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  • Teto dos juros do consignado aumenta, mas bancos ficam aquém do pedido

    Teto dos juros do consignado aumenta, mas bancos ficam aquém do pedido

    O Conselho da Previdência Social aprovou nesta quinta-feira (9) um aumento no teto dos juros do consignado, modalidade de crédito que permite a aposentados e pensionistas contraírem empréstimos com descontos diretos na folha de pagamento. A decisão, porém, ficou abaixo do esperado pelos bancos, que haviam pedido um reajuste mais expressivo.

    A nova regra, que entra em vigor em cinco dias, após publicação no Diário Oficial da União, busca equilibrar os interesses das instituições financeiras, que alegavam prejuízos com o congelamento do teto desde junho de 2024, e a proteção aos consumidores.

    O aumento do teto dos juros do consignado se justifica pela recente alta da taxa Selic, que elevou o custo do dinheiro na economia.

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    Com o encarecimento do crédito, os bancos argumentavam que a rentabilidade das operações de consignado havia sido comprometida, o que levou à redução da oferta de empréstimos.

    Inicialmente, as instituições financeiras haviam solicitado um teto de 1,99% ao mês, mas a proposta foi rejeitada pela maioria dos conselheiros. O novo limite estabelecido pelo Conselho ainda não foi divulgado oficialmente.

    Impacto dos juros do consignado para os consumidores

    Em 2025 haverá ajuste na idade para pedir aposentadoria. Entenda o que vai valer - Divulgação/INSS
    Impacto dos juros do consignado para os consumidores- Divulgação/INSS

    A expectativa é que o aumento do teto dos juros do consignado leve a uma maior oferta de crédito e a condições mais atrativas para os consumidores. No entanto, é importante ressaltar que o consignado continua sendo uma modalidade de crédito com taxas de juros menores em comparação com outras opções disponíveis no mercado.

    Para os aposentados e pensionistas, o consignado é uma importante fonte de crédito, permitindo a realização de sonhos, como a compra de um bem durável ou a realização de reformas na casa. Além disso, muitos utilizam o crédito consignado para fechar as contas do mês ou fazer frente a despesas emergenciais.

    Um mercado bilionário dos juros do consignado

    Dinheiro, Real Moeda brasileira Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo
    Um mercado bilionário dos juros do consignado Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

    O mercado de crédito consignado é um dos maiores do país, movimentando cerca de R$ 270 bilhões. Essa modalidade de crédito representa cerca de 40% do total do saldo do consignado do setor público e privado.

    Próximos passos

    A decisão do Conselho Nacional da Previdência Social deve ser analisada com atenção pelos bancos e pelos consumidores.

    É esperado que as instituições financeiras reavaliem suas estratégias de concessão de crédito e que os consumidores comparem as ofertas disponíveis no mercado antes de contratar um empréstimo.

  • Juros do consignado do INSS serão definidos até sexta-feira

    Juros do consignado do INSS serão definidos até sexta-feira

    Uma definição sobre o novo teto dos juros do crédito consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sairá até sexta-feira (24), disse há pouco o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Sidney Oliveira.

    Ele se reuniu com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, nesta tarde para discutir o assunto.

    “O patamar fixado pelo Conselho [Nacional de Previdência Social] de 1,7% [ao mês] não atende a estrutura de custo dos bancos. Tanto não atende que os bancos públicos também interromperam a concessão de consignado, ou seja, Banco do Brasil e Caixa interromperam porque não consegue suportar com a taxa de 1,70%”, disse Sidney após o encontro.

    O presidente da Febraban também declarou que as instituições financeiras estão dispostas a negociar e indicou que uma solução intermediária deverá ser encontrada. “Nós precisamos sair desse impasse. Há toda uma disposição da Febraban, do setor bancário para que nós possamos encontrar o patamar que possa de um lado atender a um anseio do governo e de outro lado permitir a viabilidade econômica de crédito consignado”, acrescentou.

    Nota

    Na segunda-feira (20) à noite, a Casa Civil da Presidência da República soltou nota em que afirmou que aguarda uma nova reunião entre representantes do governo e do sistema financeiro, prevista para ocorrer até o fim desta semana. “Existe possibilidade de elevação do teto de juros, mas é necessário aguardar o resultado dessa reunião. A expectativa é chegar a um acordo sobre a taxa”, informou o comunicado.

    “Há previsão de que na próxima semana, o ministro da Previdência convoque uma nova reunião do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) para discutir o tema”, acrescentou a Casa Civil.

    O comunicado saiu após reunião entre os ministros da Casa Civil, Rui Costa; da Fazenda, Fernando Haddad; e da Previdência, Carlos Lupi, no Palácio do Planalto, para debater o assunto. Também estiveram presentes no encontro Galípolo, o secretário-executivo do Ministério Trabalho e Emprego, Francisco Macena, além das presidentas da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, e do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

    Na semana passada, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) reduziu de 2,14% para 1,7% ao mês o teto dos juros sobre o crédito consignado a aposentados e pensionistas do INSS. O órgão também diminuiu de 3,06% para 2,62% ao mês o limite da taxa para o cartão de crédito consignado.

    No fim da semana passada, vários bancos públicos e privados, inclusive a Caixa e o Banco do Brasil, suspenderam a oferta de crédito consignado do INSS. Segundo o Banco Central, apenas quatro instituições financeiras cobravam taxas menores que 1,7% ao mês: Sicoob (1,68%), Cetelem (1,65%), BRB (1,63%) e CCB Brasil (1,31%).

    Edição: Valéria Aguiar