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  • Defesa de Bolsonaro pede arquivamento do caso das joias sauditas

    Defesa de Bolsonaro pede arquivamento do caso das joias sauditas

    A defesa de Jair Bolsonaro pediu nesta segunda-feira (12) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento da investigação sobre as joias recebidas de autoridades estrangeiras durante o governo do ex-presidente.

    O pedido dos advogados foi feito após a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os presentes recebidos por ex-presidentes. Na quarta-feira (7), o tribunal entendeu que os presentes não podem ser considerados bens públicos.

    Para a defesa de Bolsonaro, a decisão do TCU confirma que “não há ilicitude nas condutas praticadas” pelo ex-presidente.

    “A decisão administrativa que reconhece a licitude do comportamento — se isenta de vícios e cercada das formalidades legais — interfere diretamente na seara criminal, porque afasta a necessidade deste último controle, pelo princípio da subsidiariedade”, diz a defesa.

    No mês passado, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente por lavagem de dinheiro e associação criminosa após encerrar o inquérito contra Bolsonaro e mais 11 pessoas, incluindo o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

    A investigação apurou o funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes de autoridades estrangeiras durante o governo Bolsonaro. Os itens foram recebidos durante viagens para a Arábia Saudita.

    Durante as investigações, a PF apurou que parte das joias saíram do país em uma mala transportada no avião presidencial e foram vendidas nos Estados Unidos.

    Edição: Denise Griesinger

    — news —

  • PF indicia Bolsonaro e Mauro Cid no caso das joias sauditas

    PF indicia Bolsonaro e Mauro Cid no caso das joias sauditas

    A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (4) o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias sauditas. O relatório parcial da investigação foi enviado na tarde de hoje ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso.

    A investigação apurou o funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes de autoridades estrangeiras durante o governo Bolsonaro.

    Conforme regras do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes de governos estrangeiros deviam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República responsável pela guarda dos presentes, que não poderiam ficar no acervo pessoal de Bolsonaro.

    No entanto, segundo as investigações, desvios começaram em meados de 2022 e terminaram no início do ano passado. As vendas eram operacionalizadas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid.

    Ao todo, a PF também indiciou mais 11 investigados, entre eles Mauro Cid, o pai dele, general de Exército Mauro Lourenna Cid, Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, e o advogado do ex-presidente, Frederick Wasseff.

    Com o indiciamento dos acusados, o caso deverá seguir para a Procuradoria-Geral da República, órgão que vai decidir se ex-presidente e demais investigados serão denunciados ao Supremo.

    Durante as investigações, a PF apurou que parte das joias saíram do país em uma mala transportada no avião presidencial. Em um dos casos descobertos, o general Cid recebeu na própria conta bancária US$ 68 mil pela venda de um relógio Patek Phillip e um Rolex. O militar trabalhava no escritório da Apex, em Miami.

    Entre os itens que foram desviados estão esculturas de um barco e de uma palmeira folhados a ouro, recebidos por Bolsonaro durante viagem ao Bahrein, em 2021.

    A defesa de Bolsonaro ainda não se pronunciou. Pelas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro criticou o indiciamento do pai e acusou a PF de perseguição.

    “A perseguição a Bolsonaro é declarada e descarada! Alguém ganha um presente, uma comissão de servidores públicos decide que ele é seu. O TCU questiona e o presente é devolvido à União. Não há dano ao erário! Aí o grupo de PFs, escalados a dedo pra missão, indicia a pessoa”, escreveu.

    O advogado de Bolsonaro e ex-secretário do governo do ex-presidente Fábio Wajngarten também foi indiciado. Em nota, ele considerou ilegal seu indiciamento pela PF. Wajngarten disse que tomou conhecimento do caso das joias pela imprensa e, na condição de defensor, orientou a entrega dos itens ao TCU.

    “Portanto, a iniciativa da Polícia Federal de pedir meu indiciamento no caso dos presentes recebidos pelo ex-presidente é arbitrária, injusta e persecutória. É uma violência inominável e um atentado ao meu direito de trabalhar”, afirmou.

    A Agência Brasil busca contato com a defesa dos envolvidos.

    — news —

  • Em qual dedo você deve usar um anel para atrair amor e riqueza?

    Em qual dedo você deve usar um anel para atrair amor e riqueza?

    Uma decoração simples pode ser sua mascote de sorte se for feita do material certo e se você usá-la em um determinado dedo.

    Não é à toa que em filmes populares e contos de fadas antigos, os feiticeiros usam jóias mágicas no dedo – o que vale o épico “O Senhor dos Anéis”. Podemos presumir com segurança que este acessório de joias pode afetar invisivelmente seu proprietário.

    Qual material escolher para o anel?

    Diamond ring on female finger - Fotos do Canva
    Em qual dedo você deve usar um anel para atrair amor e riqueza? – Fotos do Canva

    Para ter seu próprio “anel de onipotência”, você terá que desembulsar um pouco. O fato é que, do ponto de vista energético, apenas coisas feitas de metais nobres: ouro, prata ou platina funcionam positivamente. Ligas metálicas, plásticas ou cerâmicas, infelizmente, não trarão super efeito.

    Anéis de ouro

    O ouro tem sido desde os tempos antigos um símbolo do Sol, que foi comparado à própria vida, energia e riqueza. Sem oxidar ou sujeitar à corrosão, este metal é capaz de viver por milênios, absorvendo as vibrações e a energia do mundo de seus proprietários. É por isso que você pode usar anéis de ouro transferidos por ancestrais sábios e, pelo contrário, não é recomendado pesar jóias sem pensar com uma herança duvidosa. Acredita-se que as jóias de ouro “certas” bloqueiam a energia negativa e ajudarão a atrair fluxo financeiro para sua vida. No entanto, para esse propósito, o proprietário de joias deve mostrar as qualidades apropriadas – não para ser fraco e invejoso, mas para tentar fazer boas ações e viver honestamente.

    Anéis de prata

    Se o ouro é um material “solar”, a prata é o metal da própria Lua. Não só pode protegê-lo do mau-olhado, mas também permitir que você se livre de tudo o que é supérfluo e pesado na vida. Se você quer desenvolver qualidades “femininas”: intuição, sensibilidade, empatia, então preste atenção especialmente às jóias de prata. Se for difícil para você controlar suas emoções, a prata pode torná-lo ainda mais agressivo.

    Diamond ring on female finger - Fotos do Canva
    Em qual dedo você deve usar um anel para atrair amor e riqueza?- Fotos do Canva

    Anéis de platina

    A platina é o metal mais caro que é “responsável” pelas vibrações mais altas. Conexão com o espaço, mente, intuição do plano mais alto, fortaleza do espírito – tudo isso se desenvolverá no homem graças às jóias de platina, se seu dono não estiver sujeito a tentações e tentações

    Em qual mão usar o anel?

    Dependendo de qual mão você coloca o anel, ele executa tarefas diferentes.

    • Proteção contra a negatividade – para transformar o anel em uma espécie de amuleto, use-o em uma mão passiva (se você for destro – à esquerda e vice-versa).
    • O desenvolvimento da intuição também aumenta na mão passiva. Se você está no caminho do desenvolvimento e foi paciente para ver o resultado em perspectiva, um anel feito do material certo fará seu trabalho.
    • Mudanças rápidas na vida são “ativadas” na mão de escrita. Marque a meta, selecione o metal apropriado e observe mudanças positivas.
    • Fortalecendo as qualidades naturais – uma mão ativa também é “insponsável” por isso. Uma ótima maneira de aumentar sua própria eficiência e produtividade se você decidir sobre mudanças internas e externas.
    Anéis de prata
    Em qual dedo usar o anel?

    Em qual dedo usar o anel?

    O impacto energético do anel também depende do dedo em que ele é colocado – porque cada um deles tem sua própria “função”.

    • O polegar é um “ativador” de força, energia e motivação. Se você precisar vencer seus concorrentes, use o anel neste dedo – e você ultrapassará seus rivais. Para vencer a luta aberta, coloque o anel no seu polegar direito e, para ganhar força de vontade interior, coloque-o na sua mão esquerda.
    • O dedo indicador é o “dedo da influência”. Use um anel se quiser causar uma impressão impressionante e atrair boa sorte, porque, de acordo com a astrologia, o planeta da sorte Júpiter é responsável pelo dedo. Situações adequadas em que um anel de dedo ajudará – dominando uma nova equipe ou um conhecido importante.
    • O dedo médio está superando as dificuldades. O “padroeiro” do dedo médio é Saturno, um planeta de justiça, que muitas vezes é feito através de provações e punições. Para superar problemas com dignidade e estar cheio de força para lutar, use um anel no dedo médio. Tal truque de vida com jóias também ajudará a passar com sucesso no projeto, lidar com sobrecargas, evitar o esgotamento.
    • O dedo anelar é um ímã de amor e dinheiro. Talvez seja por isso que eles usam alianças de casamento que parecem consertar a união. Use anéis no seu dedo anelar, e você não apenas atrairá romance e finanças para a vida, mas também ativará sua criatividade e atrairá emoções positivas.
    • O dedo mindinho ajuda a limpar a mente e despertar as habilidades oratórias. Não é à toa que é supervisionado pelo planeta das comunicações – Mercúrio. Ele patrocina todos que conduzem ativamente seus negócios, fazem uma carreira na ciência ou promovem sua criatividade. Quaisquer profissões intelectuais e criativas estão sujeitas a ele, então não perca a chance de ativar seu potencial (leia também: 7 sinais de falta de inteligência emocional).
  • Operação Reprise desarticula quadrilha e recupera joias roubadas: R$ 32 mil em notas falsas também são apreendidos

    Operação Reprise desarticula quadrilha e recupera joias roubadas: R$ 32 mil em notas falsas também são apreendidos

    A Polícia Civil de Arenápolis deflagrou nesta quarta-feira (27) a Operação Reprise, desarticulando uma quadrilha especializada em roubos e recuperando joias roubadas de uma joalheria da cidade.

    A ação também resultou na apreensão de R$ 32 mil em cédulas falsificadas, R$ 7,4 mil em dinheiro, uma balança de precisão e um caderno com registros de atividades ilícitas do tráfico de drogas.

    Ponto de encontro de criminosos

    Um dos alvos da operação foi uma tabacaria conhecida na cidade, investigada por servir como ponto de encontro para criminosos. O proprietário do estabelecimento também está sob investigação por suposta ligação com o tráfico de drogas e com a facção criminosa responsável pelos roubos.

    Prisões e investigação

    Um dos investigados, responsável por fornecer o veículo utilizado no roubo à joalheria, foi preso temporariamente quando compareceu ao Fórum de Arenápolis para prestar depoimento.

    A Polícia Civil investiga cinco pessoas pelo roubo à joalheria, ocorrido no início de março. Dois dos envolvidos foram presos em flagrante pela Polícia Militar enquanto fugiam de Denise em direção a Arenápolis.

    Mentor do assalto

    Um dos investigados, conhecido como ‘Mucilon’, é apontado como o mentor do assalto. Ele já havia sido apreendido pela Polícia Civil por outro roubo em 2022, quando era menor de idade.

    Após ser liberado, cometeu outro roubo em Diamantino e, posteriormente, planejou o assalto em Arenápolis.

    Atualmente com 18 anos, ele responderá aos crimes conforme o Código Penal brasileiro. Dos cinco criminosos implicados no assalto à joalheria, três seguem presos e dois estão foragidos.

    Combate ao crime

    A Operação Reprise demonstra o compromisso da Polícia Civil em combater o crime organizado e garantir a segurança da população de Arenápolis.

  • Após depor, Wassef diz que é vítima de perseguição

    Após depor, Wassef diz que é vítima de perseguição

    O advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef (foto), deixou a superintendência da Polícia Federal (PF), em São Paulo, por volta das 15h de hoje (31). Ele foi intimado a depor no âmbito do inquérito que investiga as suspeitas de que o ex-presidente Jair Bolsonaro teria tentado se apropriar indevidamente de joias que recebeu de presente de autoridades sauditas.

    Na saída, o advogado disse a jornalistas que não poderia se manifestar sobre o inquérito, que é sigiloso, mas afirmou que estava sendo vítima de uma “perseguição”.

    “Não posso me manifestar. O inquérito tramita em segredo de justiça e eu respeito a Polícia Federal e o Poder Judiciário”, sintetizou.

    “Nunca antes eu soube, nunca participei e não tenho a ver com essa história. Só posso, neste momento, dizer que estou sendo perseguido por alguns jornalistas que não agem com o compromisso com a verdade e vem propagando fake news [notícias falsas] em série para assassinar a imagem e a reputação de inocentes. É uma covardia. Isso não se faz”, acrescentou.

    Acusações infundadas

    Ele salientou que se trata de “uma campanha de mentiras, de acusações infundadas e de ilações de coisas que não existem. Vou resgatar a honra e a imagem do meu nome. Jamais pratiquei qualquer irregularidade ou ilícito em minha vida”, completou o advogado.

    Questionado por repórteres se teria orientado o ex-presidente Bolsonaro a se manter em silêncio durante o depoimento à Polícia Federal hoje, Wassef disse que não poderia se manifestar sobre o assunto.

    “Não me manifesto sobre o que falo a meus clientes. O que quero dizer é que, após sofrer uma campanha de fake news, o presidente Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro vieram em minha defesa e deixaram claro a verdade de que sou leal, competente e nunca traio ninguém e nenhum cliente”, explicou.

    Depoimentos

    O ex-presidente Bolsonaro; a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro; o ex-secretário especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Fabio Wajngarten; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid; o pai de Mauro Cid, o general César Lourena Cid; o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e os ex-assessores da Presidência, Marcelo Câmara e Osmar Crivellati, foram todos intimados a prestar depoimento hoje à Polícia Federal.

    Wassef, no entanto, foi o único dos oito depoentes a prestar depoimento por videoconferência, a partir de São Paulo. Os demais foram ouvidos em Brasília.

    Por cerca de 10 minutos, Wassef conversou com jornalistas ao deixar o prédio da Polícia Federal e aproveitou para criticar a cobertura feita pela imprensa sobre o caso. Ele também evitou responder perguntas de repórteres, preferindo falar sobre assuntos que não diziam respeito ao inquérito policial.

    “Quero aproveitar o espaço com a imprensa para falar de uma pauta que não tem a ver com essa. A população da cidade de São Paulo está sendo executada. No bairro do Itaim Bibi, há dois dias atrás, uma família em um carro foi assaltada por marginais que andam de moto”, disse ele, até ser interrompido pela imprensa.

    Wassef chegou à PF por volta das 11h. Mais cedo, ele já havia dado entrevista a jornalistas e negou ter mudado suas versões sobre as joias. “Eu jamais mudei de versão, jamais voltei atrás”, assegurou.

    “Começaram a fazer uma campanha midiática tentando me transformar em uma pessoa que fala uma coisa e muda. Mentira. Frederick Wassef só falou uma história, ela é mantida até hoje”, finalizou.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Mauro Cid fica em silêncio ao depor à CPI da Câmara Distrital

    Mauro Cid fica em silêncio ao depor à CPI da Câmara Distrital

    Convocado a depor à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu permanecer em silêncio, deixando de responder às perguntas que lhe forem feitas ao longo desta quinta-feira (24).

    “Sem qualquer intenção de desrespeitar vossas excelências e os trabalhos conduzidos por esta CPI, considerando minha inequívoca condição de investigado e por orientação de minha defesa técnica, farei uso, em toda esta sessão, do meu direito constitucional ao silêncio”, declarou o militar antes que os deputados distritais membros da CPI começassem a interrogá-lo.

    Conforme fez em julho, quando prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, Cid se apresentou fardado perante os deputados distritais, usando o uniforme do Exército, com todas suas condecorações visíveis.

    Cid foi convocado a depor como testemunha sobre os fatos que culminaram na invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, em 8 de janeiro deste ano.

    Na condição de testemunha, o tenente-coronel tem o “dever de dizer a verdade, sob pena de incorrer em crimes previstos no Código Penal”, conforme lembrou o presidente da CPI, o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF), acrescentando que, ainda assim, Cid não precisaria responder às perguntas que pudessem o incriminar.

    Contudo, o próprio advogado de Cid, Cezar Bitencourt, fez questão de destacar que seu cliente não é uma mera testemunha dos fatos ocorridos em 8 de janeiro. “Quem está envolvido nos fatos, quem é investigado não é testemunha. É indiciado. E, como tal, tem o direito ao silêncio”, frisou Bitencourt, antecipando que orientaria Cid a não responder pelo menos parte das perguntas que lhe serão feitas durante a sessão.

    O ex-ajudante de ordens do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, está preso desde o dia 3 de maio, acusado de envolvimento em um esquema de falsificação de cartões de vacina que beneficiariam seus parentes; o ex-presidente Bolsonaro e familiares do ex-presidente. Além disso, o militar, de 44 anos de idade, responde a outros inquéritos, como o que investiga as motivações e os responsáveis pelos atos de 8 de janeiro, e o que apura o desvio e tentativa de venda de joias que autoridades sauditas presentearam Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

    Durante sua fala inicial, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro voltou a repetir, em sua defesa, que ao longo de 27 anos de serviço militar, ocupou vários postos, tendo, inclusive, sido observador militar das Nações Unidas no Chipre e instrutor da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Cid disse ter sido designado chefe da Ajudança de Ordens da Presidência da República diretamente pelo comando do Exército.

    “Minha nomeação jamais teve qualquer ingerência política”, afirmou Cid, garantindo que, apesar do cargo lhe conferir proximidade com o ex-presidente, não participava das atividades relacionadas à administração pública. “À ajudança de ordens compete prestar os serviços de assistência direta e imediata ao presidente nos assuntos de natureza pessoal, em regime de atendimento permanente e ininterrupto, em Brasília ou em viagens”.

    Cid também lembrou que cabe ao ajudante de ordens do presidente “receber as correspondências e objetos entregues ao presidente em cerimônias e viagens e os encaminhá-los aos setores competentes”.

    Conforme investigações preliminares da Polícia Federal (PF), ao menos parte das joias sauditas que Bolsonaro e seus assessores receberam não foram devidamente apresentadas ao setor do Palácio do Planalto responsável por catalogar os presentes dados aos presidentes, indicando quais deles são de uso pessoal, podendo ser incorporados aos acervos privados, e quais são bens da União.

    “Na prática, a função do ajudante de ordem consistia, basicamente, em um serviço de secretariado executivo do ex-presidente”, disse Cid, repetindo o mesmo texto que leu em julho, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Congresso Nacional.

    “No dia a dia das reuniões e agendas do ex-presidente, recepcionávamos os participantes e os direcionávamos ao local desejado, ficando do lado de fora das salas de reunião, sempre à disposição. Não questionávamos o que era tratado nas respectivas agendas e reuniões”, disse o militar.

    Edição: Fernando Fraga

  • Wassef diz que comprou Rolex com próprio dinheiro e fez favor à União

    Wassef diz que comprou Rolex com próprio dinheiro e fez favor à União

    O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, admitiu que usou recursos próprios para comprar um relógio de luxo de marca Rolex nos EUA, no último dia 14 de março. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (15), Wassef disse que estava em solo americano e soube que o relógio estava lá, então resolveu comprá-lo para devolvê-lo como presente ao governo federal. Ele também negou que tenha sido designado para reaver o relógio que havia sido vendido no país anteriormente.

    O relógio foi um presente de autoridades sauditas a Jair Bolsonaro durante uma viagem oficial do então presidente da República em 2019 à Arábia Saudita e ao Catar. O item foi levado para os Estados Unidos, para onde Bolsonaro viajou às vésperas de deixar a Presidência, e foi vendido ilegalmente, de acordo com a Polícia Federal (PF), pelo então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. A peça faz parte de um conjunto de objetos de alto valor apreendidos em uma operação em agosto pela PF.

    Ocorre que qualquer objeto de valor alto presenteado a uma autoridade do governo é considerado patrimônio da União, não podendo ser vendido. Por conta disso, ao saber da existência do presente, em 15 de março, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu a Bolsonaro o prazo de cinco dias úteis para que o relógio fosse entregue junto com os outros itens que pertenciam ao mesmo kit.

    Durante a entrevista, Wassef levantou a dúvida sobre o relógio ser o mesmo que foi presenteado a Bolsonaro pelos sauditas e disse que a compra não era ilegal, porque foi feita com dinheiro de seu banco, lícito e durante uma ida aos EUA para resolver problemas pessoais.

    “Eu comprei o relógio. A decisão foi minha, não fiz a pedido de Bolsonaro nem de Mauro Cid e não foi uma recompra, porque eu nunca vi esse relógio antes. Eu fiz um favor para o governo brasileiro que me deve R$ 300 mil. E fiz o relógio chegar ao governo”.

    Wassef também disse que pagou em dinheiro vivo porque, de acordo com a legislação americana, dessa maneira é mais fácil registrar o nome do comprador, além de obter desconto. Ele mostrou ainda um recibo de compra, em seu nome, constando o valor de US$ 49 mil e ressaltou ter “economizado” dinheiro para o governo, já que segundo ele, a peça valeria muito mais.

    Quando questionado sobre como o relógio retornou ao país, Wassef disse que não podia passar mais detalhes e que esse ponto seria relatado durante seu depoimento espontâneo à Polícia Federal.

    Entretanto, antes de Wassef dizer que comprou o relógio em dinheiro vivo para devolver à União, negou ter conhecimento das joias presenteadas ao governo Bolsonaro. Em nota anterior, ele informou que estaria sofrendo uma campanha de Fake News e mentiras de todos os tipos, além de informações contraditórias e fora de contexto.

    “Fui acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias. Isto é calúnia que venho sofrendo e pura mentira. Total armação. A primeira vez que tomei conhecimento da existência das joias foi no início deste ano de 2023 pela imprensa, quando liguei para Jair Bolsonaro e ele me autorizou como seu advogado a dar entrevistas e fazer uma nota à imprensa”, diz nota do advogado.

    Também na nota, ele disse que jamais soube da existência de joias ou quaisquer outros presentes recebidos. “Nunca vendi nenhuma joia, ofereci ou tive posse. Nunca participei de nenhuma tratativa, e nem auxiliei nenhuma venda, nem de forma direta ou indireta. Jamais participei ou ajudei de qualquer forma qualquer pessoa a realizar nenhuma negociação ou venda”.

    O advogado se disse ainda ofendido por ter sido visitado pela PF em sua residência no Morumbi, na capital paulista. “A PF não encontrou nada de irregular ou ilegal, não tendo apreendido nenhum objeto, joias ou dinheiro. Fui exposto em toda televisão com graves mentiras e calúnias”.

    Edição: Aline Leal

  • Defesa de Bolsonaro devolve terceiro kit de joias da Arábia Saudita

    Defesa de Bolsonaro devolve terceiro kit de joias da Arábia Saudita

    A defesa de Jair Bolsonaro devolveu, na tarde desta terça-feira (4), a terceira caixa de joias recebida da Arábia Saudita em 2019, conforme informação divulgada por Fabio Wajngarten, assessor do ex-presidente.

    As joias foram entregues à Caixa Econômica Federal. Avaliado em R$ 500 mil, o kit tem entre as peças um relógio da marca Rolex. A decisão atende a uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

    “A entrega reitera o compromisso da defesa do presidente Bolsonaro de devolver todos os presentes que o TCU solicitar, cumprindo a orientação do ex-mandatário do país, que sempre respeitou a legislação em vigor sobre o assunto”, disse o assessor, em mensagem na rede social.

    Os advogados de Bolsonaro já haviam devolvido o segundo estojo, também por ordem do TCU, que contém um relógio, uma caneta, abotoaduras, um anel e um tipo de rosário da marca suíça Chopard, avaliados em R$ 500 mil. As joias não foram declaradas à Receita Federal quando ingressaram no país.

    Estimada em R$ 16,5 milhões, a primeira caixa, com colar, anel, par de brincos e relógio de diamantes, foi retida pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos em 2021. Os artigos estavam na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, que retornava de uma viagem à Arábia Saudita. Na ocasião, o assessor e o ministro não declararam os objetos na alfândega, conforme prevê a legislação. Albuquerque disse, à época, que as joias eram um presente para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

    Todos os kits estão com a Caixa e o caso está sob investigação.

    Edição: Juliana Andrade

  • TCU vai auditar presentes entregues a Bolsonaro desde 2019

    TCU vai auditar presentes entregues a Bolsonaro desde 2019

    O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira (15) a realização de uma auditoria completa em todos os presentes recebidos pela Presidência da República durante os quatro anos de gestão do presidente Jair Bolsonaro (2019/2022).

    A decisão foi aprovada por unanimidade, junto à determinação para que Bolsonaro entregue à Secretaria-Geral da Presidência, em até cinco dias úteis, as joias masculinas que integrantes do governo Bolsonaro afirmam ter recebido de presente de autoridades da Arábia Saudita, em 2021, bem como o fuzil e o revólver que o ex-presidente admite ter recebido em 2019, de representantes dos Emirados Árabes.

    A auditoria foi proposta pelo ministro Benjamin Zymler durante a reunião plenária da corte, esta tarde, e acolhida pelo relator do processo instaurado para apurar a entrada ilegal das joias masculinas no Brasil, ministro Augusto Nardes.

    “Façamos, como já foi feito no passado, uma auditoria ampla nos presentes recebidos pelo ex-presidente, assim como foi feito [ao final das gestões do] ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e [da ex-presidenta] Dilma Rousseff, para que possamos avaliar se há outros casos que se assemelham a este [das joias]”, defendeu Zymler, sugerindo que a corte pode aproveitar que a Polícia Federal (PF) já instaurou um inquérito para apurar a entrada irregular das joias milionárias no país e “compor um trabalho conjunto”.

    Para o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, a ocasião permite à corte corrigir o que ele classificou de “falha” legal. “A proposta [de auditoria] do ministro Benjamin Zymler chega em boa hora, uma vez que é de conhecimento público que, na viagem [de 2019] da comitiva [presidencial] aos Emirados Árabes, o presidente da República [Bolsonaro] recebeu armas que não preenchem os requisitos de bem de uso personalíssimo e de baixo valor e que, portanto, devem ser destinadas ao acervo da Presidência da República”, lembrou Dantas.

    “Logo, considero que a proposta [do ministro Zymler] supre uma falha que determinarei que seja corrigida. Não precisamos de determinação do plenário para a cada quatro anos realizarmos uma auditoria. É preciso termos um regramento que determine que faltando, por exemplo, dois meses, para o fim do mandato de um presidente, nossas unidades técnicas promovam uma fiscalização, cataloguem todos os presentes e vejam o que foi incorporado ao acervo particular de um presidente e o que deve ser incorporado ao acervo público. Não é possível a cada quatro anos termos uma crise porque este ou aquele presidente entendeu que um presente era para seu acervo particular”, acrescentou Dantas.

    Nada a Declarar

    Os itens masculinos (um relógio de pulso; um par de abotoaduras; uma caneta; um anel e uma espécie de terço – uma masbaha) que estão com Bolsonaro foram trazidos ao país pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e dois de seus assessores, em outubro de 2021.

    Albuquerque, o então chefe da Assessoria Especial de Relações Internacionais do ministério, Christian Vargas, e o então chefe do escritório de Representações da pasta no Rio de Janeiro, Marcos André Soeiro, viajaram à Arábia Saudita para participar de eventos oficiais, representando o governo brasileiro.

    Segundo o próprio Albuquerque, durante a viagem, a comitiva se reuniu com empresários e autoridades públicas sauditas, incluindo o príncipe regente, Mohammed bin Salman. Ainda segundo o ex-ministro, perto do fim da viagem, seus interlocutores o presentearam com duas caixas que nem ele nem os dois assessores abriram para conferir o conteúdo.

    Ao desembarcarem no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, Albuquerque e Soeiro informaram à Receita Federal que não tinham nenhum objeto de valor a declarar. Soeiro, contudo, foi selecionado, aleatoriamente, para ter sua bagagem inspecionada. Foi então que o agente da Receita encontrou uma das duas caixas, contendo as valiosas peças femininas (um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes), avaliadas em cerca de 3 milhões de euros (aproximadamente R$ 16,5 milhões).

    As joias femininas foram então apreendidas e, desde então, estão sob a guarda da Receita Federal, apesar do empenho do Palácio do Planalto para liberá-las durante a gestão Bolsonaro. As joias masculinas, no entanto, não foram identificadas pelos agentes alfandegários e um dos membros da comitiva ministerial entrou com elas no país.

    De acordo com a Receita, todo viajante que chega ao Brasil deve declarar bens pessoais cujo valor ultrapasse US$ 1 mil. Já os agentes públicos devem declarar os bens que não sejam para uso pessoal como pertencentes ao Estado brasileiro.

    Edição: Juliana Andrade