Tag: júri 

  • Autor de chacina em Mato Grosso é condenado a 136 anos de prisão em júri

    Autor de chacina em Mato Grosso é condenado a 136 anos de prisão em júri

    Um homem foi condenado pelo  a 136 anos de prisão pelos 7 homicídios que cometeu na chacina em um bar na cidade de Sinop, Mato Grosso, em fevereiro de 2023. O julgamento foi iniciado por volta das 8h30 desta terça-feira (15) e encerrado já por volta das 21h30.

    Testemunhas relataram que o réu demonstrou frieza ao cometer o crime e, ao ser preso, teria dito que “quem ele matou não valia nada, eram todos farinha do mesmo saco, eram todos vagabundos e mereciam”.

    O acusado, no entanto, defendeu que era vítima de perseguição por parte de Maciel Bruno de Andrade Costa, 35, dono do bar, que estaria “tramando” contra ele e que, inclusive, teria sofrido ameaças. Alegou também que sofria constantes provocações por parte de Bruno. As testemunhas que estavam no local, no entanto, contestaram esta versão.

    O Ministério Público, ao se dirigir aos jurados, argumentou que, pelas imagens e depoimentos, é possível verificar que não houve provocação no dia do crime e que há indícios de que o homem e seu comparsa teriam premeditado o crime após as derrotas que sofreu de Getúlio Rodrigues Frasão, 36. Ele mostrou as imagens das câmeras de segurança do bar, que registraram o momento das execuções.

    Já a Defensoria Pública argumentou contra algumas das qualificadoras imputadas ao acusado. Disse que a defesa quer que se aplique uma pena justa.

    O Conselho de Sentença condenou o homem pelos homicídios e a juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, que conduziu a sessão, definiu a pena em 136 anos, 3 meses e 20 dias de prisão em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.

    O outro envolvido foi baleado e morto na tarde do dia 22 em confronto com policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Ele chegou a ser levado a um hospital, mas não resistiu. O condenado de 30 anos, se entregou à polícia na manhã do dia 23 de fevereiro. Ele está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).

  • Rayssa e Filipinho são indicados ao Laureus, maior prêmio do Esporte

    Rayssa e Filipinho são indicados ao Laureus, maior prêmio do Esporte

    A skatista maranhense Rayssa Leal e o surfista paulista Filipe Toledo foram indicados, pelo segundo ano consecutivo, ao Prémio Laureus, o mais relevante na área esportiva. Ambos concorrerão em uma das oito categorias do prêmio: a de melhor atleta de esportes de ação, junto com outros quatro indicados, representantes dos Estados Unidos, África do Sul, Inglaterra e Austrália.

    O Brasil também concorre na categoria “Esporte do Bem”, específica a programas sociais esportivos que visam transformar a vida de crianças e adolescentes. O programa brasileiro “Bola pra Frente”, iniciativa de Jorginho, tetracampeão mundial de futebol, é um dos seis indicados ao título de Esporte do Bem. O anúncio dos vencedores da 25ª edição do Laureus ocorrerá em 22 de abril, durante cerimônia no Palácio de Cibeles, em Madri (Espanha).

    Os brasileiros foram reconhecidos pelo desempenho ao longo do ano passado. Rayssa, de 16 anos, foi campeã mundial do skate street e ainda arrematou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile). Já Filipinho tornou-se em 2023 o primeiro brasileiro a conquistar, de forma consecutiva, o bicampeonato mundial de surfe, o Championshio Tour (CT) que reúne a elite da modalidade.

    Ao todo foram indicados 48 atletas nas oito categorias do Laureus. Os nomes serão avaliados por um júri de 69 personalidades do Esporte, entre eles atletas renomados, medalhista olímpicos, recordistas mundiais.

    Indicados (desempenho em 2023)

    MELHOR ATLETA DE ESPORTES DE AÇÃO

    Rayssa Leal – skate

    Filipe Toledo – surfe

    Kirsten Neuschafer (África do Sul) – vela

    Bethany Shriever (USA) – BMX Racing

    Caroline Marks (USA) – surfe

    Arisa Trew (Austrália) – skate

    ESPORTE DO BEM

    Bola pra Frente – programa usa esporte e cultura como ferramentas para desenvolver competências socioemocionais e promover a cidadania de crianças e adolescentes em condições de vulnerabilidade;

    Obiettivo Napoli (Itália) – difunde o espírito do esporte (trabalho de equipe, disciplina e comunicação) para combater a violência e a discriminação;

    Fundación Rafa Nadal (Espanha) – difunde esporte e educação para mais de 1000 jovens em situação de vulnerabilidade na Espanha e na Índia;

    Dancing Grounds (USA) – programa de dança acessível que promove saúde e bem-esta;r

    Justice Desk (África do Sul) – projeto busca desenvolver empoderamento feminino;

    ISF Camboja (Camboja) – projeto busca diminuir a evasão escolar no Camboja, usando o futebol como instrumento de educação e desenvolvimento de comunidades.

    MELHOR ATLETA MULHER DO ANO

    Aitana Bonmatí (Espanha) – futebol

    Iga Świątek (Polônia) – tênis

    Faith Kipyegon (Kenia) – atletismo

    Mikaela Shiffrin (EUA) – esqui alpino

    Shericka Jackson (Jamaica) – atletismo

    Sha’Carri Richardson (USA) – atletismo

    MELHOR ATLETA HOMEM DO ANO

    Noah Lyles (USA) – atletismo

    Lionel Messi (ARG) – futebol

    Armand Duplantis (Suécia) – atletismo

    Novak Djokovic (érvia) – tênis

    Max Verstappen (Países Baixos) – automobilismo

    Erling Haaland (Noruega) – futebol

    EQUIPE DO ANO

    Seleção masculina de basquete da Alemanha

    Seleção feminina de futebol da Espanha

    Seleção masculina de rugby da África do Sul

    Seleção europeia na Ryder Cup (golfe)

    Oracle Red Bull Racing (automobilismo)

    Time masculino adulto do Manchester City (futebol)

    ATLETA REVELAÇÃO DO ANO

    Jude Bellingham (Grã-Bretanha) – futebol

    Josh Kerr (Grã-Bretanha) – atletismo

    Linda Caicedo (Colômbia) – futebol

    Haiyang Qin (China) – natação

    Coco Gauff (USA) – tênis

    Salma Paralluelo (Espanha), futebol

    RETORNO DO ANO

    Sebastien Haller (Costa do Marfim), futebol

    Siya Kolisi (África do Sul), rugby

    Katarina Johnson-Thompson (Grã-Bretanha) – atletismo

    Simone Biles (USA) – ginástica artística

    Jamal Murray (Canadá) – basquete

    Marketa Vondrousova (República Tcheca) – tênis

    MELHOR PARATLETA

    Simone Barlaam (Itália), natação

    Danylo Chufarov (Ucrânia, natação

    Luca Ekler (Hungria) – atletismo

    Diede de Groot (Países Baixos) – tênis em cadeira de rodas

    Nicole Murray (Grâ-Bretanha) – ciclismo

    Markus Rehm (Alemanha) – atlestismo

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

    — news —

  • Caso da Boate Kiss vai a júri oito anos após tragédia; Acompanhe ao vivo

    Caso da Boate Kiss vai a júri oito anos após tragédia; Acompanhe ao vivo

    Após oito anos e 11 meses, finalmente vai à júri, nesta quarta-feira (1º), o caso da Boate Kiss, tragédia que matou 242 pessoas e deixou 636 feridas em 27 de janeiro de 2013, na cidade gaúcha de Santa Maria. Todas foram vítimas de um incêndio, que começou no palco, onde se apresentava uma banda, e logo se alastrou, provocando muita fumaça tóxica.

    No palco, se apresentava a Banda Gurizada Fandangueira, quando um dos integrantes disparou um artefato pirotécnico, atingindo parte do teto do prédio, que pegou fogo. São réus Elissandro Callegaro Spohr, sócio da boate; Mauro Londero Hoffmann, também sócio; Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, e Luciano Bonilha Leão, produtor musical.

    A tragédia, que matou principalmente jovens, marcou a cidade de Santa Maria, conhecido polo universitário gaúcho, e abalou todo o país, pelo grande número de mortos e pelas imagens fortes. A boate tinha apenas uma porta de saída desobstruída. Bombeiros e populares tentavam, de todo jeito, abrir passagens quebrando os muros da casa, mas a demora no socorro acabou sendo trágica para os frequentadores.

    A maior parte acabou morrendo pela inalação de fumaça tóxica, do isolamento acústico do teto, formado por uma espuma inflamável, incompatível com as normas de segurança modernas, que obrigam a instalação de estruturas produzidas com materiais antichamas.

    Desde o incêndio, as famílias dos jovens mortos formaram uma associação e, todos os anos, no dia 27 de janeiro, relembram a tragédia, a maior do estado do Rio Grande do Sul e uma das maiores do Brasil.

    O Tribunal do Júri será composto pelo Conselho de Sentença, formado pelo juiz Orlando Faccini Neto, titular do 2º Juizado da 1ª Vara do Júri da Comarca de Porto Alegre, e por sete jurados que serão escolhidos por meio de sorteio.

    Depoimentos

    A previsão é que os trabalhos sejam divididos pela manhã, tarde e noite, a partir das 9h. Deverá haver uma hora de intervalo para almoço e jantar e pausa para descanso dos jurados. Não haverá interrupção no final de semana.

    Nos depoimentos, serão ouvidas 14 vítimas, indicadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), assistente de acusação e pela defesa de Elissandro Spohr; cinco testemunhas de acusação arroladas pelo MP; cinco testemunhas arroladas pela defesa de Elissandro Spohr; cinco testemunhas arroladas pela defesa de Mauro Londero Hoffmann, e cinco testemunhas arroladas pela defesa de Marcelo de Jesus dos Santos.

    Jurados e testemunhas ficarão isolados, em razão da incomunicabilidade. Mas enquanto os jurados ficam nessa condição até o final do julgamento, as testemunhas são liberadas após prestarem depoimento. Eles serão hospedados em hotéis e acompanhados em tempo integral por oficiais do Tribunal de Justiça.

    Depois de ouvidos os sobreviventes e as testemunhas, haverá o interrogatório dos réus Elissandro, Mauro, Marcelo e Luciano, que podem ficar em silêncio, se assim desejarem. Nessa etapa, acusação e defesa terão a oportunidade de apresentar suas teses e argumentos aos jurados. O tempo total para essa fase do julgamento será de nove horas. Serão duas horas e meia para o MP e assistente de acusação, duas horas e meia para as defesas dos réus, duas horas de réplica para o MP e assistente de acusação, e duas horas de tréplica.

    Após os debates, os jurados serão indagados se estão prontos para decidir e passarão a uma sala privada para responder ao questionário. Os jurados decidem individualmente, com voto secreto, respondendo a perguntas formuladas pelo magistrado, mediante o depósito de cédula em uma urna. Ao final, a maioria prevalece.

    O júri será transmitido ao vivo pelo canal do TJRS no Youtube .