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  • Secretaria de Estado de Saúde promove semana de doação de leite materno

    Secretaria de Estado de Saúde promove semana de doação de leite materno

    Durante a “Semana Mato Grosso de Doação de Leite Humano”, entre esta segunda e sexta-feira (16 e 20.05) em Cuiabá, gestantes e lactantes recebem e compartilham informações sobre doação de leite materno, responsável, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por manter vidas de 13% das crianças com idade abaixo de cinco anos.

    Promovido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) em alusão ao Dia Mundial de Doação de Leite Humano, comemorado em 19 de maio, o evento tem a finalidade de fortalecer a sororidade entre as mulheres, mobilizar futuras mães, profissionais da saúde, acadêmicos e rede hospitalar sobre o tema.

    Durante cinco dias, a SES e os Bancos de Leite Humano de Cuiabá promoverão mesas redondas, visitas técnicas, rodas de conversas e exposição de fotos, entre outras atividades.

    Mãe de dois meninos, Valleria Almeida, de 31 anos, compartilhou sua experiência como doadora de leite materno. Mesmo doando leite durante nove meses, retirando cinco vidros, de 300 ml, por semana, conta que seu segundo filho mamou até os dois anos e dois meses de idade.

    “Em minha primeira gestação, ainda não tinha esta informação, mas, graças ao incentivo do meu esposo, quando meu segundo filho nasceu fomos até o banco de leite humano. Desde que lá cheguei, soube que queria doar. Recomendo às mamães que, se puderem, doem e repassem esta informação, pois muitas não sabem. Procurem o banco de leite, vejam vídeos, peçam ajuda e informação, porque é muito importante”, incentiva.

    O responsável pela equipe de Promoção da Amamentação e Alimentação Complementar Saudável da SES-MT e coordenador técnico do evento, Rodrigo Carvalho, ressalta não ser necessário ter leite em demasia para ser uma doadora, por não existir quantidade mínima para a doação. Qualquer quantidade pode somar para alimentar e salvar um bebê.

    “É importante lembrar, que um frasco de leite materno doado pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia. Além disso, muitas não sabem não ser preciso encher o pote de uma única vez – pode ser em até 10 dias, prazo limite para o alimento ser entregue no banco de leite humano para ser pasteurizado. Este processo precisa ocorrer em até 15 dias”, explica Rodrigo.

    A coordenadora das Políticas de Aleitamento Materno do Distrito Federal e representante do Centro-Oeste na Comissão Nacional de Banco de Leite Humano da Fiocruz e do Ministério da Saúde, pediatra Miriam Oliveira, reforça a necessidade de desmitificar ser necessário a mãe encher o pote de uma única vez. Para ela, a principal missão dos profissionais da saúde é apoiar as mulheres amamentadoras.

    “Muitas vezes, por trás de uma mulher, que diz não ter amamentado ou que não conseguiu amamentar, existe falta de apoio dos profissionais da saúde. Muitas não sabem ser possível ajudar e jogam o leite fora. Ambas precisam ser valorizadas. Tanto as que possuem grande volume quanto a que se auto aperta para, além de amamentar o próprio filho, conseguir retirar um pote por semana para poder alimentar outros bebês”, diz Miriam.

    Segundo ela, a mudança da atual realidade da amamentação e da alimentação complementar saudável, e, consequentemente, da doação de leite humano, só será possível por meio da educação. “Este é futuro do nosso país, que precisa ser mudado para se ter adultos mais saudáveis e menos doenças crônicas, oque é possível com a amamentação”, finaliza Miriam.

    Um exemplo de que não há quantidade mínima para doar é o caso da nutricionista Gabriela Dalcin, docente do curso de Nutrição da UFMT, que optou pela doação de leite materno. Aos 4 meses de idade, seu filho passou a dormir quase a noite toda e, quando acordava, mamava em apenas um peito. Ela teve ingurgitamento (acúmulo de leite), causando dor e aumento do volume das mamas.

    “Mesmo sendo da área de saúde, procurei ajuda. Resolvi meu problema e fui chamada para ser uma doadora. Eu não tinha quantidade excessiva de leite, mas fui retirando um pouquinho e juntava um vidro a cada 10 dias. Assim, resolvi meu problema de ingurgitamento, além de contribuir para amamentar com muitas crianças atendidas pelo Banco de Leite Humano”, comemora.

    A transmissão da abertura foi  pelo Canal do Tele Educa MT, no YouTube.

    Bancos de Leite

    A SES-MT trabalha em parceria com a Rede, coordenada em Mato Grosso pelo Banco de Leite Humano Dr. José de Faria Vinagre, no Hospital Geral de Cuiabá, que atua como Centro de Referência Estadual.

    Na capital, a doação também pode ser feita no Banco de Leite Humano do Hospital Universitário Júlio Muller, nos postos de coleta do Hospital e Maternidade Clínica Femina e do Projeto Via Láctea Caminho Luz e Vida.

    No interior, pode ser feita no Banco de Leite Humano da Santa Casa Rondonópolis.

    Legislação

    De acordo com a legislação, toda unidade de saúde com serviço de atenção à gestação de alto risco e unidade de terapia intensiva neonatal deve possuir, minimamente, um banco ou posto de coleta de leite humano, para garantir a oferta sua oferta quando a mãe do bebê prematuro ser incapaz de amamentá-lo. Estas unidades devem ser credenciadas pela Rede Global de Bancos de Leite Humano e fiscalizadas pela Vigilância Sanitária local.

    Rede de Bancos de Leite Humano

    A Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR) é uma ação estratégica de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Engloba as ações de coleta, processamento e distribuição de leite humano para bebês prematuros ou de baixo peso, que não podem ser alimentados pelas próprias mães, além de atendimento para apoio e orientação para o aleitamento materno.

    O Brasil tem a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo, sendo referência internacional por utilizar estratégias que aliam baixo custo e alta qualidade e tecnologia.

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  • Amamentação reduz a mortalidade infantil e diminui a chance da criança ter alergias e infecções

    Amamentação reduz a mortalidade infantil e diminui a chance da criança ter alergias e infecções

    AmamentaçãoA amamentação traz benefícios para a saúde das crianças como redução da mortalidade infantil e de doenças como diarreia e alergias. Há oito meses, quando o pequeno João chegou, a mãe, Thálita Ferreira Franco, de 21 anos, já sabia disso. Ela não abre mão de amamentar e é uma incentivadora do aleitamento materno.

    Foi ainda durante a gestação que começou a estudar sobre a amamentação. “Achei importante amamentar o meu bebê porque eu sabia que isso ia proteger ele de várias doenças, ia fazer o crescimento dele ser mais saudável”, disse.

    Além dos benefícios para a saúde, Thálita disse que outro ponto positivo da amamentação é o fortalecimento do vínculo afetivo com o bebê. E estimula outras mulheres a amamentarem.

    “Mamães que estão grávidas e vão ganhar bebê, amamentem se possível. Existem casos em que infelizmente, não é possível a amamentação, mas amamentem, o aleitamento materno é muito importante e todos nós devemos incentivar porque são só benefícios para a mãe e o bebê”, disse a mãe do João.

    Para incentivar que cada vez mais mulheres sigam o mesmo caminho de Thálita, o Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (4) a campanha “Apoie a amamentação: proteger o futuro é um papel de todos”. A campanha publicitária será veiculada entre 4 e 17 de agosto em meios de comunicação como rádio, televisão e internet.

    Além disso, cartazes e folderes, explicam os benefícios da amamentação. As peças trazem a imagem do pai ao lado mãe durante a amamentação. Esse apoio familiar incentivado pela campanha, é apontado como fundamental por Thálita Ferreira para que a mulher possa ter a tranquilidade e o tempo necessário para amamentar.

    “Uma das coisas mais importantes para minha amamentação foi a rede de apoio, sem meu esposo, minha mãe, irmãs, meu pai, avós, provavelmente eu não teria conseguido amamentar da maneira que amamento hoje, que é em livre demanda. Principalmente porque vivemos numa sociedade que incentiva muito o uso da mamadeira e às vezes caímos nessa e esquecemos dos benefícios da amamentação pra mãe e pro bebê”, relatou.

    Mais saúde

    Os benefícios do leito materno para a saúde da criança são atestados por Fabíola Bueno de Sousa, mãe de duas meninas. Ela não conseguiu amamentar a primeira filha e disse que a experiência foi frustrante. “A mais velha não consegui amamentar e com três meses meu leite secou, por falta de orientação”, contou.

    Mas quando nasceu a segunda filha, Alice, foi diferente. Fabíola não teve mais problemas e conta que o leite materno fez a diferença na saúde da caçula.

    “Ela nunca ficou doente. A mais velha ficou doente todos os meses até os 7 anos. Minha filha mais nova nunca ficou doente, nunca teve uma dor de ouvido, de garganta, um resfriado, absolutamente nada. Isso é uma prova de que a amamentação realmente vale a pena acontecer na vida dos nossos filhos”.

    E completou: “É a coisa mais prazerosa que existe na vida de uma mulher, mais satisfatória de ver seu filho engordando, crescendo”.

    O Ministério da Saúde destacou que o leite materno reduz em 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis em crianças menores de 5 anos e diminui o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta. Além disso, reduz a chance da mulher desenvolver câncer de mama e de ovário

    Doação de leite materno

    Em maio, no Dia Mundial da Doação de Leite Materno, o Ministério da Saúde lançou uma campanha permanente para incentivar a doação e não deixar cair os estoques dos bancos de leite em meio à pandemia do novo coronavírus. Com o tema “Doe Leite Materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”, o objetivo é incentivar a doação durante todo o ano.

    A doação de leite é fundamental para os bebês prematuros e que nascem com baixo peso e não podem ser amamentados pela própria mãe. De acordo com o Ministério da Saúde, um litro de leite materno doado pode alimentar até 10 recém-nascidos por dia. Dependendo do peso do prematuro, 1 ml já é o suficiente para nutri-lo cada vez em que ele for alimentado.

    Toda mulher que amamenta é uma possível doadora. Basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação. Não há um volume mínimo para doação.

    Se a mãe tiver alguma dúvida pode ligar para o banco de leite mais próximo ou para o número 136 do Sistema Único de Saúde (SUS).