a ferrovia dos núcleos de produção agrícola e industrial da região de Cuiabá. Esse investimento é ainda mais crucial considerando que, embora o Mato Grosso responda por aproximadamente 30% da produção de grãos do país, o estado possui apenas 366 quilômetros de ferrovias, representando 1,16% da malha de transporte brasileira.

    As iniciativas da Rumo demonstram um compromisso com o desenvolvimento do setor ferroviário e a redução da dependência do transporte rodoviário, oferecendo suporte estratégico para o crescimento do agronegócio brasileiro.

  • Lucas do Rio Verde poderá ter novo aeroporto, além do Bom Futuro

    Lucas do Rio Verde poderá ter novo aeroporto, além do Bom Futuro

    De olho no futuro, com a vinda de ferrovias e outros projetos de destaque, Lucas do Rio Verde busca novos mecanismos para dar suporte ao desenvolvimento. Na última semana o prefeito do município, Miguel Vaz, esteve em Brasília para tratar de demandas importantes para o município, entre elas a construção de um novo aeroporto. A cidade, que possui atualmente apenas o Aeroporto Bom Futuro, limitado a pequenos voos, busca melhorar sua infraestrutura para atender ao rápido crescimento econômico e populacional.

    O Aeroporto Bom Futuro, com uma pista de aproximadamente 1300 metros, está localizado às margens da rodovia MT-449. Desde 2008, o aeródromo é de responsabilidade do município, após homologação pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Apesar da importância, a atual estrutura não acompanha a demanda crescente da cidade, que se destaca como um polo de desenvolvimento agrícola e industrial no estado de Mato Grosso.

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    “Já temos uma área pré-definida para um novo aeroporto e precisamos pensar a longo prazo, uma vez que Lucas do Rio Verde é um polo de desenvolvimento econômico e considerando o alto crescimento populacional do município, que deve chegar a 200 mil habitantes nos próximos 15 anos”, destacou Miguel Vaz.

    Além do novo aeroporto, a prefeitura também tem projetos de melhorias na logística local, como a duplicação da BR-163 e o avanço nas negociações sobre o Contorno Rodoviário com Nova Mutum. Outro projeto de destaque é a implantação da Ferrovia Estadual, que promete transformar ainda mais o potencial de Lucas do Rio Verde, atraindo investidores e acelerando o desenvolvimento do município. Também podem impactar economicamente o município são a Ferrovia de Integração do Centro Oeste (FICO), em construção, e a Ferrogrão, que sofre interferências no Supremo Tribunal Federal.

  • Ferrovias podem reduzir custos de transporte do agro, diz CNA

    Ferrovias podem reduzir custos de transporte do agro, diz CNA

    A CNA destacou a importância das ferrovias para o setor agropecuário em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, na quinta (10), que reuniu instituições públicas e privadas para discutir as concessões e a ampliação das ferrovias brasileiras.

    A assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da confederação, Elisangela Pereira Lopes, explicou que o transporte ferroviário é mais sustentável e tem um custo menor em relação ao rodoviário, mas ainda é pouco utilizado.

    “Na balança comercial temos uma importância relevante. No entanto, utilizamos predominantemente o transporte rodoviário, que tem o maior custo e traz maiores externalidades negativas para toda a população brasileira. Não dá mais para transportar mais 60% da nossa carga em rodovia tendo potencial para utilizar outros modos como o ferroviário.”

    Elisangela afirmou que o Brasil está dividido em dois, onde a produção já se consolidou, nas regiões sul e sudeste, e onde a densidade de linhas férreas é maior, e as novas fronteiras agrícolas, onde a densidade das ferrovias é quase inexistente, com alguns exemplos das ferrovias Norte e Sul, Carajás, Fiol (em andamento) e Transnordestina.

    Segundo ela, a safra brasileira tem crescido 12 milhões de toneladas por ano, desde 2009, sendo que nas regiões de novas fronteiras como Matopiba, Mato Grosso, Rondônia, Pará a produção tem crescido 10 milhões de toneladas/ano.

    Elisangela abordou ainda a questão dos custos para implantação de novas linhas férreas no país, em torno de 20 milhões de reais por quilômetro, e citou números da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre as ferrovias existentes atualmente, que totalizam 30 mil quilômetros com apenas 15 mil em funcionamento real.

    A técnica argumenta que há carga suficiente para construir ferrovias, aumentar a capacidade, disponibilidade e a oferta de ferrovias no Brasil.

    “E isso fica muito claro quando a gente observa os últimos números da Infra S.A sobre a movimentação do agro nas ferrovias. Isso causa um pouco de espanto porque somente 18,5% de tudo que foi movimentado nas nossas linhas férreas no ano passado correspondeu a produtos agrícolas, sendo 72% de minério e 9,4% de outros produtos como a siderurgia, por exemplo. Ao se analisar o histórico observa-se que houve um crescimento, porque em 2010 o agro representava 11% de tudo que foi movimentado e nós passos a 18,5%. Percentualmente, parece uma evolução, mas será que é mesmo?”

    A assessora técnica disse que quando se faz a análise por tonelagem, é possível ver melhor a situação da movimentação de carga do agro por ferrovia.

    “A produção de soja e milho em 2023 foi pouco mais de 280 milhões de toneladas, sendo que desses, 200 milhões correspondem às novas fronteiras agrícolas, ou seja, 70% da produção do Brasil hoje está nessas novas fronteiras.”

    Movimentação nas ferrovias

    Segundo Elisangela, em 2010 mais ou menos 20 milhões de toneladas passaram pelas ferrovias do país, correspondendo a 20% da produção de grãos. Em 2023, os mesmos 20% permanecem, porque, ela explica, a produção aumentou significativamente e a oferta ferroviária, embora tenha crescido, continua estagnada.

    “Então, isso traz uma preocupação para o setor. Até quando ficaremos cativos do modo rodoviário, percorrendo de 1,5 mil a 2 mil km para chegar com a carga em um supermercado ou porto? Existem projetos em andamento e vemos uma tendência de crescimento nos investimentos, mas eles têm que alcançar a velocidade da produção e não ficar atrás.”

    A especialista ressaltou que a CNA defende a construção da Ferrogrão porque irá reduzir os custos do setor com transporte de carga. A linha de 933 quilômetros ligará a região de Sinop (MT) e Miritituba (PA).

    “O cálculo é em torno de 30% de redução com os custos de transporte com a Ferrogrão e existe carga para isso. Além disso, a Ferrogrão tem uma série de benefícios sustentáveis, como a redução das emissões de CO2.”

    Elisangela encerrou pedindo aos parlamentares apoio do Senado em prol de maior celeridade na tramitação do processo sobre a Ferrogrão, que está em andamento no Supremo Tribunal Federal.

    “Quando a gente vê a previsão do IMEA de que a produção de grãos chegará a 149 milhões de toneladas até 2034, a gente vê que tem carga para movimentar na Ferrogrão. O estudo está pronto, mas fica aí a indefinição se teremos leilão no ano que vem mesmo ou não. A ANTT se manifestou dizendo que o leilão pode acontecer até 2025, então pedimos o apoio para que se consiga um horizonte mais claro do que de fato vai acontecer com a Ferrogrão.”

  • Ferrovia Estadual investe em cerca de 150 ações de esporte, educação e saúde para municípios do sudeste de MT

    Ferrovia Estadual investe em cerca de 150 ações de esporte, educação e saúde para municípios do sudeste de MT

    Responsável pelo transporte de 24% do volume de grãos exportados pelo Brasil, a Rumo Logística está presente em 86% das regiões exportadoras do país. Mais do que construir trilhos e operar o transporte de produtos em uma ferrovia, a empresa investe em programas para melhorar a qualidade de vida das comunidades localizadas no entorno de suas unidades e obras. “Temos uma forte atuação de gestão social, com comunicação e responsabilidade socioambiental, desde a fase de planejamento de projetos até a execução das obras da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo. É um legado que a ferrovia já deixa em seus primeiros 160km de construção”, destaca a gerente consultiva da Rumo, Paula Tagliari.

    Em Mato Grosso, desde meados de 2023, as ações de gestão socioambiental começaram a ser desenvolvidas no município de Jaciara, localizado aproximadamente a 100 quilômetros da capital Cuiabá (MT). Em menos de um ano, as ações triplicaram e se estendem para mais outros municípios localizados no sudeste de Mato Grosso, como Rondonópolis, Juscimeira, Poxoréu, São Pedro da Cipa, Dom Aquino e Primavera do Leste. A ideia é trabalhar em conjunto com os municípios, implementando ou criando projetos de interesse social.

    Observa-se, no setor de esportes, que a Rumo participa em diferentes atividades, como, por exemplo, a Escola de Skate do Bob, a etapa Rumo de Beach Tennis, a corrida da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e ainda, o programa Jogue Como uma Garota e o campeonato Taça das Favelas 2024. Todas as ações realizadas em Mato Grosso.

    Falando em saúde, pelo fato de Mato Grosso ser um estado endêmico de malária, a Rumo realiza um controle minucioso junto aos seus trabalhadores com exames periódicos, além de fornecer capacitações e equipamentos para as secretarias municipais do estado.

    É constante a promoção de campanhas nas escolas para levar informações relevantes de educação ambiental e conscientização quanto à importância dos rios e do bioma cerrado. “Iniciamos a recuperação de 212 hectares próximos ao rio Araguaia, em Mato Grosso. Será o plantio de mais de 200 mil mudas de espécies do cerrado, promovendo a criação de corredores ecológicos, o aumento da produção e disponibilidade de água e a recuperação de áreas para fortalecimento e manutenção da nossa biodiversidade. A Rumo investe em Mato Grosso e investe no cuidado com as pessoas e com a natureza. A ideia é olhar para um futuro com sustentabilidade para todos”, destaca Paula Tagliari.

    Atualmente, os programas da Rumo no Estado somam cerca de 150 ações envolvendo mais de 5.700 pessoas somente neste ano. Nas escolas, foram mais de 122 horas de atividades que impactaram a vida de 3.153 estudantes. Assuntos como gestão de resíduos sólidos, cuidados com a fauna e flora, e até mesmo como funciona a ferrovia e seus impactos por onde os trilhos passam foram abordados nas ações educativas.

    Além da educação ambiental, outro tema de grande relevância é a educação patrimonial, cujas ações são realizadas com os trabalhadores da obra e comunidade escolar. As ações têm o objetivo de envolver o público sobre a relevância da preservação do patrimônio arqueológico e cultural da região, desenvolvendo novos conhecimentos e estímulos para a sensibilização e valorização da sua história e fortalecimento das suas identidades culturais.

    A Rumo realiza diagnósticos socioambientais contínuos ao longo de sua malha ferroviária. Com base nos resultados destes documentos, são criadas as estratégias de relacionamento e comunicação socioambiental, aplicadas de acordo com as oportunidades de cada local, para conscientização e engajamento da comunidade. O objetivo das atividades de comunicação social é estabelecer um diálogo aberto e construir relacionamentos de confiança com as comunidades.

    Com o mesmo objetivo, foi realizada a Consulta Livre, Prévia e Informada junto às Terras Indígenas Tadarimana e Tereza Cristina, localizadas na área de influência indireta do empreendimento. Destaca-se que essa consulta é um marco, por ser a primeira realizada nesse formato, atendendo às prerrogativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT 169). “Concluímos, com diálogo aberto e transparente, o processo de consulta livre, prévia e informada em duas terras indígenas localizadas na área de influência indireta, nesta primeira fase da Ferrovia Estadual de Mato Grosso”, pontua Tagliari.

    A ferrovia

    A Rumo Logística, em parceria com a comunidade local de cada região, dá um salto significativo no desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso com a construção da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo. Um projeto transformacional, cuja obra será construída com recursos 100% privados e que interliga Rondonópolis e Lucas do Rio Verde. Um marco para o agronegócio e a logística regional, impulsionando a economia e melhorando a qualidade de vida da população.

    O primeiro módulo da implantação do projeto é de aproximadamente 200 quilômetros, com a previsão de investimento em torno de R$ 4,3 bilhões. Ao todo, serão 740 quilômetros de extensão de ferrovia que conecta as regiões produtoras mais dinâmicas de Mato Grosso, facilitando o escoamento da produção agrícola e industrial. Atualmente, a obra gera 4.700 empregos diretos, contribuindo significativamente para a geração de renda e o desenvolvimento das cidades por onde passa.

  • Ferrogrão avança com decisão do STF, abrindo novas perspectivas para o agronegócio em Mato Grosso

    Ferrogrão avança com decisão do STF, abrindo novas perspectivas para o agronegócio em Mato Grosso

    Cuiabá, MT – Em uma notícia que anima o setor agrícola de Mato Grosso, a Ferrogrão, um ambicioso projeto ferroviário que ligará Sinop a Miritituba, recebeu um importante impulso com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, confirmou que a agência já apresentou os estudos técnicos solicitados pela Corte e aguarda agora a deliberação final para dar prosseguimento ao leilão da obra.

    A Ferrogrão, com seus 933 km de extensão, representa um marco para o escoamento da produção agrícola de Mato Grosso, um dos maiores produtores de grãos do país. A obra, que estava paralisada desde 2021, promete revolucionar a logística do agronegócio, reduzindo custos e aumentando a eficiência no transporte de grãos para os portos do Norte do país.

    Impacto positivo para o Agronegócio Mato-grossense

    A retomada da Ferrogrão traz uma série de benefícios para o agronegócio de Mato Grosso, como:

    • Redução de custos: A ferrovia permitirá o transporte de grãos a um custo menor, aumentando a competitividade dos produtores no mercado internacional.
    • Aumento da eficiência: A modalidade ferroviária é mais eficiente que o rodoviário, reduzindo o tempo de transporte e as emissões de gases poluentes.
    • Descongestionamento das rodovias: A ferrovia irá desafogar as rodovias, diminuindo o desgaste da malha viária e os custos de manutenção.
    • Abertura de novos mercados: A Ferrogrão facilitará o acesso aos mercados do Norte e Nordeste, além de permitir a exportação de grãos para outros países.

    Desafios e próximos passos

    Ferrogrão
    Ferrovia — Foto: Ministério da Infraestrutura

    Apesar das perspectivas positivas, o projeto ainda enfrenta alguns desafios, como a necessidade de investimentos significativos e a obtenção das licenças ambientais. Além disso, a liberação de recursos orçamentários para o setor de transportes é fundamental para garantir a agilidade na execução das obras.

    A ANTT já sinalizou que a concessão da Ferrogrão está em andamento e que o leilão deve ocorrer o mais rápido possível. A agência também destacou outros projetos importantes para o setor ferroviário, como a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) e a segunda fase da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).

    A decisão do STF que destrava o projeto da Ferrogrão representa um marco para o desenvolvimento do agronegócio em Mato Grosso. A nova ferrovia trará inúmeros benefícios para o setor, como redução de custos, aumento da eficiência e abertura de novos mercados. No entanto, é fundamental que o governo e os agentes privados trabalhem em conjunto para superar os desafios e garantir a conclusão da obra em tempo hábil.

  • ANTT destaca aceleração e investimentos em infraestrutura no 11º Fórum Caminhos da Safra

    ANTT destaca aceleração e investimentos em infraestrutura no 11º Fórum Caminhos da Safra

    O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, participou, na manhã desta quarta-feira (28/8), em Brasília, do 11º Fórum Caminhos da Safra. O encontro aconteceu na sede da Confederação da Agropecuária e Pecuária do Brasil (CNA) e reuniu especialistas, autoridades e representantes do setor para tratar dos rumos do transporte, infraestrutura, logística e capacidade de escoamento para produção do agronegócio brasileiro.

    Em sua fala, Vitale reforçou a importância do papel da ANTT na transformação e modernização das rotas de escoamento da produção agropecuária do país, além de ter destacado como a Agência acelerou e investiu na promoção de melhorias significativas na infraestrutura terrestre, impactando positivamente na agropecuária, em especial no transporte de grãos, nos últimos anos.

    “Nós fazemos um trabalho constante, junto com Ministério dos Transportes, ANTAQ e DNIT, além do TCU e governos locais, sendo possível notar mudanças muito grandes. A evolução desde 2010 nos permitiu sair de uma infraestrutura residual para um cenário atual em que rodovias, hidrovias e ferrovias têm se tornado verdadeiros corredores logísticos, vitais para o agronegócio”, disse Vitale.

    Como exemplo, Vitale mencionou a BR-163, no trecho que liga Itiquira a Sinop, no Mato Grosso, como um case de sucesso da atuação conjunta entre a ANTT, o governo do estado e o Tribunal de Contas da União (TCU). A concessão da via, que estava paralisada e com obras interrompidas, foi reativada por meio de uma troca de controle assistida, resultando em investimentos significativos e melhorias na infraestrutura, como pavimentação e duplicação de vias.

    Além disso, a nova concessão da BR-163, envolvendo a concessionária Via Brasil, consolidou o corredor logístico da região, permitindo uma movimentação mais eficiente da produção agrícola. “A infraestrutura vai se aprimorando, especialmente por meio de investimentos privados, pelas concessões, que estão trazendo avanços significativos nas rodovias e ferrovias, além de parcerias institucionais como o DNIT, que está promovendo obras importantes”, comentou Vitale.

    Este é o quarto contrato firmado para a duplicação da BR-163 em menos de um ano da nova gestão da concessionária. A assinatura da ordem de serviço em 1º de julho de 2023, para início da obra entre Posto Gil e Nova Mutum, marcou a retomada da duplicação da BR-163, após 7 anos parada. Na sequência, foi a vez do trecho de Nova Mutum a Lucas do Rio Verde, iniciado em março deste ano. Mais recentemente, em 24 de maio, foi assinado o contrato para duplicação da Imigrantes.

    Entre os projetos em destaque, está a recente concessão da descida da Serra de Paranaguá, que promete ampliar a capacidade de escoamento, melhorar o serviço de guincho e facilitar o acesso ao Porto de Paranaguá. No Paraná, o futuro pacote de concessões, que abrange mais de 3 mil km de rodovias e prevê mais de 1,5 mil km de duplicações, representa o maior investimento em infraestrutura rodoviária em uma única região, somando mais de R$ 50 bilhões.

    Outro ponto importante são as ferrovias, com projetos como a FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste) e a FIOL 2 (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), que estão em construção e devem entrar em operação nos próximos dois anos. Esses projetos são essenciais para consolidar novos corredores logísticos, como o oeste-leste e o norte-sul, integrando ainda mais a produção agrícola às ferrovias.

    Vitale também mencionou o avanço na Transnordestina, que promete se tornar uma nova rota logística para o transporte de grãos por ferrovia. “Todos os investimentos estão dentro do cronograma e com um andamento satisfatório. A regulação moderna e os incentivos ao investimento estão acelerando o ritmo das concessões, trazendo cada vez mais inovação para o setor”, concluiu Vitale.

    Sobre o 11º Fórum Caminhos da Safra

    O 11º Fórum Caminhos da Safra é uma série de reportagens do projeto Caminhos da Safra, da Globo Rural, que visa mapear as condições das principais rotas da produção agropecuária do Brasil. A edição de 2024 marca 11 anos de projeto. A intenção é mostrar os desafios ao longo de cada percurso, além de mapear a situação de importantes terminais portuários para o setor.

    O evento foi dividido em dois painéis. O primeiro tratou de novas rotas da produção, o que operadores e terminais portuários estão fazendo planejando e investindo em estruturas e aumento de capacidade para consolidar corredores logísticos e ampliar a movimentação de cargas.

    O segundo painel trouxe temas relacionados à inovação e sustentabilidade na logística. Além de apresentar soluções, os debatedores falaram sobre assuntos como conectividade, tecnologia de operações e descarbonização da matriz de transporte, especialmente a ligada ao agronegócio.

  • Ferrovia que ligará Rondonópolis a Lucas do Rio Verde poderá receber até R$ 4,3 bi em investimentos 

    Ferrovia que ligará Rondonópolis a Lucas do Rio Verde poderá receber até R$ 4,3 bi em investimentos 

    A Rumo Logística anunciou nesta segunda-feira (26) a atualização de sua projeção de investimentos para a primeira fase da Ferrovia do Mato Grosso (FMT), elevando o custo estimado para uma faixa entre R$ 3,8 bilhões e R$ 4,3 bilhões. Essa mudança considera novas expansões e adequações necessárias para o avanço do projeto. A ferrovia ligará Rondonópolis a Lucas do Rio Verde.

    Previsto para começar as operações em 2026, o novo terminal da FMT terá uma capacidade inicial de movimentação de 10 milhões de toneladas anuais, com a possibilidade de adicionar novos módulos de expansão futuramente. A empresa destaca que o novo investimento inclui aproximadamente R$ 500 milhões destinados à construção de um terminal adicional, um custo que não estava contemplado na projeção inicial.

    A atualização também leva em conta a exclusão dos investimentos já desembolsados até junho de 2024, bem como a revisão das premissas de construção e das condições macroeconômicas baseadas em consultorias de renome.

    Localizado estrategicamente na BR 070, próximo à MT 130, o terminal de transbordo da primeira etapa da FMT visa otimizar a logística de carga pela malha rodoviária existente, além de aproveitar as melhorias em infraestrutura que estão em andamento na região. A ferrovia terá uma extensão de aproximadamente 160 km até o Terminal de Rondonópolis, proporcionando uma ligação crucial para o escoamento da produção.

    “A projeção atualizada de investimentos reflete nosso compromisso em desenvolver uma infraestrutura ferroviária eficiente, segura e sustentável, que impulsione o agronegócio brasileiro e beneficie nossos clientes,” afirmou a Rumo Logística em comunicado. A empresa ressalta que esta nova estimativa substitui integralmente as previsões anteriores, destacadas em novembro de 2022.

    O projeto da Ferrovia do Mato Grosso é considerado um marco transformacional para a Rumo e para a infraestrutura de transporte do Brasil, prometendo uma logística de baixo carbono que contribuirá significativamente para a competitividade do agronegócio nacional.