Em celebração ao aniversário de um dos maiores ícones da literatura infantil brasileira, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, realiza de 14 a 17 de abril a tradicional Semana Monteiro Lobato. A iniciativa homenageia o autor que marcou gerações com suas histórias encantadoras e visa incentivar o hábito da leitura entre crianças e jovens.
De 14 a 17 de abril, a programação contará com a apresentação da peça teatral “O Mistério dos Livros sem História”, voltada ao público infantojuvenil. As sessões ocorrerão em dois períodos, matutino (das 8h às 10h) e vespertino (das 14h às 16h), na Biblioteca Monteiro Lobato, especialmente para as escolas que agendaram previamente.
Sessões abertas ao público
Como novidade, este ano o evento também abre espaço para o público em geral com duas sessões noturnas nos dias 16 e 17 de abril, das 18h30 às 20h, proporcionando às crianças e famílias uma experiência lúdica e cultural em um ambiente dedicado à imaginação e ao conhecimento.
Sobre Monteiro Lobato
Nascido em 18 de abril de 1882, na cidade de Taubaté (SP), Monteiro Lobato é considerado o precursor da literatura infantil no Brasil. Com um estilo inovador, ele deu voz a personagens icônicos como Emília, Narizinho, Visconde de Sabugosa e tantos outros que habitam o imaginário coletivo por meio da coleção “Sítio do Picapau Amarelo”, composta por 23 volumes.
Pesquisa da Câmara Brasileira do Livro, intitulada Panorama do Consumo de Livros, mostra que 16% da população brasileira acima de 18 anos afirmam ter comprado ao menos um livro nos últimos 12 meses.
Comparado a outras atividades culturais, o livro foi a segunda categoria mais consumida, ficando apenas atrás do cinema. A maior parte dos consumidores comprou entre três e cinco livros nos últimos 12 meses.
As mulheres representam 62% dos consumidores que compraram mais de dez livros nos últimos 12 meses. Quarenta e um por cento dessas mulheres são da classe B e 39% da classe C. As mulheres da classe B estão concentradas no Nordeste e as da classe C no Sudeste.
Segundo o estudo, a maior parte dos consumidores acha caro os livros escolares e os livros para aprimoramento pessoal e profissional. Os livros para entretenimento e lazer, assim como os livros infantis e juvenis, não são considerados caros nem baratos.
A pesquisa mostra que 55% dos consumidores preferem comprar livros em lojas online e 39% preferem comprar em lojas físicas. O Nordeste é a região que concentra o maior percentual da população que prefere comprar online.
Aqueles que preferem comprar livros em lojas online apresentam maior consumo de outros bens relacionados à internet e tecnologia. Já aqueles que preferem comprar livros em lojas físicas apresentam maior grau de consumo de outros bens culturais. A maioria dos consumidores afirmou que compraria livros em lojas físicas caso o preço fosse equivalente ao da loja online.
De acordo com o levantamento, 56% dos consumidores compraram apenas livros físicos nos últimos 12 meses, 14% deles apenas livros digitais e 30% consumiram tanto livros impressos quanto livros digitais. Os homens concentram o maior percentual dos consumidores que compram apenas livros digitais. O Sul do país tem o menor percentual de consumidores que compram apenas livros digitais e o Nordeste concentra o maior percentual (36%) de pessoas que consumiram livros nos dois formatos.
A Delegacia de Polícia Civil de Nobres, localizada a 146 km de Cuiabá, tornou-se referência ao implementar a primeira biblioteca comunitária em uma unidade policial do estado de Mato Grosso. A iniciativa busca democratizar o acesso à leitura, promover a cultura e incentivar o compartilhamento de conhecimentos entre os moradores da região.
O funcionamento da biblioteca é simples e inclusivo: qualquer pessoa da comunidade pode visitar a delegacia e retirar um livro gratuitamente. Para manter o acervo abastecido e diversificado, os leitores são incentivados a doar livros em bom estado, fortalecendo um ciclo contínuo de trocas literárias.
De acordo com o delegado Rogério Gomes, idealizador do projeto, a biblioteca comunitária é um marco para a instituição e a cidade. “A aceitação e o engajamento da comunidade têm sido extremamente positivos. Moradores de todas as idades têm aproveitado a oportunidade para ampliar seus horizontes literários, compartilhar suas leituras favoritas e se envolver em uma troca cultural contínua”, afirmou.
Além de facilitar o acesso à leitura, o projeto estreita os laços entre a polícia e a comunidade, mostrando que a delegacia é um espaço de apoio em múltiplas dimensões. “Essa é mais uma forma de mostrarmos que a Polícia Civil está comprometida em servir à população de maneira ampla e inovadora”, destacou o delegado.
A biblioteca comunitária na Delegacia de Nobres é um exemplo de como a criatividade e a colaboração podem transformar espaços tradicionais em locais de integração e desenvolvimento social. O sucesso do projeto já inspira outras unidades policiais a replicarem a iniciativa, ampliando ainda mais o acesso à cultura em Mato Grosso.
Há três dias para encerrar o ano letivo de 2024, que ocorrerá nesta sexta-feira (13/12), a Escola Estadual Barão de Melgaço, em Figueirópolis D’Oeste, Mato Grosso, se transformou em um cenário de trocas culturais durante um Piquenique Literário que marca o início das férias escolares. O objetivo foi apoiar, incrementar e fortalecer o projeto pedagógico da escola, além de valorizar a leitura literária no cotidiano de crianças e jovens.
O evento especial e voluntário, direcionado aos alunos do 6º e 7º anos, foi organizado pela bibliotecária da escola, Aparecida Vieira Machado dos Santos, com apoio da professora de Língua Portuguesa, Silmara Carina Garcia Dias, além do envolvimento da gestão escolar e da coordenação pedagógica.
“Piquenique remete ao sabor e à degustação, mas, no nosso caso os alunos se fartaram foi dos livros. Escolhi cuidadosamente obras clássicas e contemporâneas, evidenciando a riqueza da literatura nacional. O lanche servido durante a leitura foi apenas um detalhe”, explicou Aparecida.
A professora Silmara disse que o evento contribuiu para despertar o interesse dos alunos pela leitura, apresentar as emoções, o exercício da imaginação, além de formar leitores críticos e socialmente atuantes desde a infância.
“Levar a leitura ao encontro do aluno e vice-versa é um compromisso da educação e de pessoas verdadeiramente comprometidas com ela. Enquanto educadores, exercemos papel fundamental na mediação para a construção desse conhecimento e temos consciência disso”, completou Silmara.
Espalhados estrategicamente pela área externa da escola em cestas ou sobre tapetes, os livros mais acessíveis e visíveis para todas as crianças. “Esta atividade não apenas estimulou a criatividade, mas também fortaleceu o vínculo das crianças com a literatura de maneira interativa”, concluiu Aparecida dos Santos.
83 estudantes do 8º ano da Escola Estadual Professora Eliane Digigov Santana, em Cuiabá, lançam seus livros do projeto “Da ideia ao Livro”, na próxima quinta-feira (12.12). A noite de autógrafos será às 19h, na unidade escolar. As obras literárias serão lançadas em formato e-book.
O projeto nasceu no começo do ano letivo de 2024, pela professora de português, Gersyanne de Oliveira Paiva. Ela percebeu a dificuldade de alguns estudantes com a leitura e decidiu propor um projeto para a coordenação para potencializar as habilidades de cada aluno.
“Desde o primeiro momento, trabalhamos projetos de leitura com os livros da biblioteca da escola, estimulando os alunos a ler, a escolher os gêneros literários e como começar a escrever um livro. Foi um ano de trabalho árduo para termos hoje 83 obras literárias de estudantes entre 13 e 15 anos. Todas as histórias estão lindas e cada uma com o seu jeitinho”, explicou a professora.
O projeto abriu oportunidades para os estudantes terem convicção da sua futura profissão. Marco Antônio de Souza, de 14 anos, está decidido a ser lutador de karatê. No livro “Campeonato brasileiro de Karatê”, ele contou a sua história de superação para futuramente se tornar um campeão.
“A leitura e a escrita mudaram a perspectiva da minha vida. Graças a nossa professora, aprendi a amar a leitura. Por causa do meu primeiro livro, agora quero contar outras histórias. A leitura e a escrita muda uma pessoa, a perspectiva do nosso futuro, o seu caráter, muda em várias áreas da sua vida”, completou Marco Antônio.
Ivo Gabriel, de 14 anos, que tem diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), disse que, mesmo tendo dificuldades com o neurodesenvolvimento, conseguiu escrever um livro com cerca de 30 páginas.
“É uma superação para mim. O meu livro se chama ‘Colisão entre mundos’, onde a ideia era mostrar o meu mundo, com planetas desconhecidos. Nunca pensei que conseguiria virar escritor. Vou até dar autógrafos. Estou emocionado por conseguir tudo isso”, disse.
A aluna Isabele Dias, de 14 anos, destacou que superou problemas de saúde mental com a escrita do livro. “Eu estava depressiva e, quando a professora disse que a gente iria escrever um e-book, logo pensei que seria sobre a minha biografia. Mas imaginei que seria uma história triste. Depois, desenrolei uma história baseada em filmes que gosto e isso mudou completamente a minha vida. Até a minha respiração muda quando penso que sou uma escritora”, contou.
A diretora pedagógica da unidade escolar, Kivia Botelho, contou que o projeto mudou até mesmo o comportamento dos alunos com os professores.
“A leitura amadurece as pessoas, seja qual for a sua idade. Essa ideia da professora Gersyanne contribuiu muito com o processo de ensino e de aprendizagem. A nossa intenção é continuar com o projeto no próximo ano para atingir ainda mais crianças e jovens”, destacou.
Integrante do programa Ensina Brasil, a professora Gersyanne apontou que, desde quando começou a sua carreira como professora de Língua Portuguesa, não havia se sentido tão realizada com o seu trabalho quanto agora.
“O projeto mudou não só a vida dos meus alunos, mas mudou a minha vida também. Quando li cada um dos livros, me enchi de orgulho e de lágrimas. Agradeço pela escola ter aceitado a minha ideia. O objetivo era esse: ver estudantes do 8º ano que não se interessavam pela leitura e que agora ficam ansiosos pelo início da aula para poderem falar sobre a sua obra literária. Hoje, eles são outras crianças e futuramente serão pessoas muito melhores. Tenho certeza disso”, finalizou.
Um novo levantamento sobre os hábitos de leitura dos brasileiros trouxe dados alarmantes sobre a situação em Mato Grosso.
A 6ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livroposicionou o estado como o segundo com menor índice de leitores do país, superado apenas pelo Rio Grande do Norte.
Com apenas 36% da população declarando ter lido pelo menos parte de um livro nos últimos três meses, Mato Grosso se encontra abaixo de estados como Piauí, Paraíba, Sergipe, Alagoas e Amazonas.
Em contrapartida, estados como Ceará, Paraná e Santa Catarina lideram o ranking nacional em termos de hábito de leitura.
A pesquisa revela um cenário ainda mais preocupante ao mostrar uma queda de quase 7 milhões de leitores nos últimos quatro anos em todo o Brasil.
Pela primeira vez na série histórica, a maioria da população brasileira (53%) declarou não ter lido nenhum livro nos últimos três meses.
Fatores que contribuem para a queda na leitura em Mato Grosso:
A proporção de não-leitores é maior do que a de leitores na população brasileira. Foto: Pixabay
Aumento do consumo de conteúdos digitais: A proliferação de dispositivos móveis e o acesso à internet têm alterado os hábitos de consumo de informação, com um maior foco em conteúdos audiovisuais e redes sociais.
Dificuldades de acesso a livros: O alto custo dos livros, a falta de bibliotecas públicas e a desigualdade social são alguns dos fatores que dificultam o acesso à leitura para grande parte da população.
Redução do investimento em políticas públicas para a leitura: A falta de políticas públicas que incentivem a leitura e o desenvolvimento de projetos culturais também contribui para a queda nos índices.
O que é analfabetismo funcional?
O analfabetismo funcional é um problema complexo que exige a atuação de diversos setores da sociedade. Foto: Pixabay
O analfabetismo funcional é a condição de quem, apesar de saber ler e escrever, não consegue compreender plenamente textos e informações mais complexas.
Ou seja, essa pessoa tem dificuldades em interpretar o que lê, em usar a escrita para se expressar de forma clara e eficiente e em realizar cálculos simples.
Em resumo, o analfabeto funcional não consegue utilizar a leitura e a escrita como ferramentas para o seu desenvolvimento pessoal e social.
Quais as causas do analfabetismo funcional?
Qualidade da educação básica: Uma educação de baixa qualidade, com falta de recursos e professores qualificados, pode levar ao desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita insuficientes.
Desigualdade social: Pessoas de baixa renda, com menor acesso à educação e a materiais de leitura, têm maior probabilidade de serem analfabetas funcionais.
Mudanças tecnológicas: A rápida evolução da tecnologia e o uso cada vez mais intenso de dispositivos digitais podem contribuir para o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita mais superficiais.
Falta de hábito de leitura: A falta de incentivo à leitura desde a infância pode levar ao desenvolvimento de um hábito de leitura insuficiente.
Quais as consequências do analfabetismo funcional?
Dificuldades no mercado de trabalho: O analfabeto funcional tem mais dificuldades em encontrar e manter um emprego, pois muitas atividades exigem habilidades de leitura e escrita.
Limitação do desenvolvimento pessoal: A dificuldade em compreender informações complexas limita o desenvolvimento pessoal e profissional, dificultando o acesso a novas oportunidades.
Dificuldade em participar da vida social: O analfabeto funcional pode ter dificuldades em participar de atividades sociais que exigem a compreensão de textos e informações.
Cidadania limitada: A dificuldade em compreender informações sobre seus direitos e deveres limita a participação do indivíduo na vida política e social.
O analfabetismo funcional é um problema complexo que exige a atuação de diversos setores da sociedade. É fundamental que governos, escolas, empresas e sociedade civil trabalhem em conjunto para promover a alfabetização e o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita para todos.
Uma nova lei, sancionada no início deste mês, vai incentivar a leitura de livros de autores de Mato Grosso nas escolas públicas e privadas do estado.
A iniciativa, de autoria do deputado Dr. Eugênio de Paiva (PSB), busca promover a cultura local e valorizar a produção literária matogrossense.
A Lei nº 12.689/2024 modifica uma legislação anterior, tornando as ações do programa mais específicas e direcionadas para o ensino fundamental e médio.
A ideia surgiu a partir de sugestões da Academia Mato-grossense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, que buscavam fortalecer a valorização da cultura regional.
Como a lei vai funcionar em Mato Grosso?
A nova lei de Mato Grosso prevê a realização de diversas ações, como palestras, seminários e exposições, para promover a importância da leitura de autores mato-grossenses.
As escolas terão que criar espaços especiais nas bibliotecas para abrigar obras de escritores locais sobre história, geografia, literatura e cultura do estado.
Benefícios para os estudantes
O incentivo à leitura de autores mato-grossenses traz diversos benefícios para os estudantes, como:
Conhecimento da cultura local: Os alunos terão a oportunidade de conhecer melhor a história e a cultura de seu estado, fortalecendo sua identidade.
Desenvolvimento da leitura: A leitura é fundamental para o desenvolvimento intelectual e a formação de cidadãos mais críticos.
Valorização da produção literária local: A lei contribui para o fortalecimento do mercado editorial local, incentivando a produção de obras de autores mato-grossenses.
A iniciativa do governo de Mato Grosso se alinha com a Política Nacional de Leitura e Escrita, recentemente regulamentada pelo Governo Federal. Essa política busca criar um novo Plano Nacional de Livro e Leitura, com o objetivo de fortalecer a leitura em todo o país.
Próximos passos
Com a aprovação da lei, o próximo passo é a sua implementação pelas secretarias de estado. A expectativa é que a nova legislação contribua para o desenvolvimento da cultura de leitura em Mato Grosso e para a formação de novos leitores.
Benefícios da nova lei
A nova lei trará diversos benefícios para o estado de Mato Grosso, como:
Valorização da cultura regional: A promoção da leitura de autores mato-grossenses contribui para a valorização da cultura local e o fortalecimento da identidade regional.
Melhora da qualidade da educação: A leitura é fundamental para o desenvolvimento intelectual e a formação de cidadãos mais críticos e conscientes.
Fortalecimento do mercado editorial: A lei pode impulsionar o mercado editorial local, incentivando a produção de obras de autores mato-grossenses.
Mais uma novidade literária está chegando na cidade. A Secretaria de Cultura e Turismo de Lucas do Rio Verde convida os leitores luverdenses para conhecer o projeto Livros nas Praças. A inciativa visa contribuir com a educação social, promovendo o hábito pela leitura com a realização de atividades literárias, através de empréstimos gratuitos de livros em diversas cidades do Brasil.
A biblioteca sobre rodas possui um acervo de 2 mil livros com títulos variados, voltado para crianças, jovens e adultos, além de um acervo em braile, com fonte ampliada, para atender o público com deficiência visual e múltiplas.
O ônibus-biblioteca Livros nas Praças, chegará na cidade nesta quarta-feira (07), e ficará na praça da Igreja Rosa Mística, nas seguintes datas e horários:
07 a 10 de agosto (quarta a sábado): 10h às 16h 12 a 15 de agosto (segunda a quinta): 10h às 16h
Os leitores poderão visitar a biblioteca móvel, fazer empréstimos de livros e também ler dentro da unidade móvel.
O projeto cultural Livros nas Praças é uma realização da empresa Korporativa Marketing Cultural, Social e Ambiental. Aprovada pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, conta também com o patrocínio da empresa GDM.
A leitura é uma ferramenta poderosa que nos enriquece como indivíduos e nos torna mais conscientes do mundo ao nosso redor.
As citações de Jane Austen, William Nicholson, George R.R. Martin e Virginia Woolf capturam beautifully a essência do que torna a leitura uma experiência tão rica e gratificante.
“Não há prazer como a leitura” – Jane Austen
A leitura nos abre um mundo de histórias, ideias e emoções que nos transportam para além da realidade cotidiana. É um prazer que pode ser desfrutado por pessoas de todas as idades e origens, proporcionando momentos de alegria, relaxamento e aprendizado.
Mas além do prazer e da sabedoria, da desconexão e da riqueza que adquirimos ao ler, são muitos os benefícios que a prática da leitura traz para a saúde: várias pesquisas apontam as vantagens concretas que a leitura tem diariamente, desde ampliar o vocabulário para estimular a empatia, reduzir a ansiedade e o estresse ou modificar seus circuitos cerebrais.
“Para saber que não estamos sozinhos” – William Nicholson
Através da leitura, conectamo-nos com personagens que vivem experiências semelhantes às nossas, enfrentam desafios e dilemas parecidos, e nos reconhecemos em suas alegrias e tristezas. Essa identificação nos faz sentir menos sozinhos no mundo e nos ajuda a entender melhor a nós mesmos e aos outros.
“Viver mil vidas antes de morrer” – George R.R. Martin
A literatura nos permite viajar no tempo e no espaço, conhecer diferentes culturas e realidades, e experimentar vidas que jamais poderíamos viver na realidade. Através dos livros, podemos ser aventureiros, exploradores, reis, rainhas, ou qualquer outra coisa que nossa imaginação desejar.
“Eu queria escrever sobre tudo, sobre a vida que temos e as vidas que poderíamos ter tido. Eu queria escrever sobre todas as formas possíveis de morrer” – Virginia Woolf
A leitura nos convida a refletir sobre a vida, a morte, o amor, a perda, a alegria, a tristeza e todas as outras emoções que nos definem como seres humanos. Através dos livros, podemos explorar diferentes perspectivas, questionar nossas crenças e valores, e buscar um sentido mais profundo para a nossa existência.
Em resumo, lemos porque:
É um prazer inigualável.
Nos conecta com outras pessoas e com o mundo.
Nos permite viver mil vidas.
Nos convida à reflexão e ao autoconhecimento.
O que acontece com as pessoas que lêem muita ficção?
Leitura: Estes são os efeitos fascinantes de ler ficção para o seu cérebro – Fotos do Canva
Ler ficção, seja romances, contos, ficção científica ou fantasia, é muito mais do que um simples passatempo. É uma viagem imersiva para outros mundos, perspectivas e realidades, com o poder de transformar nossa forma de pensar, sentir e agir.
Mas o que acontece com as pessoas que leem muita ficção?
As pesquisas indicam que os efeitos são diversos e positivos, tanto para a saúde mental quanto para o desenvolvimento pessoal:
1. Aumento da Empatia e Inteligência Emocional:
Ao se conectar com personagens fictícios e suas histórias, o leitor desenvolve a capacidade de se colocar no lugar do outro, entender suas emoções e motivações. Isso se traduz em maior empatia e inteligência emocional no mundo real, permitindo relacionamentos mais saudáveis e resolução de conflitos de forma mais eficaz.
2. Estímulo à Criatividade e Imaginação:
A ficção nos convida a imaginar o impossível, a explorar novas ideias e a pensar de forma criativa. Essa imersão em realidades alternativas expande nossos horizontes, nos tornando mais inovadores e adaptáveis em diferentes situações da vida.
3. Melhora da Memória e Concentração:
Acompanhar tramas complexas, personagens distintos e reviravoltas inesperadas exigem que o leitor exercite sua memória e concentração. Com o tempo, essa prática se traduz em uma mente mais ágil, capaz de reter informações e se concentrar por períodos mais longos.
4. Redução do Estresse e Ansiedade:
Mergulhar em um bom livro nos transporta para outro universo, nos distanciando temporariamente das preocupações do dia a dia. Essa fuga mental funciona como um relaxante natural, reduzindo o estresse, a ansiedade e promovendo o bem-estar geral.
5. Ampliação do Vocabulário e Habilidades Linguísticas:
Ler autores com diversos estilos e vocabulários ricos nos expõe a novas palavras, expressões e formas de construção de frases. Essa imersão na linguagem aprimora nossa comunicação escrita e oral, tornando-nos mais articulados e eloquentes.
6. Desenvolvimento do Pensamento Crítico e Análise:
Ao analisarmos histórias fictícias, somos levados a questionar personagens, tramas e até mesmo a própria realidade. Essa prática aguça nosso senso crítico, nos tornando mais analíticos e capazes de tomar decisões mais conscientes.
7. Aumento do Conhecimento e Compreensão do Mundo:
A ficção, muitas vezes, se baseia em fatos históricos, eventos sociais e realidades culturais diversas. Ao lermos sobre diferentes contextos e perspectivas, ampliamos nosso conhecimento de mundo, combatemos preconceitos e desenvolvemos uma visão mais globalizada.
8. Estímulo à Reflexão Pessoal e Crescimento Interior:
Através das histórias e personagens, somos levados a refletir sobre nossos próprios valores, crenças e comportamentos. Essa jornada de autoconhecimento nos impulsiona a buscar o autodesenvolvimento e a construir uma vida mais autêntica e significativa.
Pessoalmente, concordo plenamente com a frase de Lena Dunham, autora de Girls, que diz “vamos ser razoáveis e adicionar um oitavo dia por semana dedicado exclusivamente à leitura”. A leitura constitui uma ferramenta barata e eficaz para viajar sem sair do local, viver milhares de vidas de dentro do corpo próprio, impregnar-se de outras culturas ou relaxar a mente e fugir dos problemas e da velocidade da vida cotidiana.
Mas, seja uma pessoa leitora inveterada ou não, a verdade é que a leitura diária traz inúmeros benefícios para a sua saúde tanto mental como física.
Para que você se anime a ir à biblioteca do seu bairro com mais frequência, despoeirar aquele romance que você deixou pela metade, mergulhar na prateleira de ensaios da sua revista favorita ou decidir reler o seu livro favorito, contamos-lhe as vantagens da leitura com base em várias pesquisas e estudos científicos.
A leitura aumenta seu vocabulário: Um estudo realizado pela Universidade de Londres avaliou as habilidades de vocabulário das mesmas pessoas aos 16 e 42 anos, e descobriu que em uma idade mais jovem a pontuação média do teste era de 55 por cento. Mais tarde na vida, as pontuações foram em média de 63 por cento no mesmo teste, indicando que os humanos continuam a aprender habilidades de linguagem mesmo como adultos. Os participantes do estudo que leram frequentemente por prazer obtiveram os maiores benefícios no teste.
A ficção literária aumenta a empatia: Pesquisadores da Nova Escola de Pesquisa Social de Nova York determinaram que a leitura de ficção literária melhora o que é chamado de «teoria da mente» (ToM), ou a capacidade de entender os estados mentais dos outros e ser capaz de construir relações sociais complexas. Outro estudo da Universidade de Harvard publicado em 2013 revelou que os leitores de ficção literária tiveram um melhor desempenho em tarefas como prever como os personagens agirão e identificar a emoção codificada nas expressões faciais.
Diminui o estresse e a ansiedade: Em 2009, cientistas da Universidade de Sussex, no Reino Unido, analisaram como diferentes atividades contribuem para a redução do estresse, medindo a frequência cardíaca e a tensão muscular. O resultado revelou que ler um livro ou jornal durante seis minutos reduziu o estresse em 68%, um efeito mais forte do que dar um passeio (42%), beber uma xícara de chá ou café (54%) ou ouvir música (61%).
Modifique seus circuitos cerebrais: Pesquisadores da Universidade de Emory em Atlanta fizeram imagens de ressonância magnética funcional (fMRI) de 21 estudantes de graduação, todos encarregados de ler o romance Pompeia de Robert Harris. Dias depois de ler várias seções do livro, os resultados mostraram maior conectividade nas áreas do cérebro envolvidas na receptividade da linguagem, bem como nas responsáveis pela sensação física e movimento.