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  • Jacaré-açu na Hidrelétrica do Jari: Gigante da selva causa espanto e fascinação

    Jacaré-açu na Hidrelétrica do Jari: Gigante da selva causa espanto e fascinação

    Um visitante inusitado causou surpresa e admiração na hidrelétrica do Jari, às margens do rio Madeira: um jacaré-açu de porte imponente resolveu dar as caras por lá! O encontro, filmado e compartilhado nas redes sociais, rapidamente se tornou um fenômeno viral, demonstrando a força e a imprevisibilidade da natureza.

    Seu tamanho imponente não apenas surpreendeu, mas também desencadeou uma onda de espanto entre os trabalhadores, transformando-se em um fenômeno nas redes sociais.

    Jacaré é flagrado em rua de Confresa, Mato Grosso, e causa surpresa em moradores

    Gigante em seu Domínio:

    Jacaré Açu Desafia as Expectativas e se Torna a Sensação do Momento"

    O imponente jacaré, rei dos rios e lagos, nadava tranquilamente pelas águas da hidrelétrica, demonstrando estar em seu habitat natural. Seu tamanho colossal causou espanto entre os trabalhadores, que presenciaram de perto a majestade dessa criatura selvagem.

    Jacaré-açu : o dia em que a vida selvagem roubou a cena na hidrelétrica do Jari

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    Uma publicação compartilhada por Henrique Abrahão Charles (@biologohenrique)


    O vídeo viral que capturou o jacaré açu na hidrelétrica se tornou um testemunho visual da convivência entre o homem e a natureza. Este encontro improvável destaca como a fauna selvagem pode prosperar em ambientes modificados pelo homem, desafiando as expectativas e demonstrando a adaptabilidade incrível desses magníficos répteis.

    Espanto e Fascinação:

    A aparição do jacaré-açu gerou reações diversas. Alguns se mostraram apreensivos com o tamanho e a força do animal, enquanto outros ficaram fascinados com a oportunidade de presenciar de perto um animal tão majestoso.

    Os jacarés habitam as Américas, tendo desaparecido da Europa no Plioceno. Na América do Norte, ocorre, somente, o gênero Alligator.
    Os jacarés habitam as Américas, tendo desaparecido da Europa no Plioceno. Na América do Norte, ocorre, somente, o gênero Alligator.Foto: Secom MT

    Esse encontro serve como um lembrete importante da presença da vida selvagem ao nosso redor, mesmo em áreas modificadas pelo homem. É fundamental respeitarmos o habitat dos animais e coexistirmos com eles de forma harmônica.

    O vídeo que captura o momento da aparição do jacaré-açu foi amplamente compartilhado nas redes sociais, gerando comentários e debates sobre a presença do animal na hidrelétrica. Essa repercussão demonstra o interesse do público pela fauna silvestre e a importância de preservarmos nosso meio ambiente.

    Um Gigante em Perigo:

    Apesar de ser um predador de topo na cadeia alimentar, o jacaré-açu está ameaçado de extinção devido à perda de habitat, à caça e à poluição. É fundamental que medidas de conservação sejam tomadas para proteger essa espécie tão importante para o nosso ecossistema.

    Aprendendo com os Gigantes:

    Ao observarmos o comportamento dos animais selvagens, como o jacaré-açu, podemos aprender muito sobre a natureza e nosso papel nela. O respeito e a admiração por essas criaturas são essenciais para a preservação da biodiversidade e para o nosso próprio bem-estar.

  • Guaíba é rio ou lago? Professores divergem

    Guaíba é rio ou lago? Professores divergem

    Não existe consenso científico em torno da definição do Guaíba como rio ou lago, porque este tem comportamento dual, afirmou nesta quinta-feira (16) à Agência Brasil o professor Joel Avruch Goldenfum, diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS). “As margens se comportam bem como lago, principalmente envolvendo questões de recirculação, baixa profundidade, sendo basicamente bidimensional, ou seja, não existe direção predominante. O rio tem uma direção como se fosse uma linha. No lago, a água fica girando.”

    De acordo com Goldenfum, no meio do Guaíba passa um canal grande, de onde vêm águas do Rio Jacuí, que drena 80 mil quilômetros quadrados, ou um terço das águas do estado. “É muita água; então, tem uma corrente importante. Por isso, pessoas argumentam que um lago pode ter um rio passando por ali. Só que, muitas vezes, o comportamento é predominante como rio e, outras vezes, pode ser predominante como um lago.”

    Para o professor , em termos de modelagem, de variação de níveis, de como o Guaíba enche ou esvazia, pouco importa se vão chamá-lo de lago ou de rio. O que importa é modelar os processos. “Porque, na verdade, eu vou modelar o sistema considerando todas as influências que ele tem, considerando o que acontece quando ele sobe, onde ele recircula etc.” Goldenfum ressaltou, contudo, que existem outras questões envolvidas que são mais de questão legal e que mudam o problema.

    Interpretações

    De acordo com a legislação, se o Guaíba for um rio, tem que ter um recuo não edificado muito grande que, dependendo do local, pode variar de 100 a 500 metros. Ninguém tiraria o que já existe, mas não poderia edificar novas construções. Se for considerado lago, a área não edificada varia entre 10 e 30 metros, dependendo das interpretações. “Existem interpretações distintas sob o ponto de vista científico, sem se preocupar com a questão legal, e pessoas que dizem que o Guaíba se comporta predominantemente como rio, ou predominantemente como lago. “Quem chega primeiro dá o nome”, afirma o professor.

    Goldenfum lembrou que o nome dos biomas aquáticos é dado pela população. “A população sempre chamou de Rrio Guaíba. De repente, houve essa movimentação, que pode ter tido motivação técnica, no sentido de que o Guaíba seria predominantemente lago, ou pode ter outras motivações”. O consenso não existe, porque o Guaíba tem comportamento dual, reafirmou o professor.

    Por outro lado, existe um movimento legal, capitaneado pela Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural e o Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais, para que o Guaíba tenha uma faixa de proteção permanente. Há também uma ação civil pública questionando a definição do Guaíba como lago. “Quem vai decidir isso, no final das contas, vai ser a Justiça, e não a ciência”, disse Goldenfum.

    Até os anos de 1990, o Guaíba foi considerado rio. A partir daí, passou a ser definido como lago. Oficialmente, a prefeitura de Porto Alegre assumiu recentemente o Guaíba como lago. Inclusive, existe o Comitê da Bacia do Lago Guaíba.

    Ciência

    O coordenador-geral do Atlas Ambiental de Porto Alegre e também da UFRGS, Rualdo Menegat, disse à Agência Brasil que a polêmica geográfica em torno do Rio ou Lago Guaíba e da Lagoa ou Laguna dos Patos não se justifica. Menegat afirmou que, do ponto de vista da ciência, o correto é Lago Guaíba. “Não temos dúvida sobre isso. Mas há também o nome mais popular, que é Rio Guaíba.”

    Segundo o geólogo, nos últimos 20 anos, o nome Lago Guaíba tem sido mais usado porque as pessoas foram se convencendo que ele, na verdade, funciona como um lago. “Também é importante que as pessoas se conscientizem pelo nome correto, porque aquilo que a gente joga em um lago fica ali. Aquilo que se joga no rio, as pessoas pensam que é um problema do vizinho de baixo.”

    Por isso, insistiu que do ponto de vista da gestão ambiental, é importante que se usem conceitos corretos porque estes são os que os professores vão ensinar na sala de aula. O Guaíba é definido como um lago aberto que recebe água da rede fluvial, formada por quatro rios (Jacuí, dos Sinos, Caí e Gravataí) que afluem para o Lago Guaíba, que, por sua vez, também escoa essa água para a Laguna dos Patos. “Está conectado com ela.”

    Atlântico

    A Laguna dos Patos está conectada com o Oceano Atlântico. “Por esta razão, por estar conectada com o Atlântico, é uma laguna, e não uma lagoa. Isso se explica porque tanto escoa água para o Oceano Atlântico, como também recebe água de lá. Existe uma interconexão. A água sai, mas também a água salgada entra e saliniza as águas na região sul da laguna.”

    O professor Rualdo Menegat informou que, na região costeira do Rio Grande do Sul, há um complexo sistema de lagos e lagunas, que tem quatro lagoas interconectadas: o Lago Guaíba, a Lagoa do Casamento, a Laguna dos Patos e a Lagoa Mirim. Esse sistema de vasos comunicantes é interconectado, por sua vez, com o Oceano Atlântico, por meio da Laguna dos Patos.

    “Isso quer dizer que as lagoas estão no nível do mar. Isso é importante porque, na medida em que o nível do mar sobe, impede a saída de água da laguna. Já, na medida em que o nível do mar desce, permite a saída de águas da laguna e, por conseguinte, de todo o sistema interconectado, que nós chamamos mar de dentro, pela sua grandeza”.

    Este é o maior sistema do tipo na América do Sul e um dos maiores do mundo, destaca Menegat.

    Confirmação

    O professor Jaime Federici Gomes, do curso engenharia civil da Escola Politécnica da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, explicou que laguna é um espaço que está em contato com o mar. Daí, Laguna dos Patos. Lagoa é uma coisa isolada, de água doce. “Já laguna, não, tem contato direto com o mar”, enfatizou, em entrevista à Agência Brasil.

    Ao definir o que é um lago, Gomes disse que é quando este tem características que não são totalmente unidimensionais. “Eu prefiro falar Lago Guaíba. Ele tem uma zona central, que parece um rio, mas dos lados, no corpo dele, apresenta escoamento bidimensional, com áreas de recirculação do fluxo e zonas mais paradas.”

    Segundo o professor, Rio Guaíba não é uma concepção adequada, porque ele tem mais características de lago do que de rio, com escoamento que tem circulação, acumulação e retenção de água.

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