Tag: leite

  • Mercado de leite segue pressionado por importações, mas derivados mostram sinais de retomada

    Mercado de leite segue pressionado por importações, mas derivados mostram sinais de retomada

    Até o início de agosto, os indicadores de mercado apontavam para uma queda nos preços do leite ao produtor. De acordo com o Cepea, a produção vinha sendo impulsionada pelo aumento da margem dos produtores, ao mesmo tempo em que a demanda se mantinha moderada, refletindo os preços baixos nas gôndolas.

    Além disso, as importações de lácteos, que se mantiveram em volumes elevados, contribuíram para pressionar ainda mais as cotações em toda a cadeia produtiva. Em julho, essa conjuntura levou a uma queda de 1,5% no preço do leite captado, com a “Média Brasil” fechando em R$ 2,7225/litro.

    Em agosto, uma pesquisa realizada pelo Cepea, em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), apontou quedas nos preços de alguns derivados lácteos. O leite UHT caiu 3,55%, e o leite em pó (400g) registrou redução de 1,92% em comparação com o mês anterior. Em contrapartida, a muçarela apresentou uma leve valorização de 1,88%, atingindo R$ 32,01/kg, um sinal de possível recuperação nos preços de produtos derivados.

    Importações e exportações recuam em agosto

    As importações de lácteos caíram expressivamente em agosto, com redução de 25,19% em relação a julho e 4,6% comparado ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, as exportações de lácteos também sofreram uma queda acentuada, com recuo de 57,14% no comparativo mensal e 29% no anual. Como resultado, o déficit na balança comercial do setor diminuiu 23,9% de julho para agosto, totalizando um saldo negativo de 183,6 milhões de litros em equivalente leite e um valor negativo de US$ 81 milhões.

    Em relação aos custos de produção, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira ficou praticamente estável em agosto, com uma leve queda de 0,09% em relação ao mês anterior, considerando a “média Brasil” (bacias de BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS). No acumulado de 2024, o COE apresenta variação negativa de 0,77%, indicando uma leve diminuição dos custos operacionais ao longo do ano.

  • Leite/Cepea: Oferta crescente interrompe movimento de alta no preço

    Leite/Cepea: Oferta crescente interrompe movimento de alta no preço

    Interrompendo o movimento de alta que vinha sendo observado desde novembro de 2023, o preço do leite captado em julho registrou queda real de 1,5% frente a junho, levando a “Média Brasil” a R$ 2,7225/litro, de acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. O valor, porém, ainda supera em 7,9% o de julho/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de julho/24). Apesar de o preço do leite pago ao produtor acumular avanço real de 30,1% desde o início de 2024, a média de janeiro a julho deste ano (de R$ 2,50/litro) está 11,5% inferior à do mesmo período de 2023.

    A queda nos valores ao produtor é explicada pelo aumento da oferta nacional. O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 4,6% em julho. Todos os estados registraram alta na captação, mas o resultado foi puxado sobretudo pelos fortes crescimentos de 8% em Minas Gerais, de 4,7% no Rio Grande do Sul e de 4,1% em Santa Catarina.

    A produção de leite vem se recuperando, devido aos investimentos de pecuaristas em nutrição do rebanho. Mesmo que o Custo Operacional Efetivo (COE) tenha subido 0,62% em julho, a margem bruta do produtor se manteve em alta na “média Brasil”. Estima-se que a margem bruta do pecuarista tenha avançado 3,93% de junho para julho, passando de 82 centavos de Real/litro para 85 centavos de Real/l, considerando-se a “Média Brasil”. Os cálculos são do Cepea em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), tomando-se como base propriedades típicas amostradas no projeto Campo Futuro.

    Além do avanço na produção interna, as importações continuam elevando a disponibilidade de lácteos no mercado nacional. Em junho, houve aumento de 37,4% nas compras, totalizando 251,1 milhões de litros em equivalente leite, segundo dados da Secex compilados pelo Cepea. Essa quantidade supera em 35,3% a internalizada no mesmo período do ano passado.

    Ademais, indústrias de laticínios seguiram com dificuldade em garantir margem nas vendas dos lácteos. Pesquisas do Cepea apoiadas pela OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) mostram que o leite UHT, a muçarela e o leite em pó fracionado se desvalorizaram 5,68%, 2,03% e 0,25%, respectivamente, em julho – o que também influenciou o pagamento da matéria-prima daquele mês.

    Diante desse contexto, a expectativa é de que o terceiro trimestre seja marcado pelo recuo das cotações do leite cru.

  • Preço do leite ao produtor sobe 1,3% em junho, mas derivados recuam em julho

    Preço do leite ao produtor sobe 1,3% em junho, mas derivados recuam em julho

    O preço do leite captado em junho de 2024 registrou uma alta pelo oitavo mês consecutivo, mas o crescimento foi modesto, com um avanço de apenas 1,3% em termos reais em comparação a maio, segundo levantamento do Cepea. Com isso, a “Média Brasil” do valor pago ao produtor ficou em R$ 2,7524/litro, representando um aumento de 3,25% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar do aumento acumulado de 32,1% no valor desde janeiro, a média real do primeiro semestre de 2024 ainda é 14,3% inferior à do mesmo período de 2023, após o ajuste pelo IPCA de junho.

    Em contrapartida, os preços dos derivados lácteos caíram em julho, refletindo uma demanda mais fraca e a dificuldade das indústrias em repassar o aumento da matéria-prima para os canais de distribuição. Segundo pesquisa do Cepea em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), o leite UHT registrou uma desvalorização de 5,68% em comparação a junho, com o preço médio passando para R$ 4,51/litro. A muçarela também sofreu queda, com os preços recuando 2,03%, alcançando R$ 31,42/kg.

    Além disso, as importações brasileiras de lácteos continuaram em alta em julho, com um aumento de 37,43% em relação a junho e 35,27% em comparação ao mesmo período do ano anterior. As exportações de leite em pó também dispararam, com um crescimento de 97,98% em termos mensais e 58,05% em termos anuais. Esse movimento resultou em um aumento de 35,7% no déficit da balança comercial de lácteos em volume, atingindo aproximadamente 241 milhões de litros em equivalente leite e um saldo negativo de US$ 99 milhões.

    Apesar do aumento nos custos de produção da atividade leiteira, as margens dos pecuaristas permaneceram positivas em julho, graças à elevação das cotações do leite. O Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 0,62% na “Média Brasil” (que abrange as bacias de BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS) em relação ao mês anterior, marcando a terceira alta consecutiva. No entanto, na parcial do ano, o COE acumulou uma queda de 0,68%, sinalizando que as margens ainda estão favoráveis para os produtores.

  • Leite/Cepea: Oferta aumenta mais que o esperado, e preço sobe apenas 1,3%

    Leite/Cepea: Oferta aumenta mais que o esperado, e preço sobe apenas 1,3%

    Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostram que o preço do leite captado em junho subiu pelo oitavo mês consecutivo, mas em menor intensidade. A alta frente a maio limitou-se a 1,3%, em termos reais, de modo que a “Média Brasil” foi de R$ 2,7524/litro – 3,25% maior que a de junho/23. Desde janeiro, o valor do leite pago ao produtor acumula avanço real de 32,1%. Porém, a média do primeiro semestre, de R$ 2,46/litro, fica 14,3% abaixo da de igual intervalo do ano passado (os valores foram deflacionados pelo IPCA de junho).

    A perda no ritmo de valorização em junho/24 se explica, sobretudo, pelo aumento acima do esperado da oferta nacional. Mesmo com o atraso da safra no Sul e com a seca no Sudeste e no Centro-Oeste, a produção de leite vem se recuperando devido a investimentos de produtores na nutrição do rebanho, estimulados pelo incremento da margem nos últimos meses. O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea avançou 4,14% em junho, puxado pela alta média de 7,2% nos estados do Sul e de cerca de 2% nos outros estados da “Média Brasil”.

    Além do aumento na produção interna, houve alta de 22% nas importações de lácteos de maio para junho, totalizando cerca de 182 milhões de litros em equivalente leite, segundo dados da Secex. Mesmo que essa quantidade seja quase 14% menor que a internalizada no mesmo período do ano passado, ao considerar o primeiro semestre do ano, as compras externas ainda estão 1,4% maiores.

    Ademais, a dificuldade das indústrias em garantir margem nas vendas dos lácteos ao longo do primeiro semestre é um fator importante que influencia na queda do ritmo de valorização do leite cru. Pesquisas do Cepea apoiadas pela OCB mostram que houve altas de 6,6% no preço médio do UHT, de 4,1% para a muçarela e de 2,5% para o leite em pó fracionado (400g) negociados entre indústrias e atacado em São Paulo em junho. Apesar das variações mensais positivas, é importante ressaltar que as elevações se concentraram majoritariamente na primeira quinzena do mês, visto que, a partir da segunda metade do período, houve aumento da pressão dos canais de distribuição sobre as negociações.

    Ainda que a tendência sazonal sinalize a persistência do movimento de alta do leite ao produtor até agosto, é possível que esse não seja o comportamento dos preços em 2024. Diante da continuidade do contexto de mercado citado, a expectativa é de que o terceiro trimestre seja marcado pelo recuo das cotações do leite cru.

  • Com oferta limitada, preço do leite ao produtor avança 10%

    Com oferta limitada, preço do leite ao produtor avança 10%

    O preço do leite captado em maio subiu pelo sétimo mês consecutivo e registrou elevação de 9,8% frente ao de abril, chegando a R$ 2,7114/litro na “Média Brasil” do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Desde janeiro, o valor do leite pago ao produtor acumula avanço real de 30,4% (os valores foram deflacionados pelo IPCA de maio). Ainda assim, o preço médio de maio ficou 4,82% abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado, em termos reais.

    O movimento de alta se explica pela redução da produção no campo. O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea teve pequena reação de 0,14% de abril para maio, mas acumula baixa de 7,7% na parcial deste ano.

    Além dos menores investimentos dentro da porteira no final de 2023, o avanço da entressafra no Sudeste e Centro-Oeste e o atraso da safra no Sul limitam a oferta do leite cru. Consequentemente, a disputa entre laticínios e cooperativas por fornecedores para garantir o abastecimento de matéria-prima sustentou a valorização do leite. Vale também ressaltar que os impactos negativos das enchentes do Rio Grande do Sul sobre a produção de lácteos gaúcha e o aumento pontual da demanda devido aos donativos no estado criaram especulação e elevaram as incertezas, dificultando o dimensionamento do mercado em maio.

    A alta do preço do leite no campo levou ao aumento das cotações dos derivados lácteos. A pesquisa do Cepea em parceira com a OCB mostra que, na negociação entre indústrias e canais de distribuição paulistas, as médias de preços do UHT, muçarela e leite em pó fracionado (400g) subiram 5,1%, 5,9% e 4,5% em maio, respectivamente. No entanto, o repasse da valorização da matéria-prima para os derivados ocorreu em intensidade menor do que a variação observada no campo, já que o consumo não se fortaleceu como o esperado.

    Em junho, os preços dos lácteos avançaram até a segunda quinzena do mês – o que deve manter a média mensal ainda em alta frente ao mês anterior. Porém, nas duas últimas semanas de junho, as cotações retornaram ao patamar do início de maio, devido ao enfraquecimento do consumo e à pressão exercida pelos canais de distribuição. Dessa maneira, a margem dos laticínios na venda dos derivados seguiu justa, especialmente para os produtos mais “comoditizados” (como UHT, muçarela e pó) – o que, por sua vez, pode frear o ritmo de altas nos preços pagos aos produtores.

    Outros fatores reforçam a perspectiva de que o movimento altista deve perder força em junho e, até mesmo, se inverter a partir de julho, como o incremento da margem do produtor nestes últimos meses, que tende a favorecer a recuperação da produção nacional de leite cru, ainda de forma lenta.

    Quanto à oferta de derivados, as importações continuam sendo um fator de incerteza para o mercado. Dados da Secex mostram que, em maio, as compras externas caíram 23,6%, totalizando cerca de 150 milhões de litros em equivalente leite, queda de 28% frente a maio/23, mas ainda mais que o dobro do registrado em maio/22. De janeiro a maio, o volume importado somou 923 milhões de litros em equivalente leite, 5,1% a mais que no mesmo período de 2023.

  • Leite: Preço ao produtor sobe pelo 6º mês e mantém tendência de alta

    Leite: Preço ao produtor sobe pelo 6º mês e mantém tendência de alta

    O preço do leite captado em abril subiu pelo sexto mês consecutivo, a R$ 2,4576/litro na “Média Brasil” do Cepea, 5,1% acima do de março, em termos reais (deflacionamento pelo IPCA de abril). Na parcial deste ano, o valor do leite ao produtor acumula avanço real de 18,7%. Para maio, pesquisas do Cepea em andamento apontam que o cenário deve permanecer altista, com aumento projetado em torno de 10% na “Média Brasil”.

    Pesquisa do Cepea realizada em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) mostra que os preços dos derivados lácteos comercializados no estado de São Paulo subiram em maio. Para o leite UHT, a alta foi de 5,14% em relação ao mês anterior, com a média passando para R$ 4,46/litro; o queijo muçarela e o leite em pó (400g) se valorizaram respectivos 5,87% e 4,51%, a R$ 30,62/kg e R$ 27,37/kg. Já no comparativo anual, as variações são negativas, em 8,13%, 7,24% e 5,78%, nesta ordem (deflacionamento pelo IPCA de maio/24).

    Em maio, as importações brasileiras de lácteos caíram 23,58% em relação a abril e 28,33% sobre o mesmo período do ano passado. As exportações também diminuíram, 22,87% no comparativo mensal e 40,7% no anual. Como resultado, o déficit da balança comercial (em volume) recuou 23,6%, de abril para maio, para aproximadamente 145 milhões de litros em equivalente leite, gerando um saldo negativo de US$ 65,8 milhões em maio.

    Com a estabilidade nos custos de produção da pecuária leiteira e a valorização de 4,84% do leite em maio, a margem bruta do produtor avançou 24% no período. A margem bruta saiu de R$ 0,49/litro em abril para R$ 0,61/l em maio, considerando-se a “média Brasil”. Os cálculos são do Cepea em parceria com a CNA, tomando-se como base propriedades típicas amostradas no projeto Campo Futuro.

  • É mentira que arroz importado terá agrotóxicos proibidos no Brasil

    É mentira que arroz importado terá agrotóxicos proibidos no Brasil

    OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) elucida que o edital do aviso de leilão de compra de arroz beneficiado polido nº 47/2024 determina que o produto importado deverá ter aspecto, cor, odor e sabor característico de arroz beneficiado polido longo fino Tipo 1, de acordo com todas as especificações explícitas no Anexo II do edital.

    Peças de desinformação repercutem a tese inverídica de que o arroz seria importado com agrotóxicos proibidos no Brasil. Desde que foi anunciada para combater a especulação do preço do produto no país, a importação do grão tem sido alvo de narrativas falsas que questionam a qualidade de um produto que sequer foi adquirido ainda.

    O edital do leilão de compra do arroz também estabelece que o produto será analisado por lote de produção, sendo recusado aquele que não se enquadrar nos padrões e especificações de qualidade da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e demais legislações vigentes.

    Complementarmente, cabe destacar que, para que o produto arroz possa ingressar no país, independentemente da forma como é produzido, ele deve se enquadrar no padrão brasileiro, ou seja, deve atender à legislação vigente no Brasil.

    De acordo com a Lei nº 9.972/2000, a classificação dos produtos vegetais é obrigatória quando destinados diretamente à alimentação humana; nas operações de compra e venda do Poder Público; e na importação. O padrão oficial de classificação do arroz é estabelecido pela Instrução Normativa Mapa nº 06/2009, alterada pela Instrução Normativa Mapa nº 02/2012.

    A presença de substâncias nocivas à saúde, conforme previsto no Artigo 13 do referido normativo, como resíduos de agrotóxicos que não estejam de acordo com a legislação brasileira, é um fator desclassificante e observado antes da internalização do produto.

    Dessa forma, o Mapa realiza monitoramento e inspeções nas cargas de produtos importados, inclusive do arroz, por meio de coleta de amostras para verificação da presença de resíduos e contaminantes, bem como dos requisitos de identidade e qualidade no momento de ingresso no Brasil.

    Caso ocorra a desclassificação do produto, a carga é considerada imprópria para o consumo e destinada à destruição ou rechaçada.

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  • Governo Federal sanciona Lei que exclui a silvicultura do rol de atividades poluidoras

    Governo Federal sanciona Lei que exclui a silvicultura do rol de atividades poluidoras

    O Governo Federal sancionou, nesta sexta-feira (31), a Lei 14.876, aprovada pelo Congresso Nacional, que exclui a silvicultura do rol de atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais. A mudança ocorre na Lei 6.938/81 da Política Nacional do Meio Ambiente.

    Com essa medida, será simplificado o licenciamento ambiental para o plantio de florestas para fins comerciais, como por exemplo a produção de pinus e de eucaliptos. Ainda, a produção não estará sujeita ao pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA).

    Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a retirada da atividade dessa lista é relevante para o setor florestal brasileiro. “Além de reduzir custos operacionais associados às obrigações de conformidade, a exclusão da silvicultura dessa lista simplifica o processo de licenciamento. O objetivo principal é incentivar o reflorestamento, aumentar os investimentos no setor florestal e promover a produção florestal sustentável”, destaca. “O Governo com essa ação demonstra mais uma vez que está comprometido com o desenvolvimento econômico e social do país, sempre em harmonia com a preservação do meio ambiente”, completa.

    O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de celulose, sendo o terceiro produto agrícola mais exportado do país, o que evidencia a relevância internacional da produção florestal.

    Segundo o presidente executivo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Paulo Hartung, o país conta com certa de 10 milhões de hectares de árvores plantadas, além de conservar outros 6,7 milhões em mata nativa.

    Hartung destaca que a medida irá destravar investimentos significativa para o setor. “A sanção agora permite superarmos uma dispendiosa burocracia que atrasa o plantio de árvores para fins industriais em mais de um ano. Com isso, também irá destravar investimentos bilionários no país, ampliando assim nossa competitividade”, explica.

    “A aprovação do projeto é resultado de um intenso debate realizado ao longo de dez anos com especialistas e legisladores. O setor agradece ao presidente Lula por corrigir uma incongruência que terá desdobramentos importantes para nossa caminhada rumo à economia verde”, declara Paulo Hartung.

    O que são Florestas Plantadas?

    Florestas Plantadas configuram uma cultura agrícola composta por árvores que são cultivadas especificamente para a produção de madeira legal, papel, celulose, carvão vegetal, chapas, painéis e outros produtos florestais. No Brasil, este setor desempenha um papel fundamental na economia, pois possui uma diversidade de espécies florestais cultivadas que são essenciais para a sustentabilidade ambiental e econômica do país.

    PLANO FLORESTA + SUSTENTÁVEL

    O Mapa instituiu por meio do Plano Floresta +Sustentável em um de seus eixos a atualização do Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PNDF), previsto na Política Agrícola para Florestas Plantadas (Decreto nº 8.375/2014) e atualizado em março de 2024. O PNDF indica meta de 4 milhões de hectares de árvores cultivadas até 2030 e apresenta, como visão de futuro

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  • Preço do leite ao produtor avança pelo 6º mês seguido, apura Cepea

    Preço do leite ao produtor avança pelo 6º mês seguido, apura Cepea

    O preço do leite captado em abril registrou aumento de 5,1% frente ao mês anterior, chegando a R$ 2,4576/litro na “Média Brasil” do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Trata-se da sexta alta mensal consecutiva. Assim, na parcial deste ano, o preço do leite ao produtor acumula avanço real de 18,7% (os valores foram deflacionados pelo IPCA de abril).

    A valorização do leite ao produtor segue sendo explicada pela redução da produção. O Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea registrou queda de 0,37% de para março para abril; e, no acumulado do ano, a baixa é de 7,8%.

    Além dos menores investimentos dentro da porteira no final do ano passado, o avanço da entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste e o atraso da safra do Sul, devido ao clima adverso, têm prejudicado a oferta do leite cru. Consequentemente, a disputa entre laticínios e cooperativas por fornecedores para garantir o abastecimento de matéria-prima seguiu intensa, sustentando o movimento de valorização. E esse cenário deve se manter também em maio, reforçado pelas altas consideráveis nos preços do leite spot e pela especulação de agentes de mercado, tendo em vista os impactos negativos das enchentes do Rio Grande do Sul sobre a atividade pecuária leiteira do estado.

    Contudo, esse movimento altista pode perder força a partir de junho, em decorrência de uma combinação de fatores. Primeiramente, a oferta do leite cru tende a se recuperar, ainda que de forma lenta, e o incremento da margem do produtor nesses últimos meses deve favorecer a captação. Em segundo lugar, os laticínios relatam dificuldades em realizar o repasse da alta do campo aos preços dos derivados. Os canais de distribuição seguiram pressionando as negociações com as indústrias para obter preços de lácteos mais baixos, o que resultou em variações pouco expressivas nas cotações do UHT, da muçarela e do leite em pó em abril. Com margem reduzida na venda dos derivados, especialmente os mais “comoditizados”, os laticínios podem ter dificuldades em manter o ritmo de altas nos preços pagos aos produtores.

    Além disso, as importações continuam sendo um fator de pressão sobre o mercado lácteo. Dados da Secex mostram que, de janeiro a abril, as compras externas somaram quase 774 milhões de litros em equivalente leite, 15% a mais que no mesmo período do ano passado.

  • Conheça as diferenças entre os produtos lácteos: leite, creme de leite e leite condensado

    Conheça as diferenças entre os produtos lácteos: leite, creme de leite e leite condensado

    Há quem goste de leite gelado, quente ou fermentado. Há também quem goste dele condensado ou em creme. De todos os jeitos ele está presente na mesa do brasileiro, seja na forma de leite in natura ou como um dos ingredientes de outros alimentos, como a manteiga e o queijo. E para celebrar este ingrediente apreciado mundo a fora, no dia 1º de junho é comemorado o Dia Mundial do Leite.

    A data foi criada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em 2001 com o objetivo de dar destaque ao leite como um alimento global.

    A importância do setor leiteiro no Brasil é evidenciada pelos números que permeiam sua cadeia produtiva. De acordo com o livro especial de 50 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a pecuária leiteira no país iniciou-se em 1532 com 32 bovinos que vieram do continente europeu. Atualmente, o leite é produzido em 99% das cidades brasileiras, com produção de mais de 35 bilhões de litros/ano.

    “O Brasil que já é campeão na produção de soja, na exportação de soja, algodão, carne bovina, carne suína, pode se tornar também um grande player mundial na produção de leite e temos que ter dedicação para fazer isso acontecer”, destaca o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) trabalha para garantir que os produtos oriundos do leite cheguem seguro até a mesa dos brasileiros. Uma das ações é o Programa Nacional de Qualidade do Leite (PNQL), constituído pelo Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa) por meio do Decreto nº 9.013/2017 e pelas Instruções Normativas nº 76 e nº 77 ambas de 2018.

    O objetivo do Programa é garantir a melhora da qualidade do leite no país, garantir a segurança alimentar e agregar valor aos produtos lácteos. Já o Riispoa estabelece que a inspeção de leite e derivados abrange desde a sanidade do rebanho, obtenção da matéria-prima, sua análise e seleção até a expedição do produto.

    Ainda segundo o Regulamente, o leite é o produto oriundo da ordenha completa. Para o consumidor existem quatro tipos de leite que podem ser comercializados: leite pasteurizado, UHT, esterilizado e em pó.

    A diferença entre eles é o tipo de tratamento térmico ao qual o leite é submetido, que determina o prazo de validade de cada tipo. Os tipos de leite são classificados de acordo com o teor de gordura em integral (acima de 3% em leite pasteurizado e UHT e 26% no leite em pó), parcialmente desnatado (entre 0,6 e 2,9% no leite pasteurizado e UHT e 1,5 a 25,9% no leite em pó) e desnatado (

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