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  • Show Safra Mulher recebe lançamento do livro “Elas e o Agro”

    Show Safra Mulher recebe lançamento do livro “Elas e o Agro”

    O Show Safra Mulher foi palco de um momento especial para o agronegócio brasileiro: o lançamento do livro “Elas e o Agro”. Em sua terceira edição, a obra destaca histórias inspiradoras de mulheres que têm feito a diferença no setor, seja como produtoras rurais, empresárias, consultoras, pecuaristas ou profissionais que impulsionam o desenvolvimento do agronegócio no país.

    Com relatos emocionantes e trajetórias de superação, “Elas e o Agro” reforça a importância da participação feminina na cadeia produtiva e nas tomadas de decisão dentro do setor, não apenas celebrando conquistas, mas também incentivando novas gerações a ocuparem espaços estratégicos na agricultura e pecuária.

    O evento de lançamento reuniu autoras, lideranças do agronegócio e profissionais da área, que compartilharam suas experiências e a relevância de dar voz às mulheres que constroem um agro mais forte e inovador. Durante a programação, houve uma roda de conversa com algumas das participantes do livro, discutindo os desafios e oportunidades para a atuação feminina no setor.

    A iniciativa reafirma o compromisso do Show Safra Mulher em ser um espaço de valorização e reconhecimento do protagonismo feminino no agronegócio, como um ponto de encontro para trocas de experiências e inspiração para futuras lideranças.

  • Novo livro da Embrapa esclarece dúvidas sobre criação de abelhas-sem-ferrão

    Novo livro da Embrapa esclarece dúvidas sobre criação de abelhas-sem-ferrão

    A criação de abelhas-sem-ferrão, atividade fundamental para a biodiversidade e a economia sustentável, é tema do livro Meliponicultura, o mais recente volume da coleção 500 Perguntas 500 Respostas, da Embrapa. O material, elaborado a partir de dúvidas enviadas por produtores, reúne respostas de 43 especialistas de diferentes instituições e regiões do Brasil, abordando aspectos essenciais para o sucesso da criação dessas abelhas.

    Os primeiros capítulos, que tratam da organização das colônias e da estrutura das colmeias, contaram com a colaboração da Embrapa Florestas (PR). Segundo o pesquisador Guilherme Schnell e Schühli, compreender as diferentes formas de organização dos ninhos e colmeias é essencial para uma meliponicultura eficiente e sustentável. A atividade pode ter diversos objetivos, como produção de mel, conservação ambiental, polinização e até uso medicinal.

    Fortalecimento da bioeconomia e conservação ambiental

    Além de Schühli, os pesquisadores Luís Fernando Wolff (Embrapa Clima Temperado – RS) e Kátia Sampaio Malagodi-Braga (Embrapa Meio Ambiente – SP) destacam, no segundo capítulo, que a criação de abelhas-sem-ferrão tem grande impacto na bioeconomia local. O Brasil abriga cerca de 250 espécies dessas abelhas, essenciais para a manutenção dos ecossistemas. A atividade, além de fortalecer a economia, também contribui para a educação ambiental e preservação da biodiversidade.

    No terceiro capítulo, a obra detalha a composição interna das colmeias e sua influência na produção de mel. Segundo os pesquisadores, a interação entre operárias, rainhas e zangões é um fator-chave para a produtividade. Compreender essa dinâmica permite aos meliponicultores otimizar as condições de criação, garantindo maior qualidade e quantidade de mel.

    Conteúdo acessível gratuitamente

    O livro Meliponicultura traz ainda informações sobre as interações entre abelhas e plantas, ameaças à sobrevivência das espécies, técnicas de manejo, qualidade do mel, impactos econômicos e aspectos regulatórios da atividade. A obra pode ser acessada gratuitamente no portal da Embrapa, consolidando o compromisso da pesquisa científica em apoiar a meliponicultura como uma prática econômica e ambientalmente responsável.

  • Livro mostra a relação entre El Niño e agricultura

    Livro mostra a relação entre El Niño e agricultura

    A publicação “El Niño Oscilação Sul – Clima – Vegetação – Agricultura” traz o resgate histórico, explicando como ocorrem as ocorrências climáticas El Niño e La Niña, relacionadas com os impactos no clima do mundo e na agricultura brasileira. Os autores são os professores da UFRGS Moacir Berlato e Denise Fontana, e o pesquisador Gilberto Cunha, da Embrapa Trigo. O livro está disponível para download no site da Embrapa Trigo .

    A aparência El Niño – Oscilação Sul (ENOS) possui duas fases: uma quente (El Niño) e outra fria (La Niña). O comportamento da temperatura das águas do Oceano Pacífico tropical associado aos campos de pressão altera o padrão de circulação geral da atmosfera. Com isso, acaba influenciando no clima de diferentes regiões do mundo, sendo o responsável pelas chamadas anomalias climáticas persistentes, que duram de 6 a 18 meses. Admite-se que há cerca de 20 regiões no mundo cujo clima é afetado pelas fases do ENOS.

    Nos últimos 40 anos, ocorreram quatro eventos extremos de El Niño no mundo (1982-1983, 1997-1998, 2015-2016 e 2013-2024), o que não aconteceu no período completo dos últimos 150 anos de registro. Contudo, um estudo que envolveu doze investigadores de seis países (Austrália, França, Índia, Reino Unido, Coreia do Sul e Estados Unidos) concluiu, que ainda não é possível associar a variabilidade do El Niño às mudanças climáticas, ou seja, não é possível dizer se a atividade do El Niño será maior ou menor ou se sua frequência mudará num cenário de aumento da temperatura global.

    O ENOS é caracterizado pela recorrência (aperiódica, alternando fases quentes/El ​​Niño e fria/La Niña, em ciclos que podem variar de 2 a 7 anos) e pelo elevado nível de incerteza dos impactos que, ambientalmente, podem causar. As anomalias climáticas mais conhecidas e de maior impacto estão relacionadas com o regime de chuvas, embora o regime térmico também possa ser alterado.

    No Brasil, os grandes efeitos dos fenômenos ENOS acontecem em três regiões: no Norte, particularmente na Amazônia, no Nordeste e no Sul. E, nessas regiões, o El Niño geralmente está associado a secas na Amazônia e no Nordeste e precipitações abundantes no Sul. Ao contrário, La Niña determina precipitações pluviais elevadas, enchentes e altas vazões de rios nas regiões do norte e secas no sul.

    Impactos climáticos das características ENOS

    No Sul do Brasil, geralmente ocorre excesso de chuvas nos anos de El Niño e estiagem em anos de La Niña. Apesar da influência do ENOS ocorrer durante todo o período de atuação desses eventos, há duas épocas do ano que são mais afetadas pelas fases do ENOS. São elas: primavera e começo de verão (outubro, novembro e dezembro), no ano inicial do evento, e final de outono e começo de inverno (abril, maio e junho), no ano seguinte ao início do evento. Assim, nessas épocas, as chances de chuvas acima do normal são maiores, em anos de El Niño (como ocorreram em 1997/1998 e 20023/2024), e chuvas abaixo do normal, em anos de La Niña (exemplo, evento 1998/ 1999).

    Para o agrometeorologista Gilberto Cunha, da Embrapa Trigo, a ocorrência de previsões climáticas extremos é inesperada, mas o conhecimento e a previsibilidade dos eventos o melhor enfrentamento das anomalias: “Saber lidar com as fases extremas do fenômeno ENOS, no caso da agricultura, envolve tanto estar preparado para a mitigação de efeitos adversos pelo clima, quanto saber aproveitar as condições ambientais específicas para os cultivos”, afirma Cunha.

    Segundo Gilberto Cunha, os eventos relacionados à ENOS nem sempre estão associados a prejuízos na agricultura. Os efeitos da La Niña, na maioria das vezes, favorecem os cereais de inverno, enquanto prejudicam os cultivos de verão na Região Sul; Ao contrário, as chuvas do El Niño geralmente prejudicam os cultivos de inverno e ajudam as lavouras no verão.

    Origem do El Niño

    A origem do nome El Niño se deve aos pescadores das regiões costeiras do Peru e do Equador, que, anualmente, notavam uma corrente de águas relativamente quentes, vinda do norte, invadia a região costeira, trazida a ressurgência (afloramento de águas profundas, frias e ricos em nutrientes), quando os peixes sumiam e as aves migravam ou morriam em grande quantidade. Como essa corrente de águas quentes aparecia próximo do Natal, os pescadores a chamavam de “corriente de El Niño”, em referência ao Menino Jesus (Niño, em espanhol).

    Os pescadores também notaram que, em outros anos, as águas costeiras daquela região ficaram mais frias do que o normal, a ressurgência aumentou e a cadeia alimentar enriquecia, com abundância de pesca. Essa situação, em meados de 1980, acabou batizada como La Niña.

    O El Niño tem suas raízes históricas na costa do Peru e Equador, e, por muitos anos, foi conhecido como um fenômeno local. Em 2017, o El Niño provocou um dos maiores desastres naturais na costa norte do Peru e na costa sul do Equador, espalhando destruição, fome e morte. Durante três meses (fevereiro-março-abril), os impactos do El Niño atingiram 1,1 milhão de pessoas, com o total de 162 mortes, quase 5 mil quilômetros de rodovias danificadas, 489 pontes destruídas, 400 mil casas danificadas, com um prejuízo econômico de 3,9 bilhões de dólares.

    Orientações para a produção de grãos

    Chuva acima do normal

    ■ começar a semeadura no início do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), particularmente no caso do cultivo de grandes áreas;

    ■ preparar antecipadamente a estrutura para a semadura, realizar limpeza, regulação e reparos em máquinas e deixar os insumos disponíveis para, quando o tempo permitir, desencadear a operação;

    ■ não parecer com o solo excessivamente úmido, evitando o risco de compactação e manipulação da estrutura do solo;

    ■ priorizar esquemas de rotação de culturas, pois, em ano de alta umidade, o ambiente costuma favorecer o desenvolvimento de doenças;

    ■ escolher cultivares resistentes às principais doenças que ocorrem na região;

    ■ dar atenção especial à sanidade e ao tratamento de sementes;

    ■ eleger cultivares não suscetíveis ao acamamento;

    ■ cuidar a adubação nitrogenada em cobertura. Em anos de muita chuva, a lixiviação de nitrogênio (N) pode ser grande e os sintomas de deficiência de N ficarão evidenciados;

    ■ evitar o uso de áreas sujeitas a inundações prolongadas;

    ■ realizar a colheita tão logo as grãos tenham umidade adequada para a operação, evitando a ocorrência, devido às chuvas frequentes, de perdas quantitativas e qualitativas em pré-colheita; e

    ■ adotar o Sistema Plantio Direto, em função da conservação do solo e da praticidade para realizar a semeadura.

    Chuva abaixo do normal

    ■ manter o solo descompactado ou evitar o adensamento excessivo;

    ■ mobilizar apenas o mínimo possível, por ocasião das operações de manejo;

    ■ dar preferência ao Sistema Plantio Direto;

    ■ observar o ZARC (começar a semeadura no início do período indicado, escalonar épocas de semeadura e priorizar o uso de cultivares de ciclos diferentes);

    ■ não utilizar população de plantas superior à indicada para a cultura;

    ■ implantar culturas sob condições adequadas de umidade e temperatura do solo;

    ■ regular a profundidade de semeadura um pouco maior do que a usual, e usar sulcadores para auxiliar as culturas a aprofundarem o sistema radicular para acessar a água armazenada no solo. Essa tática pode ser importante quando o intuito é superar períodos curtos de estiagem;

    ■ evitar o esvaziamento de barragens/açudes;

    ■ racionalizar o uso da água e irrigar quando necessário, dando preferência, em casos extremos, para os períodos críticos de cada cultura;

    ■ utilizar cultivares que possuam maior capacidade de aprofundar o sistema radicular, característica relacionada com a tolerância à presença de alumínio no solo.

  • Livro homenageia adolescentes mortos em incêndio no CT do Flamengo

    Livro homenageia adolescentes mortos em incêndio no CT do Flamengo

    Há cinco anos, às 5h17 do dia 8 de fevereiro, tinha início o incêndio que vitimou 10 atletas adolescentes alojados em contêineres, no Centro de Treinamento (CT) do Flamengo, mais conhecido como o Ninho do Urubu, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. O processo criminal sobre a tragédia segue na Justiça – a primeira audiência ocorreu em agosto do ano passado -, mas o recém-lançado livro “Longe do Ninho”, da jornalista e escritora Daniela Arbex, traz revelações inéditas daquela madrugada fatídica. Com idades entre 14 e 16 anos, morreram no incêndio Arthur Vinicius, Athila Paixão, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo, Pablo Henrique, Rykelmo de Souza Viana, Samuel Thomas e Vitor Isaías.

    “Eu não escrevo sobre tragédias, mas sim sobre omissões que causam tragédias”, disse Arbex,, no início da entrevista que concedeu na última terça-feira (6), ao programa Stadium, da TV Brasil, um dia após o lançamento do livro no Rio de Janeiro.

    homenagem aos meninos do ninho em muro em frente ao estádio do Maracanã - 10 adolescentes morreram em incêndio no CT do Flamengo, em 08/02/2019

    A homenagem aos meninos do ninho em muro em frente ao estádio do Maracanã – 10 adolescentes morreram em incêndio no CT do Flamengo, em 08/02/2019Capa do livro é obra do artista plástico Airá O Crespo, que também homenageou os aos Garotos do Ninho m painel grafitado no muro em frente ao estádio do Maracanã – airaocrespo/Instagram

    A ideia do livro surgiu após a escritora ser procurada por uma mãe que perdera o filho no incêndio. Após dois anos reunindo depoimentos e investigando o caso, a escritora narra de forma comovente o dia a dia dos meninos, a amizade entre eles, o luto infinito dos pais e, sobretudo, o rol de negligências que culminaram na morte de 10 inocentes.

    Entre as revelações inéditas no livro está o fato de os meninos do ninho não terem morrido dormindo, como pensava a maioria dos pais.

    “A gente consegue reconstruir aquela madrugada trágica, o que aconteceu em cada quarto. Uma das portas dos contêineres onde os meninos dormiam estava com defeito. Quando ela batia com força ela travava por dentro e só podia ser aberta por fora. Então, em um determinado quarto, os meninos não tiveram a chance de fugir”.

    Daniela Arbex traçou uma linha do tempo “assustadora” em que enfileira várias fiscalizações do Ministério Público no CT do Ninho do Urubu a partir de 2012, nas quais são apontadas diversas necessidades de melhoria em relação ao atendimento oferecido aos atletas da base.

    “Em 2014 foi feita uma tentativa de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que não se realizou. O Flamengo se recusou a fazer o TAC. Isso foi judicializado e em 2015:foi instaurada uma ação civil pública. Em 2019, quando o incêndio aconteceu, esta ação ainda estava em andamento. Então eu falo: o tempo da justiça nem sempre é o tempo de quem precisa dela. De 2012 a 2019 o Flamengo teve inúmeras oportunidades de se adequar, já os meninos do ninho não tiveram nenhuma chance”.

    Não foram poucas as vezes que a escritora, mãe de um menino de 12 anos, se emocionou durante o trabalho de investigação.

    “Quando as vítimas chegaram ao Instituto Médico Legal (IML), a legista percebeu que todas as placas de crescimento [áreas de cartilagem nos ossos longos] estavam abertas, o que mostra que eles [os garotos do ninho] teriam muito tempo para se tornar as estrelas que eles podiam ser”.

    Para Daniela Arbex, o juiz Marcelo Laguna Duque Estrada (titular da 36ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio), disse tudo que precisava ser dito sobre o incêndio no CT do Flamengo ao acolher a denúncia do MP-RJ.

    “Ele fala em autorias colaterais, que o incêndio no ar condicionado foi a ponta do iceberg. Houve várias omissões anteriores que culminaram naquela madrugada trágica. Uma delas é que o Ninho do Urubu sequer deveria estar funcionando; ele fala que aquele contêiner era uma arapuca mortal”.

    Entre as reflexões suscitadas pela autora está o cuidado com a saúde mental de adolescentes que iniciam muito cedo a carreira de atleta.

    “Acho que o livro joga luz a um tema pouco discutido, que é a capacidade de clubes cuidarem da saúde mental desses atletas em formação, que saem de casa precocemente e já desenvolvem relações comerciais, que te têm sobrecarga física; fragilidade dos seus laços afetivos porque estão longe dos verdadeiros ninhos, longe de casa e da proteção de seus pais. E qual a capacidade dos clubes de acolherem esses meninos afetivamente e oferecerem um suporte de saúde mental. Fiquei muito impressionada com um dos meninos que sobreviveu e que me disse que aos 20 anos se sentia um fracassado, que ele era velho demais aos 20 anos”.

    De acordo com a escritora, o Flamengo se recusou a dar qualquer depoimento para o livro. Daniela Arbex chegou a visitar o museu do clube da Gávea e se surpreendeu ao não encontrar registro algum sobre os garotos do ninho.

    “Falo sempre que o esquecimento nega a história. Quando uma história não é contada é como se ela não tivesse existido. E é por isso que esse livro existe: para a gente dizer que essa história aconteceu e para gente eternizar a história dos meninos”, concluiu.

  • Deputada baiana lança livro Mulher preta na política

    Deputada baiana lança livro Mulher preta na política

    A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB-BA), de 56 anos, lança, no próximo sábado (dia 8), no Festival Latinidades, em Brasília (DF), o seu primeiro livro: Mulher Preta na Política (editora Malê). O evento acontece no anexo do Museu Nacional em Brasília. O festival conta com o apoio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

    O livro aborda, a partir das experiências pessoais e de pesquisa, as dificuldades que mulheres pretas têm de chegar e de se estabelecer em cargos eletivos. Segundo a autora, o livro tem elementos de autobiografia, mas também dialoga com experiências de outras mulheres negras que se candidataram para o Executivo ou para o Legislativo. “Eu cito, inclusive as situações de violência política que a gente vive”, disse, em entrevista à Agência Brasil.

    A deputada, que tem mais de 35 anos de trajetória nas lutas sociais, chegou ao segundo mandato, com 92.559 votos, nas eleições de 2022. A primeira vitória para deputada contou com 57.755 votos.

    “Eu sou a única deputada preta da Assembleia Legislativa no estado mais negro do Brasil”, afirmou a parlamentar. “A população negra é maioria neste país e, mesmo assim, a gente não tem a presença refletida adequadamente nos espaços de poder”.

    O livro será lançado também no Museu do Amanhã (no Rio de Janeiro), no dia 15 de julho, e na Casa Mulher com a Palavra, no Instituto Goethe (em Salvador), em 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

    De faxineira a deputada

    A deputada, que é professora e pedagoga, trabalhou, antes de chegar ao ensino superior, como faxineira e merendeira de uma escola. Encantada com o que via em uma sala de aula, resolveu estudar para ser docente.

    Foi com dificuldades que fez o curso de pedagogia na Universidade Federal da Bahia, ao mesmo tempo em que trabalhava na faxina. “Imaginem o que faz uma universidade na cabeça de uma faxineira, favelada e inquieta”, escreveu na introdução do livro.

    Minoria

    Ela lamenta que dos 63 deputados da Assembleia Legislativa da Bahia, por exemplo, as mulheres continuem sendo minoria. “Em 2018, nós éramos dez mulheres e eu era a única mulher preta.

    Agora, só oito mulheres foram eleitas, apesar de não ter as mesmas ferramentas que os meus colegas homens tinham para fazer a campanha”.

    Mesmo com mandato, ela percebeu momentos em que era preterida. “A gente sabe quando o racismo e o machismo se articulam para deixar a gente de fora, ou para a gente ter menos garantia de emendas parlamentares”.

    Além disso, ela identifica que o racismo se apresenta em diferentes faces. A parlamentar recorda, inclusive, episódios em que eleitores estranhavam o fato de ela ser candidata ou parlamentar.

    “Nós somos tão poucas nos espaços de poder, historicamente associados a homens brancos. Essa construção serve também como um paredão para nos isolar desses espaços e formatar um imaginário coletivo”.

    Olívia Santana foi secretária de Educação e Cultura de Salvador, e pelo Estado da Bahia, atuou nas secretarias de Política para Mulheres e de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte.

    Serviço

    Lançamento do livro Mulher Preta na Política, de Olívia Santana

    Data: 8 de julho de 2023, às 14h

    Festival Latinidades – Anexo do Museu Nacional, em Brasília

    Edição: Graça Adjuto

  • Sancionada lei que estabelece estímulo à leitura na educação básica

    Sancionada lei que estabelece estímulo à leitura na educação básica

    O presidência da República, Jair Bolsonaro, sancionou ontem, terça-feira (12) o projeto de Lei 5.108 de 2019, norma que estabelece o compromisso da educação básica com o estímulo à leitura. A sanção alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 

    De acordo com a secretaria da Presidência da República, o projeto define a leitura como prioridade na educação básica.

    Para o órgão, o desenvolvimento da educação básica e a formação de leitores capacitados permite o pleno exercício da cidadania, o desenvolvimento da economia e o aumento da produtividade.

    “O direito à educação é uma garantia constitucional atrelado à dignidade da pessoa humana, inserido no rol de direitos fundamentais e sociais, sendo dever do Estado e da família o seu provimento, conforme prevê o art. 205, da Constituição”, declarou a secretaria

  • Livro “Mulheres pela Água” tem participação de personalidades mato-grossenses

    Livro “Mulheres pela Água” tem participação de personalidades mato-grossenses

    Lançado na manhã desta segunda-feira (22.11), o livro “Mulheres pela Água” evidencia o papel da mulher nos processos de gestão da água do Brasil. Duas personalidades de Mato Grosso contam suas experiências na publicação, a secretária adjunta de Licenciamento Ambiental e Recursos Hídricos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Lilian Ferreira dos Santos, e a servidora aposentada da Sema, Leonice de Souza Lotufo.

    Ao todo, 50 autoras compartilham na publicação, através de artigos e depoimentos, a inserção propositiva delas dentro do Sistema de Recursos Hídricos, destacando a atuação feminina nos processos, programas e ações desenvolvidos nos locais onde trabalham, ou mesmo dentro de suas vidas públicas, ou em empresas privadas e organizações sociais.

    Lilian Ferreira dos Santos é secretária adjunta da Sema-MT, engenheira agrônoma formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Especialista em Gestão e Manejo Ambiental em Sistema Agrícolas (UFLA). Ela conta em seu artigo que em seus 23 anos de serviço público buscou a preservação do meio ambiente, e as melhores estratégias, os melhores projetos, as melhores ações para cuidar da natureza.

    “Ao longo desses anos aprendi muito, tive centenas de experiências em Mato Grosso, mas também em várias regiões do Brasil e até em algumas cidades do mundo, como por exemplo, no Fórum Mundial da Água ocorrido em Marselha, França, no ano de 2012, onde pude ver a paixão brilhar nos olhos de milhares de pessoas que se juntam para lutar pela importância de cada gota de água”, conta em seu relato.

    A partir deste encontro mundial, do qual participou junto com Leonice de Souza Lotufo, foi possível que juntas, conseguissem realizar em solo mato-grossense, o Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, com diversos representantes de organismos internacionais.

    Leonice Lotufo é servidora pública aposentada, geóloga, e guia de turismo. É também diretora Região Centro-Oeste da Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas (REBOB), membro do Comitê de Bacias Hidrográficas de Cuiabá, e do Conselho Estadual de Recursos Hidricos (CEHIDRO) pela ITEEC Brasil.

    “Faço o relato da minha história, desde o meu nascimento até quando comecei a amar o meio ambiente, e também como trabalhei para trazer o morador da bacia hidrográfica para pensar junto com a gente o que é a gestão de recursos hídricos, e como cuidar de um recurso que pertence a todos nós, a água”.

    Sua história de mais de 20 anos atuando na área se cruza com a criação e consolidação dos Comitês de Recursos Hídricos. Acaba de ser eleita como segunda coordenadora adjunta do fórum nacional de CBH, com mandato de dois anos.

    O livro

    O prefácio foi escrito pela secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Marília Carvalho de Melo, que é a primeira mulher a comandar a pasta responsável por conduzir a gestão ambiental mineira.

    O Livro foi organizado e editado pela Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas em parceria com a Fundação Agência das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, AGEVAP Associação Pró-Gestão das Águas do Rio Paraíba do Sul e a FABHAT Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.

    A edição surgiu como resultado do 8º Fórum Mundial da Água, realizado na cidade de Brasília, Distrito Federal, em março de 2018. Na ocasião, foi evidente a participação das mulheres nos debates.