Tag: LAVAGEM DE DINHEIRO

  • Polícia do Rio de Janeiro investiga esquema de lavagem de dinheiro em Mato Grosso

    Polícia do Rio de Janeiro investiga esquema de lavagem de dinheiro em Mato Grosso

    Em uma operação de grande porte, a Polícia Civil deflagrou nesta sexta-feira (6) uma ação para desarticular uma complexa organização criminosa envolvida em um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. A investigação, que se estendeu por diversos estados brasileiros, revelou um modus operandi sofisticado que utilizava ambulâncias para transportar entorpecentes.

    Mato Grosso também foi alvo da operação, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão em cidades do estado. A polícia investiga a participação de indivíduos locais na organização criminosa e a destinação do dinheiro proveniente do tráfico de drogas.

    As investigações apontaram que uma organização criminosa, com ramificações em diversos estados, utilizava empresas de fachada, entre elas uma empresa de transportes de pacientes, para ocultar a origem do dinheiro ilícito proveniente do tráfico de drogas. As ambulâncias da empresa eram utilizadas para transportar grandes quantidades de entorpecentes, aproveitando-se da imunidade que os veículos possuem para passar por barreiras policiais.

    A operação, que contou com a participação de policiais civis de diversos estados, cumpriu 33 mandados de busca e apreensão em endereços localizados no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Amazonas e Mato Grosso. Durante a ação, foram apreendidos diversos materiais que comprovaram a existência da organização criminosa, como documentos, celulares e quantias em dinheiro.

    O dinheiro obtido com o tráfico de drogas era investido em diversos negócios lícitos, como empresas de fachada, imóveis e veículos, com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos recursos. A organização criminosa utilizava ainda “laranjas” para ocultar a identidade dos verdadeiros proprietários dos bens.

  • Polícia combate lavagem de dinheiro de máfia italiana no Brasil

    Polícia combate lavagem de dinheiro de máfia italiana no Brasil

    A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF), com apoio do Ministério Público e da Guardia di Finanza de Palermo, na Itália, deflagraram nesta terça-feira (13) a Operação Arancia.

    Em nota, a PF informou que as investigações começaram em 2022 e têm como alvo uma organização criminosa suspeita de lavar dinheiro para a máfia italiana no Rio Grande do Norte, onde a corporação acredita que os mafiosos atuem há quase uma década.

    “As evidências coletadas até o momento indicam que a máfia italiana utilizou empresas fantasmas e laranjas para facilitar a movimentação e a ocultação de fundos ilícitos, provenientes de atividades criminosas internacionais,” disse a Polícia Federal.

    “Estima-se que o esquema tenha investido não menos que R$ 300 milhões (cerca de € 55 milhões) no Brasil, utilizando esses recursos para adquirir propriedades e infiltrar-se no mercado imobiliário e financeiro brasileiro”, completou a PF.

    Entretanto, de acordo com autoridades italianas, o valor total dos ativos investidos pode superar € 500 milhões em valores atuais – mais de R$ 3 bilhões.

    Ainda segundo a corporação, a operação resultou em um mandado de prisão preventiva “de um mafioso” e cinco mandados de busca e apreensão em três estados: Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Piauí.

    Ação conjunta

    “Simultaneamente, a Direção Distrital Antimáfia de Palermo, na Itália, coordenou 21 buscas em várias regiões da Itália e na Suíça. Mais de 100 agentes financeiros italianos foram mobilizados, alguns dos quais encontram-se no Brasil, auxiliando o cumprimento dos mandados em Natal,” informou a PF.

    Os crimes investigados incluem associação mafiosa, extorsão, lavagem de dinheiro e transferência fraudulenta de valores, com agravante de apoio a famílias mafiosas.

    De acordo com a Polícia Federal, como parte das medidas para desarticular o esquema e recuperar ativos financeiros, a Justiça Federal autorizou o sequestro de imóveis e o bloqueio de contas bancárias associadas aos suspeitos e às empresas fantasmas envolvidas.

    “Essas ações visam a garantir a reparação dos danos causados pelas atividades ilícitas e impedir a continuação das operações criminosas”, concluiu a PF.

    Edição: Kleber Sampaio

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  • Polícia desarticula organização criminosa envolvida em fraudes e lavagem de dinheiro

    Polícia desarticula organização criminosa envolvida em fraudes e lavagem de dinheiro

    A Polícia Civil deflagrou, nesta segunda-feira (27.05), a Operação Rede Oculta para cumprir 30 mandados judiciais, com foco na desarticulação de uma organização criminosa investigada por fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro.

    São cumpridas por agentes do Núcleo de Estelionato da 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande 15 ordens judiciais de busca e apreensão domiciliar, além de outras medidas com foco na desarticulação patrimonial de 15 investigados residentes em Cuiabá e Várzea Grande. Participam da ação 64 policiais civis e 13 viaturas.

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    Durante as investigações, foi apurada a existência de, pelo menos, quatro células criminosas que movimentaram quase meio milhão de reais decorrentes de fraudes aplicadas contra vítimas de Mato Grosso e de outros estados brasileiros.

    Os investigados figuram como suspeitos em diversos boletins de ocorrência pela prática de estelionato e outros crimes. As investigações apontaram que um dos alvos atua na prática de fraudes desde o ano de 2019, assim como teria o cargo de “disciplina” de uma facção criminosa, junto a outro investigado.

    As investigações foram iniciadas no ano de 2023, sob a responsabilidade do delegado Antenor Júnior Pimentel Marcondes, a partir de denúncias anônimas, que foram apuradas em investigação qualificada conduzida pelos policiais civis lotados na 1ª Delegacia de Várzea Grande.

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    A operação coordenada pelo delegado Ruy Peral tem o objetivo de desarticular os grupos criminosos envolvidos com a prática de estelionato e outras fraudes.

    “O modo de ação dos investigados se revela complexo e forma uma verdadeira rede obscura (razão do nome da operação policial) composta por responsáveis pela aplicação de fraudes, que recebem os valores oriundos de golpes e os que pulverizam o dinheiro. São pelo menos 15 pessoas identificadas que estão ligadas diretamente aos crimes apurados”, disse Ruy Peral.

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  • PF desmantela quadrilha envolvida no ‘Novo Cangaço’ com atuação em Mato Grosso

    PF desmantela quadrilha envolvida no ‘Novo Cangaço’ com atuação em Mato Grosso

    Em uma ação conjunta com o GAECO em São Paulo (SP), a Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (21/5) a Operação BAAL, visando desmantelar uma organização criminosa especializada em roubos a bancos e carros-fortes nas modalidades “domínio de cidade” e “novo cangaço”.

    Modalidade Terrorista

    As ações do grupo, caracterizadas por um alto poder de fogo e planejamento meticuloso, causavam terror nas comunidades onde eram praticadas, configurando-se como uma nova modalidade de conflito decorrente da evolução dos crimes violentos contra o patrimônio.

    Investigação Inicia com Tentativa de Roubo

    A investigação teve início em abril de 2023, após uma tentativa frustrada de roubo a uma base de valores em Confresa, Mato Grosso.

    Na ocasião, houve um confronto com as forças de segurança, resultando na prisão ou morte de diversos criminosos. Um dos detidos, residente em São Paulo, foi identificado como membro de uma organização criminosa com atuação em diversos estados.

    Financiamento Ilícito

    As investigações revelaram que essa e outras ações semelhantes eram financiadas por membros da organização que também atuavam no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

    Além disso, foi apurado que os principais fornecedores de armas e munições para o grupo eram CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores).

    Operação BAAL

    Na manhã de hoje, a Operação BAAL deu um duro golpe na organização criminosa, com o cumprimento de 13 mandados de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão domiciliar em cidades de São Paulo, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Piracicaba, Mairinque, Buri (SP), Xique-Xique (BA), Timon (MA) e Corrente (PI).

    Descapitalização da Organização

    Além das prisões, a operação também visou a descapitalização financeira da organização, com o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens, estimando-se um valor total de até R$ 4 milhões.

    Ação Conjunta

    As ações da Polícia Federal contaram com o apoio operacional de equipes da ROTA, da 10ª Companhia de Força Tática e do 10º BAEP da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

    Combate ao Crime Organizado

    A Operação BAAL demonstra o compromisso da Polícia Federal no combate ao crime organizado, desarticulando grupos que colocam em risco a segurança da população e geram instabilidade social. A ação representa um duro golpe para o crime organizado e um importante passo para a construção de uma sociedade mais segura.

  • Polícia Civil desvenda nova frente em operação apito final: “testas de ferro” e lavagem de dinheiro em alto padrão

    Polícia Civil desvenda nova frente em operação apito final: “testas de ferro” e lavagem de dinheiro em alto padrão

    A Polícia Civil do Mato Grosso, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), deflagrou nesta terça-feira (14) mais uma etapa da Operação Apito Final.

    A ação resultou na prisão de dois investigados e no cumprimento de um mandado de busca e apreensão, todos alvos por participação em um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

    Novos Envolvidos e “Testas de Ferro”

    Nesta fase da operação, a GCCO apurou a participação de um servidor público e de sua companheira. O casal figurava como proprietário de um apartamento de alto padrão em Cuiabá, onde O líder da organização passou a residir após sua progressão para o regime semiaberto em dezembro de 2023.

    A investigação revelou que o servidor, com um salário bruto mensal de R$ 3.643,12, não possuía condições financeiras para adquirir o imóvel, estimado em milhões de reais.

    Segundo o delegado Rafael Scatolon, responsável pela operação, “todas as informações levantadas reforçam mais uma manobra do principal alvo da Operação Apito Final em ocultar seu patrimônio criminoso”.

    Esquema de Lavagem de Dinheiro e Movimentação da Tornozeleira Eletrônica

    A GCCO apurou ainda que o servidor público, a pedido do líder da organização, retirou do apartamento objetos que pudessem comprometer o investigado principal antes da deflagração da Operação Apito Final. Além disso, o comparsa, era responsável por movimentar a tornozeleira eletrônica do líder da organização criminosa, simulando que ele estivesse em Cuiabá enquanto na verdade realizava viagens.

    Em um dos episódios, a tornozeleira emitiu sinal de que o investigado estava em um colégio de alto padrão na capital para levar sua filha, quando na verdade ele se encontrava em Santa Catarina. O comparsa também realizou diversas movimentações bancárias, recebendo quantias superiores a R$ 19 mil por seus “serviços prestados”.

    Operação Apito Final: Descapitalizando o Crime

    A Operação Apito Final, iniciada há quase dois anos, já resultou na prisão de 20 alvos, incluindo o líder da organização criminosa e tesoureiro da facção.

    A investigação apurou que o esquema movimentou R$ 65 milhões na aquisição de imóveis, veículos, criação de times de futebol amador e construção de um espaço esportivo, utilizados para lavagem de dinheiro e dissimulação do capital ilícito.

  • Operação La Catedral combate corrupção e lavagem de dinheiro em cadeia pública de Primavera do Leste

    Operação La Catedral combate corrupção e lavagem de dinheiro em cadeia pública de Primavera do Leste

    Em uma ação conjunta que envolveu mais de 130 mandados judiciais, a Polícia Civil de Mato Grosso desarticulou nesta terça-feira (07/05) uma organização criminosa que atuava dentro da Cadeia Pública de Primavera do Leste.

    A operação, denominada La Catedral, foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) do município e teve como alvos pessoas presas, o diretor da unidade prisional e seus comparsas.

    As investigações, que duraram quase um ano, revelaram um esquema de corrupção que permitia aos detentos a compra de benefícios dentro da cadeia, como autorização para trabalho externo e alojamento privilegiado.

    Entre os benefícios, estava a permissão para que o líder da organização criminosa continuasse a comandar seus negócios ilícitos mesmo estando preso em regime fechado.

    O homem, já condenado a 39 anos de reclusão por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, exibindo imagens de caminhões, carros, construções imobiliárias e gado bovino, como se fosse um cidadão livre.

    Apesar de estar preso, ele tinha total liberdade para frequentar a faculdade e trabalhar fora da cadeia, mas as investigações constataram que ele não comparecia nem ao trabalho nem às aulas.

    Além de preso, o diretor da Cadeia Pública de Primavera do Leste também foi alvo da operação. Ele foi afastado do cargo e teve seus bens sequestrados.

    A investigação apurou que ele autorizava os benefícios em troca de propina, inclusive do próprio criminoso, que teria transferido R$ 20 mil para conseguir trabalho externo.

    A Operação La Catedral é uma referência à prisão colombiana onde ficou o narcotraficante Pablo Escobar.

    A unidade prisional era vigiada pelos próprios homens de confiança de Escobar, que a transformou em uma extensão de seus negócios ilícitos.

    A operação da Polícia Civil de Mato Grosso visou combater a corrupção e a lavagem de dinheiro dentro da Cadeia Pública de Primavera do Leste, garantindo a segurança pública e o cumprimento da lei.

    A operação contou com a participação de policiais da Derf de Primavera do Leste, da Diretoria Metropolitana e da Diretoria de Atividades Especiais da Polícia Civil.

    As investigações continuam para identificar outros membros da organização criminosa e apurar a totalidade do dinheiro ilícito movimentado pelo grupo.

    A Operação La Catedral é um importante passo no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro em Mato Grosso. A ação demonstra o compromisso da Polícia Civil com a segurança pública e com a garantia do cumprimento da lei.

  • Polícia revela que time de futebol foi usado para lavar dinheiro e que suspeitos queriam ser vereadores

    Polícia revela que time de futebol foi usado para lavar dinheiro e que suspeitos queriam ser vereadores

    A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) revelou que um time de futebol foi utilizado para lavagem de dinheiro, e suspeitos ligados a esse esquema tinham aspirações políticas como pré-candidatos a vereador na Capital.

    Segundo informações divulgadas pelo delegado-adjunto da GCCO, durante coletiva à imprensa nesta quarta-feira (02), o principal alvo da Operação Apito Final, usava um time de futebol amador para lavar dinheiro da facção criminosa Comando Vermelho em Cuiabá. Seu irmão, e o advogado, também detidos na ação, eram pré-candidatos a vereador e são suspeitos de envolvimento com o esquema de lavagem de capitais.

    De acordo com o delegado, as investigações indicam que a principal fonte de recursos seria o tráfico de drogas. Além disso, o grupo criminoso distribuía cestas básicas para famílias carentes da Capital e estaria envolvido na construção de um Centro de Treinamento.

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    O time de futebol em questão possui até um CNPJ registrado e está envolvido na construção do referido centro, que incluirá uma escolinha de futebol para crianças e adolescentes.

    O suspeito, estava em liberdade mediante o cumprimento de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, mas foi preso na sexta-feira (29) em Maceió (AL), durante um torneio de futebol. Outros membros do grupo também foram detidos, incluindo, chamado de “Soldado”, e , responsável pela coleta de dinheiro das “bocas de fumo” em Cuiabá.

    A operação resultou em diversas prisões e apreensões, incluindo veículos de luxo, armas e quantias em dinheiro.

  • Polícia prende grupo que movimentou R$ 65 Milhões em esquema de Lavagem de Dinheiro durante partida de futebol

    Polícia prende grupo que movimentou R$ 65 Milhões em esquema de Lavagem de Dinheiro durante partida de futebol

    Na manhã desta terça-feira (2), a Polícia Civil deflagrou a Operação Apito Final, que visava desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro criado por membros de uma organização criminosa em Cuiabá. Durante uma partida de futebol, 4 suspeitos foram presos, enquanto o principal alvo utilizava amigos e familiares como “laranjas” para transações ilícitas. O esquema movimentou mais de R$ 65 milhões.

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    A operação envolve a execução de 25 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias dos investigados. Os mandados foram emitidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital e estão sendo cumpridos em várias cidades, incluindo Cuiabá, Chapada dos Guimarães, São José dos Quatro Marcos (MT) e Maceió (AL).

    A investigação conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) ao longo de dois anos revelou que o principal alvo, recentemente liberado da prisão, utilizava várias pessoas como “laranjas” para adquirir e vender bens, incluindo imóveis e veículos. O dinheiro proveniente de atividades criminosas era convertido em ativos lícitos para ocultar sua origem ilícita.

    Além disso, a operação resultou na prisão de 4 suspeitos em Maceió, incluindo o líder da organização criminosa. Um advogado, integrante do grupo, foi detido na capital de Alagoas enquanto prestava assistência jurídica a um cliente. As prisões em Alagoas contaram com o apoio da Diretoria de Inteligência, DRACCO e Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil em Maceió, além do Centro Integrado de Operações Aéreas de Segurança Pública de Mato Grosso (Ciopaer).

  • Polícia fecha Farmácia usada para lavagem de dinheiro em Mato Grosso

    Polícia fecha Farmácia usada para lavagem de dinheiro em Mato Grosso

    A Operação Follow the Money, desencadeada pela Polícia Civil nesta semana para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas de uma facção criminosa em Sinop, resultou no fechamento de uma farmácia que servia de fachada para as transações ilícitas.

    Localizada no bairro Tijucal, em Cuiabá, a farmácia teve suas atividades suspensas por meio de uma representação judicial da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Sinop, responsável pela investigação. Os medicamentos apreendidos, avaliados em 190 mil reais, foram posteriormente doados à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. As buscas no local foram acompanhadas por fiscais da Vigilância Sanitária.

    A Operação, deflagrada na quinta-feira (21), visava cumprir 136 ordens judiciais, incluindo 56 mandados de busca domiciliar, 60 prisões temporárias, 17 ordens de bloqueio bancário, dois sequestros e cautela de veículos, além da suspensão das atividades da farmácia em Cuiabá.

    Os mandados foram executados em 11 cidades de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará, com as ordens judiciais expedidas pela 5ª Vara Criminal de Sinop, a partir de representação da Derf Sinop, baseada em investigações conduzidas pela equipe da unidade, com o apoio do Núcleo de Inteligência da regional da Polícia Civil no município.

    Segundo o delegado Victor Hugo Caetano, as investigações tiveram início com a apreensão de 400 tabletes de maconha pela Derf de Sinop, em julho de 2022, em uma chácara na zona rural da cidade. A partir desse ponto, a equipe especializada revelou um esquema de lavagem de dinheiro sustentado pelo tráfico de drogas em Sinop, envolvendo tanto empresas fantasmas quanto empresas reais, que dissimulavam o capital ilícito para dar aparência de licitude às transações.

    Um DJ de Sinop, identificado como responsável por fazer os repasses de valores da facção criminosa, foi preso durante a operação. Os recursos movimentados eram destinados não apenas à manutenção do esquema, mas também à ostentação de familiares de líderes da facção, que estão detidos na Penitenciária Central do Estado.

  • MPDF denuncia Jair Renan, filho de Bolsonaro, por lavagem de dinheiro

    MPDF denuncia Jair Renan, filho de Bolsonaro, por lavagem de dinheiro

    O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apresentou denúncia contra Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso, no âmbito da Operação Nexus, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

    De acordo com as investigações, Jair Renan teria forjado resultados financeiros de sua empresa Bolsonaro Jr. Eventos e Mídia para obter empréstimo junto ao banco Santander, que não foi pago. A denúncia criminal no caso está sob sigilo. A instituição financeira também moveu um processo para a cobrança da dívida e obteve uma decisão favorável para o pagamento de R$ 360 mil.

    A apresentação de denúncia foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pela Agência Brasil. A acusação aponta que o faturamento da empresa de Renan foi inflado a R$ 4 milhões. Procurado, o MPDFT informou que apresentou manifestação no processo e que aguarda decisão judicial. Caso a denúncia seja aceita, tem início uma ação penal.

    Em fevereiro, a PCDF apresentou relatório final da investigação, na qual indiciou Jair Renan e seu instrutor de tiro, Maciel Alves, agora também denunciado. O indiciamento foi pelos mesmos crimes. Em agosto do ano passado, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão contra os dois.

    O advogado Admar Gonzaga, que representa Jair Renan no caso, criticou o vazamento da denúncia para a imprensa. “Esses vazamentos têm causado o chamado strepitus fori, muito prejudicial à defesa, ao devido processo, à presunção de inocência e, assim, à imagem de quem tem o direito de se defender”.

    A expressão jurídica strepitus fori diz respeito ao constrangimento causado pelo próprio processo, cuja mera existência já provoca efeitos negativos ao investigado. “A sociedade perde o status de legalidade e humanidade com essa situação. Precisamos evoluir”, acrescentou Gonzaga.

    A Agência Brasil entrou em contato com o advogado Pedrinho Villard, que representa Maciel Alves no caso. A defesa do instrutor de tiro disse que não se manifestará sobre a apresentação da denúncia.

    Edição: Valéria Aguiar

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