Tag: Lei de Responsabilidade Fiscal

  • Governo de Mato Grosso apresenta projeto de RGA com base na inflação do IPCA

    Governo de Mato Grosso apresenta projeto de RGA com base na inflação do IPCA

    O Governo de Mato Grosso vai encaminhar à Assembleia Legislativa um projeto de lei que estabelece o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos estaduais. O reajuste será calculado com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), cujo valor oficial será divulgado pelo IBGE em 10 de janeiro.

    A proposta deve ser votada ainda em janeiro, permitindo a inclusão da revisão nos salários deste mês. Durante reunião no Palácio Paiaguás, o governador destacou que o índice projetado inicialmente era de 3,85%, mas, devido à inflação acumulada, o reajuste deve alcançar cerca de 4,7%. “Vamos pagar conforme o índice oficial do IBGE, conforme determina a lei”, declarou.

    O impacto financeiro mensal estimado é de R$ 75,3 milhões, totalizando R$ 849 milhões ao ano. Esse aumento coloca a folha de pagamento próxima ao limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual. Além do RGA, despesas como progressões de carreira e novas contratações via concurso público também contribuem para o aumento nos gastos.

    Impacto do reajuste na folha de pagamento

    A equipe econômica destacou que o crescimento na folha de pagamento está acima da inflação, com impacto superior a 3% devido a progressões e contratações. O governo demonstrou preocupação com os gastos, mas reiterou o compromisso de cumprir as obrigações legais.

    Próximos passos para aprovação do projeto

    O governador e sua equipe esperam que o projeto seja votado em breve pela Assembleia Legislativa. A medida é considerada essencial para garantir os direitos dos servidores e atender às exigências da legislação.

    Fonte: Secom-MT

  • Câmara aprova decreto que reconhece calamidade no Rio Grande do Sul

    Câmara aprova decreto que reconhece calamidade no Rio Grande do Sul

    A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta segunda-feira (6) o projeto de decreto legislativo (PDL) 236/2024 enviado pelo governo federal que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro de 2024. A medida ainda deve ser aprovada pelo Senado.

    Com isso, os limites e prazos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal poderão ser suspensos, facilitando e acelerando o repasse de recursos federais para o estado afetado por enchentes, na maior crise climática de sua história. O dinheiro usado nessa finalidade também não estará sujeito à limitação de empenho.

    A medida também permite ao Rio Grande do Sul e a seus municípios ampliar operações de crédito e o recebimento de transferências voluntárias.

    A tragédia no Rio Grande do Sul já deixou 85 mortos e 339 feridos, além de 134 desaparecidos. Mais de 201 mil pessoas estão fora de casa, sendo 153.824 desalojados e 47.676 em abrigos públicos.

    O presidente da Câmara, Arthur Lira, informou que os deputados da bancada gaúcha foram liberados nesta semana da presença no plenário, no entanto a Casa irá buscar meios de registrar a presença e os votos favoráveis dos parlamentares do Rio Grande do Sul.

    Segundo o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), até quarta-feira (8) o Congresso votará outras medidas para auxiliar a reconstrução do estado, a depender das conversas entre o presidente Lula e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

    *Com informações da Agência Câmara

    https://www.cenariomt.com.br/cenario-politico/governo-prepara-linha-de-credito-para-familias-no-rio-grande-do-sul/

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  • Ministério da Fazenda anuncia propostas de mudança nas regras fiscais

    Ministério da Fazenda anuncia propostas de mudança nas regras fiscais

    O Ministério da Fazenda anunciou, nesta quarta-feira (26), a intenção de implementar uma série de mudanças nas atuais regras fiscais, como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo a pasta, a meta é promover um “novo ciclo de cooperação” entre governo federal, estados e municípios.

    “Estamos abrindo um ciclo de negociação para pensarmos o futuro da relação federativa”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista coletiva organizada para apresentar as propostas ministeriais a jornalistas. “Estas medidas vão efetivamente alavancar investimentos no país”, afirmou o ministro.

    Ao detalhar as propostas, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que as medidas, “voltadas para estados e municípios”, visam à reconstrução do pacto federativo. “O país estava vivenciando uma relação muito conflituosa entre União, estados e municípios. No nosso entendimento, isso não é bom para o país. Por isso, estamos construindo uma relação diferente, de parceria e cooperação com os entes federativos.”

    Para entrar em vigor, algumas das medidas apresentadas nesta manhã terão que ser submetidas ao Congresso, que pode não aprová-las. Outras iniciativas ainda serão objeto de consultas e debates, como a proposta de estabelecer um “indicador de resiliência”, ou seja, um percentual mínimo de saldo de caixa livre, que o ministério defende que seja de 7,5% da receita corrente líquida.

    “Esta é uma boa alternativa porque, com isso, induzimos o ente que não tem 7,5% [de reserva] a alcançar este patamar mínimo. Isso é bom para o Brasil, porque dá mais resiliência financeira para suportarmos choques fiscais e crises econômicas”, disse Ceron.

    A introdução deste chamado “critério alternativo” à análise que, atualmente, leva em conta apenas a poupança corrente, beneficiaria, tão logo aprovada, quatro das 27 unidades federativas (Bahia, Ceará, Paraná e São Paulo, além de Belo Horizonte, Porto Alegre, Aracaju, Goiânia, Porto Velho, Salvador, São Paulo, Curitiba e mais 429 municípios.

    As outras propostas apresentadas preveem a introdução de critério de checagem automatizada das informações contábeis informadas à Secretaria do Tesouro Nacional e a criação de um mecanismo de checagem rápida (fast track) que permita agilizar a liberação de operações de crédito; a elevação dos atuais limites para operações de crédito para estados e municípios em rating (classificação) A e A+; e a redução do número mínimo de habitantes (de superior a 1 milhão, para superior a 200 mil) exigido para o município classificado com Capacidade de Pagamento (Capag C ou D) aderir ao Programa de Equilíbrio Fiscal e poder realizar operações de crédito com aval da União. A sigla Capag refere-se à análise da situação fiscal de determinado ente federativo.

    Outras propostas preveem a redução do valor mínimo para operações de crédito contratadas com garantia da União – o limite mínimo passará de R$ 30 milhões para R$ 20 milhões, sendo que, no caso de operações em projetos de Parceria Público Privada (PPPs), baixará para R$ 10 milhões; o estabelecimento de contrapartidas das Instituições Financeiras (Ifs) que realizam operações de crédito com aval da União. A proposta é que a contrapartida seja equivalente a 0,5% dos valores contratados, podendo ser por meio de apoio financeiro direto aos entes subnacionais ou pela prestação de serviços de apoio técnico pela instituição financeira; o aprimoramento no Regime de Recuperação Fiscal, com foco em resultados fiscais, gradação das penalidades, aumento dos limites para operações de crédito visando a reestruturação de passivos, entre outras novidades; alteração legal para permitir que bancos públicos possam garantir contraprestações integrais em PPPs, e não só a parte relativa à amortização do investimento; e reconhecimento e premiação das boas práticas contábeis.

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